Kelly Cordeiro luta queda de braço desde os 14 anos — Foto: Pipe Photo/Divulgação
15 de DEZEMBRO 2018 - Dona de 95 medalhas, conquistadas ao longo de sete anos, a campeã de queda de braço Kelly Cordeiro, de Piedade (SP), coleciona disputas e vitórias, e não se intimida quando o assunto é desafio.
Aos 21 anos, a lutadora conta que nunca sofreu preconceito, mas que gostaria de conseguir sobreviver do esporte, sua paixão desde os 14 anos. Em entrevista ao G1, a jovem disse que a maior influência para se inserir neste universo veio da família, principalmente o pai.
"O preconceito para uma mulher que pratica luta de braço é fora da mesa, fora desse meio, por ser um esporte muito masculinizado. Já lutei contra homem. Às vezes se for um cara do mesmo porte físico, do mesmo peso eu já cheguei a ganhar. Lutei e luto, tranquilo."
15 de DEZEMBRO 2018 - Dona de 95 medalhas, conquistadas ao longo de sete anos, a campeã de queda de braço Kelly Cordeiro, de Piedade (SP), coleciona disputas e vitórias, e não se intimida quando o assunto é desafio.
Aos 21 anos, a lutadora conta que nunca sofreu preconceito, mas que gostaria de conseguir sobreviver do esporte, sua paixão desde os 14 anos. Em entrevista ao G1, a jovem disse que a maior influência para se inserir neste universo veio da família, principalmente o pai.
"O preconceito para uma mulher que pratica luta de braço é fora da mesa, fora desse meio, por ser um esporte muito masculinizado. Já lutei contra homem. Às vezes se for um cara do mesmo porte físico, do mesmo peso eu já cheguei a ganhar. Lutei e luto, tranquilo."
Kelly Cordeiro já competiu pela luta de braço na Bolívia — Foto: Arquivo pessoal
A última vitória de Kelly foi contra uma americana no campeonato "Armwrestling Open", realizado em Campinas no dia 8 de dezembro. Como prêmio, ela levou para casa um cinturão, suplementos alimentares e uma pequena quantia em dólar, cerca de US$ 100.
Para competir Kelly já foi a países como Bolívia e Argentina. No último, enfrentou uma aventura de quase 30 horas de viagem para conseguir chegar até o local da disputa, na cidade de Berazategui, em abril de 2017.
Kelly coleciona medalhas da luta de braço — Foto: Arquivo pessoal
Acompanhada da irmã e de um amigo, que também competem, Kelly ficou presa na Marginal Tietê durante a ida até o aeroporto de Guarulhos e acabou perdendo o voo. Como eles não conseguiram remarcar, precisaram comprar outra passagem até Montevidéu, no Uruguai.
"Ficamos presos na marginal porque tinha chovido muito. Chegamos no aeroporto, mas não conseguimos remarcar o voo", explicou.
Depois o trio precisou andar de táxi, ônibus e barco para chegar ao destino final. "A gente chegou, trocou de roupa e foi para a luta. Todo esse tempo nós ficamos sem comer e sem tomar banho", disse Kelly, que levou o segundo lugar em sua categoria.
Como não consegue se manter financeiramente com as lutas, Kelly trabalha como assistente pessoal e cursa faculdade de Recursos Humanos em Sorocaba (SP). Os treinos para as competições são realizados em casa três vezes por semana, com a ajuda do pai e da irmã.
"Começou como um hobby, não sabia que ia ter a intensidade que tem hoje, que eu ia pegar amor pelo esporte", contou Kelly.
*Colaborou sob supervisão de Ana Paula Yabiku.
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