Comissão do Senado aprova convite para ministro da Educação explicar atuação de pastores


Bolsonaro e o ministro Luiz Eduardo Ramos receberam os 
pastores Gilmar Santos (primeiro à esquerda) e Arilton de 
Moura (primeiro à direita), em outubro de 2019. — Foto: 
Carolina Antunes/PR

24 de MARÇO 2022 - A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou nesta quinta-feira (24) convite para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro , dê explicações sobre um suposto favorecimento a pastores na liberação de verbas da pasta.

Também foi aprovada uma audiência para ouvir outros envolvidos no caso, entre eles os dois pastores supostamente favorecidos pelo ministro, Gilmar Silva e Arilton Moura, além do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte (leia mais abaixo).

O ministro deve ser ouvido na próxima quinta (31).

Apresentados pela oposição, os requerimentos para ouvir Ribeiro pediam a convocação do ministro, o que tem um maior peso político porque, nesse formato, o comparecimento é obrigatório.

Entretanto, atendendo a pedido do senador Wellington Fagundes (PL-MT), do mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, a convocação foi transformada em convite, quando não há a obrigação da presença.

Fagundes argumentou que a convocação não era necessária porque o próprio ministro já havia se colocado à disposição para prestar esclarecimentos à comissão. Senadores da oposição não se opuseram à mudança.

O convite acontece após reportagens dos jornais "O Estado de S. Paulo" e "Folha de S. Paulo" apontarem a existência de um "gabinete paralelo" formado por pastores, que controlariam a liberação de verbas e a agenda do Ministério da Educação.

Em áudio divulgado pela "Folha de S. Paulo", Ribeiro afirma que repassa verbas para municípios indicados pelos pastores Gilmar Silva e Arilton Moura, e que faz isso a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Por Marcela Mattos, g1 — Brasília

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