'Eu me desesperei e achei que tinha caído meu rosto', diz vítima de ataque com líquido ácido em Porto Alegre


Bruna estava próximo de casa quando foi atacada pelo 
homem. — Foto: Arquivo pessoal

22 de JUNHO 2019 - Uma das vítimas atacadas por um homem que vem jogando um líquido semelhante a ácido em pessoas pelas ruas de Porto Alegre teve queimaduras de segundo grau no rosto e em partes do braço. Bruna Machado Maia, de 27 anos, caminhava perto de casa, na Rua Santa Flora, no bairro Nonoai, na noite de quarta-feira (19), quando ele se aproximou numa bicicleta.

"Quando eu olhei meu casaco eu me desesperei, já achei que tinha caído meu rosto, já tinha me queimado, feito buraco", lembra.

Num primeiro momento, a mulher pensou que estava sendo assaltada.

"Esperou eu passar para se aproximar. Ele estava de bicicleta preta. Ele era bem branco, magro, sem barba, sem bigode, sem nada. Não vi cabelo por causa do capuz. Ele estava com um moletom todo branco, calça escura e sapato escuro".

"Ele falou 'olha a água'. No reflexo, eu botei a mão e consegui proteger só meu olho, mas no rosto em si, pegou".

Os casos estão sendo investigados pela 13ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre. Cinco ocorrências por lesão corporal foram registradas por quatro mulheres e um homem até o fim da tarde desta sexta-feira (21).

O delegado Luciano Coelho acredita que a substância é um ácido. Além do Nonoai, os ataques também aconteceram no Aberta dos Morros, dois bairros da Zona Sul da cidade.

De acordo com informações da Polícia Civil, duas pessoas já foram ouvidas e outras três devem prestar depoimento na segunda-feira (24). O delegado busca imagens de câmeras de segurança para identificar o suspeito.

Uma das vítimas relatou que o homem estava em um carro e que havia uma segunda pessoa no veículo. A polícia ainda não confirmou essa informação.

"Não temos identificação do veículo nem do indivíduo, mas com certeza é a mesma pessoa [que joga o líquido]", relata o delegado.

"Achei que ele estava me molhando de sacanagem, coisa de moleque. Mas eu vi que, dois segundos depois, aquilo começou a queimar e eu saí gritando e correndo, pedindo socorro", acrescenta Bruna.

Com a ajuda de uma vizinha, que buscou na internet orientações sobre como proceder em situações de queimadura, a dona de casa iniciou os primeiros cuidados.

A mulher foi atendida no por uma médica no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, depois de tentar por uma hora e meia que um carro de aplicativo a levasse até o posto.

"Não queria ir porque era zona de risco. Quando eu cheguei lá, passei na frente de todo mundo, eles estavam com medo, não sabiam se eu tinha ficado cega, mas a médica disse: 'não se preocupa, vai secar, vai cair e vir uma pele nova', e meu deu uma pomada. Quanto mais eu falo, mais me dói o rosto porque força o músculo".

Na delegacia, ao fazer a ocorrência, ela descobriu que o homem havia feito outras vítimas.

"Eu não queria falar com ninguém, não queria ver ninguém, não queria que ninguém visse meu rosto, estava com medo que me olhassem com outros olhos. Mulher, né, isso afeta nossa vaidade, nossa beleza, a nossa vontade de se sentir bonita. Meu marido conversou comigo, me deu palavras de conforto", conta.

Cronologia dos ataques

Quarta-feira (19): o suspeito estava em uma bicicleta

23h10, na Rua Santa Flora, no bairro Nonoai

Sexta-feira (21): segundo as vítimas, suspeito estava em um HB20 branco

6h30, na Rua Francisca Prezzi Bolognesi, no bairro Aberta dos Morros

6h40, na Rua Francisca Prezzi Bolognesi, no bairro Aberta dos Morros

7h20, na Rua Santa Flora, no bairro Nonoai

7h30, na Rua Santa Flora, no bairro Nonoai

As roupas das vítimas foram encaminhadas para exames. De acordo com o delegado, o Instituto Geral de Perícias vai analisar o líquido usado pelo suspeito contra as vítimas.

'Fiquei com muita dor e desnorteada'

Somente na manhã de sexta-feira (21), três mulheres e um jovem procuraram a polícia. Entre elas, Tássia Steinmetz, 33 anos, atacada por volta das 7h20. Ao G1, ela disse que não conseguiu ver o rosto do homem que jogou o líquido.

