Vírus da zika provoca infecção ocular em adultos ligada a glaucoma, diz USP

Estudo da USP de Ribeirão Preto relaciona inflamação 
ocular ao zika vírus (Foto: Fábio Júnior/EPTV)



Pesquisadores da USP em Ribeirão Preto (SP) descobriram que o vírus da zika causa a uveíte, uma inflamação ocular grave em adultos associada a complicações como o glaucoma – lesão no nervo óptico que pode provocar cegueira - e a catarata.

A conclusão está em um estudo publicado este mês no periódico The New England Journal of Medicine. O grupo aponta que a doença não tem tratamento próprio, mas o uso de anti-inflamatórios se mostrou eficaz contra a evolução do quadro clínico.


“O principal achado é que agora a gente viu que, mesmo em um adulto, o zika vírus é capaz de atravessar as barreiras para chegar dentro do olho, o que não é uma coisa muito fácil”, explica João Marcello Fortes Furtado, professor do departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP).

A manifestação do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti em adultos até então só era relacionada a uma conjuntivite passageira, além de sintomas como febre, coceira e dores musculares.

Com 49,8 mil casos confirmados em todo o país este ano, segundo levantamento do Ministério da Saúde divulgado em 17 de junho, o vírus da zika também é associado à microcefalia em recém-nascidos – que em todo o território nacional chegam a 1.616 confirmações -, além da possibilidade de relação com a síndrome de Guillain-Barré.

Diante da proximidade da Olimpíada no Rio de Janeiro, a infestação tem repercutido em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde recomendou que mulheres grávidas estrangeiras não viajem ao Brasil durante a competição devido aos riscos de infecção.

Vírus da zika causa infecção ocular
O estudo começou com a avaliação de um paciente de 40 anos com histórico de infecção do zika que também havia apresentado vermelhidão e inflamação ocular - que em geral pode ser causada por vírus, bactérias e doenças autoimunes.

Na sequência, o material genético do vírus foi isolado, em um procedimento tido como inédito, a partir de amostras retiradas do humor aquoso, substância retirada de dentro do olho do paciente.

"O quadro clínico e epidemiológico associado ao isolamento desse material genético do zika confirma que a inflamação intraocular foi causada pelo vírus", afirma Furtado.

"a gente viu que, mesmo em um adulto, o zika vírus é capaz de atravessar as barreiras para chegar dentro do olho"
João Marcelo Furtado,
pesquisador da USP Ribeirão


Para o pesquisador, a descoberta agrega elementos de avaliação de pacientes em diferentes contextos. Diante de uma pessoa com suspeita de zika, o clínico geral deverá também levar em consideração sintomas na região dos olhos.

Por outro lado, um oftalmologista que atender um paciente com inflamação ocular deverá suspeitar de sua ligação com o zika vírus.

Uso de anti-inflamatório
Furtado explica que ainda não existe um medicamento específico para combater a inflamação causada pelo zika.

Entretanto, o uso de um medicamento a base de corticoide, padrão para uveítes, se mostrou eficaz contra o problema no paciente avaliado. "A gente usou um colírio anti-inflamatório que obteve sucesso no controle", afirma.

Material do vírus da zika foi encontrado em substância 
dentro de olho de paciente de 40 anos em Ribeirão Preto 
(Foto: Fábio Júnior/EPTV)


No caso em questão, o grupo registrou que, apesar de ter sido encontrado no olho direito, o vírus não foi localizado no lado esquerdo. "A possível explicação pra essa segunda amostra vir negativa é de que o próprio organismo deu conta de combater aquela infecção viral", diz.

Furtado alerta que a falta de tratamento pode causar consequências mais graves aos pacientes eventualmente infectados.

"Inflamações intraoculares persistentes podem levar a um aparecimento de catarata mais cedo do que o normal e também pode levar ao aumento da pressão do olho que pode também tardiamente levar o paciente ao glaucoma, potencialmente causador de danos mais graves."

