Irmão preso do ex-goleiro Bruno revela que sabe onde está corpo de Eliza.
05 de JULHO de 2016 - Em depoimento à polícia do Piauí, o detento Rodrigo Fernandes das Dores de Sousa, de 27 anos, irmão do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, disse ontem que sabe onde está o corpo de Eliza Samudio, ex-namorada do atleta que está desaparecida desde junho de 2010. Sousa está preso desde setembro de 2015, no Centro de Detenção Provisória de Altos, a 42 km ao norte de Teresina, após cumprimento de mandado de prisão preventiva, por crime de estupro.
Fonte: Blog do Robson Pires.
Luiza Brunet pediria indenização de R$ 60 milhões.
05 de JULHO de 2016 - A coluna Direto na Fonte, do Estado de hoje, 5, informa que “ Tem gente próxima a Lírio Parisotto dizendo que Luiza Brunet estaria pedindo uma indenização de mais de R$ 60 milhões pela violência que afirma ter sofrido pelo empresário, durante viagem a NY.
Indagada a respeito, a assessoria de Brunet se limitou a dizer que, até agora, a única ação que a ex-modelo impetrou contra seu ex foi criminal.”
Fonte: Blog do Robson Pires.
Procuradoria diz que Cunha orientou repasse a Henrique Alves.
05 de JULHO de 2016 - A Folha de São Paulo destaca que a Procuradoria Geral da República diz que detectou pagamentos da empreiteira Carioca Engenharia na conta secreta da Suíça atribuída ao ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB).
A investigação aponta que ele se beneficiou do esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal revelado na sexta (1º) na Operação Sépsis. Sabia-se até agora da existência da conta vinculada a ele no exterior e de uma investigação aberta pelo Ministério Público da Suíça. Agora, surgem dados sobre a origem dos depósitos. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz que os repasses da Carioca a Henrique Alves foram feitos sob orientação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
Fonte: Blog do Robson Pires.
Governo decreta hoje (05) série de medidas de redução de despesas.
O documento traz diretrizes sobre a contenção de gastos em contratos com empresas de terceirização de mão de obra, locação de veículos, equipamentos, imóveis e combustível e dá, à Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (Seplan), um prazo de 30 dias para apresentar a proposta de Lei Complementar sobre a reorganização do Executivo.
A respeito dessa Lei Complementar, o decreto define que terá entre os objetivos promover “a racionalização da estrutura, com redução do quadro de cargos comissionados e funções gratificadas dos orgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta” além do “aumento da eficiência, eficácia e efetividade do gasto com cargos comissionados e funções gratificadas”. O Rio Grande do Norte já é o estado com o menor índice de cargos comissionados, com 1.139 cargos em um total de 60 mil servidores ativos.
O decreto leva em consideração a frustração de receita no primeiro quadrimestre deste ano, que já alcançou montante superior a R$ 155 milhões, e a necessidade de priorizar os pagamentos dos servidores estaduais e a redução de despesas com pessoal em adequação ao limite de gastos impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Fonte: Blog do Robson Pires.
Vírus bovino é encontrado em tecidos de bebês com microcefalia.
05 de JULHO de 2016 - Pesquisadores brasileiros encontraram partículas do vírus da diarreia viral bovina (VDVB), além do vírus Zika, em tecido cerebral de fetos e recém-nascidos com microcefalia. O Ministério da Saúde emitiu nesta segunda-feira (4) nota na qual diz que está acompanhando a investigação sobre os fatores que podem estar associados ao Zika no desenvolvimento de malformações congênitas.
Os estudos foram feitos em parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq), da Paraíba. Os exames foram feitos em amostras obtidas por necropsia de tecidos cerebrais de fetos e de recém-nascidos com microcefalia.
O Ministério da Saúde ressalta que a presença do vírus nestes tecidos não significa necessariamente que ele está relacionado às malformações. Novos estudos serão feitos para confirmar ou descartar a hipótese.
Fonte: Blog do Robson Pires.
Presas em MS doam cabelo e fazem perucas para mulheres com câncer.
Cinco detentas foram capacitadas para produção de
perucas
(Foto: Agepen/Divulgação)
04 de JULHO de 2016 - Durante o tempo em que pagam pelo crime cometido, cinco presas do presídio de Três Lagoas, município distante 313 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul, confeccionam perucas para mulheres com câncer. Outras reeducandas da unidade doaram o cabelo para as perucas.
Toda a produção é entregue à Rede Feminina, responsável pela distribuição das perucas e fornecimento da matéria-prima. Além da parte social, o trabalho acaba estimulando as internas, que se profissionalizam na área e garantem remição de um dia pena a cada três de serviços prestados.O projeto “Banco de Perucas” começou há seis meses fruto de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Rede Feminina de Combate ao Câncer. Não há um levantamento da quantidade de perucas que foram produzidas nesse período. “Como são personalizadas, não tem um número”, informou a assessoria da Agepen ao G1.
