Sem movimentos, homem é levado a banco em UTI Móvel para provar que está vivo e conseguir receber benefício no RN


Paciente foi levado em maca dentro de ambulância à 
agência bancária de Parnamirim, no RN, para poder 
fazer prova de vida. — Foto: Geraldo Jerônimo/Inter TV 
Cabugi

05 de MARÇO 2020 - A família de um homem de 54 anos que perdeu praticamente todos os movimentos do corpo por causa de uma doença degenerativa teve que levá-lo de ambulância UTI Móvel a um banco de Parnamirim para provar que ele estava vivo. O caso aconteceu no final da manhã desta quinta-feira (5).

De acordo com o comerciante Paulo Vitor Ferreira, de 28 anos, filho do paciente de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), o cartão da conta onde o benefício do pai é depositado teve um problema e, apesar de ele ter uma procuração judicial, o banco não aceitou resolver a situação, sem uma prova de vida.

O motivo seria porque o cadastro do filho como procurador junto ao INSS está vencido desde o dia 7 de janeiro. Os familiares afirmam que abriram processo no instituto para renovar a curadoria, mas até agora o pedido não foi processado e eles seguem sem resposta.

"Abri um processo para me cadastrar como curador, já se passaram dois meses. O prazo era de cinco dias úteis. Pediram para levar documentação, mas depois não tivemos nenhuma resposta", diz Paulo Vitor.

O G1 procurou o banco Bradesco e o INSS, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria.

Sem receber o benefício há três meses, a família tomou a decisão de levar o homem ao banco nesta quinta-feira (5). A logística também não foi facilitada. Como a empresa de "home care" do paciente se negou a transportá-lo à agência, a família decidiu contratar uma ambulância UTI Móvel de outra empresa particularmente.

De acordo com Paulo Vitor, o pai, que só tem o movimento dos olhos, precisa de suporte ventilatório e um sugador para a saliva 24 horas, o que explica a necessidade de uma UTI Móvel para o transporte do homem até a agência.

Ainda de acordo com o filho, o pai usa um computador especial para se comunicar e concordou em ir ao banco. "Ele estava muito frustrado com isso e queria ir lá resolver", disse.

A agência estava lotada, mas um funcionário saiu do prédio e foi até a ambulância onde foi realizada a prova de vida. Pelo menos a situação do cartão foi resolvida.

"O benefício não é suficiente nem para pagar o tratamento, mas é uma ajuda. Precisamos dele. É uma situação constrangedora ter que fazer isso, porque ele já tem uma saúde frágil e tem que correr mais riscos", afirmou Paulo Vitor.

De acordo com ele, parte do dinheiro que estava na conta já voltou ao INSS por não ter sido sacado e agora a família também terá que buscar os órgãos para saber como reaver o valor.


Paciente teve que ir ao banco de ambulância para provar 
que está vivo e conseguir receber benefício no RN — Foto: 
Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi

Por G1 RN

Governo da Paraíba pede ressarcimento de R$ 52 milhões contra Cruz Vermelha


Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa — Foto: 
Reprodução/TV Cabo Branco

05 de MARÇO 2020 - O Governo da Paraíba entrou com uma ação de ressarcimento contra a Cruz Vermelha Brasileira, organização social que administrava o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. O estado quer de volta R$ 52,22 milhões, que teriam sido desviados dos cofres do governo estadual. A ação, movida pela procuradoria-geral do estado, tramita na 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital. As informações foram divulgadas na quarta-feira (6).

Além da entidade, também são alvos da ação seis dirigentes da Cruz Vermelha Brasileira: Milton Pacífico José Araújo, Sabrina Grasielle de Castro Bernardes, Ricardo Elias Restum Antonio, Sidney da Silva Schmid, Constantino Ferreira Pires e Saulo de Avelar Esteves.

A ação tem como base uma auditoria realizada na contas dos contratos firmados com a OS para gestão do Hospital de Trauma. A Cruz Vermelha administrou o complexo hospitalar entre os anos de 2011, primeiro mandato do ex-governador Ricardo Coutinho, até 2019, quando foi rescindido pelo governador João Azevêdo, em decorrência das denúncias colecionadas na Operação Calvário.

