Gafanhotos atacam plantações de caju no interior do RN
(Foto: Thiago Messias/ Inter TV Costa Branca )
16 de ABRIL 2018 - Ele voa de uma planta para outra. As vezes em bando, outras de forma solitária. Mas sempre com fome. É o gafanhoto - uma praga que está afetando a produção de caju em algumas comunidades no interior do Rio Grande do Norte. E esse não é o único inseto que ameaça a safra de castanha deste ano.
Na propriedade do agricultor João Cirino, eles têm dado prejuízo. "Essa é a praga que está afetando aqui, que não está deixando nada. A pessoa planta, eles comem. Come até o pasto dos bichos", diz o agricultor. "Vem da mata, sobe na planta, e só desce quando acaba. Quando acaba, vão pra outra", complementa.
O terreno de João fica na Vila Rio Grande do Sul, em Serra do Mel. São 20 hectares só com com cajueiros. Nem a planta comum na região escapou da praga. A ação devastadora deve prejudicar a safra de castanha de 2018.
O agricultor fez até planos para investir em outras culturas, como feijão e melancia, mas não sabe se vale a pena. Nem com as chuvas os gafanhotos vão embora. "Eles procuram um canto pra passar a chuva. Quando passa, eles voltam pro trabalho deles, que é destruir", reforça.
RIO GRANDE DO NORTE SERRA DO MEL
Por Ivanúcia Lopes, Inter TV Costa Branca
16 de ABRIL 2018 - Ele voa de uma planta para outra. As vezes em bando, outras de forma solitária. Mas sempre com fome. É o gafanhoto - uma praga que está afetando a produção de caju em algumas comunidades no interior do Rio Grande do Norte. E esse não é o único inseto que ameaça a safra de castanha deste ano.
Na propriedade do agricultor João Cirino, eles têm dado prejuízo. "Essa é a praga que está afetando aqui, que não está deixando nada. A pessoa planta, eles comem. Come até o pasto dos bichos", diz o agricultor. "Vem da mata, sobe na planta, e só desce quando acaba. Quando acaba, vão pra outra", complementa.
O terreno de João fica na Vila Rio Grande do Sul, em Serra do Mel. São 20 hectares só com com cajueiros. Nem a planta comum na região escapou da praga. A ação devastadora deve prejudicar a safra de castanha de 2018.
O agricultor fez até planos para investir em outras culturas, como feijão e melancia, mas não sabe se vale a pena. Nem com as chuvas os gafanhotos vão embora. "Eles procuram um canto pra passar a chuva. Quando passa, eles voltam pro trabalho deles, que é destruir", reforça.
Nem veneno afastou as pragas das plantações de caju, em
Serra do Mel, RN
(Foto: Thiago Messias/ Inter TV Costa Branca )
João tentou combater a praga fazendo pulverização com aditivos químicos - um investimento que sai caro, com investimento em veneno e no aluguel do trator, que é feito por hora. Mas não adiantou. Os insetos até se afastaram por uns dias, não para longe. Com pouco tempo, voltaram a atacar.
As pragas também se espalham por outras localidades. Na Vila Rio Grande do Norte, também em Serra do Mel, o produtor rural Antônio Vicente Nunes tem que lidar com percevejos e lagartas, além dos gafanhotos. E o alvo de todos eles é o mesmo: o cajueiro.
"Acaba tudo, não dá uma castanha. As vezes, no final do inverno, sai uma folhinha, mas não tem força pra botar castanha", explica.
O inseto que mais tira o sono do agicultor é o conhecido na região como bicho-pau ou mané mago. O bicho, que mede cerca de 8 centímetros, se camufla entre as plantas e causa estrago nas folhas. É mais uma das pragas que atingem os cajueiros da propriedade.
"Ele começa a comer as folhas do cajueiro, come a folha todinha. E quando come o olho da planta, ela morre. Ataca muito mais que a mosca branca", conclui o produtor.
João tentou combater a praga fazendo pulverização com aditivos químicos - um investimento que sai caro, com investimento em veneno e no aluguel do trator, que é feito por hora. Mas não adiantou. Os insetos até se afastaram por uns dias, não para longe. Com pouco tempo, voltaram a atacar.
As pragas também se espalham por outras localidades. Na Vila Rio Grande do Norte, também em Serra do Mel, o produtor rural Antônio Vicente Nunes tem que lidar com percevejos e lagartas, além dos gafanhotos. E o alvo de todos eles é o mesmo: o cajueiro.
"Acaba tudo, não dá uma castanha. As vezes, no final do inverno, sai uma folhinha, mas não tem força pra botar castanha", explica.
O inseto que mais tira o sono do agicultor é o conhecido na região como bicho-pau ou mané mago. O bicho, que mede cerca de 8 centímetros, se camufla entre as plantas e causa estrago nas folhas. É mais uma das pragas que atingem os cajueiros da propriedade.
"Ele começa a comer as folhas do cajueiro, come a folha todinha. E quando come o olho da planta, ela morre. Ataca muito mais que a mosca branca", conclui o produtor.
Bicho-pau é outra praga que ameaça safra de castanha
no interior do RN
(Foto: Thiago Messias/ Inter TV Costa Branca )
RIO GRANDE DO NORTE SERRA DO MEL
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