O médico João Marcello Fortes Furtado, professor 
e pesquisador da USP de Ribeirão Preto 
(Foto: Fábio Júnior/EPTV)


Do G1 Ribeirão e Franca

Justiça condena pai a pagar R$ 50 mil a filho por 'abandono afetivo' no DF

Fachada do Tribunal de Justiça do Distrito Federal 
(Foto: TJDFT/Divulgação)



23 de JUNHO de 2016 - O Tribunal de Justiça do Distrito Federal mandou um pai pagar R$ 50 mil ao filho por “abandono afetivo”. De acordo com a ação, o homem nunca fez questão visitar o rapaz; marcava de encontrá-lo e não aparecia; telefonava bêbado e na companhia de “mulheres estranhas”; transferiu bens para não deixar herança ao garoto; e tratava de forma diferente os dois filhos que teve no atual casamento. A sentença foi mantida após recurso.

Para a juíza que analisou o caso em primeira instância, não há dúvidas de que o pai falhou com o rapaz e que a postura gerou danos. “Ele detalha as muitas vezes que esperou pelo pai e ele não apareceu; a sempre alegada falta de tempo; o fato de o pai achar ruim sua aproximação da família paterna e tantas outras desfeitas, como: nunca ligar no seu aniversário; nunca estarem juntos em datas festivas; nunca ter ido na casa do pai etc.”O filho afirma que, por causa da situação, desenvolveu doença pulmonar de fundo emocional e problemas de comportamento. O pai negou o abandono e disse que sempre esteve presente. Ele também afirmou que as visitas não eram feitas regularmente porque a mãe do menino impunha dificuldades e que a “instabilidade da ex” gerou situações desagradáveis com a atual mulher.

“Com efeito, independentemente de amar um filho, os pais são obrigados a cuidarem, a dar-lhes o necessário para sua criação e educação, até se tornarem maiores, salvo nos casos de perda do poder familiar. É de se distinguir, portanto, o dever de cuidar do dever de amar. Assim, não é a falta de amor ou a falta de afeto, como dito alhures, que gera o ato ilícito e o dever de indenizar, pois o amor e afeto não são e não podem ser impostos pelo ordenamento jurídico, por serem sentimentos. A conduta que pode ser caracterizada como ilícita e eventualmente ensejar o dever de indenizar é a falta do dever de cuidado, não qualquer um, mas aquele que decorre da legislação civil e que é imposto a todos os pais, como dever inerente ao poder familiar”, diz.

Do G1 DF

CAERN do RN poderá ser privatizada.


22 de JUNHO de 2016 - Uma das contrapartidas dos Estados na renegociação de suas dívidas com a União será a privatização de empresas estatais.

O governo do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, concordou em privatizar a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).

Goiás, por sua vez, aceitou vender a Celg, a distribuidora de energia do Estado.

É o caso de indagar: o RN concordará em vender a CAERN (Companhia de Águas e Esgotos do RN)?

O acordo de renegociação das dívidas dos Estados com a União prevê que os governos estaduais terão que restringir por 24 meses os aumentos salariais de servidores, como contrapartida à renegociação das dívidas.

Os reajustes ficarão limitados à revisão geral anual, prevista no artigo 37 da Constituição Federal, que costuma repor a inflação.

Por Ney Lopes
Fonte: Blog do Robson Pires.

Coca-Cola, Ambev e PepsiCo mudam política para refrigerante em escolas.

Empresas anunciam que deixarão de vender refrigerante à escolas para crianças de até 12 anos. (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)


22 de JUNHO de 2016 - As gigantes de bebidas Coca-Cola Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil anunciaram nesta quarta-feira (22), em comunicado conjunto, um acordo para mudar a política de venda de refrigerantes em escolas.

Segundo as empresas, a partir de agosto, as fabricantes deixarão de vender refrigerantes diretamente às cantinas de escolas "para crianças de até 12 anos (ou com maioria de crianças de até essa idade)".

Pelo acordo, elas passarão a vender "apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos".


A diretora de Categorias da Coca-Cola Brasil, Andrea Mota, explicou, em entrevista, que as empresas envolvidas na ação não têm poder para fiscalizar as vendas dentro das escolas, mas que podem sugerir as mudanças por meio da campanha.No caso de grandes escolas, que contemplem crianças e adolescentes de diversas idades, o trabalho será feito pela conscientização do cantineiro e da diretoria - que determinam as regras internas.

