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Em encontro com advogados, Papa Francisco diz que
quer incluir 'pecado ecológico' na doutrina da
Igreja — Foto: Divulgação/Vatican News
15 de NOVEMBRO 2019 - O Papa Francisco comparou a Adolf Hitler políticos que proferem discurso de ódio contra judeus, ciganos e população LGBT. "Confesso que quando ouço alguns discursos de responsáveis pela ordem ou pelo governo, vêm à minha mente as declarações de Hitler em 1934 e 1936", disse a advogados no Vaticano nesta sexta-feira (15).
"São ações típicas do nazismo que, com sua perseguição contra os judeus, os ciganos e as pessoas de orientação homossexual, representa o modelo negativo da cultura do descarte e do ódio", afirmou o Papa.
Na audiência, o Papa também se disse preocupado com o uso de símbolos nazistas na Europa. "Não é coincidência que nestes tempos há um ressurgimento dos símbolos típicos do nazismo", afirmou. Ele já havia externado preocupação com o antissemitismo em discurso na quarta-feira.
"Hoje, o hábito de perseguir judeus começa a renascer. Irmãos e irmãs: isto não é humano nem cristão, e os judeus são nossos irmãos e irmãs e não podem ser perseguidos. Entenderam?"
Pecado ecológico
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Papa Francisco com participantes do Sínodo dos Bispos
sobre a Amazônia, em outubro de
2019 — Foto: Remo Casilli/Reuters
Quase duas semanas após o encerramento do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, o Papa Francisco revelou que pretende incluir oficialmente o conceito de "pecado ecológico" na doutrina da Igreja. Na audiência, ele disse que "se está pensando em introduzir no Catecismo da Igreja Católica o pecado contra a ecologia".
O Catecismo é o livro que resume todo o pensamento e a doutrina da Igreja, especialmente em questões de fé e moral. A inserção desse tipo de pecado no Catecismo faz com que a ideia deixe de ser uma visão pessoal de Francisco e passe a ser oficialmente ensinada pela Igreja.
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Papa Francisco ajudou a plantar árvores nos jardins
do Vaticano, um dia antes do Sínodo dos Bispos para
a Amazônia — Foto: Divulgação/Vatican Media
O conceito de "pecado ecológico" foi definido pelo documento final do Sínodo, aprovado em 26 de outubro, como uma "ação ou omissão contra Deus, contra o próximo, a comunidade e o ambiente" e o chamado à conversão e o cuidado da "casa comum", isto é, o planeta Terra.
O texto final foi votado por 181 participantes que têm direito a voto, os chamados "padres sinodais". Durante a votação do documento, todos os parágrafos receberam maioria de dois terços de aprovação.
"Propomos definir o pecado ecológico como uma ação ou omissão contra Deus, contra o próximo, a comunidade e o meio ambiente. É um pecado contra as gerações futuras e se manifesta em atos e hábitos de contaminação e destruição da harmonia do ambiente, transgressões contra os princípios da interdependência e a ruptura das redes de solidariedade entre criaturas e contra a virtude da justiça." – Documento Final do Sínodo da Amazônia
Papa Francisco Vaticano
Por G1
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