"Estava indo me exercitar e estava com fones de ouvido. Acho que ele me atacou pelas costas, então não vi nada. Na hora não entendi o que aconteceu. Fiquei com muita dor e desnorteada", relata.


Tássia não conseguiu ver o rosto do agressor. — Foto: Arquivo pessoal

'Fiquei apavorada'

Outra vítima atacada na manhã de sexta é Gladis Nievinski, de 48 anos. Ela conta que ia ao trabalho, a pé, quando percebeu que um carro branco havia estacionado, no lado oposto da calçada. "Pensei 'alguém chegou de Uber'. Uns 50 metros depois, percebi que esse carro veio para o meu lado", relata.

"Pensei 'não vou olhar, ele vai falar uma gracinha'. Nisso, senti algo no rosto. Pensei 'sacana, cuspiu em mim'. Passei a mão e começou a arder", contou. Seu pescoço e uma parte do rosto foram atingidos pelo líquido, transparente, sem cheiro e com aspecto pegajoso, conforme ela descreve. A substância pegou também em seu casaco. "Ficou estraçalhado", comenta.

Gladis não conseguiu identificar o carro, mas diz que viu somente uma pessoa. O veículo saiu sem acelerar. Ela, então, procurou atendimento em um posto de saúde. "Soube que não era o primeiro caso. O médico disse que provavelmente era ácido, ou algo abrasivo, soda base", conta.

O médico limpou a área e receitou medicamentos para dor e uma pomada para a pele. Gladis teve queimadura de terceiro grau, e vai voltar na próxima semana para avaliar o ferimento. "Sinto ardor. Não tive como trabalhar", lamenta.

A notícia se espalhou pelo bairro e vizinhos passaram a pendurar cartazes nos postes, alertando do perigo. "Fiquei apavorada, mas agora estou um pouco mais calma", diz.

Gladis já sabia do primeiro caso, registrado na quarta, mas garante que jamais imaginou que seria vítima do ataque. "A gente sempre tem medo da violência, enfim, tu imagina de tudo, mas nunca contigo", lamenta.


Vítima sofreu queimaduras em parte do rosto e pescoço 

após ataque com líquido corrosivo em Porto 
Alegre — Foto: Arquivo pessoal

'Por sorte estava com casaco grosso'

Também na sexta-feira, um adolescente de 17 anos foi surpreendido por um homem, também em um carro branco, que lhe arremessou um líquido. Leonardo Fassina Klock conta que, inicialmente, achou que seria assaltado, como pensaram outras vítimas. Ele caminhava até um ponto de ônibus, onde aguardaria um coletivo para ir do bairro Aberta dos Morros ao Centro da cidade.

"Veio na minha direção, estava com farol mais ou menos ligado e acelerou. Primeira coisa que pensei: 'vou ser assaltado'. Mas continuei caminhando para não mostrar medo. Quando ele chegou no meu lado, deu uma freada e estava com o vidro aberto já, era um rapaz só. E ele me arremessou um líquido, parecia um desodorante ou uma pistolinha de água. Quando arremessou, começou a queimar. Meu braço começou a arder e meu rosto meio que ardia. Pensei que era spray de pimenta", lembra.

"Ele não disse nada, simplesmente abriu a janela e jogou em mim. Uma situação muito estranha, eu fiquei sem entender."

Leonardo conta que saiu correndo após ser atingido, e chamou alguns vizinhos, mas num primeiro momento não foi atendido. "Gritei desesperado, como se alguma coisa pudesse acontecer comigo", diz.

Até que conseguiu ajuda de um vizinho, que foi com ele até um ponto onde conseguiu entrar em uma lotação e seguir até o Centro. No caminho, ligou para o pai e contou o que havia acontecido. "Meu casaco estava todo queimado, tinha respingado na minha mochila (...) Fiquei bastante apavorado. Se tivesse pegado no meu rosto, aconteceriam coisas piores comigo. Por sorte estava com casaco bem grosso", acrescenta.


