Escassez de soro antirrábico faz Sesap emitir nota sobre uso racional do imunobiológico


Escassez de soro antirrábico faz Sesap emitir nota sobre uso racional do imunobiológico. A nota orientativa também faz menção a imunoglobulina humana. Os dois são utilizados no tratamento de casos de raiva. O documento segue uma orientação nacional diante da escassez do soro e da imunoglobulina em todo o país. No Rio Grande do Norte, o atual cenário epidemiológico da raiva registra 47 casos de animais positivos. Parte desses casos são provocados por variantes virais de origem silvestre, como morcegos e canídeos selvagens. O último caso de raiva humana foi registrado em 2010, no município de Frutuoso Gomes; veja também orientações sobre como proceder em caso de ataques de animais.

28 de DEZEMBRO 2022 - A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) está encaminhando aos municípios potiguares uma nota de orientação a respeito do uso de soro antirrábico e imunoglobulina humana no tratamento de casos de raiva.

O documento segue uma orientação nacional diante da escassez do soro e da imunoglobulina em todo o país. A Sesap também realizou recentemente uma capacitação com as equipes municipais para aprofundar as orientações emitidas pelo Ministério da Saúde.

"É importante destacar que para o atual momento que estamos vivendo, todo Brasil vem sofrendo redução na quantidade recebida de soro antirrábico e imunoglobulina humana, fornecidos pelo Ministério da Saúde, e que diante deste cenário orientamos o uso racional destes imunobiológicos. No entanto, é importante dizer que não há o desabastecimento no estoque de vacina", ressalta Ranih Araújo, sanitarista do programa estadual de controle e vigilância da raiva.

No Rio Grande do Norte, o atual cenário epidemiológico da raiva registra 47 casos de animais positivos. Parte desses casos são provocados por variantes virais de origem silvestre, como morcegos e canídeos selvagens. O último caso de raiva humana foi registrado em 2010, no município de Frutuoso Gomes.

A raiva é uma doença zoonótica de origem viral considerada um importante problema de saúde pública, com letalidade de aproximadamente 100% dos casos e é transmitida a partir do contato direto através da mordedura, arranhadura ou secreção do animal contaminado ao humano.

A raiva pode ser prevenida pela profilaxia pré-exposição e o acompanhamento da titularidade imunobiológica para grupos prioritários, como também pela profilaxia pós exposição com a utilização de imunobiológicos, como a vacina, soro antirrábico ou imunoglobulina humana.

Confira as orientações

- Em casos de agressão orientamos a vítima a procurar a unidade de pronto atendimento imediatamente para avaliação individual e criteriosa de cada caso;

- Em situações de agressões com cães e gatos que tem indicação do uso de soro e imunoglobina devem ser infiltrados, com exceção de agressões envolvendo morcegos e outros animais silvestres;

- Orientação a intensificação da vacinação de animais domésticos (cães e gatos) nos pontos de vacinação do município de residência;

- Orientamos a população a evitar se aproximar de animais desconhecidos e principalmente animais silvestres para diminuição na quantidade de acidentes antirrábicos.

Fonte: Mossoró Hoje.

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