CHICO FILHO DA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE MARTINS(ALAM) E COMUNICADOR DA MINHA VIDA FM, LANÇA O SEU 2º LIVRO.
O Livro "O PRAZER NA LOUCURA DE PENSAR", já está esperando por você que aprecia uma boa leitura. Este livro é o 2º da autoria do Chico Filho da Minha Vida FM de Martins. O Chico Filho é membro da Academia de Letras e Artes de Martins(ALAM). Adquira o seu "O PRAZER NA LOUCURA DE PENSAR", através do Whatsapp: (84) 9 8889-1909 ou aos domingos, na Minha Vida FM, durante o programa Brega Total.
PARO, REFLITO, ESCREVO E PUBLICO...
Não podemos esquecer; que Advogados, Policiais Federais; pessoas falando fluentemente o inglês, o espanhol, o francês e tantos outros idiomas; temos aos milhares no Brasil. Só que pra ocupar um cargo tão importante e complexo como é o de Embaixador, essas qualificações acima citadas, são importantes, mas ainda são ínfimas para um Embaixador. Não estou aqui na posição de politiqueiro, até porque abomino a politicagem; mas como Brasileiro que sou, e por entender da importância que tem um Embaixador e outros cargos constituídos, me preocupo com o meu Brasil. Ainda digo: "Para se ocupar um cargo e exercê-lo bem, além de qualificações é primordial que se tenha qualidades".
Chico Filho.
Chico Filho.
O valor de Alan Turing
Imagem da nova nota de £ 50 com o matemático Alan Turing, divulgada pelo Banco da Inglaterra, — Foto: Reprodução
16 de JULHO 2019 - A escolha do matemático Alan Mathison Turing para figurar na nova nota de £ 50, com circulação prevista para 2021, é um sinal eloquente da transformação da opinião pública em relação aos homossexuais. Turing foi escolhido oficialmente pelo valor de suas descobertas científicas – sem elas, você não poderia ler este texto, pois não haveria nem computador nem internet. Mas não há como negar a influência de sua tragédia pessoal na escolha.
A equipe e a máquina que montou em Bletchley Park, perto de Londres, quebraram os códigos secretos usados para comunicação pelos alemães na Segunda Guerra e foram essenciais para a vitória dos Aliados. Depois da guerra, foi preso por ser gay e submetido a castração química. Até hoje não há consenso sobre sua morte, provável suicídio cometido aos 41 anos, comendo uma maçã envenenada.
Não fosse essa história dramática – sua contribuição para a vitória aliada foi mantida em segredo até o final dos anos 1970 –, Turing dificilmente teria sido o nome escolhido pelo presidente do Banco da Inglaterra na lista de 12 cientistas, selecionada a partir de 228 mil indicações do público (havia nela os físicos Paul Dirac, Ernest Rutherford e James Maxwell, a geneticista Rosalind Franklin, o cosmologista Stephen Hawking e também dois outros visionários da computação, Charles Babbage e Ada Lovelace).
Desde 1987, quando foi montada na Broadway a peça Breaking the code(Quebrando o código, jogo de palavras com os códigos secretos dos alemães e os códigos sociais), de Hugh Whitemore, Turing deixou de ser um nome conhecido apenas nos departamentos de matemática e computação para se tornar um ícone do movimento gay americano. De lá até O jogo da imitação, blockbuster com Benedict Cumberbatch lançado em 2014 e vencedor de um Oscar, sua fama só fez crescer.
As narrativas biográficas sobre Turing enfatizam seu papel em Bletchley Park, onde criou um dos primeiros computadores com função específica, conhecido como Bombe. Com base nas interceptações de rádio, que sempre iniciavam com horário e temperatura, permitia decifrar os códigos diários alimentados nas máquinas Enigma, que os nazistas usavam para se comunicar.
A partir daí, os aliados conheciam com perfeição os movimentos dos submarinos alemães e protegiam os comboios que abasteciam as ilhas britânicas vindos dos Estados Unidos pelo Atlântico. Não era incomum evitarem agir com base na inteligência obtida, para que os nazistas não descobrissem que os códigos haviam sido quebrados.
A importância histórica de Turing vai além de ter sido essencial para a derrota dos nazistas. Antes de Bletchley Park, ele já era reconhecido como um dos maiores matemáticos de sua geração. Sua principal criação, conhecida como Máquina de Turing, é tão simples que pode ser descrita e compreendida por qualquer um.
Trata-se de uma máquina abstrata com uma fita de papel infinita, girando em torno de um cabeçote. Pode andar para frente, para trás e, ao parar, o lápis no cabeçote pode ou não anotar um traço na fita. Turing mostrou que tal máquina é capaz de realizar qualquer cálculo matemático que possa ser descrito como uma série de passos sequenciais, tecnicamente chamada de “algoritmo” (eis o sentido original da palavra!). Demonstrou também que não há método capaz de dizer se, alimentada com um algoritmo qualquer, a máquina parará.
A demonstração de Turing, de 1936, era equivalente a um resultado antes obtido pelo lógico alemão Kurt Gödel. Mas era bem mais simples. O raciocínio com base em algoritmos teve impacto profundo nos estudos de lógica e filosofia. A maior consequência prática foi ter inspirado outro matemático, o húngaro John Von Neumann, a formular o modelo que originaria todos os computadores, conhecido como “arquitetura de Von Neumann”.
Durante a guerra, Turing voltou aos Estados Unidos (onde já estudara entre 1936 e 1938) e se encontrou com Von Neumann, àquela altura consultor da equipe que desenvolvia aquele que se tornaria o primeiro computador digital, conhecido pela sigla Eniac. Depois da guerra, Turing se envolveu em projeto semelhante no Reino Unido. Os dois são considerados os pais da ciência da computação. Desde 1966, Turing dá nome ao maior prêmio da área, considerado um equivalente do Nobel.
Turing criou ainda um teste para definir se uma máquina é dotada de inteligência: responder a perguntas aleatórias, de modo a conseguir se passar por um ser humano. Ainda que sujeito a críticas e burlas, o Teste de Turing é um critério adotado até hoje em pesquisas no ramo que se convencionou chamar de “inteligência artificial”.
Em 2013, a rainha Elizabeth II concedeu-lhe perdão oficial pelas ofensas que haviam levado a sua condenação por práticas homossexuais, crime no Reino Unido até 1967. De acordo com o Human Dignity Trust, ainda há leis anti-LGBT em 72 países. Em 13 deles, gays podem ser condenados à morte (pena nem sempre aplicada). A consagração de Turing prova que muito já mudou no respeito aos direitos dos homossexuais – a realidade, que ainda há muito a mudar.
Por Helio Gurovitz
Diretor de redação da revista Época por 9 anos, tem um olhar único sobre o noticiário. Vai ajudar você a entender melhor o Brasil e o mundo. Sem provincianismo
16 de JULHO 2019 - A escolha do matemático Alan Mathison Turing para figurar na nova nota de £ 50, com circulação prevista para 2021, é um sinal eloquente da transformação da opinião pública em relação aos homossexuais. Turing foi escolhido oficialmente pelo valor de suas descobertas científicas – sem elas, você não poderia ler este texto, pois não haveria nem computador nem internet. Mas não há como negar a influência de sua tragédia pessoal na escolha.
