Alessandra Vaz (esq.) e Daniela Mousinho (dir.) morreram em
2019 depois de serem trancadas em um banheiro e homem atear
fogo no imóvel em Nova Friburgo, no RJ — Foto: Arquivo
pessoal
09 de FEVEREIRO 2022 - Foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão o homem acusado de matar a ex-namorada, Alessandra Vaz, e a amiga dela, Daniela Mousinho, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. Durante o julgamento, que durou mais de 12 horas no Fórum de Nova Friburgo, o júri desconsiderou feminicídio e a intenção de matar, o que gerou revolta para as famílias das vítimas.
O crime aconteceu em outubro de 2019. Rodrigo Marotti foi condenado pelo crime de incêndio com resultado de mortes. As famílias disseram que vão recorrer.
"Nós estamos todos embasbacados com a decisão do júri de absolvê-lo do dolo do crime. Estamos embasbacados com a frieza como as pessoas podem tratar o feminicídio de duas mulheres. Frieza tal que desconsiderou o feminicídio da minha mãe e da Alessandra. É de um absurdo imenso que você olhe pra um crime desse, que você ouça os advogados falarem o dia inteiro, que você ouça diversas testemunhas falarem que um homem pegou um colchão, ateou fogo e colocou na porta do banheiro que era a única das duas mulheres e que no final ele não teve intenção de matá-las. Isso é um absurdo. Então nós estamos muito revoltados com a decisão do júri", disse Luiza Mousinho, filha de Daniela.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro recorreu na própria sessão de julgamento por entender que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos. O recurso terá por objetivo a anulação do júri para submeter o acusado a novo julgamento perante o Tribunal do Júri, para que seja condenado por duplo feminicídio em nova sessão plenária.
A família de Alessandra chegou a fazer uma campanha na internet pedindo pena máxima pelo crime de feminicídio, o que não aconteceu.
"Ele só pegou 19 anos. A acusação vai recorrer. Tá todo mundo indignado com essa sentença", disse uma amiga da irmã de Andressa Vaz, irmã de Alessandra, que acompanhou o julgamento.
Segundo a polícia, na época do crime, o acusado teria se desentendido com a ex-namorada por causa da gestão de um negócio que tinham em comum. Ele trancou Alessandra e a amiga Daniela em um banheiro e ateou fogo na casa. Rodrigo foi preso no dia seguinte ao crime.
As duas tiveram queimaduras graves, chegaram a ser socorridas mas morreram dias depois.
O MPRJ disse, por meio de nota, que após julgamento pelo Tribunal do Júri, os jurados entenderam que não houve dolo de matar na conduta do acusado, desclassificando o crime e transferindo a competência para julgamento para a juíza presidente, que condenou o réu pelos crimes de incêndio qualificado com resultado morte e furto praticado durante o repouso noturno, totalizando uma pena de 19 anos e 4 meses em regime inicial fechado.
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não localizou a defesa do acusado.
Por g1 — Nova Friburgo
O crime aconteceu em outubro de 2019. Rodrigo Marotti foi condenado pelo crime de incêndio com resultado de mortes. As famílias disseram que vão recorrer.
"Nós estamos todos embasbacados com a decisão do júri de absolvê-lo do dolo do crime. Estamos embasbacados com a frieza como as pessoas podem tratar o feminicídio de duas mulheres. Frieza tal que desconsiderou o feminicídio da minha mãe e da Alessandra. É de um absurdo imenso que você olhe pra um crime desse, que você ouça os advogados falarem o dia inteiro, que você ouça diversas testemunhas falarem que um homem pegou um colchão, ateou fogo e colocou na porta do banheiro que era a única das duas mulheres e que no final ele não teve intenção de matá-las. Isso é um absurdo. Então nós estamos muito revoltados com a decisão do júri", disse Luiza Mousinho, filha de Daniela.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro recorreu na própria sessão de julgamento por entender que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos. O recurso terá por objetivo a anulação do júri para submeter o acusado a novo julgamento perante o Tribunal do Júri, para que seja condenado por duplo feminicídio em nova sessão plenária.
"Ele só pegou 19 anos. A acusação vai recorrer. Tá todo mundo indignado com essa sentença", disse uma amiga da irmã de Andressa Vaz, irmã de Alessandra, que acompanhou o julgamento.
Segundo a polícia, na época do crime, o acusado teria se desentendido com a ex-namorada por causa da gestão de um negócio que tinham em comum. Ele trancou Alessandra e a amiga Daniela em um banheiro e ateou fogo na casa. Rodrigo foi preso no dia seguinte ao crime.
As duas tiveram queimaduras graves, chegaram a ser socorridas mas morreram dias depois.
O MPRJ disse, por meio de nota, que após julgamento pelo Tribunal do Júri, os jurados entenderam que não houve dolo de matar na conduta do acusado, desclassificando o crime e transferindo a competência para julgamento para a juíza presidente, que condenou o réu pelos crimes de incêndio qualificado com resultado morte e furto praticado durante o repouso noturno, totalizando uma pena de 19 anos e 4 meses em regime inicial fechado.
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não localizou a defesa do acusado.
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