Na reunião, pretendem também se desvincular, no plano institucional, dos atos golpistas que depredaram as sedes dos Três Poderes no último dia 8.
A ideia dos comandantes, segundo interlocutores, é passar o recado de que "as Forças Armadas têm mais coisas para dizer".
A tentativa ocorre em meio à cobrança e às pressões públicas de Lula – que já disse que as portas do Planalto foram abertas aos terroristas.
Dentro das Forças Armadas, a intenção é se desvincular desse movimento golpista e mostrar que eventuais colaboradores não representam todos os militares — ou seja, que foram casos isolados e serão punidos.
A frase corrente no meio militar é: "Temos que virar a página do dia 8 de janeiro".
Desde os ataques golpistas, apenas o próprio presidente Lula tem dado declarações públicas sobre militares. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, não tem dado entrevistas – uma estratégia para evitar desentendimentos e desarmonia no discurso.
Múcio tem dito a interlocutores que os militares querem virar a página dos atos golpistas, apesar de, no cenário jurídico militar, ainda haver muito caminho pela frente para punir esses "colaboradores" do terrorismo.
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