Traficante brasileiro Marcelo Piloto matou jovem de 18 anos em cela no Paraguai; objetivo é evitar extradição, diz Ministério Público


Marcelo Piloto — Foto: GloboNews

17 de NOVEMBRO 2018 - O narcotraficante Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, matou a facadas uma jovem de 18 anos dentro de sua cela no presídio em Assunção, no Paraguai, segundo o Ministério Público paraguaio. O boletim de ocorrência foi registrado pela polícia local neste sábado (17).

Foi "uma atitude extrema de Piloto para impedir sua extradição", disse o promotor Hugo Volpe. A Justiça do Paraguai autorizou a extradição de Piloto em 30 de setembro.

Lidia Meza Burgos visitava Marcelo Piloto pela segunda vez, segundo a polícia. Por volta de 13h50, o guarda que fazia ronda no pavilhão da prisão ouviu gritos vindos da cela de Piloto, e ao verificar, encontrou a mulher caída no chão, ensanguentada. Ela foi encaminhada para atendimento médico, mas não resistiu.


Lidia Burgos, assassinada por Marcelo Piloto dentro da cela onde estava preso, no Paraguai — Foto: Polícia Civil do Paraguai/Divulgação

De acordo com o promotor, Marcelo Piloto teria matado a jovem utilizando uma faca de mesa. O corpo de Lidia está sendo submetido a autópsia; informações preliminares dão conta de que teriam sido 16 golpes.


Marcelo Piloto matou Ligia Burgos usando uma faca de mesa, dentro de sua cela no presídio em Asunción, Paraguai. — Foto: Polícia Civil do Paraguai/Divulgação

Extradição

De acordo com a decisão que determinou a extradição de Marcelo Piloto, ele só poderia ser entregue às autoridades brasileiras depois da conclusão de dois processos abertos no país vizinho: um por homicídio e outro por produção de documentos falsos e violação da Lei de Armas - este último julgado nesta sexta-feira (16).

Na audiência, Piloto manifestou recusa à juiza e ao promotor do caso, segundo o MP paraguaio, na tentativa de prolongar a burocracia e adiar sua extradição.

Segundo Volpe, que está no caso, a apelação de Piloto para que não seja extraditado está em segunda instância e deve ser julgada em cerca de 15 dias, porém, se comprovada a culpa dele na morte da jovem, sua permanência no Paraguai ainda será analisada pela Justiça.

Nesta semana, a sócia do advogado de Marcelo Piloto, Laura Casuso, foi executada em Pedro Juan Caballero. Ela defendia outro narcotraficante brasileiro, Jarvis Pavão, e chegou a atuar em processos de Piloto, em parceria com Jorge Prieto, segundo o promotor do MP Paraguaio.

Ficha criminal

Marcelo Piloto possui extensa ficha criminal, que inclui crimes de homicídio, tráfico e associação para o tráfico, latrocínio e roubos. Ele estava escondido há anos no Paraguai, de onde enviava armas, drogas e munição para abastecer as favelas dominadas pela maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

Segundo a polícia, Piloto chefiava o tráfico de drogas nas comunidades Mandela I, II e III, no conjunto de favelas de Manguinhos. Ele faz parte do grupo de dez traficantes acusados de participar do resgate de Diogo de Souza Feitoza, o DG, de 29 anos, da 25ª DP (Engenho Novo), dia 03 de julho de 2012. Ao todo, ele já tem mais de 25 anos de pena a cumprir.

Ele foi preso em dezembro de 2017 no Paraguai, como resultado de um trabalho integrado entre a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado Segurança do Rio de Janeiro, a representação da Polícia Federal no Paraguai, Agência Antidrogas e Policia Nacional Paraguaia, além da agência antidrogas americana (DEA).

MATO GROSSO DO SUL  PARAGUAI

Por G1MS — Campo Grande

Empresário mata esposa e filha a facadas e tira a própria vida em Araguari


Família morta em Araguari — Foto: Reprodução/Facebook

17 de NOVEMBRO 2018 - Um empresário de 39 anos matou a esposa, uma médica de 33 anos, a filha do casal de quatro anos e depois se matou na madrugada deste sábado (17), em Araguari.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, por volta das 3h45, Thiago José de Aquino Marques dirigia o carro com a família quando, na Avenida Marechal Rondon, no Centro, bateu o veículo no muro de duas residências. Em seguida ele esfaqueou a esposa, Mariana Barbosa Paranhos, e depois ele mesmo. A a filha do casal, Valentina Paranhos de Aquino, foi encontrada esfaqueada no banco do carro.

O homem e a criança morreram ao dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araguari e a mulher no local do crime. A família morava em Uberlândia e de acordo com a Santa Casa de Araguari, Mariana era plantonista da ginecologia e obstetrícia da unidade deste de janeiro deste ano e estava de plantão nesta madrugada. Não se sabe ainda a motivação do crime.


Entenda

Segundo a Polícia Militar (PM), testemunhas contaram que o empresário do ramo de alimentos tentou atropelar Mariana, mas ela fugiu e conseguiu pular o muro de uma residência. Ele conseguiu alcançá-la e desferiu 12 facadas pelo corpo da médica.

Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), após assassinar a esposa, o homem estava transtornado e, gritando, golpeou a si mesmo com quatro facadas. A menina foi achada na cadeirinha no banco de passageiro do veículo com um golpe de faca no tórax. A suspeita dos militares é que a menina foi a primeira a ser morta.



Empresário colidiu carro em duas casas antes de 
assassinar esposa a facadas em Araguari — Foto: Corpo 
de Bombeiros/Divulgação

O estudante Valério Ferreira da Cunha Neto, de 23 anos, era vizinho do local onde ocorreu o crime e presenciou o fato. Ele contou ao G1 que a médica gritou por socorro várias vezes antes de ser assassinada.

"Antes de descer do carro ele já estava brigando com ela, ela conseguiu sair do veículo e gritou socorro várias vezes muito alto. Ele pegou o carro e tentou atropelá-la, mas como ela pulou um muro pequeno de uma casa, ele foi atrás e a matou. O homem estava transtornado, com um sentimento de ódio muito grande e só vimos que a menininha estava no carro morta quando a PM chegou", lamentou a testemunha.

A faca utilizada nos crimes, de lâmina de 20 centímetros, foi recolhida pela Polícia Civil. O veículo da família foi apreendido e levado ao pátio credenciado ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG).

A perícia técnica da Polícia Civil realizou os trabalhos no local.



Médica pediu socorro antes de ser assassinada a facadas pelo esposo em Araguari — Foto: Reprodução/Facebook

Médica era residente na UFU

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) informou que a médica Mariana Barbosa Paranhos era residente em ginecologia e obstetrícia do Hospital de Clínicas de Uberlândia (HCU/UFU).

Em nota, a universidade lamentou o ocorrido e disse que o velório será na tarde deste sábado (17), a partir das 14h, em Uberlândia, na Funerária Ângelo Cunha situada na Avenida Getúlio Vargas, nº 2042.

ARAGUARI

Por Bárbara Almeida, G1 Triângulo Mineiro

LUTO NA IMPRENSA DO RIO GRANDE DO NORTE.

Faleceu na noite de ontem, 15 de Novembro, vítima de um AVC hemorrágico; o Radialista e Blogueiro JOSENIAS FREITAS. O mesmo era apodiense, tinha 42 anos e na última Terça-feira, 13 do mês em curso, havia sido internado no Hospital Regional Tarcísio Maia em Mossoró.
Registramos aqui os nossos sentimentos de solidariedade aos familiares e amigos do Josenias Freitas. Que o Supremo Criador, tranquilize os corações e mentes.    

Criança de 8 anos leva tiro do pai ao tentar defender a mãe de violência doméstica


Pablo Valadares-Agência Senado

15 de NOVEMBRO 2018 - Thiago Pinheiro da Silva, um menino de apenas 8 anos de idade, foi assassinado pelo pai ao tentar defender sua mãe de agressões físicas. O fato aconteceu na última segunda-feira (12), na cidade de Ibateguara, em Alagoas.

Ao presenciar mais uma cena de violência doméstica do pai contra a mãe, a criança pôs-se diante do revólver. O homem disparou um tiro de arma de fogo contra a mulher, mas a bala atingiu a criança. Thiago chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

De acordo com o 2º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Josivaldo da Silva Pinheiro, de 27 anos, pai e assassino da criança, fugiu após o crime e ainda não foi capturado.

Thayonara Filgueira - Jornal O Mossoroense.

Do Blog Ideias & Fatos: Nos revolta o fato de que muitas mulheres e crianças são submetidas à situações autoritárias, por parte de quem deveria zelar e proteger a prole, "o marido", mas que a maioria dos homens, se deixam levar pelo sentimento autoritário e passam à predadores. É a maldita herança machista.

Chico Filho.

Operação do Ministério do Trabalho resgata 25 pessoas de trabalho escravo no interior do RN


Resgatados trabalhavam de forma informal na extração da palha das palmeiras nativas e em cerâmicas locais — Foto: Ministério do Trabalho

15 de NOVEMBRO 2018 - Uma ação realizada pelo Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho resgatou nesta semana 25 trabalhadores submetidos a trabalho degradante na zona rural de Carnaubais, na região Oeste potiguar. Segundo o MP, os resgatados trabalhavam de forma informal na extração da palha das palmeiras nativas e em cerâmicas locais.

A operação do Ministério do Trabalho contou com a participação de representantes do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública Federal e da Polícia Federal.

Nas áreas de extração fiscalizadas foram resgatados 19 trabalhadores. Destes, 10 laboravam e pernoitavam no meio da mata, e outros 9 que estavam pernoitando no interior do baú de um velho caminhão que servia como local de moagem. Outros 6 foram resgatados em cerâmicas locais. Eles dormiam no local, sem as mínimas condições de higiene e segurança.

“As palhas de carnaúba são amarradas e submetidas ao processo de secagem, com a disposição da matéria-prima no chão para exposição ao sol. Uma vez seca, a palha é ‘batida’ em maquinário próprio, processo pelo qual se extrai o pó da carnaúba. O pó é vendido então para a indústria, passando muitas vezes pela mão de intermediários que o transformam em cera utilizada em produtos automobilísticos, cosméticos e componentes eletrônicos”, explica a coordenadora da ação, Gislene Ferreira dos Santos Stacholski.

Rede

Na primeira propriedade de extração fiscalizada, de 15 trabalhadores que atuavam no meio da mata, todos na informalidade, 5 dormiam em redes presas aos troncos das árvores, inclusive no tronco das carnaúbas. “O empregador fornecia apenas uma lona para que fosse utilizada caso chovesse”, conta a coordenadora.

Os fiscais constataram que nenhum dos 15 trabalhadores contratados na propriedade havia sido registrado. Cada empregado recebia uma média de R$ 300 a R$ 350 por quinzena, já descontados o valor referente à alimentação, de acordo com a produção da equipe.

Segundo ela, a “degradância das condições de vida e trabalho desses trabalhadores se ampliava ainda mais porque, afora a falta de alojamento, nenhuma estrutura que compõe uma área de vivência minimamente digna era ofertada a eles”.

Também ficou constatado que não havia instalações sanitárias ou chuveiros para banho. “A falta de disponibilização de banheiro obrigava todos os trabalhadores a satisfazerem suas necessidades de excreção no mato, nas proximidades do rancho, sem condições mínimas de saúde, higiene, conforto ou privacidade”, explica Gislene Stacholski.

O MT acrescentou que os empregados tomavam banho no meio da vegetação, a céu aberto, sem o mínimo de privacidade, com a utilização de baldes de água.

Sem estrutura

Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, a auditora relata que o local também não dispunha de estrutura adequada para preparo e conservação de alimentos e consumo de refeições. O cozinheiro utilizava fogareiros improvisados no chão do rancho. “Os empregados cavavam um buraco no chão para colocar a madeira e, em cima, uma grelha de ferro, que servia de suporte para as panelas. Não havia também local para as refeições, que eram consumidas com os trabalhadores em pé, nas redes, sentados no chão ou sobre tocos de madeira”, destaca.

Stacholski também ressaltou que os pertences pessoais dos trabalhadores ficavam pendurados e espalhados no rancho, no chão ou em galhos de árvores, e os trabalhadores não recebiam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) obrigatórios. “As botas que usavam estavam em péssimo estado de conservação, tendo sido adquiridas com recursos próprios, ou eles usavam apenas chinelos comuns”, complementou.

Carroceria

Na segunda área fiscalizada, os 9 trabalhadores dormiam na carroceria fechada de um caminhão. Todos foram resgatados, pois a estrutura do veículo não garantia estabilidade ou conforto térmico no seu interior, o que deixava os obreiros sujeitos às variações do clima. “A ventilação era deficitária, pois o pequeno corte feito na lateral do baú não era suficiente para a correta renovação e circulação do ar, sobretudo considerando a sujidade do local com amontoados de palha e de pó da carnaúba e a sua superlotação. A esses problemas se soma a falta de uma estrutura de coleta e depósito de lixo, favorecendo a ausência de higiene e organização”, relata a auditora.

Gislene Stacholski disse também que a degradância das condições de vida e trabalho desses trabalhadores se ampliava porque, “afora a falta de alojamento, nenhuma estrutura que compõe uma área de vivência minimamente digna era ofertada aos trabalhadores”. Ela diz que não havia instalações sanitárias, chuveiro para banho, local adequado para preparo, conservação e tomada de refeições. Fora isso, não eram fornecidos água potável e EPIs obrigatórios aos empregados.

Em outra área de extrativismo fiscalizada foram resgatados cinco obreiros, que haviam sido recrutados do município de Assu, no interior do estado, para executar a extração, secagem e moagem da palha de carnaúba. O pó resultante desse processo era vendido a cerâmicas locais. Eles viviam e pernoitavam no meio do carnaubal, sem nenhum alojamento. O pernoite era feito em redes compradas pelos próprios rurícolas e estendidas no meio do mato, entre árvores que lhes dessem um mínimo de sustentação.

Os trabalhadores tinham ainda que arcar com os custos dos EPIs, como botas, luvas, camisas de manga longa, bonés árabes para proteção solar e outros. Também tinham que pagar pelas ferramentas de trabalho, como as lâminas utilizadas no corte da palha das palmeiras de carnaúba, conhecidas como “quicé”.

Insegurança - Nas cerâmicas fiscalizadas, os trabalhadores atuavam na fabricação de tijolos e lajotas de cerâmica. Trabalhavam durante o dia e pernoitavam no local de produção, em pequenos alojamentos no pátio das cerâmicas. “A localização do alojamento, dentro do parque industrial das cerâmicas, é inadequada, sendo uma área de circulação de materiais e pessoas, sem condições adequadas para abrigar trabalhadores. Além disso, apresentavam problemas de manutenção, higiene e asseio”, diz a auditora.

Não havia instalações sanitárias, e as necessidades fisiológicas de todos os trabalhadores eram satisfeitas no mato. O local também não continha armários para as roupas e os objetos pessoais, nem camas para descanso. Os alimentos eram preparados e cozidos em fogueira improvisada no chão e consumidos de forma precária, em meio aos tijolos.

Máquinas interditadas

“As condições de trabalho também eram marcadamente inseguras, com diversas irregularidades que ensejavam risco grave e iminente, com ausência total de medidas necessárias e suficientes de controle dos riscos, tanto que todas as máquinas foram interditadas por não possuir os requisitos mínimos de proteção de contenção de projeção de peças, materiais, com exposição de correias e partes perigosas. Somavam-se a isso diversos riscos elétricos, que se espalhavam por todo o ambiente de trabalho”, esclarece a coordenadora da ação.

Por descumprir a legislação trabalhista e manter os trabalhadores em condições de degradância, os empregadores foram autuados pela fiscalização e terão de arcar com os custos de rescisão trabalhistas a todos não registrados e aos resgatados, que alcançam R$ 43 mil para os operários da atividade de extração de carnaúba e R$ 22 mil para os trabalhadores das cerâmicas.

Os empregadores terão ainda que arcar com o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de todos os funcionários. Os resgatados receberão ainda do Ministério do Trabalho três parcelas do seguro-desemprego a que têm direito.

CARNAUBAIS  RIO GRANDE DO NORTE

Por G1 RN

Incêndios na Califórnia somam 59 mortos e cerca de 130 desaparecidos


Imagem de satélite mostra o incêndio Camp Fire, no norte da Califórnia, ainda no início, na quinta-feira. — Foto: Nasa/Cortesia à Reuters

15 de NOVEMBRO 2018 - Os incêndios que continuavam assolando a Califórnia já deixaram 59 mortos, segundo o balanço mais recente divulgado pelas autoridades, que aumentam seus esforços para encontrar cerca de 130 pessoas reportadas como desaparecidas.

"Restos de oito novas vítimas foram encontrados" ontem na localidade devastada de Paradise, de 26 mil habitantes, localizada aos pés das montanhas da Serra Nevada e ao norte da capital do estado, Sacramento, anunciou o xerife Kory Honea em entrevista coletiva, durante a qual também anunciou a chegada de material para acelerar a análise genética.

"A partir de amanhã, todos que acharem que um membro de sua família morreu podem vir deixar uma amostra de DNA", disse o xerife, acrescentando que, no momento, a prioridade e a busca por vítimas do chamado "Camp Fire", incêndio florestal mais letal da história da Califórnia.

Como os bombeiros trabalham para combater o fogo?

Os efetivos dedicados a esta tarefa já somam 461 pessoas, auxiliadas por 22 cães especializados na busca por restos humanos.

Policiais já conseguiram localizar mais de 200 pessoas, assinalou o xerife. Na tarde de ontem, cerca de 130 nomes continuavam na lista de desaparecidos, principalmente idosos que moravam em Paradise, cidade que foi totalmente destruída pelo incêndio, que já queimou cerca de 56 mil hectares.

Centenas de quilômetros ao sul, perto de Los Angeles, o "Woolsey Fire" já fez arder quase 40 mil hectares, deixando três mortos. O fogo foi declarado ali na semana passada, como no norte, e se espalhou rapidamente, afetando o célebre balneário de Malibu, onde foram levantadas ontem as ordens de evacuação para algumas regiões.

Uma maratona

O presidente Donald Trump expressou ontem seu apoio aos californianos no Twitter. Mas no sábado passado provocou polêmica ao acusar o estado da Califórnia de má gestão florestal em áreas que, em sua maioria, estão sob controle federal.

"Paradise estava bem preparada para este tipo de emergência, mas este incêndio foi sem precedentes, resistente, e muita gente ficou presa", apesar das ordens de evacuação, declarou o governador da Califórnia, o democrata Jerry Brown, que se reuniu com vítimas e efetivos mobilizados na região.

Os bombeiros californianos receberam uma ajuda importante pelo ar, mas o fogo continuava avançando. No norte do estado, não está prevista chuva até o final da próxima semana.

Autoridades locais também emitiram um alerta de poluição do ar devido aos incêndios. Muitas ordens de evacuação continuam em vigor, e não devem ser levantadas por semanas.

As famílias cujas casas foram incendiadas ainda não podem retornar. "É uma maratona, não um sprint, mas temos que trabalhar todos juntos na reconstrução", declarou Mark Ghilarducci, do serviço de emergências da Califórnia.

Carol Hansford, 83, disse à AFP em Chico, perto de Paradise, que deseja desistir. "Já fui evacuada duas vezes, acho que acabou para mim. Não quero mais estar no meio de pinheiros. Perdi tudo. Tínhamos uma casa grande , que eu havia limpado no dia anterior, e, agora, não restam mais do que cinzas", lamentou.

A origem dos incêndios não é clara, mas vítimas abriram um processo coletivo em San Francisco contra a empresa de eletricidade local Pacific Gas & Electricity (PG&E). Segundo a denúncia, do advogado Mike Danko, que representa 20 vítimas do Camp Fire, o incêndio pode ter sido causado por "faíscas de solda" sobre uma linha de alta tensão da empresa. A PG&E negou qualquer responsabilidade.