Toda a produção é entregue à Rede Feminina, responsável pela distribuição das perucas e fornecimento da matéria-prima. Além da parte social, o trabalho acaba estimulando as internas, que se profissionalizam na área e garantem remição de um dia pena a cada três de serviços prestados.O projeto “Banco de Perucas” começou há seis meses fruto de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Rede Feminina de Combate ao Câncer. Não há um levantamento da quantidade de perucas que foram produzidas nesse período. “Como são personalizadas, não tem um número”, informou a assessoria da Agepen ao G1.
Programa Banco de Perucas começou há seis meses na
unidade prisional
(Foto: Agepen/Divulgação)
De acordo com a diretora da unidade penal, Leonice Miranda Rocha Guarini, o projeto é desenvolvido no presídio há cerca de seis meses. O projeto iniciou com uma palestra sobre os trabalhos desenvolvidos pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, inclusive com explicações sobre o destino dado às perucas e a importância de doações de cabelos. A ação sensibilizou e incentivou algumas reeducandas a doar os cabelos. As cinco custodiadas receberam curso de capacitação.
Para o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a iniciativa é muito positiva, pois ajuda diretamente a sociedade e, ao mesmo tempo, leva ocupação produtiva, e profissionalizante, às mulheres em situação de prisão.
Juliene Katayama
De acordo com a diretora da unidade penal, Leonice Miranda Rocha Guarini, o projeto é desenvolvido no presídio há cerca de seis meses. O projeto iniciou com uma palestra sobre os trabalhos desenvolvidos pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, inclusive com explicações sobre o destino dado às perucas e a importância de doações de cabelos. A ação sensibilizou e incentivou algumas reeducandas a doar os cabelos. As cinco custodiadas receberam curso de capacitação.
Para o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a iniciativa é muito positiva, pois ajuda diretamente a sociedade e, ao mesmo tempo, leva ocupação produtiva, e profissionalizante, às mulheres em situação de prisão.
Juliene Katayama
Do G1 MS
Caern é condenada a pagar R$ 500 mil por colocar em risco a vida dos trabalhadores.
04 de JULHO de 2016 - Com apenas 27 anos, o empregado da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte Samuel Rodrigo da Silva entrou para a estatística de vítimas fatais de acidente de trabalho, por afogamento, enquanto realizava manutenção de bomba na barragem de Pau dos Ferros (RN). Como consequência, a Caern acaba de ser condenada a pagar R$ 500 mil de dano moral coletivo, em ação do Ministério Público do Trabalho de Mossoró movida por violações que colocam em risco a vida dos trabalhadores.
A sentença da Vara de Trabalho de Pau dos Ferros, assinada pela juíza titular Jólia Lucena da Rocha Melo, considerou devidamente demonstradas as irregularidades apontadas na ação e concluiu que a companhia “não observou o seu dever de garantir condições de trabalho seguras, agindo de forma negligente e incauta, dando, assim, ensejo ao acidente que vitimou um de seus trabalhadores”, destaca.
Também foram reiteradas todas as obrigações de fazer e de não fazer já fixadas na decisão liminar, concedida em janeiro deste ano, que devem ser cumpridas nos prazos estipulados na sentença, sob pena de multa diária de R$ 20 mil, se a Caern insistir em desrespeitá-las.
“Essa postura de descaso ou de transferência do dever da segurança para o trabalhador deve ser amplamente combatida, como fez com perfeição técnica e exemplarmente a juíza do Trabalho de Pau dos Ferros”, ressalta o procurador do Trabalho Afonso Rocha, que assina a ação.
Para ele, a conduta da Caern gera uma inversão de valores e acaba por colocar o trabalhador como culpado pelos infortúnios laborais, quando é dever da empresa garantir a saúde e a segurança dos empregados e prevenir os riscos nas operações técnicas, alerta.
Violações
A ação teve como base fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, além de relatório da própria Caern de investigação do acidente, que aconteceu em abril de 2015. “Tal relatório atribui, como causas, a falta de equipamentos de proteção e o transporte inadequado de ferramentas, condutas estas que são de responsabilidade direta da empresa”, sustenta o procurador do Trabalho.
Dentre as falhas que contribuíram para o acidente, verificadas pelos auditores fiscais do Trabalho, também estão: a falta de equipamentos adequados para realizar a atividade (como barco ou similar) e a falta de equipamentos de proteção relacionados ao nado (boias ou linhas de vida).
Ficou comprovado que o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais da autarquia não contempla os riscos inerentes à atividade desenvolvida pela vítima, de manutenção de bomba ou boia flutuante em mananciais. Foi visto, ainda, que no atestado de saúde ocupacional do trabalhador não há registro de avaliação para prática de atividades submersas ou em ambiente aquático.
Segundo apurado, os empregados costumeiramente entravam nos mananciais a nado para manutenção nas bombas flutuantes, inclusive à noite, sem sequer supervisão de técnicos de segurança ou identificação prévia dos riscos. “O mais grave é que, mesmo após o evento traumático, não há qualquer tipo de esforço para adquirir os barcos e demais equipamentos de proteção, mantendo-se os empregados sob constante risco de morte”, lamenta o procurador.
Sem acordo
Mesmo reconhecendo as violações, no relatório do acidente e em depoimento de técnico de segurança do trabalho da companhia, a Caern não aceitou assinar o Termo de Ajustamento de Conduta, conforme elaborado pelo MPT, tendo solicitado prazos longos (até 2018) para adotar as medidas e considerado impraticável a implementação do plano de remoção de acidentados.
No entanto, depois que o MPT ajuizou a ação civil pública, numa tentativa de conciliação em audiência judicial, a Caern chegou a propor acordo para pagar R$ 200 mil a título de dano moral coletivo, contanto que fosse revertido ao setor de segurança do trabalho da própria empresa, em mais uma prova da fragilidade na proteção fornecida aos seus empregados. A proposta foi recusada pelo MPT, que pedia indenização de R$ 1 milhão na ação.
Com relação à destinação do valor a ser pago pela condenação, a juíza da VT de Pau dos Ferros considerou que “não se pode concordar, no mais, com a proposta formulada pela Caern, no sentido de que o valor seja revertido ao setor de segurança do trabalho da própria empresa, porquanto a finalidade do instituto é a reparação à coletividade, e não uma simples realocação de créditos no interior da condenada”, explica.
Assim, os R$ 500 mil devem ser revertidos em favor de órgão ou instituição, dentro do estado, cuja indicação será feita pelo MPT. Acesse aqui a íntegra da condenação, na ação civil pública de nº 0000450-39.2015.5.21.0023.
Fonte: MPT/RN
Retirado do Jornal De Fato.
Termina prazo para eleitor com deficiência solicitar adaptações à Justiça.
Os procedimentos para atender o público com necessidades especiais estão previstos em resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
04 de JULHO de 2016 - Termina hoje (4) o prazo para que o eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida que tenha solicitado transferência para seção eleitoral especial comunique ao juiz eleitoral suas restrições e necessidades. A partir da comunicação, que deve ser feita por escrito, a Justiça Eleitoral busca providenciar as adaptações adequadas para garantir que ele vote nas eleições de outubro.
Os procedimentos para atender o público com necessidades especiais estão previstos em resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma das determinações é que os locais de votação tenham fácil acesso, com estacionamento próximo. Há também a possibilidade de que o eleitor seja acompanhado por uma pessoa de sua confiança para votar, ainda que não o tenha requerido antecipadamente ao juiz eleitoral.
A Justiça Eleitoral tem urnas eletrônicas com sistema de áudio, teclado em braile e recursos auxiliares aos deficientes visuais. A Justiça Eleitoral tem o registro de quase 700 mil eleitores com deficiência, sendo mais de 130 mil no exterior, de acordo com o TSE.
No dia 2 de outubro os eleitores vão às urnas votar para eleger prefeitos e vereadores. O segundo turno, quando houver, será no dia 30 de outubro.
Paulo César
Fonte: Jornal O Mossoroense.
04 de JULHO de 2016 - Termina hoje (4) o prazo para que o eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida que tenha solicitado transferência para seção eleitoral especial comunique ao juiz eleitoral suas restrições e necessidades. A partir da comunicação, que deve ser feita por escrito, a Justiça Eleitoral busca providenciar as adaptações adequadas para garantir que ele vote nas eleições de outubro.
Os procedimentos para atender o público com necessidades especiais estão previstos em resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma das determinações é que os locais de votação tenham fácil acesso, com estacionamento próximo. Há também a possibilidade de que o eleitor seja acompanhado por uma pessoa de sua confiança para votar, ainda que não o tenha requerido antecipadamente ao juiz eleitoral.
A Justiça Eleitoral tem urnas eletrônicas com sistema de áudio, teclado em braile e recursos auxiliares aos deficientes visuais. A Justiça Eleitoral tem o registro de quase 700 mil eleitores com deficiência, sendo mais de 130 mil no exterior, de acordo com o TSE.
No dia 2 de outubro os eleitores vão às urnas votar para eleger prefeitos e vereadores. O segundo turno, quando houver, será no dia 30 de outubro.
Paulo César
Fonte: Jornal O Mossoroense.
Atenção aos sinais do câncer de intestino como sangue oculto nas fezes.
Popularmente conhecida como câncer de intestino, a doença é a segunda mais frequente entre as mulheres, e a terceira entre os homens. É também o tumor mais prevalente do aparelho digestivo. Só para este ano, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima o registro de 34.280 novos casos.
Fonte: Blog do Robson Pires.
Poste em rampa atrapalha acesso de cadeirante ao Parque Olímpico do Rio.
Virgínia e Júlio, com o poste no meio da passagem para cadeirantes diante da instalação olímpica
(Foto: Reprodução/ Facebook)
02 de JULHO de 2016 - Quando o fotógrafo Júlio Sousa levou a mãe, Virgínia, ao Parque Olímpico do Rio para assistir ao amistoso entre as seleções de handebol do Brasil e da Suíça, em um evento-teste para a Olimpíada, acreditou que seria uma boa oportunidade de diversão. Mas, uma falha na acessibilidade ao local prejudicou o passeio.
Virgínia depende de uma cadeira de rodas para se locomover desde que um acidente de carro, há 20 anos, lhe causou uma lesão cerebral que comprometeu sua capacidade motora. A entrada dela ao Parque Olímpico, no último domingo (26), foi dificultada por um poste que obstruía, justamente, a rampa de acesso para deficientes físicos.
