Perguntas que me faço: Se a paz é tão desejada pela raça humana, por que semear a discórdia? Se tanto lamentam os maus acontecimentos; por que então destilam tanto ódio, ferindo e matando a sua própria espécie? Observemos pois, o que acontece ao nosso derredor; quantos fatos tenebrosos, advindos da maldade humana, do nosso desequilíbrio espiritual. A humanidade está em frangalhos, e cheira mal. Devido os corações e mentes orgulhosos, o ser humano perdeu o seu rumo; encontra-se dando voltas e mais voltas em torno de si mesmo; geme de dores, causadas pela sua empáfia; já não sonha, é constantemente assombrado por horrendos pesadelos. Lamentavelmente, se não nos atentar para o real valor da vida, não muito longe, seremos tragados pelo mais profundo abismo; porque nós seres humanos, nos tornamos malignos predadores, com o nosso alto poder de destruição, apodrecemos o fruto antes viçoso, pisoteamos sobre as flores, destruímos os jardins; amargamos as águas, ateamos o fogo da ganância no belo que o Criador nos presenteou; nos envenenamos com a cobiça e o ódio que nos seca os ossos e apodrece o espírito. Porém, antes que o sol se ponha definitivamente, e a mais profunda escuridão nos trague; olhemos para dentro de nós, e busquemos a humildade; é ela que nos conduzirá ao amor; e esse, por sua vez, nos conduzirá de volta ao lar paterno.
Chico Filho.
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