Dentre as irregularidade apontadas pela auditoria, anexada ao processo, estão o pagamentos de gratificações a médicos, diretores e gerentes sem critérios técnicos e objetivos, em contraposição a dívidas referentes às ações trabalhistas no montante de R$ 13,89 milhões; indício de sobrepreço em diversos contratos

Entre os pedidos do governo no processo está a indisponibilidade de bens da organização social e o sequestro dos bens dos dirigentes. “Não há dúvida, portanto, que a responsabilidade pelo ressarcimento dos danos experimentados pelo Estado da Paraíba é solidária entre todos os demandados, inclusive no que diz com o dever de restituir os bens móveis cujo uso foi permitido como pacto adjeto aos Contratos de Gestão”, argumenta no pedido à Justiça, o procurador Fábio Andrade.

JOÃO PESSOA

Por G1 PB

Polícia fecha oficina de armas caseiras e prende homem no interior do RN

Material apreendido pelos policiais — Foto: PCRN/Divulgação

03 de MARÇO 2020 - Uma casa que funcionava como uma oficina clandestina de armas caseira foi alvo da Polícia Civil, na segunda-feira (2), em Passa e Fica, cidade que fica na região Agreste do Rio Grande do Norte.

Os agentes prenderam o dono da casa, um homem de 53 anos. Na oficina foram encontradas dez espingardas de fabricação artesanal prontas, chumbo e pólvora, além de pedaços de madeira e barras de ferros que seriam utilizados na produção de mais armas ilegais.

Ao ser preso, o suspeito disse que fabricava os equipamentos para a prática da caça, versão que não convenceu os policiais da 6ª Delegacia Regional de Nova Cruz. Ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde está à disposição da Justiça.

PASSA E FICA  RIO GRANDE DO NORTE

Por G1 RN

Inmet emite alerta de chuva com 'perigo potencial' e ventos de até 60 km/h em 105 municípios do RN; veja lista


Alerta amarelo do Inmet — Foto: Reprodução

01 de MARÇO 2020 - O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou aviso com alerta que vale das 12h deste domingo (1º) até às 8h de segunda-feira (2) em uma área do Nordeste que abrange 105 municípios do Rio Grande do Norte.

O alerta aponta para a ocorrência de chuvas com volume de 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos de 40 a 60 km/h. Municípios do Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba e Bahia também foram listados no aviso.

Ainda de acordo com o Inmet, há baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Em caso de rajadas de vento, o instituto orientou que a população não se abrigue debaixo de árvores e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Outra recomendação é evitar usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada. Confira a lista dos municípios em alerta:

Água Nova

Acari

Afonso Bezerra

Alexandria

Almino Afonso

Alto Do Rodrigues

Angicos

Antônio Martins

Apodi

Areia Branca

Augusto Severo

Açu

Baraúna

Barcelona

Bodó

Caicó

Caiçara Do Rio Do Vento

Campo Redondo

Caraúbas

Carnaubais

Carnaúba Dos Dantas

Cerro Corá

Coronel Ezequiel

Coronel João Pessoa

Cruzeta

Currais Novos

Doutor Severiano

Encanto

Equador

Felipe Guerra

Fernando Pedroza

Florânia

Francisco Dantas

Frutuoso Gomes

Governador Dix-Sept Rosado

Grossos

Ipanguaçu

Ipueira

Itajá

Itaú

Janduís

Jardim De Piranhas

Jardim Do Seridó

Jaçanã

José Da Penha

João Dias

Jucurutu

Lagoa De Velhos

Lagoa Nova

Lajes

Lajes Pintadas

Lucrécia

Luís Gomes

Macau

Major Sales

Marcelino Vieira

Martins

Messias Targino

Mossoró

Olho-D'Água Do Borges

Ouro Branco

Paraná

Paraú

Parelhas

Patu

Pau Dos Ferros

Pedro Avelino

Pendências

Pilões

Portalegre

Porto Do Mangue

Rafael Fernandes

Rafael Godeiro

Riacho Da Cruz

Riacho De Santana

Rodolfo Fernandes

Santa Cruz

Santana Do Matos

Santana Do Seridó

Serra Caiada

Serra Do Mel

Serra Negra Do Norte

Serrinha Dos Pintos

Severiano Melo

São Bento Do Trairí

São Fernando

São Francisco Do Oeste

São José Do Seridó

São João Do Sabugi

São Miguel

São Rafael

São Tomé

São Vicente

Sítio Novo

Taboleiro Grande

Tangará

Tenente Ananias

Tenente Laurentino Cruz

Tibau

Timbaúba Dos Batistas

Triunfo Potiguar

Umarizal

Upanema

Venha-Ver

Por G1 RN

Governo do RN conclui pagamento de fevereiro neste sábado (29)


Prédio da governadoria do Rio Grande do Norte — Foto: Rayane Mainara

29 de FEVEREIRO 2020 - O governo do Rio Grande do Norte concluiu o pagamento de fevereiro do funcionalismo público do Estado neste sábado (29). De acordo com o Poder Executivo, a finalização dos pagamentos segue o cronograma previsto e anteriormente divulgado.

Mais de R$ 114 milhões foram depositados nas contas dos servidores estaduais. Ainda segundo o governo, o valor corresponde ao salário integral para as pastas com recursos próprios e os 70% restantes dos funcionários que recebem acima de R$ 4 mil. Quem ganha menos que isso, além da categoria da Segurança Pública, teve o salário depositado na metade do mês.

Também foi pago no dia 15 deste mês o passivo de novembro de 2018, quando foi quitada a parcela restante dos salários dos servidores que recebem acima de R$ 5 mil. Falta ainda pagar os vencimentos de dezembro e o 13º de 2018, que totalizam um montante de mais de R$ 700 milhões, de acordo com o Governo do Estado.

RIO GRANDE DO NORTE

Por G1 RN

‘Meu útero foi removido sem eu saber e só descobri 11 anos depois’


Bongekile Msibi tinha 17 anos quando os médicos retiraram seu útero sem 
que ela soubesse — Foto: Bongekile Msibi/Arquivo Pessoal

28 de FEVEREIRO 2020 - Uma mulher sul-africana contou à BBC como ela foi vítima de uma esterilização forçada depois de dar à luz sua primeira filha, aos 17 anos. Ela só descobriu que seu útero havia sido removido 11 anos depois, quando tentou engravidar novamente.

Bongekile Msibi é uma de 48 mulheres que foram esterilizadas sem consentimento em hospitais públicos do país, de acordo com a Comissão para Igualdade de Gênero.


Mãe de uma menina, Bongekile Msibi quer muito um outro 
filho — Foto: Bongekile Msibi/Arquivo Pessoal

Embora seja uma entidade criada por lei, a Comissão diz que sua investigação foi dificultada pelo "desaparecimento" de prontuários de pacientes e que os investigadores tiveram uma "recepção hostil" de funcionários do hospital.

A Comissão disse que visitou 15 hospitais depois que um grupo de direitos civis levou os casos à entidade. Há casos que vão até o ano 2001.

O ministério da Saúde da África do Sul ainda não deu uma resposta detalhada para o relatório, mas disse que o ministro da Saúde, Zweli Mkhize, pediu uma reunião com a Comissão para discutir os casos.

Msibi contou sua história à reporter Clare Spencer, da BBC:

Tinha minha primeira filha aos 17 anos em um hospital público na África do Sul. Acordei depois do parto, olhei para baixo e perguntei: "Por que tenho uma bandagem enorme na barriga?"

Eu não me importei na hora. Tinha dado à luz minha filhinha. Ela era um bebê grande e eu tinha sido anestesiada e passado por uma cesária.

Deixei o hospital depois de cinco dias, com uma filha saudável e uma enorme cicatriz na barriga.

Eu só descobri o que aconteceu 11 anos depois, quando estava tentando ter um segundo filho.

Eu vinha tomando anticoncepcional durante todo esse período, desde o nascimento da minha filha, então eu não achava anormal não menstruar (alguns anticoncepcionais impedem a menstruação).

