'Árvore da saúde': Moradora de SC pendura máscaras para doação em comunidades carentes


Máscaras são penduradas com mensagens de carinho para 
doação em SC — Foto: Maritza Fabiane/Arquivo pessoal

21 de MAIO 2020 - As árvores de uma das regiões mais carentes em Florianópolis ganharam outro significado durante a pandemia do novo coronavírus. Com suas sombras e galhos usados muitas vezes para garantir a diversão de crianças de comunidades no entorno do Monte Cristo, na região continental de Florianópolis, agora elas dão novos frutos: Máscaras faciais que são penduradas para doação.

A 'Árvore da Saúde' foi iniciativa de uma moradora. Junto dos itens de segurança, ela pendura corações de papel e mensagens de carinho e de prevenção à Covid-19. A comerciante Maritza Fabiane já doou 200 máscaras em ao menos quatro comunidades e ocupações.

Mensagens de carinho e de prevenção são colocadas junto com 
máscaras para doação em árvore — Foto: Maritza 
Fabiane/Arquivo pessoal

"Comecei na pracinha na frente da minha casa e as pessoas pediram para fazer em outras comunidades aqui próximas. Agora duas vezes por semana vou fazendo aqui. Também vou fazer na frente do posto de saúde, tem uma árvore linda ali e observei que muitas pessoas vão para o posto sem máscaras", diz a comerciante.

Muitos dos moradores dessas comunidades onde ela pendurou as máscaras em árvores enfrentam dificuldades financeiras e até sanitárias. Sem televisão ou internet, recebem poucas informações sobre o coronavírus.

"Muitas pessoas não sabem o que é a doença, o que ela está fazendo no mundo. Muitos não estão atualizados sobre o coronavírus e vou explicando o que sei, que tem de usar a máscara, que tem de ser mais de uma, para lavar antes de usar de novo, tudo isso eu explico", conta.


Maritza Fabiane já contribuiu com comunidades doando mais 
de 200 máscaras em Florianópolis — Foto: Maritza 
Fabiane/Arquivo pessoal

Iniciativa após promessa

A gratidão, além da observação de quem vê diariamente pessoas sem máscaras, fez ela adaptar uma outra iniciativa que já tinha feito antes, pendurando livros nas árvores.

Por Valéria Martins, G1 SC

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