Outra novidade, de acordo com a diretora, é que a Coca-Cola vai comercializar apenas latas em versão mini dos seus refrigerantes nas escolas, com 250 ml (100 ml a menos que a lata convencional). A medida será adotada para tentar reduzir o consumo mesmo entre os mais velhos.

Mota falou também que não foram feitos cálculos sobre o impacto financeiro da ação e que não tinha a estimativa de quantas escolas deixarão de receber os produtos. "Não temos esse estudo porque não foi uma decisão comercial", explicou.

A proibição da venda de refrigerantes em escola tem sido uma cobrança crescente e alvo de diversos projetos de lei pelo país em razão do aumento da preocupação com a obesidade infantil e da defesa de uma alimentação mais saudável.

A mudança da política de venda de refrigerantes em escolas será tema do programa Bem Estar desta quinta-feira (23).

Consumo e maturidade
No comunicado conjunto, as empresas reconhecem que "crianças abaixo de 12 anos ainda não têm maturidade suficiente para tomar decisões de consumo".

Desde março, a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir) passou a recomendar às indústrias que suspendessem a propaganda de seus produtos voltados para crianças até 12 anos, "seguindo uma tendência mundial".

Com o mercado de refrigerantes em baixa – em 2015, a produção no país caiu 5,9% na comparação com o ano anterior – e sob a mira das campanhas contra a obesidade, o setor tem apostado na diversificação do portfólio para garantir a manutenção das receitas. Neste ano, no acumulado até maio, a produção de refrigerantes acumula queda de 3,68%, segundo dados da Abir.


Confira o comunicado conjunto divulgado pelas empresas:


"A obesidade é um problema complexo, causado por muitos fatores, e as empresas de bebidas reconhecem seu papel de ser parte da solução. A partir de agosto, a Coca-Cola Brasil, a Ambev e a PepsiCo Brasil vão ajustar o portfólio de bebidas vendidas diretamente às cantinas de escolas no país. A principal mudança é que as empresas venderão às escolas para crianças de até 12 anos (ou com maioria de crianças de até essa idade) apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos.

O novo portfólio tem como referência diretrizes de associações internacionais de bebidas. Novos produtos lançados pelas empresas poderão ser incluídos, no futuro, seguindo essas referências.

No momento do recreio, os alunos têm acesso às cantinas escolares sem a orientação e a companhia de pais e responsáveis, e crianças abaixo de 12 anos ainda não têm maturidade suficiente para tomar decisões de consumo. Coca-Cola Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil entendem que devem auxiliar os pais ou responsáveis a moldar um ambiente em escolas que facilite escolhas mais adequadas para crianças em idade escolar, assim como estimular a hidratação e a nutrição, contribuindo para uma alimentação mais equilibrada.

A escolha do portfólio no Brasil também foi baseada em conversas com especialistas em saúde pública, alimentação e nutrição, além de profissionais e instituições ligadas aos direitos das crianças. A política valerá para as cantinas que compram diretamente das fabricantes e de seus distribuidores. Em relação às demais, aquelas que se abastecem em outros pontos de venda (supermercados, redes de atacados e adegas, por exemplo), haverá uma ação de sensibilização desses comerciantes por meio da qual todos serão convidados a se unir à iniciativa.

As três companhias também estão trabalhando com a ABIR (Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas) para que essas diretrizes de venda de bebidas a escolas sejam um compromisso de todo o setor."


Do G1, em São Paulo

Mulher tentou matar filha de três anos para reatar com ex-marido, diz polícia.

Mãe forçou criança a beber água sanitária e foi presa 
em Mongaguá 
(Foto: Guilherme Lucio da Rocha / G1)


22 de JUNHO de 2016 - A mulher suspeita de tentar matar a própria filha, de três anos, em Mongaguá, no litoral de São Paulo, cometeu o crime para reatar o relacionamento com o ex-marido. A Polícia Civil já pediu a prisão preventiva de Natália Lisboa Viana da Silva, de 20 anos, que segue detida à disposição da Justiça.

De acordo com a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, Alessandra Aparecida Tiritan de Souza, a mãe da criança deu entrada no hospital na última segunda-feira (13), dizendo que a filha havia ingerido água sanitária por acidente.

Três dias depois, na noite de quinta-feira (16), Nathália acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), relatando que a filha tinha ingerido o líquido novamente, também de forma acidental.

"Na segunda internação por conta do mesmo acidente, o caso acabou chamando a atenção dos enfermeiros, que acionaram a Polícia Militar, que trouxe a ocorrência até à DDM e, de início, percebemos que a história não se encaixava", explica a delegada.

Durante a manhã de sexta-feira (17), a delegada foi até a residência onde teria acontecido o acidente, acompanhada de investigadores, representantes do Conselho Tutelar e de Nathália.

A delegada percebeu durante a visita que o balde onde a criança teria tido contato com água sanitária ficava sobre uma prateleira, numa altura que impossibilitava o acesso da criança.

Suspeita foi levada até o 2° Distrito 
Policial de São
Vicente (Foto: G1)


Troca de mensagens
Nesse momento, Alessandra passou a ouvir o depoimento de testemunhas do caso, para tentar entender o que havia acontecido. Dentre as testemunhas ouvida pela delegada, estava uma vizinha da mãe da criança.

Segundo a investigação, desde a primeira internação da criança, na segunda-feira, Nathália utilizava o celular da vizinha para manter contato com ex-marido.

"Nas mensagens, ela se passava pela vizinha a todo momento, pois o marido tinha cortado o contato com ela. A todo momento Nathália deixava a entender que mãe e filha precisavam dele [ex-marido] de volta para casa", explica a delegada.

No incidente de quinta-feira, antes mesmo de acionar o SAMU, Nathália mandou mensagem para o marido, ainda se passando pela vizinha, afirmando que a filha havia morrido e que o ex-marido precisava reconhecer o corpo.

A delegada responsável pelo caso contou também que a suspeita deletou todas as mensagens do celular e a polícia só teve acesso as declarações graças a ajuda do pai da criança.

No hospital, a criança disse à avó que foi obrigada pela mãe a beber um copo com água sanitária misturada com água potável.

Nathália está presa na cadeia feminina anexa ao 2º Distrito Policial de São Vicente e a Polícia Civil já pediu a sua prisão preventiva.

"Ela [Nathália] negou a todo momento que tenha praticado o crime e estava estranhamente calma, durante todo o momento", completa a delegada.

Guilherme Lucio da Rocha
Do G1 Santos

Menina escreve carta à mãe no AM e denuncia pai por estupro: 'Me ajuda'


Menina denunciou estupro e pediu ajuda da mãe 
(Foto: Divulgação/Polícia Militar)



22 de JUNHO de 2016 - Uma carta foi a maneira encontrada por uma menina de 12 anos para contar à mãe sobre os estupros sofridos pelo próprio pai, dentro da casa da família. O pedido de socorro foi entregue à polícia na Zona Leste de Manaus, e o homem foi preso na terça-feira (21). No relato, a criança conta que os estupros ocorriam há algum tempo e que já havia escrito uma outra carta para a mãe, mas não teve coragem de entregar. No texto, ela pede ajuda.

A menina contou à polícia que foi vítima de mais um estupro na tarde de terça e, por isso, decidiu escrever a carta para a mãe. "Ela sentia vergonha, tinha medo. Ela pedia perdão porque na cabeça dela estava traindo a própria mãe", disse o policial.O tenente B. Chaves, da 4ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), contou ao G1 que foi abordado pela menina e pela mãe, ambas abaladas. Após ouvir o relato das duas e ler a carta, uma viatura foi até a casa da família e o homem foi preso em flagrante.

Menina relatou estupro em carta 
escrita para a mãe
(Divulgação/Polícia Militar)


Relato
No texto, a criança conta como ocorriam os crimes. A menina não cita quando os estupros tiveram início, mas afirma que eles ocorriam há muito tempo. Ela chega a pedir perdão para a mãe e a dizer que não conseguia impedir os abusos do pai.