Mas eu fiquei noiva e queria ter um outro filho, então fui ao médico.

Ele me examinou, me fez sentar, me deu um copo de água e me disse que eu não tinha útero.

'Fui muito cruel'

Eu fiquei arrasada e confusa. Não fazia sentido, porque eu era mãe.

Foi muito cruel o que fizeram comigo.

Procurei a imprensa, depois o ministério da Saúde, e acabei voltando ao hospital onde tive minha filha.

Encontrei o médico que disse que estava lá no dia do parto. Ele não pediu desculpas. Disse que tinha me esterilizado para salvar minha vida.

Eu não sei até hoje do que ele estaria tentando me salvar. Não havia registros no hospital.

E eu não sou a única. Uma investigação descobriu que há outras 47 mulheres que sofreram o mesmo que eu.

Algumas ouviram que foi porque elas tinham HIV, mas eu não tenho. Eu não sei por que eles fizeram isso.

O médico me disse que eu assinei um formulário de consentimento. Eu não assinei. Eu era menor de idade na época, então nem poderia.

Ele então me disse que minha mãe, que estava comigo no parto, tinha assinado o formulário. Ela disse que não assinou.

Essa notícia mudou minha vida. Eu acabei terminando com meu noivo. Tive que deixá-lo ir, porque ele queria muito ter filhos e eu não poderia lhe dar isso.


Bongekile Msibi foi esterilizada na mesma cirurgia em que teve 
sua filha (na foto) — Foto: Bongekile Msibi/Arquivo Pessoal

Quando eu me encontrei com o médico me perguntaram o que eu queria.

Eu quero tanto um filho! Quando eu vi uma colega grávida nesta semana eu não pude suportar.

Minha filha quer um irmão e quando cruzamos com crianças na rua ela sugere que eu adote um como meu filho.

Eu ainda tenho ovários, então acho que o hospital deveria pagar por uma barriga de aluguel.

Eu quero que alguém seja responsabilizado.

Não podemos permitir que médicos continuem fazendo isso, nossos direitos como mulher estão sendo violados.

Médicos precisam saber que estão sob escrutínio, que sabemos o que eles fazem enquanto estamos inconscientes.

E eu quero que o médico que fez isso peça desculpas.

Pela forma como eles lidaram com isso, parece que ele tinha tirado apenas um dedo, quando na verdade toda minha identidade como mulher foi roubada.

Eu jamais vou superar isso e aquela cicatriz sempre será uma lembrança.

Por BBC

Prefeita de São Bentinho, PB, vira ré acusada de empregar 'fantasma' para quitar dívida do pai


Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), em João Pessoa — Foto: Ednaldo Araújo/TJPB

27 de FEVEREIRO 2020 - A prefeita Giovana Leite Cavalcanti Olímpio (PSB), da cidade de São Bentinho, no Sertão paraibano, se tornou ré em uma ação movida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) cuja denúncia foi aceita pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) na quarta-feira (27). Giovana é acusada de empregar um homem para que ele recebesse um valor de uma dívida contraída pelo pai dela. Tanto a prefeita quanto o homem são acusados de apropriação ou desvio de verbas públicas.

O G1 tentou entrar em contato com a prefeitura de São Bentinho até às 10h20 desta quinta-feira (27), mas as ligações não foram completadas.

De acordo com os autos da ação, que teve como relator o desembargador Arnóbio Alves Teodósio, a prefeita, no exercício das funções, teria desviado cerca de R$ 18.500, entre os meses de maio de 2013 e setembro de 2014, em proveito do homem, que foi nomeado para o cargo em comissão de diretor do departamento de vigilância em saúde básica de São Bentinho.

O objetivo da gestora, segundo a denúncia, seria de quitar uma dívida feita pelo pai dela, que é ex-prefeito do município, junto ao nomeado. O débito, de R$ 40 mil, estaria assegurado em notas promissórias e cheques pela compra de bovinos.

Conforme a denúncia feita pelo MPPB, o homem recebia a remuneração da prefeitura sem desempenhar as funções ou comparecer ao trabalho, o que deveria acontecer até a quitação do valor integral da dívida. Com isso, ele se tornou um “servidor fantasma” e o fato estaria exposto pela ausência de documentação que comprovasse o trabalho feito por ele.

