Ministérios Públicos apontam pré-colapso no sistema de saúde e cobram medidas mais rígidas contra Covid-19 no RN

Taxa de ocupação de leitos críticos para Covid-19 nesta terça-
feira (1º) no RN — Foto: Regula RN

01 de JUNHO 2021 - Representantes dos Ministérios Públicos Federal, Estadual e do Trabalho afirmaram que o Rio Grande do Norte vive um pré-colapso do sistema público de saúde e defenderam que o quadro da pandemia da Covid-19 exige medidas sanitárias mais rigorosas em todas as regiões potiguares.

Os órgãos realizaram uma reunião com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), prefeitos de cidades de todas as regiões do estado e autoridades de saúde, nesta segunda-feira (31).

O procurador da República Victor Mariz afirmou que o momento é crítico. “Em razão dos dados epidemiológicos, temos a necessidade de adotar medidas de controle mais rígidas. Persistimos em situação de risco elevado em razão da pandemia. Acompanhamos de perto o abastecimento de kit intubação e oxigênio, e estamos em alerta pelo risco de falta de medicamentos fundamentais. Temos uma situação de pré-colapso, com panorama anunciado de colapso”, relatou.

“Fica do MP o alerta e o apelo de que só com a união de esforços e protagonismo dos gestores é que poderemos qualificar o enfrentamento para reduzir a propagação do vírus”, defendeu.

De acordo com a promotora de Justiça Iara Pinheiro, o acompanhamento semanal do comportamento da pandemia no estado identificou que o RN vem piorando nos indicadores epidemiológicos e assistenciais nas últimas três semanas.

“Nossa fala de alerta é baseada na última recomendação do comitê científico do estado, mas também em outras análises de projeção da pandemia para o país, como o Observatório Covid da Fiocruz. A capacidade de expansão de leitos públicos praticamente esgotou-se. Pedimos mais restrições em todo o território estadual, porque os dados apontam que todo o estado está em situação grave em relação ao número de casos ativos e demanda alta por leitos de UTI Covid”, explicou.

A procuradora-chefe do MPF no RN, Cibele Benevides, ressaltou a necessidade de se estabelecer consenso e compromisso entre os gestores.

Por G1 RN

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