A equipe e a máquina que montou em Bletchley Park, perto de Londres, quebraram os códigos secretos usados para comunicação pelos alemães na Segunda Guerra e foram essenciais para a vitória dos Aliados. Depois da guerra, foi preso por ser gay e submetido a castração química. Até hoje não há consenso sobre sua morte, provável suicídio cometido aos 41 anos, comendo uma maçã envenenada.
Não fosse essa história dramática – sua contribuição para a vitória aliada foi mantida em segredo até o final dos anos 1970 –, Turing dificilmente teria sido o nome escolhido pelo presidente do Banco da Inglaterra na lista de 12 cientistas, selecionada a partir de 228 mil indicações do público (havia nela os físicos Paul Dirac, Ernest Rutherford e James Maxwell, a geneticista Rosalind Franklin, o cosmologista Stephen Hawking e também dois outros visionários da computação, Charles Babbage e Ada Lovelace).
Desde 1987, quando foi montada na Broadway a peça Breaking the code(Quebrando o código, jogo de palavras com os códigos secretos dos alemães e os códigos sociais), de Hugh Whitemore, Turing deixou de ser um nome conhecido apenas nos departamentos de matemática e computação para se tornar um ícone do movimento gay americano. De lá até O jogo da imitação, blockbuster com Benedict Cumberbatch lançado em 2014 e vencedor de um Oscar, sua fama só fez crescer.
As narrativas biográficas sobre Turing enfatizam seu papel em Bletchley Park, onde criou um dos primeiros computadores com função específica, conhecido como Bombe. Com base nas interceptações de rádio, que sempre iniciavam com horário e temperatura, permitia decifrar os códigos diários alimentados nas máquinas Enigma, que os nazistas usavam para se comunicar.
A partir daí, os aliados conheciam com perfeição os movimentos dos submarinos alemães e protegiam os comboios que abasteciam as ilhas britânicas vindos dos Estados Unidos pelo Atlântico. Não era incomum evitarem agir com base na inteligência obtida, para que os nazistas não descobrissem que os códigos haviam sido quebrados.
A importância histórica de Turing vai além de ter sido essencial para a derrota dos nazistas. Antes de Bletchley Park, ele já era reconhecido como um dos maiores matemáticos de sua geração. Sua principal criação, conhecida como Máquina de Turing, é tão simples que pode ser descrita e compreendida por qualquer um.
Trata-se de uma máquina abstrata com uma fita de papel infinita, girando em torno de um cabeçote. Pode andar para frente, para trás e, ao parar, o lápis no cabeçote pode ou não anotar um traço na fita. Turing mostrou que tal máquina é capaz de realizar qualquer cálculo matemático que possa ser descrito como uma série de passos sequenciais, tecnicamente chamada de “algoritmo” (eis o sentido original da palavra!). Demonstrou também que não há método capaz de dizer se, alimentada com um algoritmo qualquer, a máquina parará.
A demonstração de Turing, de 1936, era equivalente a um resultado antes obtido pelo lógico alemão Kurt Gödel. Mas era bem mais simples. O raciocínio com base em algoritmos teve impacto profundo nos estudos de lógica e filosofia. A maior consequência prática foi ter inspirado outro matemático, o húngaro John Von Neumann, a formular o modelo que originaria todos os computadores, conhecido como “arquitetura de Von Neumann”.
Durante a guerra, Turing voltou aos Estados Unidos (onde já estudara entre 1936 e 1938) e se encontrou com Von Neumann, àquela altura consultor da equipe que desenvolvia aquele que se tornaria o primeiro computador digital, conhecido pela sigla Eniac. Depois da guerra, Turing se envolveu em projeto semelhante no Reino Unido. Os dois são considerados os pais da ciência da computação. Desde 1966, Turing dá nome ao maior prêmio da área, considerado um equivalente do Nobel.
Turing criou ainda um teste para definir se uma máquina é dotada de inteligência: responder a perguntas aleatórias, de modo a conseguir se passar por um ser humano. Ainda que sujeito a críticas e burlas, o Teste de Turing é um critério adotado até hoje em pesquisas no ramo que se convencionou chamar de “inteligência artificial”.
Em 2013, a rainha Elizabeth II concedeu-lhe perdão oficial pelas ofensas que haviam levado a sua condenação por práticas homossexuais, crime no Reino Unido até 1967. De acordo com o Human Dignity Trust, ainda há leis anti-LGBT em 72 países. Em 13 deles, gays podem ser condenados à morte (pena nem sempre aplicada). A consagração de Turing prova que muito já mudou no respeito aos direitos dos homossexuais – a realidade, que ainda há muito a mudar.
Por Helio Gurovitz
Diretor de redação da revista Época por 9 anos, tem um olhar único sobre o noticiário. Vai ajudar você a entender melhor o Brasil e o mundo. Sem provincianismo
— Foto: Arte/G1
PGR confirma saída do coordenador do grupo de trabalho da operação Lava Jato
O procurador José Alfredo de Paula que deixou a
coordenação da operação Lava Jato na PGR — Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
16 de JULHO 2019 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou nesta terça-feira (16) que o procurador José Alfredo de Paula deixou o cargo de coordenador do grupo de trabalho da operação Lava Jato na PGR.
A saída foi formalizada na última sexta-feira (12) e, segundo a assessoria da PGR, por motivos pessoais. O procurador está de férias e não voltará mais ao cargo. A informação foi antecipada pelo jornal "O Globo".
16 de JULHO 2019 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou nesta terça-feira (16) que o procurador José Alfredo de Paula deixou o cargo de coordenador do grupo de trabalho da operação Lava Jato na PGR.
A saída foi formalizada na última sexta-feira (12) e, segundo a assessoria da PGR, por motivos pessoais. O procurador está de férias e não voltará mais ao cargo. A informação foi antecipada pelo jornal "O Globo".
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
durante palestra no STF, em junho deste ano — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ritmo da investigações
Interlocutores confirmaram à TV Globo que ele estava insatisfeito com o ritmo de investigações na gestão de Raquel Dodge na procuradoria.
O caso da delação do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, seria um exemplo. Segundo investigadores, José Alfredo reclamava da demora da procuradora-geral em enviar a colaboração para homologação pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Investigadores dizem que os depoimentos já estão concluídosdesde fevereiro e que até agora Dodge não os enviou ao STF para validação.
Interlocutores dizem também que José Alfredo de Paula considerou que Dodge foi omissa no episódio das mensagens atribuídas a procuradores da Lava Jato e não saiu em defesa de sua equipe e nem da operação.
No início de junho deste ano, o site The Intercept divulgou trechos de mensagens atribuídas a procuradores da força-tarefa da Lava Jatoem Curitiba e ao então juiz federal Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública. As mensagens foram extraídas do aplicativo Telegram.
O site disse que procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, trocaram mensagens com Moro sobre alguns assuntos investigados.
Nesta terça (16), Raquel Dodge tem encontro com procuradores da Lava Jato, às 14h30. Ela vai se reunir com procuradores da força-tarefa em Curitiba , coordenada pelo procurador Deltan Dallagnol. A pauta é a invasão de celulares de procuradores e como a PGR trata esse assunto de forma institucional.