No recurso, a prefeita afirmou que não foram apresentados elementos que evidenciam a intenção em se apropriar ou desviar recursos públicos, além da ausência de justa causa, uma vez que o servidor teria comprovado o exercício das funções.

O ex-servidor alegou que não sabia que a dívida existente entre ele e o pai da prefeita estaria sendo paga pelo município e que, ao descobrir a origem do pagamento, denunciou o fato ao MPPB.

As versões apresentadas pelos réus divergem do que aponta a denúncia do MPPB. Segundo o órgão, o homem teria aceitado os termos da prefeita para receber remuneração mensal de R$ 920, sem trabalhar. Conforme o inquérito, o procurou a promotoria para noticiar o fato por estar insatisfeito por ter sido exonerado antes da quitação total da dívida.

JOÃO PESSOA  SÃO BENTINHO

Por G1 PB

Secretaria da Saúde registra cinco casos suspeitos de coronavírus no RN


Imagem de microscópico mostra o novo coronavírus, responsável pela doença 
chamada Covid-19 — Foto: NIAID-RML/AP

27 de FEVEREIRO 2020 - O Rio Grande do Norte tem cinco casos suspeitos de coronavírus. É o que informou a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) na manhã desta quinta-feira (27). Os casos são considerados suspeitos conforme protocolo do Ministério da Saúde.

Dos três casos que estavam sob investigação, apenas um segue sem definição. Os outros dois foram classificados como suspeitos para Covid-19 - o novo coronavírus. Além desses, foram notificados mais três casos, os quais já foram classificados como suspeitos.

A secretaria informou ainda que todos casos suspeitos no Rio Grande do Norte possuem histórico de viagem à Itália. Os pacientes seguem em isolamento domiciliar, enquanto aguardam a confirmação ou descarte de caso para Covid-19.

"A Sesap já deu início às primeiras medidas de investigação e monitoramento, conforme estabelecido previamente no Fluxo e Plano de Contingência Estadual para Covid-19, diante de caso suspeito", informou a pasta em nota.

Por Bruno Vital, G1 RN

Após chamar PMs de Fortaleza de 'vagabundos', soldado da Marinha é afastado de operação e enviado de volta a Natal


Veículos blindados são usados pelo Exército na segurança 
das ruas de Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha

26 de FEVEREIRO 2020 - Em um vídeo feito no seu próprio celular, um soldado do Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal que participava da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em Fortaleza, chamou os policiais militares cearenses, amotinados desde a semana passada, de "vagabundos". Após o vídeo circular na internet, ele acabou sendo afastado da operação e enviado de volta ao Rio Grande do Norte, onde deverá responder pela declaração.

"E ai, pessoal! Estamos aqui, oh, em Fortaleza, fazendo aquela patrulha na cidade, já que os vagabundos dos PM não quer, nós tá aqui (sic)", afirma o militar filmando a si mesmo e a dois colegas em cima de um caminhão que circula pelas ruas da capital cearense.

Em nota, a Marinha do Brasil afirmou que tomou conhecimento do vídeo com as "declarações reprováveis" na terça-feira (25) e considerou que elas não representarem o posicionamento da Força.

Ainda de acordo com o Comando do 3º Distrito Naval de Natal, o militar foi afastado da tarefa e enviado de volta ao Corpo de Fuzileiros Navais de Natal, "onde serão iniciados procedimentos administrativos cabíveis".

"As sólidas relações entre a MB e a Polícia Militar do Estado do Ceará, que incluem seus componentes, permitem às instituições enfrentarem o momento atual de forma respeitosa, cordial e colaborativa, como foram os últimos 150 anos de convivência no Estado do Ceará", afirmou a corporação em nota.

Após a repercussão negativa, em outro vídeo postado nas ruas redes sociais, o militar afirmou que está arrependido da declaração e pediu desculpas aos militares estaduais cearenses.

"Venho me retratar pelo último vídeo postado de forma desrespeitosamente (sic). Eu agi ali pelo impulso da emoção e acabei falando besteira. Estou arrependido das minhas palavras, eu reconheço meu erro", declarou.