Leonardo mostra agasalho furado pelo líquido que foi 

jogado nele em Porto Alegre — Foto: Arquivo pessoal


Leonardo conta que casaco grosso ajudou a evitar contato 

do líquido com a pele — Foto: Arquivo Pessoal

PORTO ALEGRE


Por Lilian Lima, G1 RS

Homem mata mulher após briga por pedaço de bolo em SP, diz polícia


Mulher é morta com tiro na boca na frente dos filhos 
após briga por pedaço de bolo em 
SP — Foto: Arquivo Pessoal

21 de JUNHO 2019 - A dona de casa Vanderléia Inácio dos Santos, de 25 anos, foi morta com três tiros na frente dos filhos pequenos após uma discussão durante uma festa junina em Sete Barras, no interior de São Paulo. Segundo a polícia, o suspeito, de 47 anos, sacou o revólver e efetuou disparos contra a mulher após uma briga por um pedaço de bolo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o crime foi registrado como homicídio qualificado na Delegacia de Polícia de Sete Barras. Procurada pelo G1, a Polícia Civil informou que o suspeito se apresentou espontaneamente, mas foi liberado porque não havia mandado de prisão contra ele. O caso segue sob investigação.

Em entrevista ao G1 nesta sexta-feira (21), o auxiliar serviços gerais Nelson Gonçalves, de 46 anos, cunhado da vítima, contou que tudo começou depois que Vanderléia ofereceu um pedaço de bolo à esposa do criminoso, durante uma festa no bairro Onça Parda, onde mora a família, no último sábado (15).

Ele conta que o bolo tinha sido preparado por Vanderléia e o suspeito começou a fazer críticas e, em seguida, a xingá-la. "Ele falou para a esposa ‘não come essa porcaria que eu compro coisa melhor para você’".

Eles iniciaram uma discussão, até que o suspeito sacou um revólver. Em seguida, ele saiu da festa em direção ao carro. A vítima foi atrás dele e acabou baleada. "Ele deu o primeiro tiro no peito e ela caiu. Depois ele deu um tiro dentro da boca. O terceiro foi na testa. Depois ele pegou ela, jogou pelo braço e falou ‘toma o lixo de vocês’", afirma.

Vanderléia não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. Ela deixa quatro filhos, sendo uma menina 6 anos e três meninos, um de 8, outro de 4 anos e um bebê de 10 meses. Os filhos maiores viram toda a cena. O cunhado conta que a menina ainda viu de perto porque ela havia corrido atrás da mãe pouco antes de ela ser baleada.

"A gente não tinha nenhum contato com ele. Ele veio do Rio Grande do Sul para tomar conta de uma fazenda da região, mas era mal falado. Chegou na cidade há uns dois anos. Ele tomava conta de uma fazenda a 3 km do crime."

O suspeito fugiu e só se apresentou à polícia na terça-feira (18). O cunhado de Vanderléia conta que a família está revoltada porque ele foi liberado em seguida. "Ele nem chegou a ser preso. Ele saiu pela porta da frente [da delegacia] no mesmo dia em que se apresentou à polícia. Queremos que ele responda por feminicídio."

O G1 tentou contato com a defesa do suspeito, mas não conseguiu retorno até a última atualização desta reportagem.


Crime ocorreu nas proximidades de um bar no bairro 
Onça Parda, em Sete Barras, SP — Foto: Divulgação

Por G1 Santos

Filho da deputada Flordelis diz que irmã ofereceu R$ 10 mil para outro irmão matar o pai


Flordelis chega ao enterro do marido, Pastor Anderson 
do Carmo — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1

21 de JUNHO 2019 - Um dos filhos da deputada Flordelis (PSD) contou nesta quinta-feira (20) à Polícia Civil que suspeita do envolvimento da mãe e de três irmãs na morte do pai, o pastor Anderson Carmo, morto a tiros no último domingo. Segundo o jovem, uma delas ofereceu R$ 10 mil ao irmão Lucas dos Santos para matar o pastor.

Procurada, a deputada afirmou por meio da assessoria que não irá se pronunciar sobre o assunto.

O rapaz, que não teve a identidade revelada, disse que a mãe e três irmãs colocavam remédio na comida do pai e que isso seria a causa de seus problemas de saúde. Ele contou também que Anderson mostrou uma ameaça de morte que tinha recebido em fevereiro.

O jovem afirmou ainda que o irmão Lucas recebeu proposta de R$ 10 mil de uma das irmãs para matar Anderson. Lucas não estava na casa no momento do crime, mas teria comprado a arma usada no assassinato.

No depoimento, o filho disse que não houve barulho, confusão e nem moto em fuga no momento da morte. Ele afirmou que viu o irmão Flávio, que confessou ter dado seis tiros no pai, ao lado do corpo ensanguentado, recolhendo uma mochila de couro e o telefone celular do pastor. O aparelho foi entregue para a mãe Flordelis, segundo o depoimento.