Interlocutores confirmaram à TV Globo que ele estava insatisfeito com o ritmo de investigações na gestão de Raquel Dodge na procuradoria.
O caso da delação do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, seria um exemplo. Segundo investigadores, José Alfredo reclamava da demora da procuradora-geral em enviar a colaboração para homologação pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Investigadores dizem que os depoimentos já estão concluídosdesde fevereiro e que até agora Dodge não os enviou ao STF para validação.
Interlocutores dizem também que José Alfredo de Paula considerou que Dodge foi omissa no episódio das mensagens atribuídas a procuradores da Lava Jato e não saiu em defesa de sua equipe e nem da operação.
No início de junho deste ano, o site The Intercept divulgou trechos de mensagens atribuídas a procuradores da força-tarefa da Lava Jatoem Curitiba e ao então juiz federal Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública. As mensagens foram extraídas do aplicativo Telegram.
O site disse que procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, trocaram mensagens com Moro sobre alguns assuntos investigados.
Nesta terça (16), Raquel Dodge tem encontro com procuradores da Lava Jato, às 14h30. Ela vai se reunir com procuradores da força-tarefa em Curitiba , coordenada pelo procurador Deltan Dallagnol. A pauta é a invasão de celulares de procuradores e como a PGR trata esse assunto de forma institucional.
Por Camila Bomfim, TV Globo — Brasília
Moro e Dallagnol questionam autenticidade das mensagens divulgadas pelo Intercept
Hora 1
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Em grupos internos, funcionários do Itamaraty ironizam eventual nomeação de Eduardo Bolsonaro
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante discurso
no plenário da Câmara — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
15 de JULHO 2019 - Integrantes de grupos reservados em redes sociais para carreiras do serviço exterior têm reagido com preocupação e humor sobre a eventual nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos cinco filhos do presidente Jair Bolsonaro, para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
Em um dos grupos, formado por assistentes e oficiais de chancelaria do Itamaraty, os comentários são de pessoas surpresas com a possível nomeação do parlamentar. Elas estão preocupadas, por exemplo, com os “candidatos” ao posto que foram preteridos após a sinalização do presidente em dar o cargo mais importante da diplomacia brasileira no exterior para o filho.
Na avaliação desses integrantes das carreiras do Itamaraty, os diplomatas Nestor Foster, que era até então o favorito para assumir a cobiçada embaixada, e Pedro Borio, outro cotado para o posto, se empenharam, mas acabaram se expondo sem necessidade, já que Eduardo seria o “plano A” do presidente.
“Gente, e os que estavam fazendo 'campanha' pro cargo… vão ficar chateados... eu acho tudo tão surreal que só rindo…”, disse um dos participantes do grupo reservado. “Cara, o filho [Eduardo Bolsonaro] deu entrevista agora e tá com cara que vai rolar mesmo. HELP”, emendou outro participante.
Os assistentes e oficiais de chancelaria ainda acreditam que teria sido, no mínimo, uma indelicadeza com o Nestor Foster e Pedro Borio a divulgação do nome de Eduardo Bolsonaro para o cargo, além da quebra de protocolo de divulgar o nome sem o acerto prévio com os Estados Unidos, como informou o blog.
Entre as brincadeiras que dominaram os grupos fechados de redes sociais está também a disputa político-ideológica entre a esquerda e a direita do espectro partidário brasileiro, da qual o deputado é um dos mais ativos participantes.
“Imagina o [Eduardo] dando ‘pití’ porque a cafezinho foi servido do lado esquerdo da mesa e não no direito? Sinto muito pelos colegas de lá, mas eu não consigo parar de rir com essa notícia”, afirmou um oficial de chancelaria.
Para um dos membros da comunidade virtual, o curioso foi o fato de Eduardo Bolsonaro defender o seu nome para o cargo apontando como uma das suas experiências ter trabalhado em uma lanchonete no estado do Maine, extremo nordeste do país.
“Eu adorei o sujeito falando das próprias qualificações. Além de falar inglês, ele fritou muito hambúrguer no Maine, rsrs”, ironizou.
Por Matheus Leitão - G1
15 de JULHO 2019 - Integrantes de grupos reservados em redes sociais para carreiras do serviço exterior têm reagido com preocupação e humor sobre a eventual nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos cinco filhos do presidente Jair Bolsonaro, para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
Em um dos grupos, formado por assistentes e oficiais de chancelaria do Itamaraty, os comentários são de pessoas surpresas com a possível nomeação do parlamentar. Elas estão preocupadas, por exemplo, com os “candidatos” ao posto que foram preteridos após a sinalização do presidente em dar o cargo mais importante da diplomacia brasileira no exterior para o filho.
Na avaliação desses integrantes das carreiras do Itamaraty, os diplomatas Nestor Foster, que era até então o favorito para assumir a cobiçada embaixada, e Pedro Borio, outro cotado para o posto, se empenharam, mas acabaram se expondo sem necessidade, já que Eduardo seria o “plano A” do presidente.
“Gente, e os que estavam fazendo 'campanha' pro cargo… vão ficar chateados... eu acho tudo tão surreal que só rindo…”, disse um dos participantes do grupo reservado. “Cara, o filho [Eduardo Bolsonaro] deu entrevista agora e tá com cara que vai rolar mesmo. HELP”, emendou outro participante.
Entre as brincadeiras que dominaram os grupos fechados de redes sociais está também a disputa político-ideológica entre a esquerda e a direita do espectro partidário brasileiro, da qual o deputado é um dos mais ativos participantes.
“Imagina o [Eduardo] dando ‘pití’ porque a cafezinho foi servido do lado esquerdo da mesa e não no direito? Sinto muito pelos colegas de lá, mas eu não consigo parar de rir com essa notícia”, afirmou um oficial de chancelaria.
Para um dos membros da comunidade virtual, o curioso foi o fato de Eduardo Bolsonaro defender o seu nome para o cargo apontando como uma das suas experiências ter trabalhado em uma lanchonete no estado do Maine, extremo nordeste do país.
“Eu adorei o sujeito falando das próprias qualificações. Além de falar inglês, ele fritou muito hambúrguer no Maine, rsrs”, ironizou.
Por Matheus Leitão - G1
Chico Filho.
Camelô do Rio procura cliente que pagou balas de R$ 2 com nota de R$ 100
O camelô Phellipe Guimarães vende balas em ônibus
em Vila Valqueire — Foto: Reprodução/Redes sociais
15 de JULHO 2019 - Um camelô que vende balas na Zona Oeste do Rio procura uma cliente que lhe deu uma nota de R$ 100 por um pacote que custa R$ 2. Phellipe Guimarães acredita que a senhora se enganou. Ele mobilizou as redes sociais para localizá-la e devolver o “troco”.
"Eu queria devolver aquilo que não é meu. Ela me ajudou, comprando o doce, mas deu o dinheiro que era dela", explicou.
A honestidade de Phellipe viralizou: em cinco dias, a postagem do camelô teve quase três mil compartilhamentos.
“Ela me deu o que parecia ser uma nota de R$ 2. Coloquei na bolsa, como sempre faço. Quando parei para contar meu dinheiro, fui ver que a nota não era de R$ 2, mas de R$ 100, toda dobrada”, detalhou.