Motins

O Ceará chegou nesta quarta-feira (26) ao 9º dia seguido de paralisação de parte da Polícia Militar com três batalhões ainda fechados. Para tentar encerrar o motim dos PMs, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Ceará decidiram criar uma comissão conjunta formada por representantes das três instâncias.

Representantes dos PMs devem ser procurados nesta quarta para apresentar as demandas da categoria em busca de um acordo. A comissão será coordenada pelo Ministério Público do Ceará e será acompanhada pelo Exército Brasileiro.

O motim começou na terça-feira (18), quando homens encapuzados que se identificam como agentes de segurança do Ceará invadiram e ocuparam quarteis, depredando veículos da polícia. Policiais militares reivindicam aumento salarial acima do proposto pelo governador Camilo Santana.

Tropas do Exército e outras forças começaram a atuar no dia 21 de fevereiro no patrulhamento de Fortaleza. Inicialmente, pelo menos 200 militares sediados no Rio Grande do Norte foram enviados para o Ceará.

Por G1 RN

Pai, mãe e filhos são baleados dentro de casa no Oeste potiguar; adolescente de 16 anos morre


Bandidos atiraram pela porta da frente da casa — Foto: Marcelino Neto/O Câmera

26 de FEVEREIRO 2020 - Uma família foi vítima de um atentado na noite de terça-feira (25) em Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte. Um adolescente de 16 anos foi baleado e morreu dentro de casa. Pai, mãe e a irmã da vítima, de 12 anos, também foram atingidos pelos disparos, mas não correm risco de morrer. Outras duas crianças estavam na residência e não foram alvejadas.

Segundo a Polícia Militar, criminosos tentaram invadir a casa da família, localizada na Rua Maria Clara da Conceição, no bairro Abolição, por volta das 21h. Os homens atiraram diversas vezes em direção à porta e atingiram a cabeça de Luan Erick do Amaral Costa, de 16 anos, que estava dormindo em uma rede. Ainda de acordo com as investigações preliminares, os atiradores sequer entraram na casa. Eles atiraram com uma arma calibre 12 pela porta da frente.

As outras três pessoas da mesma família também sofreram disparos e foram socorridas ao Hospital Tarcísio Maia por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A Delegacia de Homicídios de Mossoró (DHM) investiga o caso e vai ouvir os três sobreviventes do atentado para prender os suspeitos.

MOSSORÓ  RIO GRANDE DO NORTE

Por Inter TV Cabugi

Sobe para 170 número de assassinatos durante motim de policiais no Ceará


Batalhões seguem fechados no oitavo dia de paralisação 
da PM no Ceará. — Foto: Wandemberg Belém/SVM

25 de FEVEREIRO 2020 - Chega a 170 o número de assassinatos no Ceará durante o motim de policiais militares, que completou oito dias nesta terça-feira (25). Só na segunda-feira (24), 23 mortes foram contabilizadas no estado. O governo cearense divulgou o balanço atualizado de mortes nesta manhã, com dados do período entre meia-noite de quarta-feira (19) e 23h59 de segunda.

A paralisação entrou no oitavo dia, com três batalhões da PM fechados no estado. O motim começou na terça-feira (18), quando homens encapuzados que se identificam como agentes de segurança do Ceará invadiram e ocuparam quarteis, depredando veículos da polícia. Policiais militares reivindicam aumento salarial acima do proposto pelo governador Camilo Santana.

O motim e movimentos grevistas são proibidos para policiais, conforme a Constituição Federal. Um entendimento de 2017 do Supremo Tribunal Federal reforçou a proibição desses atos por parte de categorias militares.

O total de homicídios registrados no motim da PM em 2020 já é 37% maior que os registrados durante a última paralisação de PMs no Ceará, em 2012. O movimento de 2012 durou sete dias (de 29 de dezembro de 2011 e 4 de janeiro de 2012), um a menos que o atual, e teve 124 assassinatos.

