Igreja beatifica Isabel Cristina, mineira brutalmente assassinada aos 20 anos

Crédito da foto: Paróquia Nossa Senhora da Piedade/Divulgação
Isabel Cristina Mrad Campos, Serva de Deus que será 
beatificada em Barbacena

12 de DEZEMBRO 2022 - A celebração de beatificação de Isabel Cristina foi realizada neste sábado (10) em Barbacena. A brasileira foi brutalmente assassinada aos 20 anos em 1982, na cidade de Juiz de Fora, por um homem que montava um guarda-roupa na casa dela.

Em outubro de 2020, ela teve o martírio reconhecido pelo Papa Francisco, mas devido à pandemia, a solenidade ocorre mais de dois anos depois.

Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena. Filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos, ela se mudou para Juiz de Fora em 1982, para fazer um curso pré-vestibular para medicina.

No dia 1º de setembro do mesmo ano, um homem contratado para montar um guarda-roupa no apartamento onde ela morava com o irmão, tentou violentá-la. Isabel enfrentou à violência, mas foi golpeada por uma cadeira na cabeça, amarrada, amordaçada e teve as roupas rasgadas. Como resistiu ao estupro, ela foi morta com 15 facadas, aos 20 anos.

Conforme a Arquidiocese de Mariana, Isabel tinha uma vida normal, estudava, namorava e participava de festas, mas tinha uma vida de oração, era dedicada à Igreja Católica e sonhava em ser pediatra para ajudar crianças carentes.

A forma como foi morta, mas sobretudo como viveu, motivou um grupo de pessoas a entrar com o pedido do processo para a beatificação da mineira.

Como Isabel foi batizada e fez a Primeira Comunhão na Matriz da Piedade de Barbacena, pela ligação afetiva dos pais dela com a paróquia, foi decidido que os restos mortais ficariam no Santuário da Piedade.

A solicitação para a abertura do processo de beatificação foi aceita por Roma em 2001, quando foi instalado o procedimento na Arquidiocese de Mariana e Isabel Cristina recebeu o título de Serva de Deus.

O processo foi conduzido por um Tribunal Eclesiástico instituído por Dom Luciano, que colheu depoimentos de quase 60 pessoas, reunindo documentos, ouvindo testemunhos, para formalizar o procedimento.

Depois de oito anos de estudos e pesquisas, em 2009, os restos mortais de Isabel foram transferidos para o Santuário de Nossa Senhora da Piedade e, logo após, em 1º de setembro daquele ano, o arcebispo emérito de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, encerrou o processo ao nível arquidiocesano.

Em outubro de 2020, o Papa Francisco reconheceu o martírio de Isabel Cristina. A morte violenta foi considerada pelos católicos como um martírio e os fiéis compararam a jovem à santa Maria Goretti, que também morreu lutando contra o agressor dela.

Fonte: De Fato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário