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Reprodução/Pixabay
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11 de MAIO 2022 - Uma pesquisa da fintech Onze, cedida com exclusividade ao g1, mostra que 74% dos brasileiros dizem que o dinheiro é sua maior fonte de preocupação. O número é maior do que a angústia pela família (60%), pela saúde (57%) e pelo trabalho (44%).
A sondagem colheu respostas de 1.603 pessoas, todas elas trabalhadoras assalariadas em regime CLT. A segmentação da amostra é ainda mais preocupante, pois trabalhadores formais costumam ter renda maior que os informais.
Das principais dificuldades quando o assunto é dinheiro, a pesquisa destaca o sacrifício de montar um "colchão" de conforto financeiro. Apenas 17,8% dos entrevistados afirmaram que conseguem cobrir os gastos e poupar algum dinheiro ao fim do mês.
Na outra ponta, 42,7% disseram que a renda atual cobre os gastos, mas sem sobras. Outros 33,7% confidenciaram que os gastos são maiores que a renda mensal. Os demais não fazem nenhum controle financeiro e não souberam responder.
Estresse financeiro
Esse sentimento de pressão causado pelo dinheiro é chamado de "estresse financeiro". Os impactos se espalham tanto pela saúde física como pela produtividade no trabalho e nas relações pessoais.
Dos entrevistados, 30,6% disseram que a preocupação constante com o dinheiro afeta o desempenho no trabalho. Dessa fatia, o principal sintoma é a perda de sono pela aflição financeira (59,1%), seguida de perda de foco (54,8%), mau humor e impaciência com colegas (20,3%) e necessidade de resolver pendências ao longo do dia (20%).
"Levando em consideração que o dinheiro é a maior preocupação de 74% dos entrevistados e 31% afirmam ter seu rendimento afetado, chegamos a uma média de 25% de trabalhadores afetados pelo estresse financeiro. Ou seja, 1 em cada 4 trabalhadores CLTs", diz relatório da Onze.
Quando o assunto é a vida pessoal, 54,5% dos entrevistados admite que a preocupação financeira tem atrapalhado.
Entre os sintomas, o principal é a falta de energia para aproveitar o tempo com entes queridos (62,3%). Em seguida, mau humor e falta de paciência com a família (47,9%) e desentendimentos com o parceiro (32,6%).
Por fim, a Onze também avaliou os efeitos do estresse financeiro na saúde mental. Nada menos que 75% percebem influência. Lidera a sensação de ansiedade (71,6%), seguida de pensamento constante sobre pagamentos e dívidas (64,5%), desânimo (58,3%), irritabilidade (46,7%) e medo do futuro (45,9%).
Por Raphael Martins, g1
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