Laudo indica que jogador da Portuguesa morreu após congestão.


Lucas Jesus dos Santos, de 16 anos, morreu após ter 
uma congestão, segundo peritos do IML 
(Foto: Reprodução/Facebook)

21 de OUTUBRO de 2016 - O jogador de futebol da Portuguesa Lucas Jesus dos Santos, de 16 anos, morreu após ter uma congestão, segundo peritos do Instituto Médico Legal (IML). Ele participou de churrasco com colegas de time e integrantes da comissão técnica e entrou na piscina, onde seu corpo foi encontrado na manhã de quinta-feira (20).

Segundo o laudo no IML, a morte aconteceu por asfixia por regurgitação de alimento. O laudo toxicológico indicará se ele ingeriu bebida alcoólica ou algum tipo de droga.

Segundo especialistas, o risco de congestão aumenta com a prática de atividades físicas intensas depois de refeições grandes, seja dentro da piscina ou fora dela. Logo após comer, há necessidade de aumento do fluxo sanguíneo para o estômago para que ocorra a digestão. A prática de atividades físicas faz com que os músculos que estão trabalhando também demandem um fluxo sanguíneo maior.

Ocorre uma competição pelo fornecimento de sangue e o estômago passa a não receber o suficiente para continuar a digestão, o que pode levar à indigestão, refluxo e vômito. Dentro da piscina, esse quadro pode aumentar o risco afogamento.

O delegado Eder Pereira e Silva, do 12º DP de São Paulo, disse que a perícia não encontrou nenhuma marca no corpo do adolescente. "Não tem nenhuma marca no pescoço, que é um lugar que a gente atenta muito. No corpo também não existe nenhuma aparente cicatriz ou algo que possa comprometer", disse o delegado.

O jogador das categorias de base da Portuguesa de Desportos foi encontrado no fundo da piscina por funcionários do clube do Canindé, na Zona Norte de São Paulo. A festa ocorreu na noite de quarta (19) para comemorar a vitória sobre o time Água Santa.

Lucas passou mal e foi retirado da água por alguns colegas. Não se sabe como ele voltou para a piscina depois, mas os amigos contam que sentiram sua falta quando pretendiam tirar uma foto; como não o encontraram, pensaram que ele tivesse ido embora.

Um amigo de Lucas negou que tenha havido consumo de bebida alcoólica na festa. "As latinhas de cerveja encontradas eram de uma festa que tinha acontecido no dia anterior”, disse Kleber Eusébio. “Aqui era uma festa com menores de idade. Bebida alcoólica para menor é inadmissível aqui dentro [do clube]. Não existe isso."

A namorada do jovem também duvida do consumo de bebidas. Ela recebeu fotos da festa horas antes de Lucas desaparecer. "Nessa foto não tem nada de bebida, dá pra ver que tem refrigerante, e as pessoas estão fazendo churrasco, cortando a carne", diz Aline Piffer Rosendo. "Ele estava super bem, ele estava feliz, conversando comigo normalmente", continuou.

Nesta quinta, a Portuguesa afirmou em nota que colaborava com as investigações. "A Associação Portuguesa de Desportos vem a público lamentar a morte do atleta Lucas Jesus dos Santos, que defendia atualmente a equipe sub 17. O clube está empenhado neste momento em colaborar com as autoridades policiais para a investigação e elucidação dos fatos e também prestará todo o apoio necessário aos seus familiares", diz o texto.

O adolescente morava com o avô, que passou mal ao chegar no clube e precisou ser levado para um hospital após ver o corpo do neto. O avô tinha ficado preocupado com a demora de Lucas e procurou o jovem, inclusive enviando mensagens em redes sociais para os colegas.


Corpo do jogador foi retirado do fundo de piscina 
da Portuguesa em São Paulo 
(Foto: Reprodução/GloboNews)

Do G1 São Paulo

Japonês da Federal tem pena reduzida e retira tornozeleira eletrônica.

Newton ficou conhecido como o Japonês da Federal 
quando começou a escoltar presos da Lava Jato 
(Foto: reprodução/TV Globo)

21 de OUTUBRO de 2016 - O policial federal Newton Ishii, conhecido como japonês da Federal, teve a pena reduzida e já retirou a tornozeleira eletrônica, segundo a corporação da Polícia Federal (PF). Ishii foi condenado a 4 anos e 2 meses por facilitar a entrada de contrabando no país e a pena venceria nesta sexta (21), contudo, ele retirou a tornozeleira no dia 4 de outubro.

De acordo com a PF, a redução de pena se deu devido aos dias trabalhados pelo agente. A cada três dias trabalhados, foi descontado um dia da pena total.

Ishii cumpria a pena no regime semiaberto harmonizado. Durante o período, ele era obrigado a ficar em casa entre 23h e 5h durante a semana e era impedido de sair nos fins de semana. Ele chegou a atuar internamente e também fez algumas escoltas mesmo com o equipamento eletrônico.

Ishii teve que colocar a tornozeleira eletrônica, segundo a juíza Luciani de Lourdes Tesserolli Maronezi, em virtude da falta de vagas no sistema penitenciário para o cumprimento do regime semiaberto tradicional.