O caso aconteceu na última quarta-feira (10), na Estrada Intendente Magalhães, em Vila Valqueire. Ele estava em um ônibus da linha 383 (Realengo-Praça da República) quando uma senhora o chamou. Comprou dois saquinhos de bala — uma de café, outra de coco.
Ele ainda tentou correr atrás do ônibus, mas não conseguiu.
O ambulante a descreve como “uma senhora de cabelo ruivo, com uma tatuagem de borboleta na mão, de cor branca” e trazia “uma bolsa de onça”.
Phillipe não esperava tamanha repercussão. "A minha intenção só foi achar a senhora, mas tomou uma proporção gigantesca. Todos na rua falam comigo, tiram fotos... mas até agora eu não achei", ressalta.
"É uma atitude simples, que todo mundo deveria ter no dia a dia", diz.
Dificuldades financeiras e assalto
Phellipe mora em Vila Valqueire e foi demitido de um estaleiro no fim do ano passado.
Desde então, faz jornada dupla. De manhã, vende balas em sinais do bairro e dentro de ônibus. À noite, dá expediente como chapeiro numa barraquinha de lanches em Padre Miguel.
Ele consegue, por mês, R$ 1.800 - a conta justa para manter a casa. "Meus filhos levam o meu doce para vender na escola", acrescenta. "Eles acham o maior barato", pontua.
O ambulante diz que foi assaltado na semana passada, justamente quando ia pagar a escola de um dos dois filhos. "Eu ainda vou pagar", frisa.
15 de JULHO 2019 - Um camelô que vende balas na Zona Oeste do Rio procura uma cliente que lhe deu uma nota de R$ 100 por um pacote que custa R$ 2. Phellipe Guimarães acredita que a senhora se enganou. Ele mobilizou as redes sociais para localizá-la e devolver o “troco”.
"Eu queria devolver aquilo que não é meu. Ela me ajudou, comprando o doce, mas deu o dinheiro que era dela", explicou.
A honestidade de Phellipe viralizou: em cinco dias, a postagem do camelô teve quase três mil compartilhamentos.
“Ela me deu o que parecia ser uma nota de R$ 2. Coloquei na bolsa, como sempre faço. Quando parei para contar meu dinheiro, fui ver que a nota não era de R$ 2, mas de R$ 100, toda dobrada”, detalhou.
Ele ainda tentou correr atrás do ônibus, mas não conseguiu.
O ambulante a descreve como “uma senhora de cabelo ruivo, com uma tatuagem de borboleta na mão, de cor branca” e trazia “uma bolsa de onça”.
Phillipe não esperava tamanha repercussão. "A minha intenção só foi achar a senhora, mas tomou uma proporção gigantesca. Todos na rua falam comigo, tiram fotos... mas até agora eu não achei", ressalta.
"É uma atitude simples, que todo mundo deveria ter no dia a dia", diz.
Dificuldades financeiras e assalto
Phellipe mora em Vila Valqueire e foi demitido de um estaleiro no fim do ano passado.
Desde então, faz jornada dupla. De manhã, vende balas em sinais do bairro e dentro de ônibus. À noite, dá expediente como chapeiro numa barraquinha de lanches em Padre Miguel.
Ele consegue, por mês, R$ 1.800 - a conta justa para manter a casa. "Meus filhos levam o meu doce para vender na escola", acrescenta. "Eles acham o maior barato", pontua.
O ambulante diz que foi assaltado na semana passada, justamente quando ia pagar a escola de um dos dois filhos. "Eu ainda vou pagar", frisa.
Phellipe postou a foto da nota dobrada em suas redes
sociais — Foto: Reprodução
Médico e prefeito no Ceará abusa de mulheres há décadas e filma os crimes, denunciam pacientes
Pacientes relatam que procuravam Hilso Paiva devido
à credibilidade que ele tinha como
médico — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução
14 de JULHO 2019 - O médico e prefeito de Uruburetama, José Hilson Paiva, pratica há décadas o crime de abuso sexual de suas pacientes, conforme denúncias de mulheres que procuraram o ginecologista em busca de consulta. O G1 teve acesso a 63 vídeos, filmados pelo próprio médico, com as pacientes. As gravações mostram Hilson com a boca nos seios de mulheres sob o pretexto de estar tirando secreção e penetrando as pacientes, alegando que precisava "desvirar" o útero delas.
Especialistas que assistiram aos vídeos afirmam que em nenhum momento Hilson Paiva realizou um atendimento ginecológico. "Trata-se de um monstro", e as imagens "demonstram claramente um estupro da paciente", avaliam profissionais da Associação Médica Brasileira.
O Ministério Público ouviu o relato de seis mulheres que dizem ser vítimas de abuso do médico. O prefeito afirma que nunca fez "nada forçado" e que as acusações são "jogada da oposição". "Querem me derrubar", argumenta Hilson de Paiva.
Os vídeos não podem ser publicados porque há mulheres nuas nas imagens e cenas de abuso sexual. Elas denunciam o prefeito desde a década de 1980, o que não resultou em condenação até então. Em outros casos, as mulheres relataram que tinham medo de denunciar o gestor porque dependiam da Prefeitura de Uruburetama para ter emprego no serviço público.
"Nunca tinha ido em consulta nenhuma. Não sabia como funcionava. Se ele estava dizendo que era daquela maneira, eu tinha que acreditar", relata uma mulher que diz ter sido abusada por Hilson de Paiva e que não quer se identificar.
O doutor Hilson, como gosta de ser chamado, tem 70 anos, atende em hospitais públicos e também é político. Ele foi eleito prefeito de Uruburetama em 2016 com 76% dos votos.
‘Todo mundo tem ele como boa pessoa’
Onze mulheres ouvidas pelo Fantástico afirmaram que buscaram Hilson de Paiva pela boa reputação que ele tinha como médico na cidade. "Todo mundo tem ele como uma pessoa boa, sem saber o que ele faz", afirma outra vítima.
Elas contam que eram atendidas em consultório particular na casa de José Hilson e também no Hospital Municipal da cidade.
Uma delas foi abusada quando tinha 14 anos. Atualmente maior de idade, ela diz que nunca contou nada pra ninguém sobre o caso e que voltava a se consultar com o doutor Hilson porque ele era o único ginecologista de Uruburetama.
"Ele sempre trancava a porta, mandava a gente entrar e mandava a gente tirar a roupa. Pegava no seio, ficava pegando no corpo da gente, colocava o pênis dele na gente."
Outra vítima estava com um nódulo no seio quando marcou uma consulta com o médico. "Fiquei nua. Eu achei estranho foi ele usar um canudo e chupar os meus seios."
Em cinco dos 63 vídeos aos quais o G1 teve acesso, o Hilson de Paiva aparece com a boca nos seios das pacientes. Ele fala que é um procedimento médico para ver se há secreção. “Diminuindo, melhorou", argumentava o médico após o procedimento abusivo.
"O que eu vi é uma maneira muito fácil de ludibriar as pessoas. Você não vai preparada pra lidar com uma situação dessa. A gente vai muito preparada pra ficar curada", relata outra paciente do médico.
