Rapaz de 19 anos teve morte cerebral em Jundiaí — Foto: Arquivo pessoal
05 de FEVEREIRO 2021 - Os órgãos do jovem de 19 anos que sofreu um aciden
05 de FEVEREIRO 2021 - Os órgãos do jovem de 19 anos que sofreu um aciden
te de moto na rua de casa, em Louveira (SP), e teve morte cerebral em Jundiaí (SP) foram doados para oito pacientes depois de captados no Hospital São Vicente, no dia 1º de fevereiro.
A mãe dele, Solange Martins Furlan, contou ao G1 que recebeu uma ligação do hospital sobre os exames que identificaram a situação de Wesley Henrique Furlan e sobre a possibilidade da doação. Ela e o marido se reuniram e optaram em diminuir a fila de espera de órgãos.
“Chegamos ao acordo que se não tivesse jeito, a gente iria doar, porque pensamos em outras mães e pais sofrendo na fila e precisando de órgão. Se deixasse nele iria ser enterrado, ia ficar na terra, ia se acabar. É uma forma dele continuar vivo e a gente amenizar a dor”
Segundo a unidade, o jovem estava internado desde o dia 23 de janeiro devido a um acidente de moto. Segundo a mãe, ele emprestou a moto de um amigo perto de casa, perdeu o controle da direção e bateu a cabeça em um muro.
Entrou em coma ali mesmo e teve traumatismo. De Louveira, ele foi levado a Jundiaí, fez uma cirurgia e ficou no hospital.
“Muitas vezes não sabemos como reagir. Na hora da dor, não sabe o que pensar. Mas a gente coloca a cabeça no lugar e pensa na dor do próximo, porque é isso que faz a diferença. A doação de órgãos é o maior ato de amor. A gente está doando vida", disse Solange.
O rapaz trabalhava como auxiliar de produção e tinha como meta comprar uma moto, um hobby, segundo a família. Ele morava com a mãe, o pai e o irmão, de 14 anos.
Os órgãos seguiram para São Paulo e Campinas para pacientes que aguardam na fila do Ministério da Saúde.
“O coração continua batendo, o olho deu luz para outra pessoa. Tudo a gente para e pensa e conforta nosso coração. Nosso filho se foi, mas está só o corpo [enterrado], porque o coração continua."
Dentre os profissionais que realizaram o procedimento esteve o médico Ronaldo Honorato, cirurgião transplantador e cirurgião cardiovascular do Instituto do Coração (InCor) de São Paulo, que afirmou que em tempos de pandemia covid-19 são poucas famílias que aceitam a doação.
“Percebemos um receio em ter contato com os hospitais e, assim, há a negativa para a doação. Diante desta realidade, posso dizer que hoje é um dia especial”, contou.
No decorrer de 2019, o hospital registrou 11 doadores. Em 2020, mesmo diante da pandemia, 10 famílias aceitaram a doação de órgãos.
Por Carlos Henrique Dias, G1 Sorocaba e Jundiaí
A mãe dele, Solange Martins Furlan, contou ao G1 que recebeu uma ligação do hospital sobre os exames que identificaram a situação de Wesley Henrique Furlan e sobre a possibilidade da doação. Ela e o marido se reuniram e optaram em diminuir a fila de espera de órgãos.
“Chegamos ao acordo que se não tivesse jeito, a gente iria doar, porque pensamos em outras mães e pais sofrendo na fila e precisando de órgão. Se deixasse nele iria ser enterrado, ia ficar na terra, ia se acabar. É uma forma dele continuar vivo e a gente amenizar a dor”
Segundo a unidade, o jovem estava internado desde o dia 23 de janeiro devido a um acidente de moto. Segundo a mãe, ele emprestou a moto de um amigo perto de casa, perdeu o controle da direção e bateu a cabeça em um muro.
Entrou em coma ali mesmo e teve traumatismo. De Louveira, ele foi levado a Jundiaí, fez uma cirurgia e ficou no hospital.
“Muitas vezes não sabemos como reagir. Na hora da dor, não sabe o que pensar. Mas a gente coloca a cabeça no lugar e pensa na dor do próximo, porque é isso que faz a diferença. A doação de órgãos é o maior ato de amor. A gente está doando vida", disse Solange.
O rapaz trabalhava como auxiliar de produção e tinha como meta comprar uma moto, um hobby, segundo a família. Ele morava com a mãe, o pai e o irmão, de 14 anos.
Os órgãos seguiram para São Paulo e Campinas para pacientes que aguardam na fila do Ministério da Saúde.
“O coração continua batendo, o olho deu luz para outra pessoa. Tudo a gente para e pensa e conforta nosso coração. Nosso filho se foi, mas está só o corpo [enterrado], porque o coração continua."
Procedimento foi realizado em Jundiaí — Foto: Divulgação
“Percebemos um receio em ter contato com os hospitais e, assim, há a negativa para a doação. Diante desta realidade, posso dizer que hoje é um dia especial”, contou.
No decorrer de 2019, o hospital registrou 11 doadores. Em 2020, mesmo diante da pandemia, 10 famílias aceitaram a doação de órgãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário