Uso intenso de vídeos curtos afeta cérebro e emoções, diz ciência

Fala Ciência|Do R7
Vídeos curtos estão associados a pior foco e saúde mental. (Foto: Aliaksandrbarysenka via Canva)
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22 de DEZEMBRO 2025 - O gesto de deslizar o dedo pela tela se tornou quase automático. Em poucos minutos, uma sequência interminável de vídeos curtos entrega estímulos rápidos, recompensas imediatas e uma sensação constante de novidade. Embora esse formato pareça inofensivo e até divertido, pesquisadores passaram a questionar se essa dinâmica acelerada pode estar moldando o cérebro de maneira menos saudável.

Uma ampla análise científica indica que o consumo intenso desse tipo de conteúdo pode estar associado a alterações relevantes no funcionamento cognitivo e no equilíbrio emocional, levantando preocupações que vão muito além do simples tempo de tela.

Os pesquisadores analisaram dois grandes domínios. O primeiro foi o funcionamento cognitivo, incluindo atenção, controle inibitório, memória, funções executivas e processamento da linguagem. O segundo foi a saúde mental, abrangendo ansiedade, depressão, estresse, qualidade do sono, solidão, autoestima e imagem corporal.

Os resultados apontaram uma associação negativa moderada entre o uso frequente de vídeos curtos e o desempenho cognitivo. Níveis mais elevados de consumo estiveram ligados, de forma consistente, a déficits de atenção e menor capacidade de inibir respostas impulsivas. Na prática, isso significa maior dificuldade em manter o foco em tarefas prolongadas e em resistir a distrações.

Fonte: R7

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