Covid: pandemia não está nem perto do fim, adverte OMS

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chega a 
uma reunião dos ministros das finanças e da saúde do G20 em 
Roma, na Itália, em 29 de outubro de 2021 — Foto: Alessandra 
Tarantino/AP

19 de JANEIRO 2022 - O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, emitiu um alerta aos líderes mundiais de que a pandemia do novo coronavírus "não está nem perto do fim".

Tedros Adhanom Ghebreyesus advertiu contra a suposição de que a variante ômicron seja mais suave do que as anteriores — e de que, portanto, seria uma ameaça menor.

Nesta semana, alguns países europeus registraram novos números de casos.

A França registrou quase meio milhão de novos casos diários na terça-feira (18). Nesta quarta-feira (19/1), pela primeira vez desde o início da pandemia, mais de 100 mil novas infecções foram registradas na Alemanha em 24 horas.

Em entrevista coletiva na sede da OMS, em Genebra, Tedros disse a repórteres que a ômicron levou a 18 milhões de novas infecções em todo o mundo na semana passada.

Embora a variante possa ter consequências menos graves para muitos pacientes, "a narrativa de que ela é uma doença leve é enganosa", disse ele. "Não se engane, a ômicron está causando hospitalizações e mortes — e mesmo os casos menos graves estão enchendo as unidades de saúde."

Ele alertou os líderes globais que "com o incrível crescimento global da ômicron, novas variantes provavelmente surgirão, e é por isso que o rastreamento e a avaliação permanecem críticos".

"Continuo particularmente preocupado com muitos países que têm baixas taxas de vacinação, pois as pessoas correm muito mais risco de doenças graves e morte se não forem vacinadas", acrescentou.

O diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, também alertou que o aumento da transmissibilidade da ômicron provavelmente levará a um aumento nas hospitalizações e mortes, especialmente em países onde menos pessoas são vacinadas.

"Um aumento exponencial de casos, independentemente da gravidade das variantes individuais, leva a um aumento inevitável de hospitalizações e mortes", disse ele.

Por BBC

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