“A obra foi entregue agora e tem um poste em frente à passagem dos cadeirantes. E tem uma faixa de pedestres. Existe a faixa e quando o cadeirante vai subir a calçada tem um poste”, reclamou Júlio.
Há cinco anos o fotógrafo, que é de Recife e há seis meses mora no Rio, coleta material sobre acessibilidade em várias partes do Brasil e do mundo, sempre acompanhado da mãe. Sobre o Parque Olímpico, ele registrou o desabafo em uma rede social.
Para driblar o obstáculo, ele contou com a ajuda do irmão, que os acompanhou. Eles tiveram de carregar a cadeira de rodas para a calçada. Superado o problema no acesso ao Parque Olímpico, na área interna eles se depararam com mais um problema, desta vez para uso do banheiro.
“Meu irmão teve que ir com ela ao banheiro feminino, o que era bem constrangedor. A moça da limpeza entrou antes para ver se tinha alguém ou algum problema. Depois descobrimos que tinha um banheiro especial, mas não fomos orientados”, explicou Júlio.
O fotógrafo enfatizou que o local é um espaço por onde cadeirantes terão que passar para assistir aos eventos da Olimpíada e da Paralimpíada e que não adianta ter boas condições do lado de dentro se do lado de fora deixa a desejar.
Longa distância
As reclamações sobre as condições de chegada de deficientes físicos nos locais de competição da Olimpíada também são um questionamento de Paulo Sérgio Sales, coordenador de esportes da Associação de Apoio às Pessoas Portadoras de Deficiência da Zona Oeste do Rio de Janeiro (Adezo), região da cidade que receberá a maior parte das competições. Para ele, as paradas de ônibus na Avenida Brasil são distantes da entrada do Complexo Esportivo de Deodoro.
“Os cadeirantes que forem de ônibus terão que passar por um bom pedaço para chegar. Na minha opinião, os ônibus deveriam oferecer uma possibilidade para as pessoas deficientes”, explicou Paulo Sérgio, que foi ao evento-teste do rugby, em março.
O coordenador da Adezo ressaltou ainda que é difícil e demorado percorrer de muletas ou cadeiras de rodas distâncias que parecem simples para quem não tem comprometimento motor.
Uma reportagem especial do G1 publicada no dia 27 de junho mostrou que, atualmente, o Rio oferece melhores condições para os deficientes, mas que ainda está longe do ideal.
“Tem duas cidades dentro da cidade. Na Zona Sul dá para o cadeirante se deslocar. Já na Zona Norte, até quem anda tem dificuldade para circular”, apontou o fotógrafo Júlio Sousa.
Procurada pelo G1 para se posicionar sobre as falhas nos acessos ao Parque Olímpico, a Empresa Olímpica não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem.
Do G1 Rio
Mesa de arte e ciência exalta Santos Dumont gay e tem aula de Prof. Pardal.
Mesa Encontro da arte com a ciência' (a partir da esquerda):
o mediador Alexandre Vidal Porto, o holandês
Arthur Japin e o brasileiro Guto Lacaz
(Foto: Walter Craveiro/Divulgação Flip)
02 de JULHO de 2016 - A defesa da homossexualidade do Santos Dumont e uma espécie de aula de história da aviação (com momentos dignos de "Professor Pardal") marcaram a mesa "Encontro da arte com a ciência" na tarde deste sábado (2) na 14ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).
Os debatedores foram o escritor holandês Arthur Japin e o artista plástico, arquiteto e desinger brasileiro Guto Lacaz. Em comum, eles têm a admiração pelo homem chamado por aqui de "o inventor do avião". O diplomata e escritor Alexandre Vidal Porto mediou a conversa.
Japin, que tem 59 anos, está lançando no Brasil o romance "O Homem com asas" (Planeta), inspirado em um caso tão real quanto absurdo: o roubo do coração de Alberto Santos Dumond pelo legista que o embalsamou.
Durante uma de suas falas, o holandês foi bem aplaudido ao falar sobre a vida amorosa do inventor, a quem chamou de "herói". "Citei no livro que ele ele teve relacionamento com homem. Eu não fiz de propósito, é só a vida da pessoa", justificou Japin. Disse que fica magoado com a a dificuldade dos brasileiros em admitir que Dumont era homossexual. Ou, mais especificamente, por preferirem tratar o inventor como "assexuado" a considerá-lo gay
"Sei que há pessoas que não acreditam que ele era gay, acho isso chocante. De alguma forma, as pessoas não conseguem acreditar que um homem destemido pudesse voltar para casa e bordar e tricotar, porque é isso que ele fazia. Usava joias de ouro, pulseiras, não havia a menor dúvida de que ele era gay."
'Uma pessoa ama uma pessoa'
Japin, no entanto, descarta este como tema central do livro: "Espero que não leiam especialmente sobre a vida sexual dele, não fui explícito porque não me importa. Essa batalha já foi lutada, já tivemos muitos óbitos, não precisamos mais travar essa batalha, uma pessoa é só uma pessoa e ela ama uma pessoa". Aí vieram as palmas.