Por France Presse

Suspeitos de manter idoso 1 ano em cárcere no RN fizeram empréstimo de R$ 8 mil no nome dele, diz delegado


Idoso resgatado de cárcere privado dormiu e tomou café 
da manhã na delegacia de Assu, de onde foi levado para 
um abrigo provisório em Ipanguaçu — Foto: Polícia Civil 
do RN/Divulgação

13 de NOVEMBRO 2018 - O idoso de 70 anos, que em menos de 24 horas precisou ser resgatado duas vezes de uma situação de cárcere privado na cidade de São Rafael, no Oeste potiguar, enfim foi levado para uma moradia apropriada. Na noite desta segunda-feira (12), ele foi recebido por um abrigo em Ipanguaçu, que fica na mesma região.

Um homem e a filha, apontados como responsáveis pela guarda do idoso, devem ser indiciados pelos crimes de cárcere privado, maus tratos e pelo desvio da aposentadoria do ancião. Ao G1, o delegado Cidórgeton Pinheiro revelou que os dois ainda são suspeitos de terem feito um empréstimo no valor de R$ 8 mil em nome do ancião.

“O abrigo que acolheu o idoso é provisório, mas atende bem as necessidades dele. Ele está muito feliz. Foi muito bem recebido. O espaço fica em um ambiente rural, bem agradável”, ressaltou Cidórgeton.

A missão agora, ainda de acordo com o delegado, é fazer um acompanhamento médico do idoso e encontrar familiares dele, já que até o momento não foram localizados.


Construção onde o idoso era mantido fica ao lado de um chiqueiro — Foto: Polícia Civil do RN/Divulgação

Mais de 1 ano trancafiado

O idoso foi resgatado na tarde do sábado (10). Ele estava há mais de 1 ano sem poder sair de uma casa em construção localizada no quintal de um imóvel, ao lado de um chiqueiro. O local, que não tinha janelas, possuía apenas uma cama e um vaso sanitário como mobilha. E estava trancada com uma grade, correntes e cadeado.

Após ser retirado da casa, o idoso foi entregue a uma equipe do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), que ficou responsável por encontrar um abrigo. Porém, segundo o delegado, não foi o que aconteceu. Pelo contrário. Além de não achar um local apropriado para o idoso, os assistentes ainda o devolveram para o cárcere de onde havia saído. Foi quando o delegado precisou ir novamente à casa para mais uma vez resgatar o aposentado.



Dentro da casa havia apenas uma cama de solteiro e um vaso sanitário — Foto: Polícia Civil do RN/Divulgação

Investigações

O delegado Cidórgeton Pinheiro disse que tem um prazo de 30 dias para concluir as investigações. Além de indiciar os responsáveis pelo idoso, no caso o pai e a filha, a equipe do Cras que devolveu o idoso ao cércere também pode responder criminalmente pelo ato.

ASSU  IPANGUAÇU RIO GRANDE DO NORTE  SÃO RAFAEL

Por Anderson Barbosa, G1 RN

Ex-prefeito de Baraúna é morto pelo pai após ser confundido com assaltante, na PB


Ex-prefeito de Baraúnas, Alyson Azevedo, foi morto pelo pai, Adilson Azevedo, após ser confundido com assaltante — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

13 de NOVEMBRO 2018 - O ex-prefeito da cidade de Baraúna, no Curimataú da Paraíba, foi morto pelo pai após ser confundido com um assaltante na noite desta segunda-feira (12). De acordo com a Polícia Civil, Alyson Azevedo tinha 37 anos e foi até a casa do pai, Adilson Azevedo, também ex-prefeito da cidade, depois de ser chamado por vizinhos porque uma fumaça estava saindo da casa dele e ninguém conseguia acordá-lo.

Alyson correu até a casa do pai e tentou arrombar a porta. Nesse momento, o pai atirou de dentro da casa contra o filho achando que se tratava de um assalto. Alyson Azevedo foi baleado no peito, chegou a ser levado para o Hospital de Picuí, mas não resistiu e morreu.

A fumaça que saía da casa e chamou a atenção dos vizinhos era de uma panela que estava no fogão. O pai, Adilson Azevedo, vai prestar depoimento à polícia nesta terça-feira (13) sobre o caso.

Alyson Azevedo foi eleito prefeito da cidade de Baraúna em 2008, pelo MDB, enquanto seu pai, Adilson Azevedo, foi o candidato eleito das Eleições 2000, pelo mesmo partido, na época ainda PMDB.

Casa de Adilson Azevedo, em Baraúna, onde o crime aconteceu — Foto: Artur Lira/TV Paraíba

BARAÚNA

Por G1 PB

Rio ganha estátua de 'Jesus sem-teto' no Dia Mundial dos Pobres.


Detalhe da estátua de Jesus Sem-Teto com chagas nos pés — Foto: Divulgação/ Carlos Moioli

13 de NOVEMBRO 2018 - A partir do dia 18 de novembro, cariocas que passarem pelo Centro da cidade vão poder ver uma representação artística de Jesus Cristo diferente da imagem tradicional do filho de Deus para os cristãos. A escultura, doada por um artista canadense, representa o "Jesus sem-teto" deitado em um banco de praça com um cobertor fino sobre o corpo.

Em alusão aos mais de 4,6 mil pessoas em situação de rua da capital fluminense, a imagem em tamanho real lembrará o Dia Mundial dos Pobres.

A escultura, obra do artista canadense Timothy Schmalz, foi um presente à Arquidiocese do Rio de Janeiro. A vinda da imagem foi intermediada pela Embaixada do Brasil junto à Santa Sé e a Ordem do Santo Sepulcro.

Aos visitantes, a estátua vai ficar exposta na praça em frente à Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, do lado esquerdo, para quem olha da Catedral para a Avenida Chile.

A imagem carrega forte simbolismo, na visão do pároco da Catedral, Padre Cláudio Santos, que defende que a obra exemplifica a necessidade de uma sociedade que compartilhe mais gestos de solidariedade.

"Sem duvida, a escultura nos faz olhar quem vive nas ruas de nossa cidade como irmãos e irmãs, como pede o Papa Francisco que nós vejamos Cristo na figura do pobre que vive nas ruas, que tanto sofre no mundo. Devemos perceber que nossa felicidade só será plena se o outro também for feliz. A imagem de Jesus sem-teto revela aquele que se fez pobre, sofreu e deu sua vida para salvação de todos", frisou o pároco.

Data terá programação especial

No dia 18, Dia Mundial dos Pobres, logo às 7h da manhã, a Catedral de São Sebastião e o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, vão oferecer café da manhã, banho, corte de cabelo, ajuda em processos de emissão de documentos, evangelização, missa e almoço aos presentes em situação de rua. Após a missa, o arcebispo vai abençoar a escultura de Jesus sem-teto.

No entanto, durante a semana que antecede o dia dos pobres, não só a Catedral terá atividades sociais, como a Arquidiocese do Rio de Janeiro vai realizar uma semana inteira de eventos relacionados com celebração na Maré, painel sobre o cárcere feminino, encontro ecumênico, audiência pública, ação social na Cracolândia, entre outros.


Colocação da estátua de Jesus Sem-Teto no Centro do Rio — Foto: Divulgação/ Carlos Moioli

RIO DE JANEIRO


Por G1 Rio

Idoso que passou 1 ano trancado em casa no RN é devolvido ao cárcere por assistentes sociais; delegado aciona MP


Resgatado pela segunda vez, idoso dormiu e tomou café 
da manhã na delegacia de Assu, onde permanece até que 
seja levado para um abrigo apropriado — Foto: Polícia 
Civil do RN/Divulgação

12 de NOVEMBRO 2018 - O idoso de 70 anos que passou mais de um ano trancado dentro de uma casa em construção na cidade de São Rafael, na região Oeste potiguar, foi levado de volta ao cárcere por uma equipe de assistentes sociais da prefeitura da cidade e precisou, mais uma vez, ser resgatado pela Polícia Civil. Agora, segundo o delegado Cidórgeton Pinheiro, responsável pelo caso, a equipe municipal deve responder criminalmente pela situação, assim como as pessoas que mantiveram o idoso trancado por todo este tempo.

A Procuradoria do Município de São Rafael justificou a atitude dizendo que os abrigos da região, por se tratar de um final de semana, só poderiam receber o idoso com autorização judicial, e que por isso a equipe do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) escolheu devolvê-lo para a família que o mantinha preso, mas que iria ficar acompanhando.


Construção onde o idoso era mantido não tem janelas e estava trancada por uma grade com correntes e cadeado — Foto: Polícia Civil do RN/Divulgação

A casa onde o idoso foi encontrado fica no quintal de uma residência, ao lado de um chiqueiro. A construção não tem janelas e estava trancada por uma grade com correntes e cadeado. Dentro, os policiais encontraram apenas uma cama de solteiro e um vaso sanitário.

“É inacreditável. Fiquei surpreso e revoltado quando soube que o idoso que havíamos resgatado de uma situação tão degradante havia sido levado de volta para o mesmo cárcere. A desculpa que deram, até onde eu soube, foi de que não encontraram um abrigo para acolher o idoso. Isso é absurdo”, disse o delegado ao G1.

Ainda de acordo com Cidórgeton, o idoso resgatado foi levado para o Cras de São Rafael. “A equipe assinou um termo de recebimento e se comprometeu a levá-lo para um abrigo apropriado. Pelo visto não foi o que aconteceu”, explicou.



Dentro da casa havia apenas uma cama de solteiro e um vaso sanitário — Foto: Polícia Civil do RN/Divulgação

Diante do ocorrido, o delegado disse que vai acionar o Ministério Público e que deve indiciar criminalmente a equipe do Cras pelo que fizeram. “Eu vejo que eles cometeram o mesmo crime que as pessoas que mantiveram o idoso este tempo todo trancado, que é o cárcere privado”, acrescentou.

Cidórgetom revelou ainda que o dono da casa e a filha dele, os dois adultos que mantinham o idoso trancado dentro da casa em construção, também serão indiciados. “Quando chegamos ao local onde o idoso estava, que fica numa construção no quintal de uma casa, não encontramos o responsável. Mas, depois ele se apresentou e admitiu que era o responsável. Agora, já com elementos suficientes, inclusive com provas de que eles chegaram a fazer um empréstimo usando o nome do idoso, devemos pedir o indiciamento dele e da filha pelos crimes de cárcere privado, maus tratos e desvio da aposentadoria da vítima”, complementou.

