Em grupos internos, funcionários do Itamaraty ironizam eventual nomeação de Eduardo Bolsonaro


O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante discurso 
no plenário da Câmara — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

15 de JULHO 2019 - Integrantes de grupos reservados em redes sociais para carreiras do serviço exterior têm reagido com preocupação e humor sobre a eventual nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos cinco filhos do presidente Jair Bolsonaro, para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

Em um dos grupos, formado por assistentes e oficiais de chancelaria do Itamaraty, os comentários são de pessoas surpresas com a possível nomeação do parlamentar. Elas estão preocupadas, por exemplo, com os “candidatos” ao posto que foram preteridos após a sinalização do presidente em dar o cargo mais importante da diplomacia brasileira no exterior para o filho.

Na avaliação desses integrantes das carreiras do Itamaraty, os diplomatas Nestor Foster, que era até então o favorito para assumir a cobiçada embaixada, e Pedro Borio, outro cotado para o posto, se empenharam, mas acabaram se expondo sem necessidade, já que Eduardo seria o “plano A” do presidente.

“Gente, e os que estavam fazendo 'campanha' pro cargo… vão ficar chateados... eu acho tudo tão surreal que só rindo…”, disse um dos participantes do grupo reservado. “Cara, o filho [Eduardo Bolsonaro] deu entrevista agora e tá com cara que vai rolar mesmo. HELP”, emendou outro participante.

Os assistentes e oficiais de chancelaria ainda acreditam que teria sido, no mínimo, uma indelicadeza com o Nestor Foster e Pedro Borio a divulgação do nome de Eduardo Bolsonaro para o cargo, além da quebra de protocolo de divulgar o nome sem o acerto prévio com os Estados Unidos, como informou o blog.

Entre as brincadeiras que dominaram os grupos fechados de redes sociais está também a disputa político-ideológica entre a esquerda e a direita do espectro partidário brasileiro, da qual o deputado é um dos mais ativos participantes.

“Imagina o [Eduardo] dando ‘pití’ porque a cafezinho foi servido do lado esquerdo da mesa e não no direito? Sinto muito pelos colegas de lá, mas eu não consigo parar de rir com essa notícia”, afirmou um oficial de chancelaria.

Para um dos membros da comunidade virtual, o curioso foi o fato de Eduardo Bolsonaro defender o seu nome para o cargo apontando como uma das suas experiências ter trabalhado em uma lanchonete no estado do Maine, extremo nordeste do país.

“Eu adorei o sujeito falando das próprias qualificações. Além de falar inglês, ele fritou muito hambúrguer no Maine, rsrs”, ironizou.


Por Matheus Leitão - G1

Do Blog IDEIAS E FATOS: Longe do sentimento partidário, até porque, não viajo em sigla partidária; o meu partido é o bem estar popular; mas no meu raso ponto de vista, Eduardo Bolsonaro, não dispõe de qualificações para ser um Embaixador. Para quem entende o que realmente significa um posto dessa magnitude, sabe muito bem o que é um Embaixador, e não é precisa ser douto no assunto para se concluir esse pensamento. Esta é a minha opinião.

Chico Filho.

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