Quando ele foi condenado, em 2009, era aposentado e, portanto, a Justiça não fez nenhuma determinação relacionada a trabalho. Depois da condenação, o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou a aposentadoria dele irregular por causa da contagem de tempo de serviço.

Ao saber da decisão, Ishii se apresentou espontaneamente na Superintendência da Polícia Federal da capital paranaense. No dia 8 de junho, ele foi levado para o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil.

A prisão
Newton Ishii foi preso no dia 7 de junho. O mandado foi expedido pela Vara de Execução Penal da Justiça Federal, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, em virtude da Operação Sucuri, que descobriu envolvimento de agentes na entrada de contrabando no país pela fronteira.

Citado na Lava Jato
O nome de Newton Ishii foi citado em meio à Operação Lava Jato na gravação que levou à prisão o senador cassado Delcídio Amaral, em Brasília.

No áudio, o senador fazia tratativas com o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, o advogado Edson Ribeiro e o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo, buscando um plano de fuga para Cerveró, que estava preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

O agente é citado durante a conversa, quando o grupo discute quem estaria vazando informações para revistas. Delcídio se refere a um policial como "japonês bonzinho", que seria o responsável pela carceragem.

A Polícia Federal disse, na ocasião, que iria apurar se o nome citado na conversa era o do agente.

Fama
Com a deflagração da Operação Lava Jato, o agente passou a ser conhecido em todo o Brasil. A cada fase da operação nestes mais de dois anos, Newton Ishii aparecia ao lado empreiteiros, operadores financeiros, políticos e funcionários públicos que eram presos.

A fama se expandiu pelo Brasil e virou até tema de marchinha de carnaval. Ele também foi inspiração para um boneco do tradicional carnaval de Olinda. Veja um trecho:

"Ai meu Deus, me dei mal
Bateu a minha porta
O japonês da Federal


Dormia o sono dos justos
Raia o dia, eram quase 6h
Escutei um barulhão,
Avistei o camburão


A minha porta o japonês, então, falou
Vem pra cá, você ganhou uma viagem ao Paraná"


A marcha foi escrita pelo advogado e compositor Thiago Vasconcelos de Souza.

Quer saber mais notícias do estado? Acesse o G1 Paraná.


Adriana Justi
Do G1 PR

Falta de habilitação de 'cinquentinha' dará multa a partir de 1º de novembro.

Condutores passarão a ser multados a partir de julho. 
(Foto: Jonathan Lins/G1)


21 de OUTUBRO de 2016 - Além do aumento dos valores das multas de trânsito, começa a valer em 1º de novembro a exigência de habilitação para guiar motos "cinquentinhas", como são conhecidos os ciclomotores, informa o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

O Denatran chegou a dizer que a cobrança começaria em junho último, mas depois voltou atrás e declarou que seria apenas a partir de novembro. Na época, vários estados chegaram até a emitir as multas e o órgão indicou que os usuários podiam recorrer.A aplicação dessas multas foi adiada 3 vezes: a previsão inicial era começar em março passado.

Por que tinha sido adiada?
No último adiamento, o Denatran disse que a lei 13.281, que determina o aumento das multas, também inclui a Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) no Código de Trânsito Brasileiro, como um dos documentos aceitos para conduzir "cinquentinhas".

Como essa lei só começa a valer no próximo dia 1º, as multas foram adiadas até que ela vigore.

Valor da multa
Quem for pego conduzindo "cinquentinha" sem habilitação cometerá infração gravíssima com multa agravada, que é multiplicada por 3. Assim, como a penalidade para infração gravíssima subirá para R$ 293,47 em 1º de novembro, a cobrança por rodar sem habilitação chegará a R$ 880,41. O veículo também poderá ser apreendido.

Documentos que são aceitos
Para guiar "cinquentinha" é preciso ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A, para motos, ou a ACC, um documento pouco conhecido do público.

Veja abaixo mais informações sobre a ACC e as vantagens e desvantagens de cada um dos documentos.

ACC (AUTORIZAÇÃO PARA CONDUZIR CICLOMOTORES)

ACC é igual a CNH, mas campo assinalado deverá ser preenchido (Foto: Detran-SP)




Documento emitido pelo Detran que permite rodar com as "cinquentinhas", que são motos com motor de até 50 cc. Com a ACC, não é permitido guiar motos mais potentes.

Ela tem o mesmo visual da CNH: em todas as carteiras de habilitação existe um campo chamado ACC, que será preenchido (para quem tem a CNH ele costuma ter uma tarja preta).




O processo é semelhante ao da obtenção da CNH, com curso e provas teórica e prática.

São 20 horas/aula no curso teórico e 10 horas/aula para a parte prática.



O curso de ACC é mais rápido.

São necessárias 20 horas/aula no curso teórico e 10 horas/aula para a parte prática.

Enquanto isso, para tirar a carteira de habilitação A são necessárias 45 horas/aula de teoria e 20 horas/aula de prática.



Na maioria dos estados, as taxas cobradas pelos Detrans para emissão da ACC têm os mesmos valores da emissão da CNH do tipo A.