O holandês contou que escolhe seus personagens, geralmente pessoas deslocadas que realmente existiram, também por idenficação. No caso de Santos Dumont, espeficificamente, isso tem a ver com a dificuldade no convívio social. Lembrou que o inventor só conseguia de fato se conectar às pessoas quando estava voando acima delas e acenando com lenços brancos.
"Sou essas pessoas. Dou meu trabalho para vocês, depois venho aqui e tenho a sensação de que vocês estão comigo. E é exatamente esse amor que vocês estão me dando agora. Você dá uma coisa, acena, e as pessoas cenam de volta." Em seguida, duas mulheres na primeira fila da plateia começaram a balançar lenços. Japin se empolgou: "Oh, meu deus, que bom que eu vim! Graças ao avião, por sinal!.
O estranho mundo de Guto
Chamando Santos Dumont de "primeiro designer de produto" do Brasil e reconhecendo que ele foi "o primeiro homem a voar" mas não o inventor do avião, Guto Lacaz ocupou a maior parte do tempo dando uma aula de história a respeito dos projetos que resultaram no 14-bis. Usou, inclusive, os telões da Tenda dos Autores para projetar filmes e slides.
Também fez demonstrações curiosas de aerodinâmica. Numa delas, usou um secador de caelo para manter suspensa no ar uma bola de isopor, mesmo princípio dos balões tripulados criados por Santos Dumont.
As explicações de Lacaz se alongaram mais do que previsto, a ponto de o mediador apressá-lo. Mas no fim tudo deu certo, quando o artista plástico circulou pelo palco de braços abertos e balançando lenços brancos, como fazia Santos Dumont.
Lacaz, que também é inventor, foi perguntado sobre que tipo de produtos gostaria de criar para os dias de hoje. E respondeu: "Uma cápsula para os moradores de rua dormirem".
Veja, abaixo, a programação restante da Flip 2016:
Mesa 16 – Encontro com Svetlana Aleksiévitch, às 17h15
Mesa 17 – "O falcão e a fênix", às 19h30
Com Helen Macdonald e Maria Esther Maciel
Mesa 18 – "O palco é a página", às 21h30
Com Kate Tempest e Ramon Nunes Mello
Domingo, 3 de julho
Mesa 19 – "Síria mon amour", às 10h
Com Abud Said e Patrícia Campos Mello
Mesa 20 – Mesa 21 – "Sessão de encerramento: Luvas de pelica", às 12h
Com Sérgio Alcides e Vilma Arêas
Mesa 21 – Livro de cabeceira, às 14h15
Autores convidados leem trechos de seus livros favoritos
Ingressos
A partir desta quarta-feira (29) de junho, é possível comprar apenas na bilheteria da Flip, em Paraty, que fica na Tenda dos Autores e vai funcionar de quarta a sábado das 9h às 22h e no domingo das 9h às 15h.
Cauê Muraro
Os debatedores foram o escritor holandês Arthur Japin e o artista plástico, arquiteto e desinger brasileiro Guto Lacaz. Em comum, eles têm a admiração pelo homem chamado por aqui de "o inventor do avião". O diplomata e escritor Alexandre Vidal Porto mediou a conversa.
Japin, que tem 59 anos, está lançando no Brasil o romance "O Homem com asas" (Planeta), inspirado em um caso tão real quanto absurdo: o roubo do coração de Alberto Santos Dumond pelo legista que o embalsamou.
Durante uma de suas falas, o holandês foi bem aplaudido ao falar sobre a vida amorosa do inventor, a quem chamou de "herói". "Citei no livro que ele ele teve relacionamento com homem. Eu não fiz de propósito, é só a vida da pessoa", justificou Japin. Disse que fica magoado com a a dificuldade dos brasileiros em admitir que Dumont era homossexual. Ou, mais especificamente, por preferirem tratar o inventor como "assexuado" a considerá-lo gay
"Sei que há pessoas que não acreditam que ele era gay, acho isso chocante. De alguma forma, as pessoas não conseguem acreditar que um homem destemido pudesse voltar para casa e bordar e tricotar, porque é isso que ele fazia. Usava joias de ouro, pulseiras, não havia a menor dúvida de que ele era gay."
'Uma pessoa ama uma pessoa'
Japin, no entanto, descarta este como tema central do livro: "Espero que não leiam especialmente sobre a vida sexual dele, não fui explícito porque não me importa. Essa batalha já foi lutada, já tivemos muitos óbitos, não precisamos mais travar essa batalha, uma pessoa é só uma pessoa e ela ama uma pessoa". Aí vieram as palmas.
O holandês contou que escolhe seus personagens, geralmente pessoas deslocadas que realmente existiram, também por idenficação. No caso de Santos Dumont, espeficificamente, isso tem a ver com a dificuldade no convívio social. Lembrou que o inventor só conseguia de fato se conectar às pessoas quando estava voando acima delas e acenando com lenços brancos.