'Trata-se de um monstro'
Denúncia das pacientes é de que o prefeito de Uruburetama abusava das mulheres durante atendimento em consultório — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução
O secretário-geral da Associação Médica Brasileira, Antônio Jorge Salomão, assistiu aos vídeos e avaliou o conteúdo. Para ele, nenhuma das imagens mostra, a qualquer momento, um procedimento médico. "Em nenhum momento da humanidade existe esse procedimento. Isso é asqueroso."
Para o vice-presidente da associação, Diogo Leite Sampaio, o caso se trata de crime. "Ele está se aproveitando da paciente. Ele não está examinando, procurando nenhum problema na paciente. Isso é crime."
Das 11 mulheres localizadas pelo Fantástico que acusam o médico José Hilson, duas aparecem em três dos 63 vídeos.
Uma delas conta que procurou o doutor Hilson em 2012 porque não conseguia engravidar. No vídeo, ela já aparece nua, no consultório particular do médico, onde ele atende até hoje. A mulher nunca havia feito exame ginecológico.
"Ele pegava nos seios e pediu pra fazer sexo oral com ele", lembra a paciente. "Fazer uma aplicação oral porque é muita secreção mesmo. Muita, muita, muita", argumentava o médico. "Perguntei a ele por quê. Ele pegou e disse que não, que era o procedimento. Que era o que o médico fazia. Que ele tinha que ver a minha sensibilidade. Eu disse pra ele que não, que eu não queria."
O vídeo mostra que, em seguida, o médico coloca a paciente em pé, de costas, apoiada na maca. "Pode virar. Isso, bem devagar", comenta Hilson no vídeo. "Ele começou a mexer detrás de mim. Ele dizia: 'Você tem que me ver como médico. Você não pode me ver como um homem. Eu sou seu médico'."
O abuso deixou trauma na paciente. "Eu era uma pessoa que achava graça do nada, sabe? Agora todo mundo acha estranho. Vem falar comigo e eu estou séria. Eu não consigo mais brincar com ninguém", lamenta.
Uma outra paciente que aparece nos vídeos gravados pelo médico foi abusada, segunda ela, em 2017. O crime ocorreu também no consultório particular do ginecologista e mostra o mesmo tipo de abuso: a paciente nua, de costas, e ele dizendo que está fazendo um exame. "Isso tá muito inflamado, mulher", diz o médico no vídeo.
"Ele introduziu algo na minha vagina nessa hora. Ele vai levando na lábia", relata a vítima. Ela não denunciou o médico. Diz que, por causa do abuso, faz tratamento psicológico e psiquiátrico. "Eu me sinto nua e despida, como se a culpa fosse minha."
Analisando o caso dessa paciente, representantes da Associação Médica Brasileira avaliam que não houve atendimento profissional. "Não existe um tratamento clínico, muito menos uma manipulação que esse senhor, que eu nem posso chamar de médico, fez com a paciente", argumenta Diogo Leite Sampaio.
Os vídeos mostram o ginecologista com pelo menos 23 mulheres. Dentre elas, 17 "claramente" foram enganadas pelo médico e sofreram abusos sexuais, conforme avaliação dos especialistas.
"É indescritível as cenas que nós observamos. Não se trata de um médico. Trata-se de um monstro”, avalia o secretário-geral da Associação Médica Brasileira. "São crimes graves. Muitas das imagens demonstram claramente um estupro da paciente, que precisam ser punidos severamente. São imagens repugnantes. São imagens de um criminoso que não faz medicina", complementa Diogo Leite Sampaio.
Denúncias desde 1986
O médico José Hilson é nascido no Ceará e se formou no Rio de Janeiro em 1976. Depois de obter o diploma, voltou para o estado. Entre 1989 e 1992, assumiu a Prefeitura de Uruburetama pela primeira vez, quando virou notícia no Brasil por fazer a primeira prestação de contas do município em praça pública.
As primeiras denúncias ocorreram em 1986. Em 1994, duas mulheres foram à polícia denunciar Hilson de Paiva por assédio sexual durante as consultas. O caso foi arquivado, sem a condenação do médico. "Ele pediu pra eu ficar de lado, colocar a língua pra dentro e pra fora, com os olhos fechados", conta uma mulher que diz ter sido abusada pelo ginecologista em 1994 e não fez a denúncia na época.
"Quando eu senti, eu estava colocando minha língua no pênis dele. Saí correndo, e ele foi pro banheiro, vestindo as calças."
Mulher de Hilson também foi prefeita
A mulher de Hilson de Paiva, Maria das Graças Cordeiro de Paiva, assumiu a Prefeitura de Uruburetama por dois mandatos, entre 1997 e 2004. Em seguida, Hilson foi vice-prefeito entre 2013 e 2016.
Na campanha mais recente, que terminou com ele eleito prefeito pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), Paiva falava em lutar pela saúde pública. "Nós precisamos pensar no nosso povo. No povo de Uruburetama. O povo de Uruburetama tem que ser respeitado."
Em 2018, o prefeito enfrentou uma crise quando um dos vídeos com as relações abusivas que ele mesmo gravou foi divulgado na imprensa. Com a repercussão do caso, cinco mulheres procuraram a polícia e denunciaram o médico por crimes sexuais. A ex-prefeita saiu em defesa do marido. Para ela, houve uma relação extraconjugal, mas não um estupro ou abuso. "Eu quero saber qual é o homem que não trai sua esposa. Eu não conheço no Brasil", afirmou Maria das Graças na época.
Além de as pacientes não terem conseguido a condenação, o prefeito entrou na Justiça contra quatro delas, alegando calúnia e difamação. Três desistiram de denunciar o médico para evitar serem processadas. A única que mantém as acusações disse ter sido abusada em 1994.
"Para o processo [de calúnia e difamação contra as pacientes] ser arquivado, as vítimas teriam que pedir desculpa pra ele. Quando chegou na minha hora, eu disse: 'eu não vou pedir desculpa, você quem deve me pedir desculpa'."
No Fórum de Uruburetama, o juiz do processo, José Cléber Moura do Nascimento, não quis falar sobre o caso.
Denúncias em outras cidades
José Hilson também atendeu pacientes na cidade de Cruz, a 150 quilômetros de Uruburetama. Além de ter um consultório particular, foi médico da família e atuou como clínico geral no Centro de Saúde e no Hospital Municipal. Em Cruz, ele também gravou vídeos com cenas de abuso sexual; 40 dos 63 vídeos foram filmados em um consultório do centro de saúde.
As cenas são parecidas com as de Uruburetama: o ginecologista fala que está fazendo um exame e engana as pacientes. Doze sofrem abusos. Uma delas foi atendida em 2012.
"Olhei no jaleco dele, ele com os genitais dele toda de fora. Ele realmente queria penetrar em mim. Eu saí de lá correndo. Hoje, eu estou aos poucos buscando força em Deus, tratamento e o apoio da família."
Ela conta que Hilson a chamava de "bebê". Nos vídeos, ele trata todas as pacientes com esse termo. "Tá muito inflamada ainda, bebê"; "Isso, bebê"; "Muito irritado, bebê, ainda", diz em alguns trechos dos vídeos.
Essa palavra traz sofrimento até hoje para vítima. "Quando [alguém] me chama de bebê, vem um impacto. Não aceito esse nome. Bebê, pra mim, é muito chocante."
