Ion Andrade é médico epidemiologista e integrante do Comitê
Científico Local
11 de MARÇO 2022 - O epidemiologista e pesquisador da Escola de Saúde Pública do RN, Ion de Andrade, afirmou à TRIBUNA DO NORTE que ainda não é o momento para se desfazer da medida de proteção. "As pessoas devem continuar usando máscara até o momento em que o contágio tenha se tornado algo raro, excepcional. Não é o caso”, explica. Ele criticou a decisão e disse que é “uma atitude de difícil compreensão".
Para o especialista, o fim do uso do item pode provocar o retorno do aumento de casos. Na avaliação dele, os números, mesmo em queda, ainda podem ser considerados muito significativos, o que requer atenção das autoridades.
"O Rio Grande do Norte vem tendo uma variação com cerca de 500 casos por dia. Isso não é pouco, não é exceção. E essa é uma doença que continua matando, embora em menor número por causa da cobertura vacinal. Então, não é o momento de suspender o uso da máscara", avalia.
O epidemiologista defende, no entanto, que o uso pode ser flexibilizado em locais abertos. A preocupação com a decisão do Município se dá, de acordo com Ion de Andrade, pelo fato de que o Estado se aproxima do período onde, nos últimos dois anos, houve picos da doença – entre os meses de maio e julho – indica. Ele também analisa que a decisão é ainda mais impactante porque as pessoas, em geral, já estão acostumadas com a proteção.
"Acho que tornar não obrigatório o uso da máscara no momento que antecede os picos sazonais potencialmente já conhecidos, é algo de uma irresponsabilidade muito grande, principalmente porque as pessoas estão propensas ao uso da máscara. Tanto é que o decreto veio e as pessoas continuam usando o item. É uma atitude de difícil compreensão", pontua.
Ainda dentro dos motivos pelos quais o especialista defende que a decisão foi equivocada, está a possibilidade de que as pessoas estejam dividindo espaços fechados com doentes assintomáticos e também o fato de que ainda há aqueles que não foram infectados pela doença. A preocupação com os idosos também é algo a ficar em alerta, segundo o epidemiologista, já que são eles que, mesmo vacinados, estão ocupando os leitos de UTI do Estado.
“Ontem [na quarta-feira, dia 9], 11 pacientes confirmados deram entrada em serviços de saúde por covid no RN. A grande maioria era idosa. Repito: a liberação do uso da máscara deveria acontecer no momento em que a transmissão da doença tiver sido superada, o que não está acontecendo agora. Portanto, o cuidado ainda é muito necessário”, assegura.
Para o especialista, o fim do uso do item pode provocar o retorno do aumento de casos. Na avaliação dele, os números, mesmo em queda, ainda podem ser considerados muito significativos, o que requer atenção das autoridades.
"O Rio Grande do Norte vem tendo uma variação com cerca de 500 casos por dia. Isso não é pouco, não é exceção. E essa é uma doença que continua matando, embora em menor número por causa da cobertura vacinal. Então, não é o momento de suspender o uso da máscara", avalia.
O epidemiologista defende, no entanto, que o uso pode ser flexibilizado em locais abertos. A preocupação com a decisão do Município se dá, de acordo com Ion de Andrade, pelo fato de que o Estado se aproxima do período onde, nos últimos dois anos, houve picos da doença – entre os meses de maio e julho – indica. Ele também analisa que a decisão é ainda mais impactante porque as pessoas, em geral, já estão acostumadas com a proteção.
"Acho que tornar não obrigatório o uso da máscara no momento que antecede os picos sazonais potencialmente já conhecidos, é algo de uma irresponsabilidade muito grande, principalmente porque as pessoas estão propensas ao uso da máscara. Tanto é que o decreto veio e as pessoas continuam usando o item. É uma atitude de difícil compreensão", pontua.
Ainda dentro dos motivos pelos quais o especialista defende que a decisão foi equivocada, está a possibilidade de que as pessoas estejam dividindo espaços fechados com doentes assintomáticos e também o fato de que ainda há aqueles que não foram infectados pela doença. A preocupação com os idosos também é algo a ficar em alerta, segundo o epidemiologista, já que são eles que, mesmo vacinados, estão ocupando os leitos de UTI do Estado.
“Ontem [na quarta-feira, dia 9], 11 pacientes confirmados deram entrada em serviços de saúde por covid no RN. A grande maioria era idosa. Repito: a liberação do uso da máscara deveria acontecer no momento em que a transmissão da doença tiver sido superada, o que não está acontecendo agora. Portanto, o cuidado ainda é muito necessário”, assegura.
Fonte: Tribuna do Norte.
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