Além do valor da taxa de emissão, que é fixado pelos Detrans, são cobrados ainda os cursos da autoescola e exames médico e psicotécnico, exatamente como na CNH.

Mas a ACC só permite conduzir "cinquentinhas"; a carteira de habilitação na categoria A pode ser usada para qualquer tipo de moto.


CNH (CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO)



Com a CNH da categoria A é permitido conduzir qualquer tipo de moto, enquanto a ACC é restrita às "cinquentinhas".

Por ser mais procurada e mais comum que a ACC, é mais fácil encontrar Centros de Formação de Condutores (CFCs) que ofereçam esse curso e todos os Detrans do país emitem esse documento.

Algumas autoescolas também fazem promoções para quem tira a CNH na categoria B (para carros) tirar também a de moto, por um custo menor.



É preciso consultar o Detran do estado para saber se as taxas cobradas para CNH são maiores do que para ACC. Consulte também o valor cobrado pelas autoescolas, que não é tabelado.

Outra questão é que o curso para obter a carteira de habilitação é mais demorado, o que pode encarecê-lo: são necessárias 45 horas/aula de teoria e 20 horas/aula de prática. Para a ACC, são 20 horas/aula no curso teórico e 10 horas/aula para a parte prática.

Cerco às 'cinquentinhas'
Além da exigência de documentação, os condutores de "cinquentinhas" também estão sendo cobrados pelo licenciamento dessas motos. Até pouco tempo, uma grande parte delas rodava sem placa. Isso porque a legalização ficava por conta das prefeituras e muitas alegavam que não tinham como dar conta do serviço.

Em julho de 2015, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mudou a regra e determinou que os Detrans deveriam emplacar os ciclomotores. Por causa disso, os licenciamentos de "cinquentinhas" aumentaram 280% naquele ano, na comparação com o anterior.

Como é lei para todas as motos, para a guiar a cinquentinha é necessário sempre estar de capacete.

Do G1, em São Paulo

PF prende policiais legislativos suspeitos de atrapalhar investigações.

Viaturas da Polícia Federal foram estacionadas na entrada do Congresso (Foto: Elielton Lopes)
Viaturas da Polícia Federal foram estacionadas na entrada 
do Congresso 
(Foto: Elielton Lopes)
21 de OUTUBRO de 2016 - A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (21), quatro policiais legislativos suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Lava Jato e em outras operações. A suspeita é que esses policiais faziam varreduras nas casas dos políticos para, por exemplo, identificar e eliminar escutas instaladas com autorização judicial.

O advogado de Sarney e Lobão, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que não houve nenhuma irregularidade cometida pelos políticos (veja abaixo as respostas completas das defesas). Ele disse que Sarney está "perplexo" e que não solicitou nenhuma varredura à polícia legislativa.A operação se baseou no depoimento de um policial legislativo. Ele relatou ao Ministério Público Federal que o chefe da polícia do Senado teria realizado medidas de contrainteligência nos gabinetes e residências dos senadores Fernando Collor de Mello(PTC-AL), Edison Lobão (PMDB-MA) e do ex-senador José Sarney (PMDB-AP), que foi presidente do Senado.

Almeida Castro disse ainda que Lobão fez um pedido "justificável" para a polícia legislativa fazer uma varredura na casa dele à época da divulgação de gravações feitas pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, meses atrás. O advogado informou que houve uma varredura no gabinete "por motivos de segurança" quando Lobão, que era ministro, estava licenciado do mandato e o seu filho, Lobão Filho, ocupava o mandato.

O G1 entrou em contato com a assessorida de Collor e aguardava uma resposta até a última atualização desta reportagem.

A prisão dos quatro policiais suspeitos é a temporária, com prazo definido para terminar. Um dos presos é Pedro Ricardo Araújo Carvalho, chefe da polícia legislativa. Foram expedidos ainda cinco mandados de busca e apreensão e quatro de afastamento de função pública. Os policiais legislativos são servidores do Congresso que atuam na segurança no prédio.

"Foram obtidas provas de que o grupo, liderado pelo diretor da Polícia do Senado, tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas da Polícia Federal em face de senadores e ex-senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência", afirmou a Polícia Federal em nota sobre a operação.

De acordo com o Ministério Público Federal, que atuou em parceira com a PF nesta sexta, não há mandados contra políticos nem foram realizadas buscas em gabinetes de parlamentares no Congresso.

Os mandados da operação desta sexta foram autorizados pela Justiça Federal do DF, a pedido da Polícia Federal. O Ministério Público Federal avalizou a operação.

Entrada do espaço onde fica lotada a Polícia Senado, 
no Congresso Nacional 
(Foto: Elielton Lopes/G1)

Versões das defesas
O advogado de Sarney, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que senador está “atônito, mas tranquilo” com a operação.

“Ele [Sarney] já não usa os serviços da Polícia Legislativa do Senado há muito tempo porque ele não é mais senador. E ele não fez nenhum pedido, a quem quer que seja, para fazer varredura na casa dele. A Polícia Legislativa certamente não fez nenhuma varredura na casa dele nem quando ele era senador. Então a hipótese está descartada”, afirmou advogado.

