Familiares e amigos pedem justiça pela morte Matheus Silva Cruz, de 19 anos, assassinado por um policial militar de folga em Camocim, no Ceará. — Foto: Reprodução
07 de FEVEREIRO 2022 - O jovem Matheus Silva Cruz, 19 anos, assassinado dentro de uma delegacia da Polícia Civil por um policial militar de folga, foi enterrado na manhã desta segunda-feira (7), em meio ao protesto de amigos e familiares, que cobram justiça pelo crime, ocorrido na cidade de Camocim, no interior do Ceará.
A vítima e o agente George Tarick de Vasconcelos Ferreira, de 33 anos, foram levados à delegacia após uma discussão em uma festa na madrugada de domingo (6). O agente disse ter assassinado o jovem "em um momento de fúria, levado por violenta emoção". O policial foi indiciado por homicídio qualificado.
Durante o cortejo do corpo para o cemitério, dezenas de pessoas se reuniram nas ruas da cidade, com cartazes "Justiça por Mateus", além de homenagens. Durante o momento, várias pessoas choravam, enquanto cantavam músicas religiosas.
Para a família do jovem, além do PM que fez os disparos, outras pessoas devem ser responsabilizadas pelo crime, pois Mateus estava sob a custódia da Polícia Civil quando foi atacado. O pai do jovem, o comerciante Eglício de Souza Cruz, relatou ao g1 que a vítima estava algemada e machucada após ter sido agredido em uma boate da região, mas a Polícia Militar nega a versão.
Conforme o órgão, a vítima do homicídio e o militar suspeito teriam se desentendido em um estabelecimento comercial. Eles foram conduzidos para a Delegacia Regional de Camocim. No local, enquanto aguardavam o procedimento, o militar atirou contra o homem que não resistiu aos ferimentos e morreu.
O policial militar, que estava de folga, foi preso e autuado em flagrante pela Polícia Civil, além disso teve a arma apreendida. Ele foi "colocado à disposição da Justiça e permanece preso no Presídio Militar".