"Mãe, me perdoa. Faz um tempo que isso está acontecendo [...] hoje isso aconteceu, isso é tão nojento. Mãe, eu nunca teria coragem de dizer para ele parar. Tudo começou quando ele veio com uma história de que queria lutar. Eu queria tirar ele de cima de mim, mas eu não conseguia, depois eu deixei, mas na minha mente eu nunca quis, ele falava para eu não sair, só que me doía muito mas eu sempre deixava. [...] Eu não queria olhar na cara dele, mas eu tinha que fingir que estava tudo normal. Eu não queria mais escutar no jornal coisa (sobre) abuso porque me doía muito. Eu já tinha escrito outra carta, só que não tive coragem de entregar. Eu pedi a Deus coragem para entregar essa. Por isso eu ficava com raiva de repente, nem ele nem a senhora me viram chorando, mas eu choro muito", diz um trecho da carta.

Segundo a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), o homem tem 34 anos, é industriário durante o dia e à noite faz bicos como mototaxista. Na delegacia, o pai negou as acusações da filha.

A menina foi encaminhada para exames no Instituto Médico Legal (IML). O laudo, segundo a assessoria da Polícia Civil, confirmou os abusos.

O pai da criança foi autuado por estupro de vulnerável e deve ser encaminhado à Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa.

Caso foi encaminhado para 
Depca
(Foto: Leandro Tapajós/G1 AM)


Dados
Em Manaus, 1. 283 casos de estupro em menores de 18 anos foram registrados de janeiro de 2014 a maio de 2016. Em 732 deles, as vítimas tinham menos de 11 anos.

Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), que apontou ainda o total de 551 registros de estupros com vítimas entre 12 e 17 anos.

Juliana Tuma, titular da Depca, afirmou que grande parte dos estupros são cometidos por alguém da família ou próximo da criança, dificultando que a vítima revele o crime. Ter atenção ao comportamento das crianças contribui para os responsáveis descobrirem os casos.

"A própria alteração psicossomática nessa criança vai mostrar algo errado, como introspecção, agressividade, isolamento, tristeza, apatia, alterações no sono . Então, a mãe tem que estar atenta para alterações de comportamento de seu filho e estabelecer uma relação de confiança com ele para evitar esses casos", afirma a delegada.

Trechos da carta escrita pela vítima (Foto: Reprodução)


Suelen Gonçalves
Do G1 AM

O setor de Identificação do Itep em Mossoró procura família de mulher morta em acidente de transito nos Pintos.

22 de JUNHO de 2016 - A equipe da Coordenadoria de Medicina Legal, “Comele” do Instituto Técnico e Cientifico de Perícia, Itep, Unidade Regional de Mossoró, procura a familia de uma mulher de aproximadamente 35 anos de idade, que morreu vítima de acidente de trânsito, na noite do dia 07 de junho de 2016, na BR 110 em Mossoró.

Mulher morre vítima de atropelamento na BR 110 em Mossoró:

Segundo informações de uma amiga dela, a mulher se chamava “Neide” era natural da cidade de Juazeiro do Norte no estado do Ceará. “Neide” teria vindo pra Mossoró com um caminhoneiro e aqui ficou. Era viciada em drogas e não tinha residência fixa.

Se alguém a conhece ou conhece a família, fazer contato com o setor de identificação do Itep em Mossoró. Tel 843315 5585/3315 5582/5584/5581.

Fonte: O Câmera.

Justiça condena cinco servidores do INSS na Paraíba.


22 de JUNHO de 2016 - A Justiça Federal em Campina Grande condenou os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Campina Grande, Edson Daniel Ramos, Edson Oliveira dos Santos, Marcos Antônio Diniz, José Moura da Costa e Francisco Sales Vieira de Lima, denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), em decorrência da Operação Agendamento Virtual, pela prática dos crimes de formação de quadrilha e inserção de dados falsos em sistema de informações. As penas de reclusão impostas na sentença variam de três a sete anos. Já as multas somam R$ 49.940.

A Procuradoria da República em Campina Grande já interpôs apelação, objetivando, dentre outros aspectos, elevar as penas impostas aos réus Edson Daniel Ramos, Edson Oliveira dos Santos e Francisco Sales Vieira de Lima. A condenação é resultado da Operação Agendamento Virtual, deflagrada em 2011, que desestruturou esquema criminoso que concedia indevidamente benefícios previdenciários. Calcula-se que o grupo tenha causado prejuízo de mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos.

Fonte: Blog do Robson Pires.

'Erramos', diz Rio 2016 após morte de onça presente em tour da Tocha.


Onça Juma participou de evento da 
Rio 2016 em
Manaus momentos antes de ser morta 
(Foto: Jair
Araújo/Diário do Amazonas)


22 de JUNHO de 2016 - A organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 se pronunciou nesta terça-feira (21) sobre a morte da onça Juma, abatida após participar do revezamento da Tocha Olímpica no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), em Manaus. "Erramos ao permitir que a Tocha Olímpica, símbolo da paz e da união entre os povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado", admitiu o comitê.

Em nota divulgada em sua página no Facebook, a Rio 2016 disse que o ocorrido "contraria as crenças e valores" da organização.

Veja íntegra da nota:
Erramos ao permitir que a Tocha Olímpica, símbolo da paz e da união entre os povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado. Essa cena contraria nossas crenças e valores.

Estamos muito tristes com o desfecho que se deu após a passagem da tocha. Garantimos que não veremos mais situações assim nos Jogos Rio 2016.

Entenda o caso

Segundo o CMA, a onça escapou no momento em que o Cigs estava fechado para visitas. Uma equipe de militares composta de veterinários especializados tentou resgatar o animal. Porém, mesmo atingido com tranquilizantes, Juma se deslocou em direção a um militar e foi realizado um tiro de pistola por medida de segurança. O animal morreu no local.A onça Juma foi abatida pelo Exército após fugir e avançar contra um militar, informou o Comando Militar da Amazônia (CMA). O fato ocorreu na segunda-feira (20), após o local receber o 'Tour da Tocha'.

Ambientalistas criticaram o ocorrido. Ao G1, Diogo Lagroteria, analista ambiental especializado em fauna silvestre e veterinário, disse que, mesmo com anos de treinamento e em cativeiro, a onça nunca poderá ser considerada um animal domesticado. "O incidente no Cigs aconteceu pelo simples fato dele [o animal] ser uma onça. Animais selvagens sempre serão animais selvagens. Não tem como prever a reação deles nesse tipo de situação", disse o analista ambiental ao G1.

Do G1 AM

Pesquisadoras da Unesp de Ilha Solteira criam plástico comestível.

Márcia é uma das pesquisadoras do plástico que 
pode ser ingerido 
(Foto: Arquivo pessoal)

22 de JUNHO de 2016 - Pesquisadoras da Unesp em Ilha Solteira (SP) criaram um plástico, a partir de óleos essenciais e de cascas de crustáceos, que pode ser ingerido. Entre os benefícios do material, segundo as pesquisadoras, é que ele pode ser usado em embalagens, o que geraria menos lixo. Além disso, pode agregar sabor aos alimentos e fazer bem à saúde.

De acordo com as pesquisadoras, outras pesquisas já desenvolveram o material a partir de polpa de frutas, mas o diferencial do plástico produzido na Unesp de Ilha Solteira são as nanopartículas, estruturas microscópicas obtidas a partir da quitosana e de óleos essenciais, que são responsáveis por dar forma ao plástico comestível. A quitosana é obtida das cascas de crustáceos e os óleos extraídos do cravo e da canela.O trabalho é desenvolvido no Departamento de Física e Química, da Unesp de Ilha Solteira, no Grupo de Compósitos e Nanocompósitos Hibridos (GCNH) e a Embrapa é parceira no desenvolvimento desse novo material, que não tem petróleo na composição.

Segundo pesquisadoras, plástico pode 
ser
usado em embalagens, o que geraria 
menos lixo
(Foto: Márcia Regina de Moura 
Aouada)


Para a professora Márcia Regina de Moura Aouada, uma das envolvidas no trabalho, outro diferencial do material é o controle de bactérias. “Como a embalagem é produzida em laboratório conseguimos controlar a proliferação de bactérias e fungos, com isso é possível aumentar o tempo de prateleira de determinados alimentos”, explica.

Ela ressalta ainda que esse plástico é facilmente decomposto por ser produzido à base de polpa de frutas e pode servir de adubo, o que gera menos lixo e polui menos o meio ambiente.

