Escola Estadual Marquês de São Vicente, em Santos, litoral
de São Paulo (Foto: João Paulo de Castro/G1)
O G1 entrou em contato com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Em nota, a Diretoria Regional de Ensino de Santos afirma que lamenta o ocorrido e informa que irá averiguar o fato junto à direção da E.E. Marquês de São Vicente.
A administração regional diz ainda que se mantém à disposição dos familiares do estudante e esclarece que, caso seja constatada negligência, todas as medidas necessárias serão adotadas. A diretoria finaliza informando que a unidade de ensino desenvolve ações preventivas e de combate a conflitos, e que o trabalho será reforçado junto aos estudantes.
Ivair Vieira Jr
27 de FEVEREIRO 2017 - Um aluno da Escola Estadual Marquês de São Vicente, em Santos, no litoral de São Paulo, teve o tímpano rompido após levar dois socos na cabeça de uma colega de classe, com a qual ele teria tido um relacionamento amoroso no ano passado. A agressão ocorreu na sala de aula. A mãe do adolescente acusa a diretoria da unidade de negligência e de tentar "abafar" o caso.
Segundo a mãe do jovem, que é técnica de Enfermagem e prefere não ser identificada, o filho estava sentado em sua cadeira, durante uma aula de Química do 2º ano do Ensino Médio, quando a agressora levantou e desferiu dois socos em sua cabeça, de surpresa e sem qualquer explicação. Imediatamente, o ouvido dele começou a sangrar.
Ainda de acordo com a mãe, a menina teria 'ficado' com o filho no fim do ano passado e o relacionamento teria gerado problemas na escola, já que ela namorava com outro rapaz na época. Após a agressão, a diretoria da escola teria chamado os dois em uma sala e, em seguida, acionado a mãe da aluna e os avós maternos do jovem, em vez dos pais dele. Ao casal, teria sido explicado que ele havia apenas passado mal. Para a liberação do aluno, a avó assinou um livro, a pedido da diretoria. Em nenhum momento foi solicitado atendimento médico.
Segundo a mãe do jovem, que é técnica de Enfermagem e prefere não ser identificada, o filho estava sentado em sua cadeira, durante uma aula de Química do 2º ano do Ensino Médio, quando a agressora levantou e desferiu dois socos em sua cabeça, de surpresa e sem qualquer explicação. Imediatamente, o ouvido dele começou a sangrar.
Ainda de acordo com a mãe, a menina teria 'ficado' com o filho no fim do ano passado e o relacionamento teria gerado problemas na escola, já que ela namorava com outro rapaz na época. Após a agressão, a diretoria da escola teria chamado os dois em uma sala e, em seguida, acionado a mãe da aluna e os avós maternos do jovem, em vez dos pais dele. Ao casal, teria sido explicado que ele havia apenas passado mal. Para a liberação do aluno, a avó assinou um livro, a pedido da diretoria. Em nenhum momento foi solicitado atendimento médico.
Exame realizado em hospital de Santos apontou ruptura
de tímpano (Foto: G1)
A técnica de Enfermagem explica ainda que quando soube do que ocorreu, foi imediatamente à escola, e que a diretora do local contou uma história diferente do que foi falado aos pais dela. "Minha mãe disse que jamais teria saído da escola com meu filho se a diretora tivesse contado a verdade para eles. Eles achavam que ele tinha passado mal por causa do calor", lembra.
A mãe levou o filho a um médico em Santos e, posteriormente, foi com ele a um otorrinolaringologista na Capital, onde foram feitos exames e foi constatada a ruptura do tímpano. Ela ainda registrou um boletim de ocorrência no 7º Distrito Policial de Santos e acionou a Ouvidoria do Estado. O jovem passará por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Santos nesta semana.
A técnica de Enfermagem está indignada e cogita acionar a Justiça contra a escola para que esse tipo de caso não se repita. "Eles não chamaram uma ambulância, não avisaram os pais, não chamaram a polícia e ainda tentaram esconder o caso. Eles tinham que chamar a mim ou ao meu marido, não os meus pais, que são idosos. A diretora disse para mim que se isso vazasse poderia denegrir a imagem da escola. É um absurdo. Eu não estou tendo assistência nenhuma, ninguém me liga para saber como ele está. O que eu quero é que não fique por isso mesmo, para que não volte a acontecer com outras pessoas", desabafa.
Resposta
A técnica de Enfermagem explica ainda que quando soube do que ocorreu, foi imediatamente à escola, e que a diretora do local contou uma história diferente do que foi falado aos pais dela. "Minha mãe disse que jamais teria saído da escola com meu filho se a diretora tivesse contado a verdade para eles. Eles achavam que ele tinha passado mal por causa do calor", lembra.
A mãe levou o filho a um médico em Santos e, posteriormente, foi com ele a um otorrinolaringologista na Capital, onde foram feitos exames e foi constatada a ruptura do tímpano. Ela ainda registrou um boletim de ocorrência no 7º Distrito Policial de Santos e acionou a Ouvidoria do Estado. O jovem passará por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Santos nesta semana.
A técnica de Enfermagem está indignada e cogita acionar a Justiça contra a escola para que esse tipo de caso não se repita. "Eles não chamaram uma ambulância, não avisaram os pais, não chamaram a polícia e ainda tentaram esconder o caso. Eles tinham que chamar a mim ou ao meu marido, não os meus pais, que são idosos. A diretora disse para mim que se isso vazasse poderia denegrir a imagem da escola. É um absurdo. Eu não estou tendo assistência nenhuma, ninguém me liga para saber como ele está. O que eu quero é que não fique por isso mesmo, para que não volte a acontecer com outras pessoas", desabafa.
Resposta
O G1 entrou em contato com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Em nota, a Diretoria Regional de Ensino de Santos afirma que lamenta o ocorrido e informa que irá averiguar o fato junto à direção da E.E. Marquês de São Vicente.
A administração regional diz ainda que se mantém à disposição dos familiares do estudante e esclarece que, caso seja constatada negligência, todas as medidas necessárias serão adotadas. A diretoria finaliza informando que a unidade de ensino desenvolve ações preventivas e de combate a conflitos, e que o trabalho será reforçado junto aos estudantes.
Ivair Vieira Jr
Do G1 Santos