"Sou essas pessoas. Dou meu trabalho para vocês, depois venho aqui e tenho a sensação de que vocês estão comigo. E é exatamente esse amor que vocês estão me dando agora. Você dá uma coisa, acena, e as pessoas cenam de volta." Em seguida, duas mulheres na primeira fila da plateia começaram a balançar lenços. Japin se empolgou: "Oh, meu deus, que bom que eu vim! Graças ao avião, por sinal!.
O estranho mundo de Guto
Chamando Santos Dumont de "primeiro designer de produto" do Brasil e reconhecendo que ele foi "o primeiro homem a voar" mas não o inventor do avião, Guto Lacaz ocupou a maior parte do tempo dando uma aula de história a respeito dos projetos que resultaram no 14-bis. Usou, inclusive, os telões da Tenda dos Autores para projetar filmes e slides.
Também fez demonstrações curiosas de aerodinâmica. Numa delas, usou um secador de caelo para manter suspensa no ar uma bola de isopor, mesmo princípio dos balões tripulados criados por Santos Dumont.
As explicações de Lacaz se alongaram mais do que previsto, a ponto de o mediador apressá-lo. Mas no fim tudo deu certo, quando o artista plástico circulou pelo palco de braços abertos e balançando lenços brancos, como fazia Santos Dumont.
Lacaz, que também é inventor, foi perguntado sobre que tipo de produtos gostaria de criar para os dias de hoje. E respondeu: "Uma cápsula para os moradores de rua dormirem".
Veja, abaixo, a programação restante da Flip 2016:
Mesa 16 – Encontro com Svetlana Aleksiévitch, às 17h15
Mesa 17 – "O falcão e a fênix", às 19h30
Com Helen Macdonald e Maria Esther Maciel
Mesa 18 – "O palco é a página", às 21h30
Com Kate Tempest e Ramon Nunes Mello
Domingo, 3 de julho
Mesa 19 – "Síria mon amour", às 10h
Com Abud Said e Patrícia Campos Mello
Mesa 20 – Mesa 21 – "Sessão de encerramento: Luvas de pelica", às 12h
Com Sérgio Alcides e Vilma Arêas
Mesa 21 – Livro de cabeceira, às 14h15
Autores convidados leem trechos de seus livros favoritos
Ingressos
A partir desta quarta-feira (29) de junho, é possível comprar apenas na bilheteria da Flip, em Paraty, que fica na Tenda dos Autores e vai funcionar de quarta a sábado das 9h às 22h e no domingo das 9h às 15h.
Cauê Muraro
Do G1, em Paraty
Maior exportadora de frutas do Ceará se instala no RN
01 de JULHO de 2016 - Depois de muitos anos perdendo empresas de fruticultura para outros estados, começa no Rio Grande do Norte o caminho inverso. A maior exportadora de frutas do Ceará, empresa Itaueira, acaba de se instalar em solo potiguar, nas terras que pertenciam à empresa Del Monte, em Ipanguaçu, região do Vale do Açu. O secretário estadual de Agricultura, Guilherme Saldanha, visitou as instalações da indústria nesta quarta-feira, 29 de junho.
Inicialmente serão plantados 400 hectares de frutas, o que significa uma geração de 600 empregos diretos só neste ano. O plantio começa na primeira semana de agosto. “Estamos recebendo a maior exportadora de frutas do Ceará para aproveitar nosso grande potencial hídrico, mesmo nesse período de seca. É uma vitória para o Rio Grande do Norte em tempos de recessão econômica”, destaca o secretário.
Fonte: Blog do Robson Pires.
Brasil desperdiça 40 mil toneladas de alimento por dia.
Desperdício de alimentos causa um prejuízo
econômico estimado em US$ 940 bilhões por ano
(Foto: Divulgação - Instituto Cidade Amiga).
01 de JULHO de 2016 - No Brasil, diariamente, são desperdiçados 40 mil toneladas de alimentos, segundo Viviane Romeiro, coordenadora de Mudanças Climáticas do World Resources Institute (WRI) Brasil, uma instituição de pesquisa internacional. Isso coloca o Brasil, segundo ela, entre os dez países que mais perdem e desperdiçam alimentos no mundo. Viviane participou do Sustainable Food Summit da América Latina, evento promovido pela Rede Save Food Brasil, em São Paulo, e que discutiu a perda e o desperdício com alimentos em todo o mundo.
“O Brasil está entre os dez principais países que mais perdem e desperdiçam alimento. Estamos falando da cadeia de perda e de desperdício. Perda que tem a ver com a colheita, a pós-colheita, com a distribuição e o desperdício que já vem no final da cadeia, que é no varejo, no supermercado e com o hábito do consumidor”, disse Viviane.
Essa perda e desperdício de alimentos tem diversas implicações. Uma delas é com relação à segurança alimentar. “Hoje temos aproximadamente 7 bilhões de pessoas [no mundo] e a estimativa é que, em 2050, seremos 9 bilhões. Enquanto isso, aproximadamente 1 bilhão de pessoas não tem acesso adequado e sofre com desnutrição e falta de alimento adequado. Então, primeiramente, essa é uma questão de segurança alimentar”, disse.
Segundo Allan Boujanic, representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, cerca de 30% de tudo o que é produzido no mundo é desperdiçado e perdido antes de chegar à mesa do consumidor. Isso provoca, segundo a FAO, um prejuízo econômico estimado em US$ 940 bilhões por ano, o que corresponde a cerca de R$ 3 trilhões.
