15 de JULHO 2022 - O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU), entrou com um pedido de medida cautelar no próprio tribunal contra a PEC dos Auxílios. A proposta, que foi aprovada na noite desta quarta-feira (13) pela Câmara dos Deputados, prevê um aumento de R$ 40 bilhões com gastos do governo com programas sociais às vésperas das eleições.
Segundo Furtado, “a emenda proposta é flagrantemente inconstitucional” e pode constituir “abuso do poder político e econômico”, sendo os responsáveis “passíveis de ações de impugnação de mandato eletivo” – no caso, o presidente Jair Bolsonaro, que apresentou a PEC.
A legislação eleitoral proíbe a efetivação de novos benefícios sociais em ano eleitoral, justamente para que não haja nenhum tipo de beneficiamento de um ou outro candidato por meio da máquina pública. A lei, no entanto, abre brechas para estados de emergência.
Para que a PEC fosse aprovada, então, o governo federal decretou estado de emergência diante da ameaça à segurança alimentar da população brasileira. Bolsonaro “criou, possivelmente de forma deliberada, um estado permanente de frustração do planejamento orçamentário para falsear o cabimento de créditos extraordinários”.
Fonte: Jornal O Mossoroense.
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