Os policiais ainda não encontraram os celulares de Flordelis, do pastor e de Flavio. Também não acharam a mochila.

Segundo o filho, Flordelis teria afirmado que "a hora do pai estava chegando". Ele descreveu o comportamento desesperado dos parentes no velório como "teatro".

Nesta quinta-feira (20), a Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido da Polícia Civil e determinou a prisão temporária de Lucas e Flávio. O pedido foi feito ao Judiciário após os investigadores realizarem uma acareação entre Flávio e Lucas.

Por Felipe Freire e Leslie Leitão, RJ2

Incêndio atinge favela em Santo André

Registro do incêndio que atingiu uma favela em Santo André — Foto: Reprodução/Bom Dia SP
Registro do incêndio que atingiu uma favela em Santo André — Foto: Reprodução/Bom Dia SP

19 de JUNHO 2019 - Uma comunidade próxima da Avenida Prestes Maia, em Santo André, na região do ABC , foi atingida por um incêndio na manhã desta quarta-feira (19). Não há informações sobre feridos.

Cinco carros de bombeiros foram chamados para combater as chamas.

Algumas casas foram atingidas pelo fogo. As causas do incêndio ainda são desconhecidas. O trânsito da Avenida Prestes Maia tem lentidão próximo ao Viaduto Rotary.

SANTO ANDRÉ

Por Bom Dia SP

Cearense para de fumar e dinheiro poupado é usado em 4 viagens e novo carro


Aposentado cearense disse que já conheceu vários países 
com as economias do antigo vício — Foto: Arquivo Pessoal

19 de JUNHO 2019 - Um aposentado cearense deixou de fumar e, com o dinheiro que usava com cigarros, conseguiu comprar um carro e viajar por quatro países. Nilo Veloso diz que economiza, em média, R$ 15 por dia desde que parou de fumar há 14 anos.

O aposentado conta que já conheceu países como Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai só com o dinheiro que guarda em um cofre. No último dia 5 de junho, ele fez a quebra anual do cofre. Com o valor de R$ 5.233, dinheiro que seria usado para comprar cigarros, ele já planeja a próxima viagem.

“Vou passar oito dias em Aparecida, no interior de São Paulo, com minha esposa. Consegui trocar a maioria das moedas e comprar a passagem para agosto. Já conheci o Brasil quase todo”, disse. As moedas que restaram já ficam para a abertura de cofre do próximo ano, de acordo com Nilo.

Mudança de vida

A decisão de mudar de vida veio após 34 anos fumando diariamente. O aposentado estava saindo do trabalho para ir almoçar, quando passou mal dentro do carro.

"Eu, que sou devoto de Nossa Senhora, pedi a ela nesse dia para parar e fumar porque eu estava ficando doente. Desde então eu nunca mais voltei”, lembra o aposentado, que já havia tentado largar o vício por diversas vezes.


A próxima viagem do ex-fumante cearense já está 
marcada: vai, com a esposa, visitar Aparecida do 
Norte, em São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal

Nilo resolveu investir o dinheiro que gastava com cigarro e realizar sonhos. Ele começou juntando R$ 5, mas atualmente, ele poupa R$ 15 por dia. Esse dinheiro é equivalente a três maços de cigarros, quantidade que o aposentado fumava diariamente.

“Em média, eu consigo, todo ano, entre R$ 5.200 e R$ 5.600. Já fiz tanta coisa na minha vida com esses dinheiro, parar de fumar foi a melhor coisa que fiz na minha vida”, declara.

Desde que começou a juntar o dinheiro, Nilo já comprou computadores, máquinas fotográficas, trocou toda a mobília de sua casa e já deu entrada até em um carro.

Esportes na rotina

Se antes levava uma vida de sedentarismo por conta da dificuldade em respirar, hoje o aposentado não passa uma semana sem praticar esportes. Uma das primeiras aquisições de Nilo com o dinheiro do cofre foi comprar um bicicleta e começar a pedalar pela capital cearense.

Aos finais de semana, ele pedala até 58 quilômetros. O aposentado fundou até um grupo de ciclistas, chamado "Pedal Urbano Nilo Veloso". Para o próximo cofre quebrado, ele planeja comprar uma nova bicicleta para continuar seus percursos.