Desaceleração

Os dados do balanço divulgado nesta manhã seguem a tendência de desaceleração da onda de violência observada nos últimos dias. Os números representam a terceira queda seguida nas mortes desde o dia 21 de fevereiro. A data foi o auge dos homicídios durante o motim, quando 37 mortes foram registradas. Antes da paralisação, a média no estado era de 6 assassinatos por dia.

Por conta da crise na segurança, a Força Nacional e o Exército passaram a atuar em Fortaleza. Nesta terça, os municípios do Crato e Juazeiro do Norte, na Região do Cariri do Ceará, também começaram receber tropas do Exército.


Sobe para 170 número de assassinatos registrados durante 
o motim de PMs no Ceará, que chega ao oitavo 
dia. — Foto: Juliane Souza/G1

'Situação sob controle'

Na manhã de segunda-feira (24), o ministro da Justiça, Sergio Moro, esteve em Fortaleza para acompanhar a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Ceará, junto com o governador Camilo Santana e os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e da Advocacia-Geral da União, André Luiz Mendonça.

Durante entrevista, Moro afirmou que, apesar do aumento do número de crimes violentos, não há "absoluta desordem nas ruas" e que a situação "está sob controle". Moro disse ainda que as Forças Armadas estão no Ceará temporariamente, até que a paralisação de parte da Polícia Militar seja resolvida.

"As forças estão aqui subsidiariamente pra atender a uma situação que nós entendemos ser temporária e que deve ser resolvida brevemente. Existe um indicativo de aumento de alguns crimes mais violentos, mas não há uma situação de absoluta desordem nas ruas. As pessoas estão nas ruas, nós circulamos nas ruas. Não existem, por exemplo, saques a estabelecimentos comerciais, nem nada disso. A situação está sob controle, claro dentro de um contexto relativamente difícil em que parte da polícia estadual está paralisada", disse Moro.


Ministros se reuniram com o governador para acompanhar a operação 
de GLO no Ceará. — Foto: Thiago Gadelha

Agentes afastados

Até esta terça-feira (25), 230 policiais foram afastados das funções por envolvimento no motim, com a instauração de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD). Destes, 150 são soldados, mas a lista também inclui cabos, sargentos e subtenentes.

Os afastamentos, a princípio, são preventivos e devem durar 120 dias. As investigações apuram práticas "de ato incompreensível com a função pública, gerando clamor público, tornando os afastamentos necessários à garantia da ordem pública", segundo o Diário Oficial do Estado (DOE).

No domingo, 37 policiais considerados desertores foram presos por faltarem a uma chamada para trabalhar na segurança em festas de carnaval no interior do Ceará.

Na lista dos afastados, está o ex-deputado federal Cabo Sabino (Avante-CE), da Polícia Militar do Ceará. Segundo informações do DOE, Sabino e lideranças da Associação das Esposas de Militares, "convocaram os policiais e familiares para se fazerem presentes no 18º BPM [Batalhão da Polícia Militar] com o objetivo de obstruir o serviço e iniciar o movimento de paralisação" dos policiais.


Veículos blindados são usados pelo Exército na segurança 
das ruas de Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha

Resumo:

. 5 de dezembro: policiais e bombeiros militares organizaram um ato reivindicando melhoria salarial. Por lei, policiais militares são proibidos de fazer greve.

. 6 de fevereiro: data em que a proposta seria levada à Assembleia Legislativa do estado, policiais e bombeiros promoveram uma manifestação pedindo aumento superior ao sugerido.

. 13 de fevereiro: o governo elevou a proposta de reajuste e anunciou acordo com os agentes de segurança. Um grupo dissidente, no entanto, ficou insatisfeito com o pacote oferecido.

. 14 de fevereiro: o Ministério Público do Ceará (MPCE) recomendou ao comando da Polícia Militar do Ceará que impedisse agentes de promover manifestações.

. 17 de fevereiro: a Justiça manteve a decisão sobre possibilidade de prisão de policiais em caso de manifestações.

. 18 de fevereiro: três policiais foram presos em Fortaleza por cercar um veículo da PM e esvaziar os pneus. À noite, homens murcharam pneus de veículos de um batalhão na Região Metropolitana.