A mestranda da Unesp, Pamela Melo, reforça a característica biodegradável do material. "O grande diferencial em trabalhar com polpas de frutas é que, além de ter um produto biodegradável, ele é nutracêutico, ou seja, auxiliam não só na conservação do alimento, mas também traz benefício para o organismo”, afirma.

Plástico foi criado a partir de óleos essenciais e cascas 
de crustáceos 
(Foto: Márcia Regina de Moura Aouada)


Do G1 Rio Preto e Araçatuba

Bilhete de escola gera desabafo de mãe contra racismo: 'Não quero que minha história se repita com meus filhos'

Bilhete pedia que cabelo de gêmeos Antônio e Benício 
fosse aparado ou trançado 
(Foto: Arquivo pessoal/Débora Figueiredo)


22 de JUNHO de 2016 - Um bilhete em que uma profissional de educação pede a uma mãe que apare ou trance o cabelo de seus filhos, ambos negros, provocou revolta da família e está causando polêmica nas redes sociais.

O bilhete foi enviado na última sexta-feira, 16 de junho, na agenda dos gêmeos Antônio e Benício, de 3 anos, filhos da professora de canto Débora Figueiredo, moradora de Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense. Os dois estudam no Educandário Eliane Nascimento, em Caxias.

Débora considerou o recado uma expressão de preconceito racial e fez um post em tom de desabafo: "Meus filhos Antônio e Benício foram vítimas de preconceito por causa do cabelo deles, recebi essa mensagem na agenda escrita pela coordenadora da escola que até então tinha meu respeito, daqui em diante..." A mensagem se espalhou, compartilhada por amigos, amigos de amigos e pessoas que ela nem conhece."Olá! Mamãe Débora, peço-lhe se possível aparar ou trançar o cabelinho dos meninos, eles são lindos, mais (sic) eu ficaria mais feliz com o cabelo deles mais baixo ou preso. Beijos, Fran", diz o bilhete.

Ela foi procurada pela escola e, na segunda-feira, 20 de junho, esteve no colégio acompanhada de seu advogado. A diretora Eliane Nascimento, proprietária do educandário que leva seu nome, disse então que só falaria com a mãe também acompanhada de um advogado, e nova reunião foi marcada para esta quarta-feira, 22 de junho.

Além dos gêmeos, outro filho de Débora, de 2 anos, também é aluno do educandário. Há sete meses, ela perdeu o filho caçula, de apenas oito meses.

À BBC Brasil, Eliane Nascimento defendeu o tom do bilhete e disse que ele, em intenção ou expressão, não é mostra de qualquer tipo de preconceito racial da coordenadora, que é sua filha.

Segundo Eliane, há um surto de piolhos na escola, e o alerta da coordenadora foi no sentido de proteger os gêmeos, por entender que eles, com os cabelos cheios, ficam mais sujeitos a serem contaminados por colegas que têm piolhos.

Segundo ela, o tema "piolho" não apareceu no bilhete porque as crianças às vezes são buscadas por outra pessoa da família, e a coordenadora não quis falar do problema diretamente.

Mãe de gêmeos considerou recado 
preconceituoso
(Foto: Arquivo pessoal/Débora 
Figueiredo)


'Sem preconceito'
"De modo algum houve preconceito. Meu marido é negro. Aqui na escola aceitamos pessoas de todas as etnias e religiões, sem discriminação", afirmou Eliane. Ela afirmou ainda que a infestação de piolhos foi um dos temas da reunião de pais realizada no dia 3 de junho, e que uma circular foi enviada aos pais pedindo ajuda para combater o problema.

Segundo Eliane, o educandário existe há 20 anos e tem cerca de 300 alunos, da educação infantil ao 9º ano.

Débora Figueiredo disse que recebeu a circular com o aviso do surto de piolhos, mas que o bilhete não é a mesma coisa, por se tratar de um recado específico sobre os cabelos dos gêmeos e sem falar em piolhos.

"Eu mesma fui vítima de muito preconceito quando criança. Os colegas faziam música, me chamavam de nomes, eu chorava, brigava, apanhava... Sofri muito. Meus pais sempre me diziam que eu era linda, mas nunca agiram diretamente no colégio. Não quero que a história se repita com meus filhos", afirmou Débora, que está à procura de uma nova escola para as crianças.