‘Nunca fiz nada forçado’
Em entrevista, o prefeito nega ter realizado qualquer prática de abuso. Para ele, as denúncias são uma estratégia de políticos de oposição para afastá-lo.
"Eu nunca fiz nada forçado. Nada à força, não tive nada forçado. Isso é uma jogada da oposição. Querem me derrubar." Ele afirma que teve relações sexuais com algumas mulheres, "mas não foi no consultório".
Questionado por que filmava as pacientes, Hilson diz apenas que o repórter "perguntou demais" e deixa o local da entrevista.
Por meio de nota, o advogado do prefeito afirma que o cliente teve conhecimento dos vídeos apenas por "ouvir dizer", que "aguarda as mídias para uma manifestação mais concreta sobre o caso" e que irá ao Ministério Público para saber sobre a veracidade do material.
Conforme juristas ouvidos pelo G1, Hilson de Paiva pode ser condenado pelas filmagens que fez das pacientes e também por violação sexual mediante fraude e estupro.
"Há muitos anos que esse homem vive abusando um monte de mulheres. Eu espero que aconteça justiça por muitas que não podem falar, que não sabem como falar, que não pôde se defender", diz uma das pacientes do médico.
Por Alessandro Torres e Kilvia Muniz, G1 CE
14 de JULHO 2019 - O médico e prefeito de Uruburetama, José Hilson Paiva, pratica há décadas o crime de abuso sexual de suas pacientes, conforme denúncias de mulheres que procuraram o ginecologista em busca de consulta. O G1 teve acesso a 63 vídeos, filmados pelo próprio médico, com as pacientes. As gravações mostram Hilson com a boca nos seios de mulheres sob o pretexto de estar tirando secreção e penetrando as pacientes, alegando que precisava "desvirar" o útero delas.
Especialistas que assistiram aos vídeos afirmam que em nenhum momento Hilson Paiva realizou um atendimento ginecológico. "Trata-se de um monstro", e as imagens "demonstram claramente um estupro da paciente", avaliam profissionais da Associação Médica Brasileira.
O Ministério Público ouviu o relato de seis mulheres que dizem ser vítimas de abuso do médico. O prefeito afirma que nunca fez "nada forçado" e que as acusações são "jogada da oposição". "Querem me derrubar", argumenta Hilson de Paiva.
Os vídeos não podem ser publicados porque há mulheres nuas nas imagens e cenas de abuso sexual. Elas denunciam o prefeito desde a década de 1980, o que não resultou em condenação até então. Em outros casos, as mulheres relataram que tinham medo de denunciar o gestor porque dependiam da Prefeitura de Uruburetama para ter emprego no serviço público.
"Nunca tinha ido em consulta nenhuma. Não sabia como funcionava. Se ele estava dizendo que era daquela maneira, eu tinha que acreditar", relata uma mulher que diz ter sido abusada por Hilson de Paiva e que não quer se identificar.
O doutor Hilson, como gosta de ser chamado, tem 70 anos, atende em hospitais públicos e também é político. Ele foi eleito prefeito de Uruburetama em 2016 com 76% dos votos.
‘Todo mundo tem ele como boa pessoa’
Onze mulheres ouvidas pelo Fantástico afirmaram que buscaram Hilson de Paiva pela boa reputação que ele tinha como médico na cidade. "Todo mundo tem ele como uma pessoa boa, sem saber o que ele faz", afirma outra vítima.
Elas contam que eram atendidas em consultório particular na casa de José Hilson e também no Hospital Municipal da cidade.
Uma delas foi abusada quando tinha 14 anos. Atualmente maior de idade, ela diz que nunca contou nada pra ninguém sobre o caso e que voltava a se consultar com o doutor Hilson porque ele era o único ginecologista de Uruburetama.
"Ele sempre trancava a porta, mandava a gente entrar e mandava a gente tirar a roupa. Pegava no seio, ficava pegando no corpo da gente, colocava o pênis dele na gente."
Outra vítima estava com um nódulo no seio quando marcou uma consulta com o médico. "Fiquei nua. Eu achei estranho foi ele usar um canudo e chupar os meus seios."
Em cinco dos 63 vídeos aos quais o G1 teve acesso, o Hilson de Paiva aparece com a boca nos seios das pacientes. Ele fala que é um procedimento médico para ver se há secreção. “Diminuindo, melhorou", argumentava o médico após o procedimento abusivo.
"O que eu vi é uma maneira muito fácil de ludibriar as pessoas. Você não vai preparada pra lidar com uma situação dessa. A gente vai muito preparada pra ficar curada", relata outra paciente do médico.
'Trata-se de um monstro'
Denúncia das pacientes é de que o prefeito de Uruburetama abusava das mulheres durante atendimento em consultório — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução
O secretário-geral da Associação Médica Brasileira, Antônio Jorge Salomão, assistiu aos vídeos e avaliou o conteúdo. Para ele, nenhuma das imagens mostra, a qualquer momento, um procedimento médico. "Em nenhum momento da humanidade existe esse procedimento. Isso é asqueroso."
Para o vice-presidente da associação, Diogo Leite Sampaio, o caso se trata de crime. "Ele está se aproveitando da paciente. Ele não está examinando, procurando nenhum problema na paciente. Isso é crime."
Das 11 mulheres localizadas pelo Fantástico que acusam o médico José Hilson, duas aparecem em três dos 63 vídeos.
Uma delas conta que procurou o doutor Hilson em 2012 porque não conseguia engravidar. No vídeo, ela já aparece nua, no consultório particular do médico, onde ele atende até hoje. A mulher nunca havia feito exame ginecológico.
"Ele pegava nos seios e pediu pra fazer sexo oral com ele", lembra a paciente. "Fazer uma aplicação oral porque é muita secreção mesmo. Muita, muita, muita", argumentava o médico. "Perguntei a ele por quê. Ele pegou e disse que não, que era o procedimento. Que era o que o médico fazia. Que ele tinha que ver a minha sensibilidade. Eu disse pra ele que não, que eu não queria."
O vídeo mostra que, em seguida, o médico coloca a paciente em pé, de costas, apoiada na maca. "Pode virar. Isso, bem devagar", comenta Hilson no vídeo. "Ele começou a mexer detrás de mim. Ele dizia: 'Você tem que me ver como médico. Você não pode me ver como um homem. Eu sou seu médico'."
O abuso deixou trauma na paciente. "Eu era uma pessoa que achava graça do nada, sabe? Agora todo mundo acha estranho. Vem falar comigo e eu estou séria. Eu não consigo mais brincar com ninguém", lamenta.
Uma outra paciente que aparece nos vídeos gravados pelo médico foi abusada, segunda ela, em 2017. O crime ocorreu também no consultório particular do ginecologista e mostra o mesmo tipo de abuso: a paciente nua, de costas, e ele dizendo que está fazendo um exame. "Isso tá muito inflamado, mulher", diz o médico no vídeo.
"Ele introduziu algo na minha vagina nessa hora. Ele vai levando na lábia", relata a vítima. Ela não denunciou o médico. Diz que, por causa do abuso, faz tratamento psicológico e psiquiátrico. "Eu me sinto nua e despida, como se a culpa fosse minha."