Problemas ambientais
Outras implicações, segundo Viviane, dizem respeito aos aspectos econômico e ambiental. “É um assunto que envolve uma questão social e de segurança alimentar, de impacto econômico, mas também de impactos ambientais e aí destacamos essencialmente a perda da biodiversidade, impactos na biodiversidade, impactos no uso do solo, na questão da água, da escassez da água, e também a questão do clima, das emissões de carbono”, disse.
Sobre a questão ambiental, Viviane disse que, se essa perda mundial com os alimentos fosse um país, ela seria o terceiro maior país do mundo por emissão de gás de efeito estufa, por exemplo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
Rede Save Food
Para buscar alternativas para reduzir a perda e o desperdício de alimentos no país foi criada a rede Save Food Brasil, que tem apoio da FAO, da WRI e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entre outros. “Essa e outras campanhas da FAO para combater o desperdício de alimentos têm como principal mensagem a mudança de atitude. Temos que ser mais eficientes no uso dos alimentos, mais cientes de que o desperdício é uma realidade e produz muitos efeitos colaterais. É necessário um forte engajamento da sociedade civil, dos produtores e dos governos para fixar metas concretas de redução do desperdício e das perdas de alimentos não só no Brasil, mas em todo o mundo”, disse Boujanic.
A rede, segundo Alcione Silva, membro do corpo diretivo da Rede Save Food Brasil, foi criada pela ONU no ano passado em diversos países. “O objetivo é, em um primeiro momento, trazer todos os atores, instituições, empresas e simpatizantes que trabalhem o tema de perdas e desperdícios no Brasil e, conforme essa rede for crescendo, se tornar forte o suficiente para poder atuar em políticas públicas e inovações, trazendo soluções para esse tema de desperdício no Brasil”, disse.
De acordo com Alcione, o desperdício e a perda de alimentos no Brasil é muito grande, mas o país pode contribuir com bons exemplos na mudança mundial desse cenário. Ela citou iniciativas como o Disco Xepa, de distribuição de sopas feitas com sobras de alimentos; a produção de tecnologia pela Embrapa; o Comida Invisível, que pretende fazer um food truck para conscientizar crianças e escolas sobre o reaproveitamento de sobras na cozinha; e o Fruta Imperfeita, que comercializa alimentos considerados “imperfeitos”, tais como uma batata ou cenouras tortas.
Segundo Alcione, o desperdício e a perda de alimentos é uma preocupação em todo o mundo porque tem um grande impacto social, econômico e ambiental. “A gente precisa de 50% a mais de demanda de oferta de alimentos até 2050 para alimentar essas 9 bilhões de pessoas [estimativa de população para o ano]. Deveria ser até uma preocupação muito maior por parte de todos os atores”, disse.
Marco regulatório
Para Viviane, uma das ações que poderia ajudar a reduzir o desperdício e a perda de alimentos no país seria a adoção de um marco regulatório sobre o tema. “Hoje temos vários projetos de lei mas que não foram aprovados ou promulgados. É super-importante que tenhamos um marco regulatório específico e que proporcione segurança jurídica para que as empresas realizem suas doações de forma adequada e para que haja incentivos e subsídios para a redução da perda e desperdício alimentar. Essa questão legislativa e regulatória é extremamente importante”, disse.
Para a coordenadora de Mudanças Climáticas do WRI Brasil, inventariar a perda e o desperdício de alimentos é um primeiro passo importante que as empresas e que os países devem fazer. Depois seria importante estabelecer metas de redução e estratégias para que ocorram.
Para Alcione, a grande dificuldade diz respeito à cadeia logística. “Tanto a cadeia de distribuição quanto a de armazenamento e o consumidor final tem uma grande perda de alimentos por falta de infraestrutura. Nossas centrais de abastecimento não tem uma infraestrutura adequada. Faltam cadeias e câmaras frias e falta conscientização na parte de manipulação e embalagens. O Brasil tem um grande problema de infraestrutura hoje e de logística nessa área. Diria que esse é o problema mais grave que a gente tem no desperdício de alimentos”, disse a integrante do corpo diretivo da Rede Save Food Brasil.
Ana Paula Cardoso
Fonte: Agência Brasil
Retirado do Jornal O Mossoroense.
01 de JULHO de 2016 - No Brasil, diariamente, são desperdiçados 40 mil toneladas de alimentos, segundo Viviane Romeiro, coordenadora de Mudanças Climáticas do World Resources Institute (WRI) Brasil, uma instituição de pesquisa internacional. Isso coloca o Brasil, segundo ela, entre os dez países que mais perdem e desperdiçam alimentos no mundo. Viviane participou do Sustainable Food Summit da América Latina, evento promovido pela Rede Save Food Brasil, em São Paulo, e que discutiu a perda e o desperdício com alimentos em todo o mundo.
“O Brasil está entre os dez principais países que mais perdem e desperdiçam alimento. Estamos falando da cadeia de perda e de desperdício. Perda que tem a ver com a colheita, a pós-colheita, com a distribuição e o desperdício que já vem no final da cadeia, que é no varejo, no supermercado e com o hábito do consumidor”, disse Viviane.