“Terças, quintas, sábados e domingos a gente está pedalando. No último sábado (15), a gente foi da Beira Mar até o Eusébio. A gente também faz muito o percurso pela Sabiaguaba e todo dia eu ando pela Beira Mar na minha bike”.

Por Matheus Facundo, G1 CE

Médicos operam intestino de feto ainda na barriga da mãe no interior de SP


Cirurgia inédita foi feita por médicos em Rio 
Preto — Foto: Divulgação/ Hospital da Criança 
e Maternidade

18 de JUNHO 2019 - Médicos de três instituições operaram o intestino de um feto com malformação congênita ainda na barriga da mãe no Hospital da Criança e Maternidade (HCM), em São José do Rio Preto (SP). O procedimento, que foi realizado nesta segunda-feira (17), foi pioneiro no mundo, segundo os especialistas.

De acordo com o hospital, participaram da cirurgia médicos do Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, da Universidade de Taubaté e do Hospital de Baia Blanca, da Argentina.

Segundo a assessoria do HCM, o bebê operado está com 33 semanas de gestação e possuía gastrosquise, que é uma abertura nos músculos e na pele da parede abdominal que permite que o intestino fique para fora do abdômen.

De acordo com a cirurgiã fetal Denise Araújo Lapa, a cirurgia foi inédita porque até então o paciente era operado logo após o nascimento. Contudo, a grande diferença é que os especialistas submeteram o feto ao procedimento ainda dentro do útero da mãe, fato que diminui riscos e complicações.

“O Brasil está em primeiro lugar. Fomos os pioneiros a fazer esse procedimento que há muito tempo estão tentando realizar. Nunca imaginei fazer algo assim. Um pesquisador com uma boa ideia e patrocinado faz coisas inexplicáveis no Brasil”, afirma Denise.

Segundo o médico Gregório Lorenzo, especialista em medicina fetal, a mãe da criança, de 26 anos, mora em São José dos Campos (SP) e o procurou para falar sobre a doença que a criança tinha.

“Eu sugeri que eles viessem para cá por uma questão de qualidade e especialidade. Com a vinda deles, percebemos que poderíamos fazer a abordagem antes do nascimento. Então, os pais concordaram com a cirurgia sabendo dos benefícios que isso poderia acarretar”, afirma.

Cirurgia

Os médicos precisaram de 1h40 para realizar o procedimento, que é minimamente invasivo. Durante o procedimento, quatro pequenas incisões foram feitas na barriga da mãe, por onde introduziram os instrumentos que permitem ver o interior do útero e corrigir a malformação.

Segundo os profissionais, uma das grandes vantagens é o fato do bebê nascer sadio, o que permite mamar imediatamente no seio da mãe e ter alta hospitalar em dois ou três dias.


Procedimento cirúrgico é feito dentro da barriga 
da mãe — Foto: Divulgação/ Hospital da Criança 
e Maternidade

Ainda de acordo com os médicos, já o bebê que se submete a uma cirurgia de correção da gastrosquise após o nascimento tem as alças intestinais inflamadas, o que o impede de mamar. Consequentemente, ele precisa permanecer, em média, 30 dias internado, recebendo nutrição parenteral.

“Os benefícios são imensuráveis. Quando pensamos na possibilidade do bebe nascer e na sala de parto poder mamar, poder ter o trânsito intestinal funcionando normalmente e poder ir para casa em dois ou três dias, isso não tem preço. O procedimento minimiza a dor, os riscos de infecção e o gasto financeiro”, diz o cirurgião Rodrigo Tadeu Russo Gonçalves.

O estado da saúde da mãe é estável. Ela deve permanecer em observação até receber alta.



Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de 
Rio Preto — Foto: Reprodução/TV TEM

Veja mais notícias da região em G1 Rio Preto e Araçatuba

Por G1 Rio Preto e Araçatuba

Policial militar diz que matou o marido a tiros no Pará em legítima defesa


PM Alanna Barros diz que atirou no marido em legítima defesa. — Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal

17 de JUNHO 2019 - A policial militar Alanna Patrícia da Cruz Barros, 29, investigada pela morte do marido Thiago Valdiney Bezerra Dias, 30, disse, em depoimento, que agiu em legítima defesa, ao reagir a agressões. Ela vai responder em liberdade.

O caso ocorreu na madrugada deste domingo (16), por volta das 4h30, na Rua José Araújo, no Distrito Industrial, em Ananindeua, na Grande Belém.

Thiago Dias chegou a ser socorrido por parentes e encaminhado ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, mas não resistiu aos ferimentos.

Após o crime, a policial Alanna, lotada no 2º Batalhão da PM, se apresentou espontaneamente à Polícia e foi encaminhada à Divisão de Crimes Funcionais (Decrif) da Polícia Civil, que investiga o caso.

A arma usada no crime foi apreendida e deve passar por análises da perícia.

Veja outras notícias do estado no G1 Pará.

ANANINDEUA

Por G1 PA — Belém

Brasileiro de 31 anos é eleito prefeito em cidade de 250 habitantes na Itália

Luca Borgna, brasileiro de 31 anos que foi eleito 
prefeito de uma cidade de 250 habitantes da 
Itália — Foto: Reprodução/Facebook/ Luca Borgna

17 de JUNHO 2019 - Um brasileiro nascido em Teófilo Otoni, em Minas Gerais, foi eleito prefeito de uma cidade de 250 habitantes no norte da Itália, de acordo com a agência Ansa.

Luca Borgna, de 31 anos, será o próximo governante de Albaretto della Torre.

Ele foi adotado aos dois meses por uma família italiana e, até os anos 2000, era o único brasileiro da cidade.

Borgna esteve no Brasil pela última vez em 2014.

Antes de ser eleito prefeito, ele foi conselheiro e assessor público. Ele formou-se em enologia e trabalha como técnico agrícola, de acordo com a Ansa.

ITÁLIA

Por G1

Glenn: Quero ver Moro se segurar na cadeira depois das próximas revelações


14 de JUNHO 2019 - O jornalista Glenn Greenwald, que está à frente da Vaza Jato, a série de reportagens do site Intercept que tem revelado as tramas de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol à frente da Lava Jato, fez uma afirmação bombástica em entrevista ao programa de Juremir Machado na rádio Guaíba, de Porto Alegre: “quero ver Moro se segurar na cadeira depois das próximas revelações”. Ele não antecipou quais são as revelações durante a entrevista na manhã desta sexta-feira (14).

A afirmação é uma resposta do jornalista à entrevista de Sérgio Moro a um dos jornalistas de confiança da Operação Lava Jato, Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo. Na entrevista, publicada nesta sexta (aqui), Moro desafiou a Vaza Jato: “Se quiserem publicar tudo, publiquem. Não tem problema”. Moro garantiu que não pensa em renunciar.

Numa postura de confronto com a Vaza Jato, Moro acusou as reportagens de sensacionalismo: “existe um sensacionalismo que tenta manipular a opinião pública. Pessoas que se servem de meios criminosos para obter essas informações e nos atacar e a outras pessoas e que não veem um problema ético em utilizar esse tipo de informação e fazer sensacionalismo. (…) Não tem nada ali, fora sensacionalismo barato”.

Ele garantiu ter apoio total de Bolsonaro, de “populares” e de “autoridades” e fez uma manobra com o claro objetivo de mobilizar os militares em sua defesa, ao afirma que “o alvo são as instituições”.

Os próximos dias dirão se Moro seguirá ministro ou não.
Posted in Brasil

Fonte: Jornal FOLHA Regional - José Antonio Nunes

Homem que matou cinco filhos é condenado à morte nos EUA


Tim Jones Jr. confessou ter matado seus cinco filhos — Foto: Tracy Glantz/AP

14 de JUNHO 2019 - Timothy Jones Jr. , que matou seus cinco filhos em agosto de 2014, foi condenado à morte nesta quinta-feira (13) na Carolina do Sul, nos EUA.

Na véspera, sua ex-mulher e mãe das crianças – que tinham entre 1 e 8 anos - Amber Kyzer, tinha pedido que ele não recebesse esse tipo de pena porque “os meninos o amavam”.

Jones Jr., de 37 anos, foi condenado à morte porque a decisão do júri foi unânime, após menos de duas horas de deliberação. Caso apenas um dos jurados tivesse discordado, ele receberia uma pena de prisão perpétua sem direito a condicional, como pedia sua defesa.

Em seu pronunciamento final, o advogado de defesa pediu que ele fosse poupado, se não por si, por sua família, que já sofreu com tantas mortes. Quando a sentença foi lida, o pai de Jones Jr. segurou a cabeça com as mãos, enquanto outros parentes choravam.