Novo resgate

O novo regate aconteceu já no início da madrugada do domingo (11), após o delegado tomar conhecimento que o idoso havia retornado ao ambiente de onde já havia sido retirado horas antes. “Achei até que era até fake news a história de que ele estava de volta ao cárcere. Mas, infelizmente, era fato. Então o resgatamos novamente e agora ele está conosco na delegacia de Assu. Ele dormiu e tomou café da manhã aqui. E daqui só vai sair se for para um abrigo”, afirmou Cidórgeton Pinheiro.

ASSU  RIO GRANDE DO NORTE  SÃO RAFAEL

Por Anderson Barbosa, G1 RN

Suspeito confessa que matou artista potiguar por dívida de R$ 180


Zezo Silva foi encontrado morto, dentro de casa, ao 
lado de uma chave de fenda — Foto: Redes Sociais

12 de NOVEMBRO 2018 - O homem preso suspeito de ter matado o ator e bailarino Zezo Silva, de 62 anos, disse à polícia que cometeu o crime por causa de uma dívida de R$ 180. Ele foi detido em Parelhas, região Oeste potiguar, na sexta-feira (9), e a Polícia Civil divulgou a confissão nesta segunda (12).

O crime aconteceu no dia 5 de outubro no bairro Cidade Alta, em Natal. O bailarino José Raimundo da Silva, conhecido como Zezo, foi morto dentro de sua casa com golpes de arma branca. Uma chave de fenda foi encontrada ao lado do corpo.

E o motivo seria a dívida de R$ 180, segundo afirma o suspeito. “Ele conta que foi até a casa de Zezo com o intuito de receber o valor, mas que houve uma briga, que Zezo o teria chutado e o ameaçado com uma faca. Faca essa que teria sido usada pelo suspeito para golpear Zezo no pescoço”, detalhou o diretor da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), delegado Marcos Vinícius.

Apesar de o homem ter confessado, as investigações da DHPP sobre o crime ainda prosseguem, pois a polícia afirma a versão possui contradições e outras linhas de investigação estão sendo estudadas.

“Um dado que nos chama a atenção é o fato da vítima ter sido encontrada sem as vestes da parte inferior e o fato do suspeito ter permanecido no imóvel aproximadamente duas horas. Por isso, ainda contamos com a ajuda da população para que nos envie informações que possam nos ajudar a esclarecer o crime”, solicitou o delegado Marcos Vinícius.

As informações podem ser enviadas de forma anônima e com garantia de sigilo para o Disque Denúncia 181.

NATAL  RIO GRANDE DO NORTE

Por G1 RN

Homens dizem cuidar mais da saúde após participar de pré-natal


Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil/Agência Brasil

09 de NOVEMBRO 2018 - Oito em cada dez homens presentes em consultas de pré-natal passaram a ficar mais cuidadosos com a própria saúde, segundo pesquisa divulgada hoje (8) pelo Ministério da Saúde. O estudo indica que 72,25% dos pais ou cuidadores entrevistados pela pasta participaram das consultas de pré-natal com suas parceiras. Desse total, 80,71% afirmaram que esse envolvimento os motivou a cuidar melhor de sua saúde.

“Os dados demonstram que a paternidade é a principal porta de entrada do homem na unidade de saúde para que ele também se cuide”, informou o ministério.

Nesta terceira etapa da pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e Cuidado, foram feitas 37.322 entrevistas com pais ou cuidadores que assumiram a figura paterna e que acompanharam o pré-natal, parto e pós-parto de crianças nascidas no Sistema Único de Saúde (SUS) no ano de 2015.

O objetivo do estudo, de acordo com a pasta, é obter dados sobre acesso, acolhimento e cuidados com a saúde masculina nos serviços públicos de saúde e levantar informações sobre o envolvimento do pai no pré-natal e no nascimento da criança. A coleta de informações foi feita entre março de 2017 e março deste ano.


Falhas

Embora a pesquisa aponte maior conscientização em relação à saúde, ainda é alto o número de homens que não têm na sua rotina o cuidado com a saúde. Quando questionados sobre o costume de buscar estabelecimentos públicos de saúde, 36,36% dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de ir a esses locais. Desse total, 47,57% (6.455) informaram como motivo nunca ter precisado, falta de interesse ou não gostar de hospital.

“Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção”, destacou o ministério.


Novembro Azul

O tema da campanha Novembro Azul este ano é Homem, da Infância à Velhice, Cuide de Sua Saúde, de Novembro a Novembro. A proposta, segundo a pasta, é chamar a atenção da população, dos gestores e dos profissionais de saúde para a importância de olhar para a saúde do homem de forma integral, e não apenas para a questão da próstata.

Ao longo de todo o mês, o ministério vai intensificar ações de comunicação nas redes sociais, na TV e no rádio, além da realizar eventos relacionados à campanha. No próximo dia 14, ocorre o 4º Fórum Ser Homem: Discutindo Políticas Públicas para a Saúde do Homem, no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. O encontro é uma parceria com o Instituto Lado a Lado, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Já nos dias 21 e 22, a pasta promove o Simpósio Internacional: Saúde do Homem Integral e a Construção e Planejamento de Linha de Cuidado Participativa. O evento será no Hospital Regional do Paranoá, em Brasília, com a presença de Noel Richardson, representante da Irlanda, primeiro país a implantar a política de saúde do homem. Também participa do encontro o professor da Universidade de Brasília (UnB) Muna Muhammad Odeh.