O advogado, que também faz a defesa de Lobão, afirmou que o senador pediu varreduras para se precaver contra escutas ilegais. “O senador Lobão fez um pedido [à Polícia Legislativa] de uma varredura na casa dele recentemente, mas é plenamente justificável. Na época, havia pessoas como Sérgio Machado, que faz escutas ilegais. Então foi feita uma varredura, mas não foi encontrado nada. Não se pode falar em obstrução. Se tivesse sido encontrado, evidentemente, seria formalmente comunicado [à Justiça]”, declarou Kakay.

Histórico
A polícia legislativa já esteve no centro de uma polêmica com a Polícia Federal por causa da Operação Lava Jato. Em julho de 2015, policiais do Senado tentaram impedir o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no apartamento funcional do senador Fernando Collor (PTC-AL).

Na ocasião, a Polícia Legislativa do Senado e a Advocacia-Geral do Senado disseram que a PF havia descumprido resolução da Casa ao entrar em um apartamento funcional de senador.

Na nota em que explica a operação desta sexta, a PF afirma que, em um dos eventos que evidenciaram a ação da polícia legislativa para "embaraçar" as investigações, o "diretor da Polícia do Senado ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de senador".

Ana Paula Andreolla e Mariana Oliveira
Da TV Globo, em Brasília

Fonte: G1

Presidente do STF e do CNJ está em Mossoró para visita ao presídio federal.

Esta é a primeira vez que a ministra Cármen Lúcia visita 
um presídio federal desde que assumiu a presidência do 
STF e do CNJ, em setembro deste ano 
(Foto: EBC).

21 de OUTUBRO de 2016 - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, desembarcou no Aeroporto Dix-Sept Rosado, em Mossoró, nesta sexta-feira, 21 de outubro. A ministra, acompanhada pelo juiz da 8ª Vara Federal do RN, Orlan Donato Rocha, irá visitar a Penitenciária Federal da cidade.

Esta é a primeira vez que a ministra visita um presídio federal desde que assumiu a presidência do STF e do CNJ, em setembro deste ano. O motivo da visita, porém, não foi divulgado pelos órgãos.

De acordo com matéria publicada pela revista Época, a ministra Cámen Lúcia visitarpa ainda um presídio feminino na cidade de Parnamirim, região metropolitana de Natal, em sua passagem pelo Rio Grande do Norte.

Ana Paula Cardoso

Fonte: Jornal O Mossoroense.

Unicamp desenvolve colírio para evitar e tratar perda de visão em diabéticos.


21 de OUTUBRO de 2016 - Um grupo de pesquisadores das faculdades de Ciências Médicas (FCM) e de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um colírio para a prevenção e combate da degeneração gradativa que ocorre com frequência nos olhos das pessoas com diabetes, a chamada retinopatia diabética.

“A grande vantagem desse achado é o fato de não ser invasivo. Por ser tópico não implica em riscos e cria uma barreira contra as alterações neurodegenerativas que afeta os diabéticos”, explicou a pesquisadora da FCM Jacqueline Mendonça Lopes de Faria.

A cientista disse que a descoberta foi feita a partir de uma pesquisa que já dura cerca de duas décadas. “É consequência de um estudo de 20 anos para entender o mecanismo de ataque das células nervosas e de irrigação sanguínea no tecido ocular.”

Fonte: Blog do Robson Pires.

Justiça de SP proíbe uso de bala de borracha pela polícia em manifestações.


21 de OUTUBRO de 2016 - Decisão do juiz Valentino Aparecido de Andrade, da 10ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, proibiu o uso de balas de borracha contra manifestantes em protestos no estado. A munição menos letal, incluindo também o gás lacrimogênio, só poderá ser usada em condições “excepcionalíssimas – quando o protesto perca, no todo, o caráter pacífico”.

Fonte: Blog do Robson Pires.

Mamografia não aumenta o risco de câncer na tireoide, diz especialista.


21 de OUTUBRO de 2016 - Todo mês de outubro, o movimento Outubro Rosa chama atenção para a realidade atual do câncer de mama e para a importância do diagnóstico precoce pelo mundo. A campanha divulga a importância da luta contra o câncer que mais mata mulheres em todo o mundo.

Neste ano, no entanto, as mulheres foram aterrorizadas por um vídeo enviado via WhatsApp, e que também circula no Facebook, no qual uma mulher não identificada diz que os casos de câncer de tireoide em mulheres estariam aumentando devido à realização de mamografias e radiografias odontológicas. A mesma mulher também critica os profissionais de saúde que fazem esses exames por não oferecerem aos pacientes protetores de chumbo para a garganta, parte do corpo que abriga a glândula tireoide.

Diante da polêmica surgida nas redes sociais e das dúvidas das mulheres se deveriam ou não fazer a mamografia preventiva, o Portal EBC conversou com o médico epidemiologista do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do INCA, Arn Migowski. Para Migowski, a mamografia é um exame muito seguro, mas não deve ser banalizada, sob o risco de favorecer o desenvolvimento de um câncer na mama. O médico também diz as mamografias não aumentam o risco de câncer na tireoide.

Fonte: Blog do Robson Pires.

Ministério da Saúde habilita novos serviços no RN


21 de OUTUBRO de 2016 - O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Rogério Abdalla, assina nesta sexta-feira (21), às 10 horas, portarias de habilitação de novos serviços de saúde para o Rio Grande do Norte, no Centro Administrativo do Estado, em Natal/RN. Os credenciamentos permitirão a destinação de mais recursos para a ampliação dos atendimentos de emergência e hospitalar realizados no estado.

A liberação dos recursos e expansão dos serviços são resultados das medidas de gestão adotadas pelo Ministério da Saúde nos primeiros 100 dias de governo e que levaram a uma economia de R$ 1 bilhão. Esse valor está sendo realocado na melhoria da saúde para a população.

Assinatura de portarias de novos serviços no Rio Grande do Norte
Data: 21 de outubro (sexta-feira)
Horário: 10 horas
Local: Sala de Reunião do GAC, Centro Administrativo do Estado/Governadoria – Avenida Senador Salgado Filho, s/nº – Lagoa Nova, Natal/AL

Fonte: Blog do Robson Pires.

CEARÁ PACÍFICO??? Mais um ônibus é incendiado no Serviluz, após o assassinato de três jovens no fim de semana.

Por volta das 22 horas de ontem, mais um ônibus foi 
atacado e incendiado nas ruas do bairro

20 de OUTUBRO de 2016 - Pela segunda vez em apenas três dias, mais um ônibus é incendiado nas ruas do bairro Serviluz no Grande Mucuripe, na zona Leste de Fortaleza. O fato ocorreu na noite desta terça-feira (18). Por conta disso, na manhã de hoje (19) os coletivos das linhas Parangaba-Mucuripe e Serviluz-Caça e Pesca deixaram de circular nas ruas do bairro. Os motoristas temem novos ataques à qualquer momento.

Os ataques contra coletivos tiveram início no fim de semana após a morte de três moradoras da comunidade da Estiva. As três jovens, identificadas como Cristiane Silva Holanda, 23 anos; Maria Mikaela Guedes Nogueira, 20; e Thaynan Rodrigues de Sousa, 22, foram fuziladas dentro de bar na noite de sábado (15). A Polícia suspeita de um crime de “acerto de contas”. Os assassinos chegaram no local numa Hilux preta. Minutos antes, uma viatura da PM passou pelo local do triplo homicídio, conforme o relato de moradores.

Diante da tripla execução, os moradores passaram a protestar e no dia seguinte, domingo, incendiaram um coletivo na Avenida Vicente de Castro. Na noite desta terça-feira (18), a mesma cena se repetiu. No entanto, Polícia e Bombeiros chegaram rapidamente no local e evitaram a total destruição do coletivo. Logo depois, a PM realizou várias batidas na área e prende um homem armado com um revólver.

Hoje, conforme os moradores, os ônibus deixaram de circular nas ruas do bairro. Quem ali reside e teve que acordar cedo para ir trabalhar teve que seguir a pé até a Avenida Vicente de Castro para apanhar um coletivo. Já as topiques que circulam pelo Serviluz não interromperam as viagens nem alteraram o trajeto.

Nega

Contatada via telefone nesta manhã, a assessoria de Imprensa do Sindicato das Empresas de Ônibus (Sindiônibus) negou a suspensão ou alteração do sistema de transporte coletivo no bairro. Conforme a entidade, suspensão houve sim na última segunda-feira, mas que hoje a situação está normal. Informou, ainda, que o sindicato estuda se há necessidade de interromper a circulação dos “corujões”, os coletivos que trafegam depois das 23 horas.

     
Na manhã de hoje era possível ver melhor os estragos 
causados no coletivo incendiado ontem.

 
Jovens mortas no fim de semana: Cristiane, Thaynan 
e Mikaela (da esquerda para a direita)

Fonte: FR
Fernando Ribeiro

Apresentador Ênio Carlos morre aos 51 anos.


20 de OUTUBRO de 2016 - Faleceu, na tarde desta quinta-feira (20), em decorrência de complicações de um tumor no cérebro, o apresentador e radialista Ênio Carlos. No ar desde a fundação da TV Diário, há 18 anos, Ênio estava afastado dos estúdios por recomendação médica desde fevereiro, quando foi diagnosticado com um tumor cerebral, caracterizando um tipo decâncer.

A equipe de médicos que o acompanhava recomendou o afastamento dos estúdios para que o tratamento tivesse a eficácia necessária e, desde então, ele vinha se tratando com a esperança de que em breve retornaria aos programas de rádio e TV.

Natural de Aracati e casado há 27 anos com Juracéia Soares Viana Pinto, o apresentador deixa 3 filhas: Nicole, de 21 anos; Thamile, de 14 anos e Emilly, de 3 anos.

Em seu programa, Ênio Revelou talentos como Jack Lima e Natália Queiroz, atuais apresentadoras dos programas Forrobodó e o Tudo Por Elas, respectivamente.