Fernanda da Escóssia
Do Rio de Janeiro para a BBC Brasil

Fonte: G1

Sacrifício de onça exibida em passagem da tocha por Manaus revela drama de espécie ameaçada.


Juma foi morta com um tiro de pistola após 
fugir e avançar sobre soldado; ela havia sido 
acorrentada e apresentada ao público durante 
cerimônia 
(Foto: Jair Araújo/Diário do Amazonas)



21 de JUNHO de 2016 - A morte de Juma, a onça que participou de uma cerimônia com a tocha olímpica em Manaus na segunda-feira, revela o drama de uma espécie ameaçada de extinção e gera questionamentos sobre a manutenção de animais selvagens em centros do Exército na Amazônia.

A onça Juma foi abatida com um tiro de pistola no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) logo após ser exibida no evento olímpico. Como outra onça, apelidada de Simba, ela havia sido acorrentada e apresentada ao público durante a cerimônia.

O Exército mantém várias onças em cativeiro na Amazônia. Os felinos ─ bem como animais de outras espécies ─ costumam ser adotados pelo órgão ao serem encontrados em cativeiro ou em poder de caçadores.

Muitas onças, como Juma, se tornam mascotes dos batalhões e passam por sessões de treinamento. Em Manaus, os felinos são presença frequente em desfiles militares, prática condenada por biólogos e veterinários.

Em 2014, durante gravação de um documentário em Manaus, militares do Cigs mostraram Juma, a mascote do centro, à BBC Brasil. Na época, explicaram que a onça havia sido resgatada com ferimentos após sua mãe ter sido morta. Foi levada para o centro e ali cresceu sob os cuidados de tratadores.

O destino trágico de Juma chama a atenção para a situação cada mais precária da espécie, listada como ameaçada no Brasil pelo Ibama em 2003.

É um animal que exige extensas áreas preservadas para sobreviver, caçando espécies como capivaras e até jacarés. Ela vem sendo ameaçada pelo desmatamento, não apenas na Amazônia como também no Pantanal e no Cerrado, para abrir espaço para a expansão da atividade agropecuária.

Tiro de pistola
Em nota enviada ao site da agência local de notícias Amazônia Real, o Comando Militar da Amazônia (CMA) diz que, após a solenidade olímpica na segunda, Juma escapou dentro do zoológico do centro do Exército. O órgão afirma que um grupo de veterinários e militares tentou recapturá-la com tranquilizantes, mas que, mesmo atingido, o animal avançou sobre um soldado.

"Como procedimento de segurança, visando a proteger a integridade física do militar e da equipe de tratadores, foi realizado um tiro de pistola no animal, que veio a falecer", diz o órgão.


Grupo criminoso financiou parte da campanha de 2010 de Campos, diz PF

Polícia Federal em PE deu detalhes da Operação 
Turbulência nesta terça-feira (21), no Recife 
(Foto: Thays Estarque/G1)

21 de JUNHO de 2016 - O esquema criminoso investigado na Operação Turbulência, deflagrada nesta terça-feira (21) em Pernambuco e em Goiás, financiou a campanha de reeleição do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2010, segundo a Polícia Federal. "O esquema foi utilizado para pagar propina na campanha do governador”, afirmou a delegada federal Andrea Pinho, durante entrevista coletiva.

A operação prendeu quatro empresários suspeitos de integrar a organização criminosa nesta terça-feira – João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Arthur Roberto Lapa Rosal e Apolo Santana Vieira. Todos foram encaminhados para a sede da PF, no Recife.

Mello Filho era o dono do avião que caiu e causou a morte do ex-governador de Pernambuco durante a campanha presidencial de 2014. A PF verificou movimentações atípicas e envolvimento de empresas de fachada na compra da aeronave.

“Essas empresas transitavam entre si e realizavam movimentações milionárias, na conta de outras empresas igualmente de fachada e na conta de outros 'laranjas'. Elas integravam uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro, que vem desde 2010 e que decaiu após a queda do avião", explicou a delegada.

Do G1 PE