Números

Dados do ministério mostram que, em 2017, foram registrados, no SUS, 533 milhões de atendimentos ambulatoriais e 4,3 milhões de procedimentos hospitalares em homens. No mesmo período, no âmbito da estratégia Pré-Natal do Parceiro, foram registradas 3.795 consultas e 31.732 exames de detecção do HIV e sífilis no parceiro ou na gestante.

O Sistema de Informações de Mortalidade da pasta mostra que, em 2016, 736.842 homens morreram em todo o país. Entre as principais causas de morte estão: tipos diversos de câncer (112.272), como próstata, fígado, pulmonar e de pele; doenças do coração (68.018); agressões (56.409); acidentes (84.139), em especial de transporte (31.565); doenças cerebrovasculares (51.753) e gripe e pneumonia (41.695).
Agência Brasil

Thayonara Filgueira - Jornal O Mossoroense.

Justiça do RN condena Estado a pagar indenização a homem que apanhou de policiais em praça pública


Sede do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte — Foto: Eduardo Maia

09 de NOVEMBRO 2018 - Um homem da cidade de Assu, na região Oeste potiguar, ganhou uma ação judicial movida contra o Estado do Rio Grande do Norte e será indenizado com a quantia de R$ 8 mil, mais juros moratórios e correção monetária. O motivo é que ele foi vítima de abuso de poder e sofreu agressões físicas e psicológicas praticadas por policiais militares em uma abordagem em praça pública, em meados de 2016. A sentença é do juiz do Juizado Especial Cível, Criminal e da Fazenda Pública da Comarca de Assu, Marivaldo Dantas de Araújo.

O autor ajuizou ação com o objetivo de que a Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte e o Estado do RN sejam condenadas ao pagamento de uma indenização por danos morais. No processo ele afirmou que, em 21 de junho de 2016, por volta das 23 horas, ele estava na Praça São João Batista, prestigiando os festejos do padroeiro, junto aos seus familiares e amigos, quando foi abordado “agressivamente” por policiais militares que faziam ronda no local do evento.

Alegou que, sem justo motivo, levou tapas, empurrão, foi derrubado no chão, recebeu chutes no rosto, foi algemado e arrastado até o centro de apoio à polícia. Após as agressões, foi liberado, quando afirmou que procuraria seus direitos, recebeu ameaças de um dos policiais. No dia seguinte, em 22 de junho de 2016, registrou boletim de ocorrência com os fatos narrados. No dia 23 de junho de 2016, buscou atendimento hospitalar.

O Estado do Rio Grande do Norte alegou que os policiais militares agiram sob a excludente de ilicitude do exercício regular do direito. No mérito, sustentou que o autor não fez prova dos fatos alegados, bem como que, caso os fatos ficassem comprovados, não passariam de “mero aborrecimento”. Alegou, ainda, que a quantia pretendida pelo autor é exorbitante; caso a pretensão chegasse a ser procedente, o valor da indenização deveria ser arbitrado em “valor razoável”.

Decisão

Da análise das provas anexadas aos autos, o magistrado observou que o autor juntou ficha de atendimento de urgência, em que ficaram comprovadas a existência de lesões superficiais no autor, com data de 23 de junho de 2016, boletim de ocorrência relatando os fatos narrados na ação judicial, com data de 22 de junho de 2016, como também, Notificação de Sindicância e Termo de depoimento da Sindicância.

O juiz salientou que nenhum dos documentos foram impugnados pelo Estado do RN, tampouco foi negada a realização da abordagem contra o autor, ou justificado o motivo para a atitude enérgica e agressiva dos Policiais Militares. “Desse modo, da análise do conjunto probatório contido nos autos, é de se concluir que os policiais militares extrapolaram o seu direito de exercício de suas funções, ao abordarem de forma agressiva, chegando a espancar, humilhar e constranger o autor, sem aparente motivo justificado”, comentou Marivaldo Dantas de Araújo.

Ele destacou que o depoimento de uma testemunha nos autos processuais foi “verossímil e consistente”, o que conduz, a seu ver, à verossimilhança das afirmações do homem agredido. “Principalmente quando se considera as demais provas anexadas aos autos”.

O juiz ressaltou ainda que o Estado não levou a juízo nenhuma prova de que essa abordagem não se deu da forma como narrada no processo. “Mesmo porque certamente tinha a sua disposição documentos que indicassem quais policiais estavam escalados para a guarda do evento, no dia 21 de junho de 2016, na Praça São João Batista, oportunidade em que poderiam produzir provas em contrário, mas não o fizeram”, acrescentou.

“No caso específico dos presentes autos, observa-se que a atitude dos servidores da parte demandada veio a expor o autor a uma situação extremamente humilhante e vexatória perante os presentes, situação essa capaz, inclusive, de gerar problemas de ordem psicológica, o que se mostra suficiente para a configuração do dano moral alegado”, concluiu o magistrado.

ASSU  RIO GRANDE DO NORTE

Por G1 RN