'Não sou seu filho, sou sua vítima': o reencontro de jovem com pai que o infectou com HIV


Brryan Jackson hoje dá palestras motivacionais e tem 
uma organização de caridade 
(Foto: Bailey e Kinney )

20 de OUTUBRO de 2016 - Quando o pai de Brryan Jackson injetou uma seringa cheia de sangue com HIV nele quando ainda era bebê, ele esperava nunca ver o menino crescer, como a BBC Brasil noticiou em junho passado.

Ninguém imaginava que, 24 anos depois, ele estaria frente a frente com o filho num tribunal para ouvir sobre os efeitos devastadores de seu crime.

Do outro lado da sala, um prisioneiro aguarda por ele. Eles nunca mais se viram desde que Jackson era criança, mas o homem, Bryan Stewart, é seu pai.É hora do almoço no Departamento de Correições de Missouri, nos Estados Unidos. Nervoso com a situação, Brryan Jackson é retirado da barulhenta sala de espera da prisão, com alarmes e portas de metal, e levado a um silencioso tribunal de paredes brancas.

O filho está ali para ler uma declaração que espera ser suficiente para garantir que o pai fique atrás das grades pelo maior tempo possível.

São palavras que poucos acreditavam que ele teria chance de dizer quando, em 1992, foi diagnosticado com Aids e mandado de volta para casa para morrer.

Com uma única folha de papel em mãos, Jackson se posiciona calmamente ao lado da mãe, a cinco cadeiras de distância do pai. "Tentei olhar sempre para frente. Não queria fazer contato visual com ele", diz Jackson.

Mas ele podia enxergá-lo com a visão lateral, e viu seu rosto por um breve momento.

"Reconheci pela foto de quando foi preso, mas não temos nenhuma ligação. Não o reconheço como meu pai", afirma Jackson.

O conselho de avaliação de pedidos de liberdade condicional chama o rapaz para que ele leia sua declaração em voz alta. Jackson hesita.
Jackson diz que religião fez com que perdoasse o pai, mas 
que não quer encontrá-lo 
(Foto: Arquivo pessoal/Brryan Jackson)

"Naquele momento, me perguntei se estava fazendo a coisa certa, mas minha mãe sempre me ensinou a ser corajoso. Lembrei que Deus estava comigo. Qualquer que fosse o resultado da audiência, Deus é maior do que eu, do que meu pai, do que aquela sala ou mesmo o Departamento de Justiça."

Ele respira fundo, olha fixamente para os membros do conselho e começa a contar sua história.

Trajetória
A trajetória começa quando seus pais se conheceram em um centro militar no Missouri, onde recebiam treinamento como médicos. Eles foram morar juntos e, cinco meses depois, em meados de 1991, a mãe de Jackson ficou grávida.

"Quando nasci, meu pai ficou muito animado, mas tudo mudou quando ele foi mandado para a Operação Tempestade do Deserto (primeira Guerra do Golfo, em 1990-1991). Ele voltou da Arábia Saudita com uma atitude completamente diferente em relação a mim."

Stewart começou a dizer que Jackson não era seu filho. Exigiu um teste de DNA para provar a paternidade e passou a abusar física e verbalmente da mãe de Jackson.

Quando ela finalmente o deixou, o casal brigou sobre a pensão alimentícia do menino, que Stewart se recusava a pagar. Ele fazia ameaças sinistras, segundo Jackson.

"Ele costumava dizer coisas como 'seu filho não viverá além dos cinco anos de idade' e 'quando eu te deixar, não deixarei nenhum laço entre nós para trás'."

Enquanto isso, Stewart havia encontrado um novo emprego trabalhando com exames de sangue em um laboratório. Também tinha começado, em segredo, a coletar amostras de sangue infectado e levá-las para casa, segundo investigadores do caso.

Após voltar de uma missão militar na Arábia Saudita, 
Stewart (ao centro) passou a não reconhecer Jackson 
(à dir.) como seu filho 
(Foto: Arquivo pessoal/Brryan Jackson)

"Ele brincava com os colegas dizendo: 'Se eu quisesse infectar alguém com um destes vírus, a pessoa nunca saberia o que a atingiu'."

Quando Jackson tinha 11 meses de idade, seus pais já não mantinham contato. Isso mudou quando Jackson foi hospitalizado após um ataque de asma.

"Minha mãe ligou para meu pai para avisá-lo, pensando que ele iria querer saber que seu filho estava doente. Quando telefonou, colegas dele disseram a ela que meu pai não tinha filhos."

Crime
No dia em que Jackson receberia alta, Stewart fez uma visita inesperada a ele no hospital.

"Como não era um pai presente, todo mundo estranhou ele aparecer daquela maneira", diz Jackson. "Ele pediu que minha mãe buscasse uma bebida para ele no café para ficar sozinho comigo."

Stewart tirou do bolso uma ampola com sangue infectado com HIV e o injetou no filho. "Ele queria que eu morresse para não pagar a pensão."

Ao voltar, sua mãe encontrou Jackson aos berros no colo do pai. "Meus sinais vitais estavam todos alterados, porque o sangue que ele injetou em mim não tinha só HIV. Era de um tipo incompatível com o meu."

Os médicos ficaram abismados. Sem saber do vírus mortal que corria nas veias do bebê, eles o estabilizaram e o mandaram para casa. Mas, nas semanas seguintes, a mãe de Jackson viu a saúde de seu filho se deteriorar e ficou desesperada por um diagnóstico.

"Ela me levou a vários médicos implorando para que descobrissem por que eu estava à beira da morte", diz Jackson. Por quatro anos, exames não deram pista.

Mesmo sendo uma criança, Jackson sabia que sua situação preocupava. "Lembro de acordar gritando 'mãe, por favor, não me deixe morrer'."

Uma noite, após ter sido examinado para todo tipo possível de doença, seu pediatra acordou de um pesadelo e ligou para o hospital pedindo um teste de HIV.

"Fui diagnosticado com Aids e três infecções oportunistas." Os médicos chegaram à conclusão que ele não sobreviveria e decidiram que o melhor seria levar a vida mais normal possível até o fim. "Eles me deram cinco meses de vida e me mandaram para casa."

No entanto, ele continuou a ser tratado com todo medicamento disponível.


Jackson chegou a ser desenganado pelos médicos, e sua mãe 
(na foto) o levou para casa para morrer 
(Foto: Arquivo pessoal)

Sobrevivendo
Ele diz ter vivido "um dia de cada vez" por toda a infância. Permanecer vivo era como andar na corda bamba. "Um dia, eu estava bem e, na hora seguinte, estava sendo levado às pressas para o hospital por mais uma infecção."

Por causa da medicação, teve a audição do ouvido esquerdo afetada. Mas enquanto outras crianças que conhecia no hospital não resistiam, ele viu sua saúde melhorar aos poucos, para surpresa dos médicos.

Em dado momento, foi liberado para voltar à escola e começou a ter aulas em meio período, sempre acompanhado por uma mochila repleta de remédios.

Simpático e amigável, ele não tinha consciência do estigma social em torno de sua doença. "Minha escola não me queria lá. Eles tinham medo. Nos anos 1990, as pessoas pensavam que você podia contrair Aids de um assento de privada. Uma vez li em um livro-texto que era possível se infectar por contato visual."

O medo, conta ele, não costumava partir das crianças, mas dos pais delas. Jackson não era convidado para festas de aniversário - na verdade, nem sequer sua meia-irmã era chamada. Mas, ao ficarem mais velhas, as crianças passaram a reproduzir o preconceito dos pais.

"Eles me chamavam de 'menino Aids, menino gay'. Foi quando comecei a me sentir isolado e solitário. Parecia não haver um lugar no mundo para mim."

Aos 10 anos, ele começou juntar as peças da história do crime cometido por seu pai, mas levou alguns anos para compreender a dimensão daquele ato.

"No início fiquei bravo e amargo. Cresci assistindo filmes em que os pais celebravam os filhos. Não conseguia entender como meu pai tinha feito aquilo comigo", diz Jackson.

"Ele não apenas tentou me matar, ele mudou minha vida para sempre. Ele foi responsável por toda perseguição que sofri, por todos os anos no hospital. Ele é a razão pela qual preciso ter tanto cuidado com minha saúde e com tudo que faço."

Superação
Aos 13 anos, estudando a Bíblia sozinho no quarto, ele encontrou sua fé, o que o permitiu perdoar o pai. "Perdão não é algo fácil, mas não quero me rebaixar ao nível dele."

Apesar de ter nascido como Bryan Stewart Jr., no ano passado, ele acrescentou um segundo "R" ao seu nome e adotou o sobrenome da mãe. "Isso ajudou a proteger minha identidade", diz Jackson.

"Também me deu a oportunidade de dizer que não tenho qualquer ligação com Bryan Stewart. Sou vítima de seus crimes."


Jackson percorre os EUA como palestrante motivacional 
(Foto: Arquivo pessoal/Brryan Jackson)

"Na audiência, ele continuava a me chamar de filho. Tentei levantar a mão para pedir que ele se referisse a mim como sua vítima. Pensei: 'Eu já fui seu filho em algum momento? Eu era seu filho quando você injetou HIV de próposito em mim?'."

Mesmo nos piores momentos no hospital, Jackson mantinha o bom humor e fazia as enfermeiras rirem com imitações do personagem de cinema Forrest Gump.

"Sempre fiz piadas. Gosto de brincar com o que é vida de alguém HIV positivo ou de quem não tem boa audição ou não tem pai. Se não tivesse começado a fazer palestras motivacionais, teria me tornado um comediante", diz Jackson.

"As pessoas ficam confusas. Elas pensam que meu humor é uma forma de lidar com a situação, mas acredito que, se você tem a capacidade de rir de uma tragédia e das coisas ruins da vida, isso te empodera."

Em julho, Jackson recebeu uma carta do Departamento de Correições do Missouri informando que a liberdade condicional de seu pai havia sido negada pelos próximos cinco anos, com base na audiência.

"Tudo que pude fazer no tribunal foi ler minha declaração e rezar para que a Justiça fosse feita. Mas ter um veredito é algo muito poderoso", afirma.