. 19 de fevereiro: batalhões da Polícia Militar do Ceará foram atacados. O senador Cid Gomes foi baleado em um protesto de policiais amotinados.

. 20 de fevereiro: policiais recusaram encerrar o motim após ouvirem as condições propostas pelo Governo do Ceará para chegar a um acordo.

. 21 de fevereiro: tropas do Exército começam a atuar nas ruas do Ceará.

. 22 fevereiro: Ceará soma 88 homicídios desde o início do motim. Antes do movimento dos policiais, a média era de seis assassinatos por dia.

Por G1 CE

Criança de 3 anos morre em hospital após engolir objeto na Grande Natal


Levi Daniel tinha 3 anos — Foto: Cedida

24 de FEVEREIRO 2020 - Uma criança de 3 anos morreu após engolir um objeto "estranho" em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal. O corpo de Levi Daniel foi sepultado no domingo (23), mas a morte dele, oficialmente registrada na quinta-feira (20), ainda intriga familiares.

De acordo com o pai da criança, o barbeiro Lairton Silva, de 31 anos, o caso não foi esclarecido pela equipe médica nem pelos legistas do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). Isso porque, os pais não sabem o que de fato causou a morte do filho uma semana após dar entrada no hospital.

O drama da família do pequeno Levi Daniel, de apenas 3 anos, começa no domingo (16). A criança começou a apresentar uma espécie de "ronco", que causava dificuldades para respirar. Os pais o levaram até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Parnamirim. Segundo os pais de Levi, após exame de radiografia, os médicos identificaram um objeto na garganta do garoto. Na segunda (17), ele foi transferido ao Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, para ser submetido a uma endoscopia.


Radiografia de Levi — Foto: Cedida

No mesmo dia, durante o procedimento para a retirada do "corpo estranho", a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi levado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com um nível baixo de oxigênio no cérebro, segundo informou a equipe médica aos pais. Na UTI, Levi permaneceu internado até a quinta-feira (20) quando faleceu por "morte encefálica".

"Até agora nenhuma resposta clara foi dada para a gente. Nós não sabemos o que é esse 'objeto estranho'. A gente achava que depois do laudo do Itep ia saber, mas nem o laudo diz. Perder um filho é muito angustiante e é pior ainda quando não se tem certeza do que realmente aconteceu. A gente suspeita que possa ter sido uma moeda ou peça de brinquedo, mas até agora não sabemos nada", disse Lairton Silva, pai de Levi Daniel.

A reportagem do G1 entrou em contato com as assessorias do Hospital Walfredo Gurgel e do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), que não se pronunciaram até o fechamento desta reportagem.

Laudo do Itep entregue à família de Levi — Foto: Cedida

Por Bruno Vital, G1 RN

Dois homens morrem após confronto com a PM no Oeste potiguar


Dois homens morrem após confronto com PMs em Apodi, RN — Foto: PM/Divulgação

23 de FEVEREIRO 2020 - Dois homens ainda não identificados oficialmente morreram após entrar em confronto com policiais na manhã deste domingo (23) em Apodi, na região Oeste potiguar. De acordo com a Polícia Militar, a dupla reagiu a uma abordagem durante a operação de rescaldo das festas de carnaval que começaram na noite de sábado (22) e se prologaram pela madrugada.

De acordo com a PM, os criminosos tinham feito um assalto em uma casa por trás da maternidade da cidade, por volta das 6h40. Eles foram avistados pela equipe da PM e tentaram fugir. Durante a perseguição, ainda de acordo com a PM, os dois começaram a atirar nos policiais, que revidaram.

No confronto, os dois foram baleados e morreram. Ainda de acordo com a PM, ambos os suspeitos foram apontados por cometerem cinco assaltos do sábado para o domingo em Apodi, tendo sido reconhecidos por algumas vítimas.

Drogas, uma arma e materiais que tinham sido roubados foram apreendidos e levados à delegacia.

Garrafada

Em Angicos, um tenente da Polícia Militar sofreu uma garrafada durante a operação de segurança do carnaval, na noite de sábado (22). De acordo com a corporação, ele passa bem. Dois suspeitos foram presos.

Por G1 RN