Com 51 minutos e 42 segundos de prova, Maurine
Kipchumba completou os 15 quilômetros da prova. Edwin Kipsang venceu em
44 minutos e 5 segundos.
31 de Dezembro de 2012 - No esporte, os quenianos dominaram a edição de 2012 da prova de São Silvestre, em São Paulo.
A festa é brasileira com gente de todo mundo cantando, brincando, atuando. Diferentes maneiras de mandar o mesmo recado.
É só dar a largada que 25 mil pessoas invadem as ruas e avenidas de São
Paulo. Para a imensa maioria, a corrida é uma grande diversão. Mas tem
também aqueles que querem vencer. Entre eles, tem sempre um africano
querendo atrapalhar essa festa brasileira.
Na prova feminina, as africanas logo tomaram a dianteira. Mas foi só
depois de começar a subir a Brigadeiro Luis Antônio, que a queniana
Maurine Kipchumba viu que o caminho estava livre para ela. Em 51
minutos e 42 segundos de prova, Maurine completou os 15 quilômetros da
prova. A brasileira mais bem colocada foi Tatiele de Carvalho, que ficou
em sexto lugar.
Entre os homens, já no terceiro quilômetro, os africanos atropelaram os
brasileiros e ninguém conseguia acompanhar. Nos últimos mil metros,
Edwin Kipsang recebeu o oxigênio que faltava da torcida e venceu a
corrida em 44 minutos e 5 segundos.
O brasileiro Giovani dos Santos chegou em quarto lugar. “Estou fazendo
meu trabalho e tenho fé que um dia vou vencer essa São Silvestre”,
declarou.
Se no pódio a festa foi africana, pelas ruas de São Paulo, a irreverência brasileira venceu disparado.
Um dos participantes da prova de cadeirantes da São Silvestre morreu
depois de sofrer um acidente. Israel Cruz Jackson de Barros, de 41 anos,
que venceu a edição da Volta da Pampulha em 2011, bateu no muro do
estádio do Pacaembu, próximo ao quilômetro 2, na descida da Rua Major
Natanael.
O para-atleta foi levado à Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu
ao forte trauma na região torácica. O corpo será levado para Belém, no
Pará.
Os organizadores da São Silvestre informaram, em nota oficial, que
Israel estava devidamente inscrito na prova, obedecendo aos critérios de
seleção do evento. E que estão acompanhando o caso juntamente com a
associação desportiva para deficientes no atendimento à família do
atleta.