"Houve um tempo em que acordava de pesadelos com medo de que ele voltasse para terminar o trabalho. Posso tê-lo perdoado, mas, ainda assim, acho que ele tem que pagar pelo que fez."

Ainda que seu pai argumente que sofria de transtorno de estresse pós-traumático após sua temporada na Arábia Saudita, Jackson não está convencido disso - diz que o pai era da reserva da Marinha e nunca entrou em combate.

Futuro
Enquanto isso, continua a superar expectativas médicas.

"Sou mais saudável do que um cavalo. Minha contagem de células T (do sistema imunológico) está acima da média. Isso faz com que praticamente não tenha chances de transmitir o vírus. Tomava 23 comprimidos. Hoje só tomo um, e meu status de HIV é 'indetectável'", diz ele, com sorriso no rosto.

"Mas ainda tenho HIV. Uma vez diagnosticado, para sempre diagnosticado."

Hoje, Jackson se ocupa com a carreira de palestrante e em sua organização de caridade, a Hope Is Vital (Esperança É Vital, em inglês), que busca conscientizar o público sobre o HIV. Mas sempre encontra tempo para sonhar com a paternidade.

Cita a técnica conhecida como "lavagem de esperma", que separa os espermatozoides do fluido seminal e permite que pais soropositivos tenham filhos sem infectar as parceiras. A inseminação é artificial.

"Amaria ter filhos. Ser pai é algo que está traçado no meu destino. Quero apoiar e torcer por eles, mostrar que sempre estarei ao lado deles para protegê-los. E que coisas ruins podem fazer com que coisas incríveis se tornem realidade."

Lucy Hancock
Da BBC World Service

Vaga gera polêmica ao exigir 'olhos claros', 'nariz fino' e 'cabelo liso'


Anúncio para mulheres exige candidatas com nariz fino, 
altas e bonitas 
(Foto: Reprodução / Facebook)


20 de OUTUBRO de 2016 - Um anúncio de vagas para promotoras de eventos causou polêmica ao ser postado na página da Unicamp, em Campinas (SP), no Facebook. O texto ressalta "exigências" que as candidatas precisam ter, como "cabelo longo e liso, bonita, magra, nariz fino, alta e de preferência com olhos claros".

A postagem foi feita na noite desta quarta-feira (19) e gerou manifestações entre estudantes da universidade na rede social, principalmente em relação ao racismo. Nesta quinta (20) o anúncio já havia sido retirado da página. Para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unicamp, a publicação foi racista.

"Nosso posicionamento é de repúdio. A gente acredita que isso contribui para perpetuar o racismo, inclusive a gente tem ele muito presente na universidade", afirma o coordenador do DCE, Guilherme Montenegro, de 20 anos, aluno da faculdade de geografia.

"Profunda ofensa. Eu me senti ofendida por mim, pelo meu pai que é negro e me deu um cabelo crespo, boca larga e nariz grosso"
Júlia Queiroz, aluna da Faculdade de 
Matemática da Unicamp


O G1 fez contato com o dono da postagem pela rede social, mas não teve retorno.

R$ 700 por noite
A restrita oportunidade de trabalho é para um evento de quatro dias, entre 22 e 25 de outubro, com o cachê de R$ 700 por noite, segundo o anúncio. O trabalho vai das 19h até a meia-noite.

A oferta de emprego é para maiores de 18 anos.

'Vergonha'
Entre os comentários, alguns relacionavam as exigências do anúncio para promotoras de eventos com "barbies". A estudante do curso de matemática da Unicamp Júlia Queiroz, de 19 anos, se manifestou pouco depois da publicação, com um post semelhante ao anúncio, criticando pessoas que colocam textos como este.

"Estou contratando gente para parar de passar vergonha no grupo da Unicamp. (...) Exigências: Maiores de 18 anos que queiram divulgar posts ou ofertas de emprego machistas, racistas ou preconceituosas e ofensivas no geral", diz a postagem.


Aluna da Unicamp faz postagem em repúdio a anúncio 
de emprego racista 
(Foto: Reprodução / Facebook)

O G1 conversou com a estudante, que se sentiu ofendida com o anúncio por descrever uma mulher como se fosse um objeto com especificações exatas e incomuns.

"Profunda ofensa. Eu me senti ofendida por mim, pelo meu pai que é negro e me deu um cabelo crespo, boca larga e nariz grosso, e por todas as outras mulheres que se encaixassem ou não no padrão (...) A vontade era de escrever textão, mas eu preferi denunciar o post e colocar o meu repúdio em forma de sátira", revolta-se.

Velhos padrões
O coordenador do DCE criticou de forma geral os padrões estipulados na publicidade. "É um padrão racista que exclui as pessoas negras desse espaço, e esse anúncio é sintomático disso", afirma Montenegro.

Ele lembra que há mais brancos do que negros na universidade. "A maioria das pessoas que conseguem entrar na universidade não são negras, são brancas. A gente consegue enxergar as marcas disso inclusive no quadro de alunos", completa.

Patrícia Teixeira
Do G1 Campinas e Região