Premiê britânica, Theresa May, visitou local onde van atropelou grupo de muçulmanos, em Londres, na madrugada desta segunda-feira (19) (Foto: Alastair Grant/ AP)
19 de JUNHO 2017 - A primeira-ministra, Theresa May, referiu-se ao atropelamento que terminou com uma pessoa morta e dez feridas perto de uma mesquita em Londres como atentado terrorista. Na madrugada desta segunda-feira (19), um homem jogou uma van sobre um grupo de muçulmanos em Finsbury Park, no norte da cidade. O homem foi contido pela população e preso em seguida.
May afirmou que o suspeito, de 48 anos, que não teve a identidade divulgada, atuou sozinho. "Esta manhã, nosso país acordou com notícias de outro ataque terrorista nas ruas da nossa capital: o segundo deste mês e tão doentio quanto aqueles que vieram antes", disse ela, segundo a Reuters. "Mais uma vez, o agressor visou inocentes em seu dia a dia".
May lembrou que o vínculo entre os quatro países do Reino Unido se baseia na liberdade de expressão, de discurso e religiosa. “Nesta manhã, vimos uma tentativa doentia de destruir essas liberdades e quebrar esses laços de cidadania que definem o nosso Reino Unido.”
O motorista jogou o carro sobre fiéis que deixavam uma mesquita à 0h20 (horário local, 20h20 de domingo em Brasília). Durante o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, os fiéis jejuam do alvorecer até o anoitecer e costumam rezar até a madrugada.
Polícia isolou área do atropelamento em Londres, na madrugada desta segunda-feira (19) (Foto: REUTERS/Neil Hall)
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O suspeito foi levado para um hospital para uma avaliação de saúde mental. Uma testemunha disse à BBC que o agressor afirmou que queria "matar todos os muçulmanos".
A polícia investiga o que teria levado o homem a praticar o ataque. "Estamos mantendo a mente aberta. A ação está sendo tratada como um ataque terrorista e o Comando contra o Terrorismo está investigando", disse Neil Basu, o coordenador da polícia antiterrorismo, segundo a rede americana CNN.
Homem foi detido após atropelamento perto de mesquita em Londres, na madrugada desta segunda-feira (19) (Foto: Reprodução de vídeo publicado em redes sociais/ BBC)
Morte investigada
A Scotland Yard ainda tenta explicar se a morte está diretamente vinculada ao atentado, pois essa pessoa já recebia primeiros-socorros quando o veículo atropelou os pedestres.
"O ataque ocorreu quando o homem já estava recebendo primeiros socorros no local. Infelizmente esse homem morreu. Qualquer ligação causal entre sua morte e o ataque fará parte da investigação. Mas é muito cedo para dizer se a sua morte foi resultado desse ataque", afirmou Basu.
Muro concentra homenagens às vítimas do incêndio em Londres perto do local da tragédia, em North Kensington (Foto: Reuters/Marko Djurica)
Dos dez feridos, dois foram atendidos no local com ferimentos leves e oito foram hospitalizados. Dois estão internados em estado grave, segundo a polícia. Todas as vítimas são muçulmanas.
Islamofobia
O conselho muçulmano britânico (Muslim Council of Britain, em inglês) emitiu um comunicado em que "aparentemente, segundo relatos de testemunhas, o autor foi motivado por islamofobia".
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Segundo o documento, assinado pelo secretário-geral do conselho, Harun Khan, "nas últimas semanas e meses, muçulmanos enfrentaram muitos incidentes de islamofobia, e esta foi a manifestação mais violenta até o momento".
O grupo alerta sobre o fim do mês do Ramadã para pedir que "as autoridades aumentem a segurança do lado de fora das mesquitas urgentemente".
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, afirmou que policiamento extra será enviado para proteger comunidades e que o atropelamento de Finsbury Park foi um ataque nos valores de tolerância, liberdade e respeito. Sadiq Khan, que é muçulmano, chamou o atropelamento "terrível ataque terrorista".
Homens oram após motorista atropelar pessoas em frente a mesquita em Finsbury Park, no norte de Londres (Foto: Neil Hall/Reuters)
Ataques recentes
O Reino Unido enfrentou uma série de ataques terroristas recentemente. No mês passado, uma explosão de bomba deixou 22 mortos e dezenas de feridos na saída de show da cantora Ariana Grande, na cidade de Manchester.
No início deste mês, outro ataque terrorista deixou dez mortos, entre eles sete vítimas e três suspeitos, que usaram uma van para atropelar pedestres na London Bridge e depois armas brancas para esfaquear pessoas no Borough Market.
Premiê-britânica, Theresa May, condenou ataque em Londres nesta segunda-feira (19) (Foto: Stefan Wermuth/ Reuters)
LONDRES REINO UNIDO
Por G1
19 de JUNHO 2017 - A primeira-ministra, Theresa May, referiu-se ao atropelamento que terminou com uma pessoa morta e dez feridas perto de uma mesquita em Londres como atentado terrorista. Na madrugada desta segunda-feira (19), um homem jogou uma van sobre um grupo de muçulmanos em Finsbury Park, no norte da cidade. O homem foi contido pela população e preso em seguida.
May afirmou que o suspeito, de 48 anos, que não teve a identidade divulgada, atuou sozinho. "Esta manhã, nosso país acordou com notícias de outro ataque terrorista nas ruas da nossa capital: o segundo deste mês e tão doentio quanto aqueles que vieram antes", disse ela, segundo a Reuters. "Mais uma vez, o agressor visou inocentes em seu dia a dia".
May lembrou que o vínculo entre os quatro países do Reino Unido se baseia na liberdade de expressão, de discurso e religiosa. “Nesta manhã, vimos uma tentativa doentia de destruir essas liberdades e quebrar esses laços de cidadania que definem o nosso Reino Unido.”
O motorista jogou o carro sobre fiéis que deixavam uma mesquita à 0h20 (horário local, 20h20 de domingo em Brasília). Durante o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, os fiéis jejuam do alvorecer até o anoitecer e costumam rezar até a madrugada.
Polícia isolou área do atropelamento em Londres, na madrugada desta segunda-feira (19) (Foto: REUTERS/Neil Hall)
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O suspeito foi levado para um hospital para uma avaliação de saúde mental. Uma testemunha disse à BBC que o agressor afirmou que queria "matar todos os muçulmanos".
A polícia investiga o que teria levado o homem a praticar o ataque. "Estamos mantendo a mente aberta. A ação está sendo tratada como um ataque terrorista e o Comando contra o Terrorismo está investigando", disse Neil Basu, o coordenador da polícia antiterrorismo, segundo a rede americana CNN.
Homem foi detido após atropelamento perto de mesquita em Londres, na madrugada desta segunda-feira (19) (Foto: Reprodução de vídeo publicado em redes sociais/ BBC)
A Scotland Yard ainda tenta explicar se a morte está diretamente vinculada ao atentado, pois essa pessoa já recebia primeiros-socorros quando o veículo atropelou os pedestres.
"O ataque ocorreu quando o homem já estava recebendo primeiros socorros no local. Infelizmente esse homem morreu. Qualquer ligação causal entre sua morte e o ataque fará parte da investigação. Mas é muito cedo para dizer se a sua morte foi resultado desse ataque", afirmou Basu.
Muro concentra homenagens às vítimas do incêndio em Londres perto do local da tragédia, em North Kensington (Foto: Reuters/Marko Djurica)
Islamofobia
O conselho muçulmano britânico (Muslim Council of Britain, em inglês) emitiu um comunicado em que "aparentemente, segundo relatos de testemunhas, o autor foi motivado por islamofobia".
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O grupo alerta sobre o fim do mês do Ramadã para pedir que "as autoridades aumentem a segurança do lado de fora das mesquitas urgentemente".
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, afirmou que policiamento extra será enviado para proteger comunidades e que o atropelamento de Finsbury Park foi um ataque nos valores de tolerância, liberdade e respeito. Sadiq Khan, que é muçulmano, chamou o atropelamento "terrível ataque terrorista".
Homens oram após motorista atropelar pessoas em frente a mesquita em Finsbury Park, no norte de Londres (Foto: Neil Hall/Reuters)
O Reino Unido enfrentou uma série de ataques terroristas recentemente. No mês passado, uma explosão de bomba deixou 22 mortos e dezenas de feridos na saída de show da cantora Ariana Grande, na cidade de Manchester.
No início deste mês, outro ataque terrorista deixou dez mortos, entre eles sete vítimas e três suspeitos, que usaram uma van para atropelar pedestres na London Bridge e depois armas brancas para esfaquear pessoas no Borough Market.
Premiê-britânica, Theresa May, condenou ataque em Londres nesta segunda-feira (19) (Foto: Stefan Wermuth/ Reuters)