Essa perda e desperdício de alimentos tem diversas implicações. Uma delas é com relação à segurança alimentar. “Hoje temos aproximadamente 7 bilhões de pessoas [no mundo] e a estimativa é que, em 2050, seremos 9 bilhões. Enquanto isso, aproximadamente 1 bilhão de pessoas não tem acesso adequado e sofre com desnutrição e falta de alimento adequado. Então, primeiramente, essa é uma questão de segurança alimentar”, disse.
Segundo Allan Boujanic, representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, cerca de 30% de tudo o que é produzido no mundo é desperdiçado e perdido antes de chegar à mesa do consumidor. Isso provoca, segundo a FAO, um prejuízo econômico estimado em US$ 940 bilhões por ano, o que corresponde a cerca de R$ 3 trilhões.
Problemas ambientais
Outras implicações, segundo Viviane, dizem respeito aos aspectos econômico e ambiental. “É um assunto que envolve uma questão social e de segurança alimentar, de impacto econômico, mas também de impactos ambientais e aí destacamos essencialmente a perda da biodiversidade, impactos na biodiversidade, impactos no uso do solo, na questão da água, da escassez da água, e também a questão do clima, das emissões de carbono”, disse.
Sobre a questão ambiental, Viviane disse que, se essa perda mundial com os alimentos fosse um país, ela seria o terceiro maior país do mundo por emissão de gás de efeito estufa, por exemplo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
Rede Save Food
Para buscar alternativas para reduzir a perda e o desperdício de alimentos no país foi criada a rede Save Food Brasil, que tem apoio da FAO, da WRI e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), entre outros. “Essa e outras campanhas da FAO para combater o desperdício de alimentos têm como principal mensagem a mudança de atitude. Temos que ser mais eficientes no uso dos alimentos, mais cientes de que o desperdício é uma realidade e produz muitos efeitos colaterais. É necessário um forte engajamento da sociedade civil, dos produtores e dos governos para fixar metas concretas de redução do desperdício e das perdas de alimentos não só no Brasil, mas em todo o mundo”, disse Boujanic.
A rede, segundo Alcione Silva, membro do corpo diretivo da Rede Save Food Brasil, foi criada pela ONU no ano passado em diversos países. “O objetivo é, em um primeiro momento, trazer todos os atores, instituições, empresas e simpatizantes que trabalhem o tema de perdas e desperdícios no Brasil e, conforme essa rede for crescendo, se tornar forte o suficiente para poder atuar em políticas públicas e inovações, trazendo soluções para esse tema de desperdício no Brasil”, disse.
De acordo com Alcione, o desperdício e a perda de alimentos no Brasil é muito grande, mas o país pode contribuir com bons exemplos na mudança mundial desse cenário. Ela citou iniciativas como o Disco Xepa, de distribuição de sopas feitas com sobras de alimentos; a produção de tecnologia pela Embrapa; o Comida Invisível, que pretende fazer um food truck para conscientizar crianças e escolas sobre o reaproveitamento de sobras na cozinha; e o Fruta Imperfeita, que comercializa alimentos considerados “imperfeitos”, tais como uma batata ou cenouras tortas.
Segundo Alcione, o desperdício e a perda de alimentos é uma preocupação em todo o mundo porque tem um grande impacto social, econômico e ambiental. “A gente precisa de 50% a mais de demanda de oferta de alimentos até 2050 para alimentar essas 9 bilhões de pessoas [estimativa de população para o ano]. Deveria ser até uma preocupação muito maior por parte de todos os atores”, disse.
Marco regulatório
Para Viviane, uma das ações que poderia ajudar a reduzir o desperdício e a perda de alimentos no país seria a adoção de um marco regulatório sobre o tema. “Hoje temos vários projetos de lei mas que não foram aprovados ou promulgados. É super-importante que tenhamos um marco regulatório específico e que proporcione segurança jurídica para que as empresas realizem suas doações de forma adequada e para que haja incentivos e subsídios para a redução da perda e desperdício alimentar. Essa questão legislativa e regulatória é extremamente importante”, disse.
Para a coordenadora de Mudanças Climáticas do WRI Brasil, inventariar a perda e o desperdício de alimentos é um primeiro passo importante que as empresas e que os países devem fazer. Depois seria importante estabelecer metas de redução e estratégias para que ocorram.
Para Alcione, a grande dificuldade diz respeito à cadeia logística. “Tanto a cadeia de distribuição quanto a de armazenamento e o consumidor final tem uma grande perda de alimentos por falta de infraestrutura. Nossas centrais de abastecimento não tem uma infraestrutura adequada. Faltam cadeias e câmaras frias e falta conscientização na parte de manipulação e embalagens. O Brasil tem um grande problema de infraestrutura hoje e de logística nessa área. Diria que esse é o problema mais grave que a gente tem no desperdício de alimentos”, disse a integrante do corpo diretivo da Rede Save Food Brasil.
Ana Paula Cardoso
Fonte: Agência Brasil
Retirado do Jornal O Mossoroense.
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