Hospital Universitário Onofre Lopes realiza pela primeira vez
uma cirurgia cardíaca de ponte de safena minimamente invasiva
— Foto: Reprodução/HUOL
28 de OUTUBRO 2020 - Um dos principais receios em relação à cirurgia cardíaca é a recuperação, por causa das aberturas convencionais feitas no tórax, segundo os médicos. Mas, atualmente, já existem técnicas bem menos invasivas. Nesta semana, o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) realizou pela primeira vez uma cirurgia cardíaca de ponte de safena minimamente invasiva, ou seja, sem a necessidade de abertura da caixa torácica. O paciente foi um idoso de 76 anos, que apresentava obstrução nas artérias.
A técnica já era realizada em hospitais privados do estado há anos, mas ainda não havia sido utilizada na rede pública do Rio Grande do Norte. Por meio de pequenas incisões de cerca de cinco centímetros no tórax, são inseridas microcâmeras que permitem uma visão mais ampliada do coração, o que possibilita a realização de procedimentos nas artérias e válvulas cardíacas.
Na forma convencional, a cirurgia de ponte de safena é realizada por meio de uma abertura de pelo menos 20 centímetros entre as mamas do paciente, serrando o osso externo do tórax. Depois, a abertura é fechada com fios de aço. "Como a cirurgia é minimamente invasiva, não serramos o osso e não há risco de infecções como osteomielite. A área exposta é menor, com isso o trauma é bem menor também, mas exatamente com a mesma eficácia", explica o cirurgião cardíaco Waldo Pinheiro, que está coordenando a implantação da técnica no HUOL.
Segundo o médico, a principal vantagem para o paciente é uma recuperação mais rápida e com menos restrições. O tempo médio de recuperação da cirurgia convencional é de 90 dias, e o da minimamente invasiva é de 15 a 20 dias. "O paciente que é operado de forma convencional, toda vez que ele for deitar, precisa ser de barriga pra cima. Já com a cirurgia minimamente invasiva, ele pode dormir até de rede que não vai ter complicações", conta.
A escolha pela cirurgia minimamente invasiva será feita pela equipe médica do hospital, dependendo da patologia do paciente e também a disponibilidade na rede pública dos materiais necessários. Os materiais para a realização da primeira cirurgia cardíaca com a técnica foram adquiridos com recursos do médico que está coordenado a implantação no hospital. "Queria que os pacientes da rede pública também tivessem acesso a uma recuperação menos dolorosa", explica.
Segundo o HUOL, o primeiro paciente operado com a técnica na rede pública do estado, no último dia 22, deve receber alta na próxima sexta-feira (30).
Por Julianne Barreto, Inter TV Cabugi
28 de OUTUBRO 2020 - Um dos principais receios em relação à cirurgia cardíaca é a recuperação, por causa das aberturas convencionais feitas no tórax, segundo os médicos. Mas, atualmente, já existem técnicas bem menos invasivas. Nesta semana, o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) realizou pela primeira vez uma cirurgia cardíaca de ponte de safena minimamente invasiva, ou seja, sem a necessidade de abertura da caixa torácica. O paciente foi um idoso de 76 anos, que apresentava obstrução nas artérias.
A técnica já era realizada em hospitais privados do estado há anos, mas ainda não havia sido utilizada na rede pública do Rio Grande do Norte. Por meio de pequenas incisões de cerca de cinco centímetros no tórax, são inseridas microcâmeras que permitem uma visão mais ampliada do coração, o que possibilita a realização de procedimentos nas artérias e válvulas cardíacas.
Na forma convencional, a cirurgia de ponte de safena é realizada por meio de uma abertura de pelo menos 20 centímetros entre as mamas do paciente, serrando o osso externo do tórax. Depois, a abertura é fechada com fios de aço. "Como a cirurgia é minimamente invasiva, não serramos o osso e não há risco de infecções como osteomielite. A área exposta é menor, com isso o trauma é bem menor também, mas exatamente com a mesma eficácia", explica o cirurgião cardíaco Waldo Pinheiro, que está coordenando a implantação da técnica no HUOL.
Segundo o médico, a principal vantagem para o paciente é uma recuperação mais rápida e com menos restrições. O tempo médio de recuperação da cirurgia convencional é de 90 dias, e o da minimamente invasiva é de 15 a 20 dias. "O paciente que é operado de forma convencional, toda vez que ele for deitar, precisa ser de barriga pra cima. Já com a cirurgia minimamente invasiva, ele pode dormir até de rede que não vai ter complicações", conta.
A escolha pela cirurgia minimamente invasiva será feita pela equipe médica do hospital, dependendo da patologia do paciente e também a disponibilidade na rede pública dos materiais necessários. Os materiais para a realização da primeira cirurgia cardíaca com a técnica foram adquiridos com recursos do médico que está coordenado a implantação no hospital. "Queria que os pacientes da rede pública também tivessem acesso a uma recuperação menos dolorosa", explica.
Segundo o HUOL, o primeiro paciente operado com a técnica na rede pública do estado, no último dia 22, deve receber alta na próxima sexta-feira (30).
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