Ressonância magnética mostra inchaço na medula
espinhal da paciente
(Foto: Mécharles et al./"The Lancet")
08 de MARÇO de 2016 - Um grupo de médicos de Guadalupe, no Caribe, revelou nesta terça-feira (8) um caso de mielite (infecção da medula espinhal) provocado pelo vírus da zika. A paciente -- que sofreu dormência no braço, fraqueza nas pernas e dor intensa -- ficou um mês sem andar sozinha.
O caso foi descrito em detalhes em um estudo publicado pela revista "The Lancet". A paciente, uma adolescente de 15 anos, procurou socorro por duas vezes na primeira semana de janeiro e, na segunda vez, foi internada com os sintomas do dano cervical, como falta de sensibilidade nos membros.
No segundo dia de internação, a menina foi diagnosticada com zika por meio de PCR, exame que rastreia o material genético do vírus.
Após descartar a ocorrência de outras infecções, os médicos concluíram que era o zika que estava provocando os sintomas. A adolescente também sofreu de retenção urinária e precisou da aplicação de um cateter.
Após tratamento com drogas corticosteroides, a paciente teve melhora, descrevem os médicos do Centro Hospitalar Universitário de Pointe-à-Pitre, autores do estudo.
"Sete dias depois da internação, sua condição neurológica melhorou e nós conseguimos retirar o cateter", escreveram. "Um mês depois da internação, ela tinha fraqueza moderada nas duas pernas, mas era capaz de caminhar sem ajuda."
Segundo os médicos, a presença do zika nas Américas precisa ser levada em conta por neurologistas a partir de agora nas investigações sobre causas de mielite.
Do G1, em São Paulo
08 de MARÇO de 2016 - Um grupo de médicos de Guadalupe, no Caribe, revelou nesta terça-feira (8) um caso de mielite (infecção da medula espinhal) provocado pelo vírus da zika. A paciente -- que sofreu dormência no braço, fraqueza nas pernas e dor intensa -- ficou um mês sem andar sozinha.
O caso foi descrito em detalhes em um estudo publicado pela revista "The Lancet". A paciente, uma adolescente de 15 anos, procurou socorro por duas vezes na primeira semana de janeiro e, na segunda vez, foi internada com os sintomas do dano cervical, como falta de sensibilidade nos membros.
No segundo dia de internação, a menina foi diagnosticada com zika por meio de PCR, exame que rastreia o material genético do vírus.
Após descartar a ocorrência de outras infecções, os médicos concluíram que era o zika que estava provocando os sintomas. A adolescente também sofreu de retenção urinária e precisou da aplicação de um cateter.
Após tratamento com drogas corticosteroides, a paciente teve melhora, descrevem os médicos do Centro Hospitalar Universitário de Pointe-à-Pitre, autores do estudo.
"Sete dias depois da internação, sua condição neurológica melhorou e nós conseguimos retirar o cateter", escreveram. "Um mês depois da internação, ela tinha fraqueza moderada nas duas pernas, mas era capaz de caminhar sem ajuda."
Segundo os médicos, a presença do zika nas Américas precisa ser levada em conta por neurologistas a partir de agora nas investigações sobre causas de mielite.