Mônica agradeceu pelo apoio que vem recebendo e disse que é fundamental toda manifestação de carinho, afeto, mobilização e cobrança por justiça, pressionando as investigações.
12 de JUNHO 2018 - Companheira de Marielle Franco por 14 anos, a militante dos direitos humanos e arquiteta Mônica Benício afirma que a demonstração de afeto era uma das maiores formas de luta da vereadora carioca a favor dos direitos da população lésbica, gay, bissexual, transexual e intersexual (LGBTI). Mônica participou de um vídeo da Anistia Internacional divulgado nesta terça-feira (12), Dia dos Namorados, nas redes sociais da entidade. Na próxima quinta-feira (14), os assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes completam três meses.
“Marielle lutava na causa LGBTI e acho que a maior expressão dessa [luta], para além do parlamento, era a divulgação da vida pública dela, que era não esconder o relacionamento que a gente tinha e reforçar que isso era um amor, que era legítimo, que era feliz e que as nossas famílias existem. Eu acho que essa era a principal forma de ela lutar dentro dessa causa”, conta Mônica no vídeo.
A viúva afirma na gravação que Marielle defendia a postagem diária de fotos e que ela concorda com a postura, argumentando que a atitude é uma forma de resistência. “A gente tem que ficar autoafirmando que esse amor é legítimo, e que a gente não vai deixar de amar porque a gente está em um contexto social em que parte das pessoas não acredita que esse amor seja legítimo”.
Mônica agradeceu pelo apoio que vem recebendo e disse que é fundamental toda manifestação de carinho, afeto, mobilização e cobrança por justiça, pressionando as investigações e lutando para que não haja mais assassinatos como o de Marielle.
“O apoio tem sido muito grande, e é isso que ajuda a manter a luta e faz com que eu levante de manhã e que dá algum sentido, é saber que existe toda essa rede de afeto mundial”.
Durante a Parada LGBT de São Paulo, em 3 de junho, Mônica defendeu a necessidade de resistência lembrando que o Brasil é um dos países que mais mata a população LGBT. “A gente não pode deixar que isso continue dessa maneira. O nosso corpo é resistência política”, discursou em um dos carros de som.
Agência Brasil
Calianne Celedônio - Jornal O Mossoroense.
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