Covid: mantido o cenário atual com a variante BQ.1, vacinação de grupos de risco será anual, diz secretária de Vigilância em Saúde


Profissional de saúde maneja dose de vacina contra a Covid em 
Porto Alegre — Foto: Cristine Rochol/PMPA

05 de JANEIRO 2023 - A partir de abril, a vacina contra a Covid-19 deverá ser aplicada anualmente em profissionais de saúde, idosos e pessoas imunocomprometidas.

Já o restante da população deverá seguir a orientação de tomar 3 ou 4 doses dependendo da faixa etária, esquema vacinal considerado de "alta efetividade".

O anúncio foi feito pela nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. Em entrevista ao g1, ela disse que:

Mantido o cenário epidemiológico atual, esses grupos prioritários devem receber uma dose anual da vacina bivalente (aquela atualizada para as novas variantes da Covid-19);

Essa decisão partiu após a onda de casos do final do ano passado que foram causados pela BQ.1, subvariante da variante ômicron;

Ainda segundo a secretária, a BQ.1 mostrou que idosos, imunossuprimidos, gestantes e profissionais de saúde tiveram maior possibilidade de um agravamento da doença;

Por isso, ainda em dezembro, a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 do Ministério da Saúde decidiu por ampliar a cobertura vacinal para esse público;

Essa decisão, porém, ressalta a secretária, pode ser reavaliada caso surjam outras variantes de preocupação que possam mudar a efetividade das vacinas;

Além disso, para o restante da população, o esquema atual de 3 ou 4 doses (dependendo da faixa etária) deverá ser mantido, já que não foi identificado um agravamento da Covid nesses casos.

"Até o momento quem tomou 3 ou 4 doses das vacinas possui alta efetividade contra a gravidade da doença. No entanto, o que nós observamos nessa onda de BQ.1 foi que pessoas em grupos mais vulneráveis tiveram uma maior possibilidade de terem um agravamento da doença, por isso estamos colocando essas pessoas como alvo da vacina bivalente", explica a epidemiologista.

Por Roberto Peixoto, g1

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