Rede social é usada para devolver furtos do gato ladrão de Fernando de Noronha


Beck, o gato ladrão, e a dona do animal , Andresa 
(Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)

19 de JUNHO 2018 - Nos últimos meses os moradores e os turistas da Vila do Trinta, em Fernando de Noronha, têm registrado furtos. O que ninguém imaginava é que os roubos fossem praticados por um gato, o gatuno é chamado de Back. Preocupada com o mau hábito do animal, a dona do gato ladrão criou um perfil na rede social para tentar devolver os frutos dos surrupios do felino cleptomaníaco.

“Eu fui procurar na internet para tentar saber dessa mania. Eu encontrei três gatos cleptomaníacos. Um deles é na Inglaterra e a dona abriu uma página no facebook para as pessoas recuperarem os pertences, por isso me apropriei da ideia e fiz um perfil no instagram: @backgatoloconoronha. A página também tem o papel de informar que não se trata de roubo de pessoas”, contou a administradora de empresas, Andresa Medeiros, dona do gato.


Back, Andresa e os furtos do animal (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)

Na rede social é possível ver as peças furtadas, cerca de 100 itens entre camisas, bermudas, cuecas e toalhas. No perfil é possível ver também algumas imagens com os flagrantes dos roubos. Bck é culpado e os crimes estão documentados e divulgados na rede social, confira vídeo.

Gato ladrão' já furtou mais de 100 peças de roupa em Fernando de Noronha

“Nós descobrimos essa mania em dezembro de 2017. Os profissionais das pousadas da região começaram a sentir falta de peças de roupas de hóspedes. Concidentemente nós registramos o aparecimento de peças de roupas que nós não sabíamos de quem era. Comprovamos os furtos nas imagens das nossas câmeras de segurança”, contou a dona do animal.


Back repete os furtos (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)

Modus Operandi

“A madrugada de Back é bem movimentada, tem noite que ele chega a trazer de cinco a seis peças. Ele é de fase, tem época que só pega roupa, em outros dias só furta paninhos e tapetes”, falou Andresa.

A dona do gatuno faz a defesa do animal. “As vezes a gente morre de rir, tem cuecas, biquínis. No caso das meias ele roupa do par, pega uma e depois pega a outra, mas a gente sempre reclama. É da natureza dele”, falou a administradora de empresa.

Apelo

“Nosso gato foi vítima de dois casos de maus tratos. Na primeira Vez prenderam ele num baú com o furto. E na outra vez ele levou um tiro de chumbinho, machucou bem a coxa. A gente apela para que as pessoas não façam nenhum tipo de maldade, as pessoas estão disponíveis e nós queremos devolver”, finaliza Andresa Medeiros.


Por Ana Clara Marinho, G1, Fernando de Noronha

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