Período junino acende alerta sobre queimaduras

Adriano Abreu
Queimaduras de fogos de artifício costumam ser de segundo e 
terceiro graus

17 de JUNHO 2022 - Até maio deste ano, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel recebeu 369 pessoas com algum tipo de queimadura no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). Agora, com o início de junho e dos festejos de São João, a preocupação aumenta para médicos e bombeiros que atuam no combate a este tipo de acidente.

O CTQ recebe uma média de 20 a 30 vítimas de acidentes graves relacionados a fogos de artifício ou queimaduras a cada período junino. De acordo com o Marco Almeida, cirurgião plástico do CTQ, é preciso atenção com os objetos desta época. “Não existem fogos inocentes. Então, eu jamais daria pra uma criança um chumbinho, um traque, um chuveirinho, porque mesmo esses fogos mais simples podem causar lesões irreversíveis, até mesmo uma cegueira se atingir um olho”, alerta. Segundo Almeida, as brincadeiras juninas são culturais, “mas têm que ser repensadas porque muitas crianças têm tido lesões graves e importantes”.

Normalmente, segundo o médico, as queimaduras por uso de fogos de artifício, fogueiras e rojões são de segundo e terceiro grau. Os ferimentos de segundo grau podem ser superficiais, com cicatrizes que duram de 10 a 14 dias, e profundas, durando cerca de 21 dias para sarar. Já no terceiro grau, o comprometimento é em todas as camadas da pele, até a gordura ou mais profundo. “E normalmente é quando a gente tem que fazer os enxertos, é quando tem muita cirurgia reparadora, é quando tem as sequelas”, diz Almeida.

Fonte: Tribuna do Norte.

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