Justiça do Chile abre 148 investigações de casos de abuso sexual na Igreja


Manifestante protesta contra a visita do Papa Francisco 
ao Chile nos arredores do Parque O'Higgins, em Santiago, 
na terça-feira (16) — Foto: Eitan Abramovich/AFP

08 de JANEIRO 2019 - A Justiça do
Chile contabilizou 148 investigações por abusos sexuais perpetrados por membros da Igreja Católica contra 255 pessoas. A atualização nos números foi divulgada nesta terça-feira (8) pelo Ministério Público.

No olho do furacão, a Igreja local enfrentou, desde o começo de 2018, uma onda de denúncias por abusos sexuais perpetrados por religiosos ao longo de décadas. O papa Francisco respondeu expulsando padres pedófilos e aceitando as renúncias de vários bispos investigados por acobertar os criminosos.

"Efetivamente, a nível nacional, temos formalizadas 148 investigações com 255 vítimas (...) e quatro clérigos", disse o procurador nacional, Jorge Abbott, em coletiva de imprensa.


Ele destacou o "trabalho significativo" que a Justiça empreendeu para que "as pessoas que foram historicamente vítimas tivessem a oportunidade de denunciar os fatos dos quais foram alvo (...) e isso abriu a possibilidade de assumir a reparação".

Investigação ampla


O MP pretende continuar todas as investigações para determinar os casos que ainda não prescreveram, nos quais a Justiça ainda pode condenar os autores.

Em relatório anterior, a Justiça indicou que entre os acusados há padres, religiosos não sacerdotes, diáconos e uma dezena de laicos.

As denúncias de abuso vêm de todo o país e, na maioria das congregações. A maior parte das ascusações refere a estupros perpetrados por padres ao longo de décadas em colégios administrados pela Congregação Marista.

Operações de busca e apreensão em escritórios de bispos e prédios da Conferência Episcopal local fazem parte dos movimentos do MP para coletar provas.


CHILE  PAPA FRANCISCO


Por France Presse - G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário