09 de DEZEMBRO 2021 - Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avaliaram nesta quinta-feira (9), nos bastidores, que a exigência de quarentena para quem chegar ao Brasil e não estiver vacinado vai desestimular o chamado "turismo antivacina" e, também, valorizar os imunizantes contra a Covid.
Nesta quinta, o governo publicou no "Diário Oficial da União" uma portaria que determina quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados que chegarem por via aérea ao Brasil.
A adoção da medida foi proposta pela Anvisa. Nesta semana, contudo, o presidente Jair Bolsonaro distorceu a proposta, afirmando que a agência queria "fechar o espaço aéreo" do país, e chamou o passaporte da vacina de "coleira".
Fontes ouvidas pela GloboNews entendem que, antes da portaria, o Brasil se tornaria um "convite para negacionistas".
Agora, com a publicação da portaria, essas fontes avaliam que os não vacinados deverão reprogramar viagens ao Brasil porque "ninguém quer quarentenar num país estranho".
Valorização da vacina
Para técnicos da Anvisa, uma das consequências diretas da portaria publicada nesta quinta-feira será a valorização da vacina contra a Covid.
A avaliação é que, mesmo após todo o desgaste político em torno do tema, a conclusão é que as portas do país estarão abertas para os vacinados. "Na prática, isso valoriza a vacina", disse um técnico.
O presidente Jair Bolsonaro afirma com frequência que não vai se vacinar, argumentando que quem teve Covid tem mais imunidade do que o vacinado. A comunidade científica, contudo, recomenda a vacinação até mesmo para quem já teve a doença.
A razão para isso é que a vacinação produz uma imunização mais duradoura do que a resultante de infecção natural pela doença.
As regras publicadas nesta quinta-feira no "Diário Oficial" valem para brasileiros e estrangeiros.
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