E se a Amazônia virar savana e o planeta aquecer demais? Estudo estima que 12 milhões irão sofrer com calor extremo na região

Vaca em pasto plantado em área desmatada da Amazônia perto 
da rodovia Transamazônica em Humaitá, no Amazonas — Foto: 
Bruno Kelly/Reuters

01 de OUTUBRO 2021 - Em ritmo acelerado de devastação em meio às mudanças climáticas, parte da Amazônia já trocou uma vegetação de floresta por uma com plantas rasteiras, a chamada "savanização". Há chance de reverter esse cenário, mas existe também a de o comportamento humano não mudar e tudo virar uma grande savana. Além disso, e se o planeta continuar aquecendo e chegar até o pior cenário possível, como uma temperatura extra de 8,5ºC em comparação com o período pré-revolução industrial?

Uma tentativa de resposta à pergunta está em um estudo publicado nesta sexta-feira (1º) por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). Por enquanto, eles avaliaram a quantidade de pessoas que passaria por situações extremas de calor.

A resposta é: 12 milhões iriam sofrer com o problema até 2100 apenas na bacia amazônica - dados do último censo demográfico do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) estimam que vivem 20,3 milhões de pessoas na região. Esse resultado é subestimado, já que os dados não levaram em consideração o fato de que a população deve aumentar nos próximos anos.

Por Carolina Dantas, G1

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