Em meio a relatos de assédio, afastamentos por saúde mental crescem 24% no Ministério Público de SP

Protesto realizado por servidores do MPSP em maio de 2023, após o suicídio de dois 
funcionários — Foto: Arquivo pessoal

13 de SETEMBRO 2023 - No dia em que pediu exoneração do Ministério Público de São Paulo, Mariana* pôs fim a um sonho e a um pesadelo, de uma vez só.

Sonho porque ela abandonava ali o plano se tornar promotora de Justiça. E pesadelo porque, nos dez anos anteriores, havia enfrentado uma pressão insalubre no trabalho e desenvolvido um quadro de depressão, síndrome do pânico e burnout (esgotamento físico e mental associado à atividade profissional). Pensou também em tirar a própria vida.

Já Helena* conta que era chamada de burra. E Joana* cita ter sofrido assédio sexual.

Essas são algumas das pessoas que relataram ao g1, sob condição de anonimato, uma rotina de assédio no MPSP. Por medo de retaliações, elas não quiseram se identificar. Todas tinham como chefes promotores e procuradores, alguns na entidade até hoje. O MP negou que exista uma cultura de assédio na instituição.

Por Paula Paiva Paulo, g1

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