Jones Jr. é a segunda pessoa a ser condenada à morte na Carolina do Sul nos últimos cinco anos. O estado não executa nenhum prisioneiro desde 2011 e atualmente não possui as drogas necessárias para aplicar uma injeção letal.

Crimes

O homem admitiu que obrigou o filho Nathan, de seis anos, a fazer exercícios até desmaiar e morrer depois que ele quebrou uma tomada, e algumas horas depois decidiu matar as outras quatro crianças.

Segundo o promotor, depois de matar Nathan, ele chegou a sair de casa para comprar cigarros e levou junto a filha mais velha, Merah, de oito anos, para que ela não pudesse chamar a polícia, deixando os filhos mais novos com o corpo do irmão.

Ao voltar, ele estrangulou Merah e Elias, de sete anos, com as próprias mãos, e Gabriel, de dois, e Abigail, de um, com a ajuda de um cinto.

Durante nove dias Jones Jr. dirigiu com os corpos dos filhos dentro de sacos de lixo em seu carro, até que os dispensou em um acostamento no estado de Alabama. Ele foi preso horas depois, quando um policial de trânsito no condado de Smith, no Mississippi, sentiu um forte cheiro de decomposição ao parar o veículo para uma inspeção de rotina de documentos.

No julgamento, seus advogados alegaram que ele sofria de uma esquizofrenia não diagnosticada, agravada pelo uso de álcool e drogas, e que ficou transtornado depois que sua esposa o deixou.

Casamento

Segundo a BBC, Kyzer e Jones se casaram seis semanas após se conhecerem em 2004, quando ambos trabalhavam num parque infantil em Chicago.

Kyzer explicou que o relacionamento começou a desandar quando o marido se tornou muito religioso e passou a defender que mulheres só devem ser "vistas, não ouvidas".

Ela disse que, quando se separaram, nove anos depois, deu ao marido a custódia das crianças, porque ele tinha um carro e recebia US$ 80 mil dólares por ano como engenheiro de computação.

Kyzer se encontrava com as crianças todo sábado num restaurante da rede Chick-fil-A, especializado em frango.

ESTADOS UNIDOS

Por G1

Dodge comemora decisão do STF que permitiu criminalizar a homofobia


Imagem Ilustrativa - Google - Ideias e Fatos.

14 de JUNHO 2019 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, comemorou nesta sexta-feira (14) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu a criminalização da homofobia e da transfobia.

Nesta quinta-feira, o Supremo finalizou, depois de seis sessões, o julgamento da questão. Por 8 a 3, os ministros consideraram que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo.

Para Dodge, a decisão da Corte defende a participação dos cidadãos na coisa pública e vai no sentido de repudiar a morte de minorias dentro da sociedade. A procuradora-geral participou nesta sexta de um evento no STF que discute a história do Brasil.

“É claro que temos muito ainda a superar, muito a preservar, mas sabemos que decisões como as tomadas nesta Corte no plenário ontem [quinta], claramente defensoras da participação da sociedade civil na coisa pública e que repudia a morte de minorias dentro da nossa sociedade, devem-se muito à compreensão que temos da nossa própria história, ao fortalecimento da Constituição de 1988, num caminho que vai se mostrando seguro e em busca da construção de uma sociedade mais justa e igualitária, em que haja espaço para todos”, afirmou Dodge.

Conforme a decisão do Supremo:

"praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" em razão da orientação sexual da pessoa poderá ser considerado crime;

a pena será de um a três anos, além de multa;

se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;

a aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema.

A Corte, no entanto, fez ressalvas quanto à manifestações em templos religiosos. Pelo entendimento da maioria, não será criminalizado dizer em templo religioso que é contra relações homossexuais, mas incitar ou induzir em templo religioso a discriminação ou o preconceito será considerado crime.

Por Luiz Felipe Barbiéri, G1 — Brasília

Em Mossoró, Marcus Lucenna faz show gratuito e apresenta música em homenagem à cidade


Marcus Lucenna se apresenta em Mossoró neste fim de semana — Foto: Divulgação

13 de JUNHO 2019 - O cantor Marcus Lucenna volta a sua terra natal, Mossoró, nesta semana para fazer um show e lançar um livro. Mossoroense radicado no Rio de Janeiro, o forrozeiro vai abrir os festejos do espetáculo "Chuva de Bala no País de Mossoró" no sábado (15), no Adro da Capela de São Vicente, às 20h, em apresentação gratuita.

No show, o artista vai apresentar também de forma inédita a canção "Mossoró", em homenagem à cidade. A música foi grava neste mês em Salvador em parceira com o forrozeiro Del Feliz. O xote enaltece as tradições, a cultura e as belezas naturais e arquitetônicas de Mossoró, assim como figuras e acontecimentos importantes para a identidade local.

O show será baseado no novo álbum do artista, intitulado de “Marcus Lucenna na Corte do Luiz”, que festeja os seus 30 anos de carreira e homenageia Luiz Gonzaga, principal inspiração do cantor.

O álbum reúne canções inéditas e regravações autorais e de clássicos do forró. Participaram do disco alguns nomes da cena forrozeira contemporânea, como Maciel Melo, Adelson Viana, Marcelo Mimoso, Chambinho do Acordeon, Neidinha Rocha e Jadiel Guerra.

Lançamento do livro

Na sexta-feira (14), um dia antes do show, o artista vai lançar sua autobiografia no livro "Marcus Lucenna na Corte do Rei Luiz" pela editora Queima Bucho. O lançamento acontece na Biblioteca Pública Municipal Ney Pontes, às 19h.

O livro conta a trajetória artística e pessoal de Marcus Lucenna jogando luz sobre passagens de sua vida que se cruzam com a história do forró e suas personalidades. O resultado é uma narrativa repleta de estórias curiosas, que só constam mesmo das memórias e vivências de Lucenna, sendo que algumas delas escaparam inclusive aos biógrafos do Rei do Baião.

Serviço do show

. Quando? Sábado (15)

. Horário? 20h

. Quanto? Entrada grátis

. Onde? Adro da Capela de São Vicente, na Avenida Alberto Maranhão, Centro

MOSSORÓ  RIO GRANDE DO NORTE

Por G1 RN

Homem diz à polícia que tentou matar por estar entediado: 'tinha prazer em ver a morte', diz delegado


2ª Delegacia da Polícia Civil em Parnamirim investiga 
o caso — Foto: Polícia Civil/Divulgação

12 de JUNHO 2019 - Um estudante universitário de 23 anos, suspeito de tentar matar outro homem a facadas no dia 1º de junho, na região metropolitana Natal, afirmou à Polícia Civil que cometeu o crime porque estava entediado. Ainda de acordo com os investigadores, o homem declarou que tinha "prazer em ver a morte".

A prisão do suspeito aconteceu nesta terça-feira (11) na casa dele, localizada no bairro Cohabinal, em Parnamirim. Ele está detido por força de um mandado prisão preventiva. Segundo o delegado Carlos Brandão, titular da 2ª Delegacia de Polícia do município, o jovem não apenas confessou o crime, como relatou que já havia cometido outro ato parecido em 2015. A polícia ainda vai investigar este segundo caso. "Parece coisa de filme", confessou o investigador.

Segundo o delegado, o homem já saiu de casa planejando matar uma pessoa. Foi até um bar e ficou no local até convencer um desconhecido a sair com ele. Os dois seguiram de carro até a região de Pium, onde o criminoso pegou uma estrada de barro, justificando que iria parar o carro para urinar no mato.

Ao estacionar o veículo, ele sacou uma faca e começou a atacar o homem, que entrou em luta corporal com ele. "É uma região já conhecida por desova de cadáveres. Ele planejou isso", pondera o delegado.

Apesar de ferida com 10 cutiladas, até no rosto, a vítima conseguiu correr e se esconder no mato por horas. Após o criminoso ir embora, o homem ainda caminhou por cerca de duas horas, ensanguentado, até ser achada por uma viatura da Polícia Militar e atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

"Em depoimento, ele disse que já saiu com a intenção de matar uma pessoa. Não teve uma motivação específica. Ele planejou o crime e afirmou que fazia isso porque estava entendiado, que tem prazer de ver a morte. Ele contava tudo sorrindo, sem nenhum sinal de sentimento, de remorso", conta o delegado Carlos Brandão.

Questionado se o suspeito é um psicopata, o delegado afirmou que não pode confirmar a informação, mas que isso será apurado. "Não sou um perito, mas isso pode ser analisado por um psiquiatra", pontuou. "O que posso dizer é que ele é muito perigoso".

As investigações ficarão sob responsabilidade da delegada Renata Costa, adjunta da 2ª Delegacia de Polícia de Parnamirim.

Por Igor Jácome, G1 RN