O deputado federal Hélio Lopes e o presidente Jair
Bolsonaro durante desembarque em Santa Fé, na
Argentina, em julho de 2019 — Foto: Alan Santos/PR
11 de SETEMBRO 2019 - O ministro Sérgio Moro determinou à Polícia Federal a apuração da suspeita de que o nome do deputado Hélio Negão (PSL-RJ), próximo ao presidente Jair Bolsonaro, tenha sido incluído de forma fraudulenta num inquérito do Rio de Janeiro com objetivo de colocar o governo federal contra a superintendência da corporação no estado.
A superintendência do Rio esteve no centro de um embate entre a PF e Bolsonaro no mês passado, quando o presidente anunciou que substituiria o chefe do órgão, Ricardo Saadi, por problemas de produtividade.
No mesmo dia, entretanto, a PF divulgou nota dizendo que a substituição não tinha relação com a produtividade de Saadi, e anunciou que o posto seria assumido por Carlos Henrique Oliveira Sousa, de Pernambuco.
No dia seguinte, entretanto, Bolsonaro reagiu ao nome de Sousa e, ao dizer que seria Alexandre Silva Saraiva, de Manaus, e afirmou que "quem manda sou eu".
As declarações causaram mal-estar na PF e até a ameaça de entrega de cargos. Bolsonaro, então, voltou atrás e disse que "tanto faz" quem seria escolhido, mas depois ameaçou trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo – indicado por Sergio Moro, quem com trabalhou durante anos na Operação Lava Jato.
A exoneração de Saadi foi publicada no Diário Oficial da União em 30 de agosto. A nomeação de Sousa, ainda não. Valeixo permanece no cargo, mas, segundo o blog da Andréia Sadi, líderes de vários partidos alinhados a Bolsonaro acreditam numa substituição no curto prazo.
Na segunda-feira (9), o jornal "Folha de S.Paulo" informo que o nome do deputado Hélio Negão, que desde a eleição aparece regularmente junto ao presidente em eventos públicos, teria sido incluído em um inquérito que trata de uma pessoa que usa o mesmo apelido do parlamentar, e que já morreu.
Segundo o jornal, a avaliação da cúpula da PF é que a inclusão ocorreu para desgastar Saadi.
Por conta da reportagem, o ministro da Justiça, Sergio Moro, determinou ao diretor-geral da PF em Exercício, Disney Rossetti, que apurasse a suposta inclusão do nome de Hélio Negão em um inquérito "com o aparente intuito de manipular o Governo Federal contra a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, determino a imediata apuração dos fatos no âmbito administrativo e criminal, com a identificação dos responsáveis."
A TV Globo pediu um posicionamento à PF por e-mail às 6h, mas não obteve até as 8h.
JAIR BOLSONARO POLÍCIA FEDERAL SERGIO MORO
11 de SETEMBRO 2019 - O ministro Sérgio Moro determinou à Polícia Federal a apuração da suspeita de que o nome do deputado Hélio Negão (PSL-RJ), próximo ao presidente Jair Bolsonaro, tenha sido incluído de forma fraudulenta num inquérito do Rio de Janeiro com objetivo de colocar o governo federal contra a superintendência da corporação no estado.
A superintendência do Rio esteve no centro de um embate entre a PF e Bolsonaro no mês passado, quando o presidente anunciou que substituiria o chefe do órgão, Ricardo Saadi, por problemas de produtividade.
No mesmo dia, entretanto, a PF divulgou nota dizendo que a substituição não tinha relação com a produtividade de Saadi, e anunciou que o posto seria assumido por Carlos Henrique Oliveira Sousa, de Pernambuco.
No dia seguinte, entretanto, Bolsonaro reagiu ao nome de Sousa e, ao dizer que seria Alexandre Silva Saraiva, de Manaus, e afirmou que "quem manda sou eu".
As declarações causaram mal-estar na PF e até a ameaça de entrega de cargos. Bolsonaro, então, voltou atrás e disse que "tanto faz" quem seria escolhido, mas depois ameaçou trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo – indicado por Sergio Moro, quem com trabalhou durante anos na Operação Lava Jato.
A exoneração de Saadi foi publicada no Diário Oficial da União em 30 de agosto. A nomeação de Sousa, ainda não. Valeixo permanece no cargo, mas, segundo o blog da Andréia Sadi, líderes de vários partidos alinhados a Bolsonaro acreditam numa substituição no curto prazo.
Na segunda-feira (9), o jornal "Folha de S.Paulo" informo que o nome do deputado Hélio Negão, que desde a eleição aparece regularmente junto ao presidente em eventos públicos, teria sido incluído em um inquérito que trata de uma pessoa que usa o mesmo apelido do parlamentar, e que já morreu.
Segundo o jornal, a avaliação da cúpula da PF é que a inclusão ocorreu para desgastar Saadi.
Por conta da reportagem, o ministro da Justiça, Sergio Moro, determinou ao diretor-geral da PF em Exercício, Disney Rossetti, que apurasse a suposta inclusão do nome de Hélio Negão em um inquérito "com o aparente intuito de manipular o Governo Federal contra a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, determino a imediata apuração dos fatos no âmbito administrativo e criminal, com a identificação dos responsáveis."
A TV Globo pediu um posicionamento à PF por e-mail às 6h, mas não obteve até as 8h.
JAIR BOLSONARO POLÍCIA FEDERAL SERGIO MORO
Por G1
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