Analisando o caso dessa paciente, representantes da Associação Médica Brasileira avaliam que não houve atendimento profissional. "Não existe um tratamento clínico, muito menos uma manipulação que esse senhor, que eu nem posso chamar de médico, fez com a paciente", argumenta Diogo Leite Sampaio.
Os vídeos mostram o ginecologista com pelo menos 23 mulheres. Dentre elas, 17 "claramente" foram enganadas pelo médico e sofreram abusos sexuais, conforme avaliação dos especialistas.
"É indescritível as cenas que nós observamos. Não se trata de um médico. Trata-se de um monstro”, avalia o secretário-geral da Associação Médica Brasileira. "São crimes graves. Muitas das imagens demonstram claramente um estupro da paciente, que precisam ser punidos severamente. São imagens repugnantes. São imagens de um criminoso que não faz medicina", complementa Diogo Leite Sampaio.
Denúncias desde 1986
O médico José Hilson é nascido no Ceará e se formou no Rio de Janeiro em 1976. Depois de obter o diploma, voltou para o estado. Entre 1989 e 1992, assumiu a Prefeitura de Uruburetama pela primeira vez, quando virou notícia no Brasil por fazer a primeira prestação de contas do município em praça pública.
As primeiras denúncias ocorreram em 1986. Em 1994, duas mulheres foram à polícia denunciar Hilson de Paiva por assédio sexual durante as consultas. O caso foi arquivado, sem a condenação do médico. "Ele pediu pra eu ficar de lado, colocar a língua pra dentro e pra fora, com os olhos fechados", conta uma mulher que diz ter sido abusada pelo ginecologista em 1994 e não fez a denúncia na época.
"Quando eu senti, eu estava colocando minha língua no pênis dele. Saí correndo, e ele foi pro banheiro, vestindo as calças."
Mulher de Hilson também foi prefeita
A mulher de Hilson de Paiva, Maria das Graças Cordeiro de Paiva, assumiu a Prefeitura de Uruburetama por dois mandatos, entre 1997 e 2004. Em seguida, Hilson foi vice-prefeito entre 2013 e 2016.
Na campanha mais recente, que terminou com ele eleito prefeito pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), Paiva falava em lutar pela saúde pública. "Nós precisamos pensar no nosso povo. No povo de Uruburetama. O povo de Uruburetama tem que ser respeitado."
Em 2018, o prefeito enfrentou uma crise quando um dos vídeos com as relações abusivas que ele mesmo gravou foi divulgado na imprensa. Com a repercussão do caso, cinco mulheres procuraram a polícia e denunciaram o médico por crimes sexuais. A ex-prefeita saiu em defesa do marido. Para ela, houve uma relação extraconjugal, mas não um estupro ou abuso. "Eu quero saber qual é o homem que não trai sua esposa. Eu não conheço no Brasil", afirmou Maria das Graças na época.
Além de as pacientes não terem conseguido a condenação, o prefeito entrou na Justiça contra quatro delas, alegando calúnia e difamação. Três desistiram de denunciar o médico para evitar serem processadas. A única que mantém as acusações disse ter sido abusada em 1994.
"Para o processo [de calúnia e difamação contra as pacientes] ser arquivado, as vítimas teriam que pedir desculpa pra ele. Quando chegou na minha hora, eu disse: 'eu não vou pedir desculpa, você quem deve me pedir desculpa'."
No Fórum de Uruburetama, o juiz do processo, José Cléber Moura do Nascimento, não quis falar sobre o caso.
Denúncias em outras cidades
José Hilson também atendeu pacientes na cidade de Cruz, a 150 quilômetros de Uruburetama. Além de ter um consultório particular, foi médico da família e atuou como clínico geral no Centro de Saúde e no Hospital Municipal. Em Cruz, ele também gravou vídeos com cenas de abuso sexual; 40 dos 63 vídeos foram filmados em um consultório do centro de saúde.
As cenas são parecidas com as de Uruburetama: o ginecologista fala que está fazendo um exame e engana as pacientes. Doze sofrem abusos. Uma delas foi atendida em 2012.
"Olhei no jaleco dele, ele com os genitais dele toda de fora. Ele realmente queria penetrar em mim. Eu saí de lá correndo. Hoje, eu estou aos poucos buscando força em Deus, tratamento e o apoio da família."
Ela conta que Hilson a chamava de "bebê". Nos vídeos, ele trata todas as pacientes com esse termo. "Tá muito inflamada ainda, bebê"; "Isso, bebê"; "Muito irritado, bebê, ainda", diz em alguns trechos dos vídeos.
Essa palavra traz sofrimento até hoje para vítima. "Quando [alguém] me chama de bebê, vem um impacto. Não aceito esse nome. Bebê, pra mim, é muito chocante."
‘Nunca fiz nada forçado’
Em entrevista, o prefeito nega ter realizado qualquer prática de abuso. Para ele, as denúncias são uma estratégia de políticos de oposição para afastá-lo.
"Eu nunca fiz nada forçado. Nada à força, não tive nada forçado. Isso é uma jogada da oposição. Querem me derrubar." Ele afirma que teve relações sexuais com algumas mulheres, "mas não foi no consultório".
Questionado por que filmava as pacientes, Hilson diz apenas que o repórter "perguntou demais" e deixa o local da entrevista.
Por meio de nota, o advogado do prefeito afirma que o cliente teve conhecimento dos vídeos apenas por "ouvir dizer", que "aguarda as mídias para uma manifestação mais concreta sobre o caso" e que irá ao Ministério Público para saber sobre a veracidade do material.
Conforme juristas ouvidos pelo G1, Hilson de Paiva pode ser condenado pelas filmagens que fez das pacientes e também por violação sexual mediante fraude e estupro.
"Há muitos anos que esse homem vive abusando um monte de mulheres. Eu espero que aconteça justiça por muitas que não podem falar, que não sabem como falar, que não pôde se defender", diz uma das pacientes do médico.
Prefeito de Naque é morto a tiros por vereador após discussão
Crime foi em um loteamento na zona rural de
Naque — Foto: Wellington Silveira/ Inter TV
13 de JULHO 2019 - O prefeito de Naque, Hélio Pinto de Carvalho (PSDB), foi morto a tiros na manhã deste sábado (13), pelo vereador Marcos Alves de Lima (PSDC). Segundo informações da Polícia Militar, os dois discutiam por causa de uma cerca quando o vereador sacou uma arma e atirou seis vezes.
Ainda segundo a PM, o vereador tem um lote que fica ao lado de uma outra área que pertence ao município e queria cercar o local. O prefeito tentou impedir e os dois se desentenderam. Testemunhas disseram à polícia que o prefeito agrediu o vereador com um chicote, quando o parlamentar efetuou os disparos.
O prefeito foi socorrido e encaminhado ao Hospital Márcio Cunha em Ipatinga, mas não resistiu aos ferimentos. Em nota, a Unidade confirmou que Hélio Pinto de Carvalho morreu às 9h51 e foi baleado no tórax e nas pernas.
Após o crime, o vereador fugiu do local em um carro e foi preso no Bairro Retiro dos Lagos, em Governador Valadares. De acordo com a Polícia Militar, ele alegou que atirou para se defender.
"O vereador estava com várias escoriações que, segundo alegação dele, foi resultado de luta corporal com o prefeito. Para se defender, teria efetuado os disparos", explicou o Sargento Almeida.
A arma utilizada no crime foi apreendida pelos policiais. Marcos Alves de Lima foi levado para a delegacia de Governador Valadares, mas será encaminhado para Ipatinga, onde o caso será investigado.
Hélio Pinto de Carvalho, de 55 anos, foi reeleito em 2016 e recebeu 1.727 votos (39,60%). Ele estava no segundo mandato como prefeito e já foi eleito vereador em 2008. A cidade de Naque fica no Leste de Minas e tem pouco mais de 6 mil habitantes, conforme o IBGE.
O corpo do prefeito será velado na Câmara Municipal de Naque a partir das 21h deste sábado. O enterro será no domingo no Cemitério Memorial Parque, em Governador Valadares. O horário ainda não foi definido.
Por G1 Vales de Minas
13 de JULHO 2019 - O prefeito de Naque, Hélio Pinto de Carvalho (PSDB), foi morto a tiros na manhã deste sábado (13), pelo vereador Marcos Alves de Lima (PSDC). Segundo informações da Polícia Militar, os dois discutiam por causa de uma cerca quando o vereador sacou uma arma e atirou seis vezes.
Ainda segundo a PM, o vereador tem um lote que fica ao lado de uma outra área que pertence ao município e queria cercar o local. O prefeito tentou impedir e os dois se desentenderam. Testemunhas disseram à polícia que o prefeito agrediu o vereador com um chicote, quando o parlamentar efetuou os disparos.
Após o crime, o vereador fugiu do local em um carro e foi preso no Bairro Retiro dos Lagos, em Governador Valadares. De acordo com a Polícia Militar, ele alegou que atirou para se defender.
"O vereador estava com várias escoriações que, segundo alegação dele, foi resultado de luta corporal com o prefeito. Para se defender, teria efetuado os disparos", explicou o Sargento Almeida.
A arma utilizada no crime foi apreendida pelos policiais. Marcos Alves de Lima foi levado para a delegacia de Governador Valadares, mas será encaminhado para Ipatinga, onde o caso será investigado.
Hélio Pinto de Carvalho, de 55 anos, foi reeleito em 2016 e recebeu 1.727 votos (39,60%). Ele estava no segundo mandato como prefeito e já foi eleito vereador em 2008. A cidade de Naque fica no Leste de Minas e tem pouco mais de 6 mil habitantes, conforme o IBGE.
O corpo do prefeito será velado na Câmara Municipal de Naque a partir das 21h deste sábado. O enterro será no domingo no Cemitério Memorial Parque, em Governador Valadares. O horário ainda não foi definido.
Tremor de terra com magnitude de 2.5 é registrado em João Câmara, no RN
Estrela mostra epicentro de tremor de terra registrado
em João Câmara, no RN — Foto: LabSis/Divulgação
13 de JULHO 2019 - Um tremor de terra de magnitude preliminar de 2.5 graus na escala Richter foi registrado na manhã deste sábado (13) em João Câmara, na região da Mato Grande potiguar. O caso aconteceu às 9h56, no horário local, e foi confirmado pelo Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis/UFRN).
O sismo assustou a população da cidade, que relatou ter sentido um forte tremor. O epicentro foi próximo à falha geológica Samambaia, que fica na região, e foi registrado por diversas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR).
De acordo com o laboratório, não é possível saber se esse evento é isolado ou o início de um período de intensa atividade sísmica. Na madrugada do último dia 4, um tremor de 1.5 graus também foi registrado na região.
No mapa que abre a matéria, o epicentro do tremor está representado pela estrela vermelha. As estações de João Câmara (ACJC) e de Riachuelo (RCBR) estão representadas por triângulos vermelhos. Já a linha vermelha indica a Falha de Samambaia.
13 de JULHO 2019 - Um tremor de terra de magnitude preliminar de 2.5 graus na escala Richter foi registrado na manhã deste sábado (13) em João Câmara, na região da Mato Grande potiguar. O caso aconteceu às 9h56, no horário local, e foi confirmado pelo Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis/UFRN).
O sismo assustou a população da cidade, que relatou ter sentido um forte tremor. O epicentro foi próximo à falha geológica Samambaia, que fica na região, e foi registrado por diversas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR).
De acordo com o laboratório, não é possível saber se esse evento é isolado ou o início de um período de intensa atividade sísmica. Na madrugada do último dia 4, um tremor de 1.5 graus também foi registrado na região.
No mapa que abre a matéria, o epicentro do tremor está representado pela estrela vermelha. As estações de João Câmara (ACJC) e de Riachuelo (RCBR) estão representadas por triângulos vermelhos. Já a linha vermelha indica a Falha de Samambaia.
Linha vermelha mostra registro do tremor de terra em
João Câmara, no RN — Foto: LabSis/Divulgação
CORAÇÃO JUNINO KIDS É SUCESSO POR ONDE PASSA.
Ontem, 12 de julho, a Quadrilha Coração Junino Kids fez mais uma das suas brilhantes apresentações no 10º Arraiá Filhos de Santana na cidade de Campo Grande. A Quadrilha Coração Junino Kids, foi criada neste ano de 2019, na cidade de Umarizal, e vem conquistando público por onde passa. A Coração Junino Kids é um belo exemplo de carinho e atenção pela cultura e as crianças de Umarizal. Parabéns aos fundadores e organizadores dessa Quadrilha.
Previdência: Câmara aprova benefício a professores que estão próximos da aposentadoria
Deputados reunidos em plenário durante a votação
dos destaques ao texto da Previdência nesta
sexta-feira (12) — Foto: Luis Macedo/Câmara
dos Deputados
12 de JULHO 2019 - O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta sexta-feira (12), por 465 votos contra 25, uma mudança em um dispositivo da reforma da Previdência que beneficia professores que já estão próximos da idade de aposentadoria.
A alteração, que atinge uma das regras de transição entre o antigo e o novo sistema previdenciário, reduz a idade mínima para que os professores tenham direito ao benefício.
Nesta regra de transição, o texto-base da reforma fixa um pedágio de 100% para que trabalhadores que já cumprem os requisitos de idade e tempo de contribuição tenham direito à aposentadoria.
Com a alteração aprovada pelo plenário, proposta pelo PDT, o texto da reforma prevê que a idade mínima de aposentadoria de professores seja cinco anos menor que a dos demais trabalhadores.
Ou seja, com a mudança, uma professora que se encaixe nessa regra de transição poderá se aposentar aos 52 anos. E um professor, aos 55 anos. Pela redação anterior, ela se aposentaria com 55, e ele, com 58 anos.
O "desconto" no tempo mínimo de contribuição foi mantido em cinco anos. Antes de aprovar esse destaque, os deputados já haviam rejeitado outras duas tentativas de mudança no texto-base da reforma aprovado na última quarta-feira (10).
O texto aprovado na comissão especial já previa regra diferenciada para as professoras. Ele estabelecia que, para essa categoria, a idade mínima para aposentadoria seria dois anos inferior à estabelecida para os demais trabalhadores e, o tempo mínimo de contribuição, cinco anos menor.
A proposta original do governo fixava em 60 anos a idade mínima para professores se aposentarem. Atualmente, as regras previdenciárias não preveem idade mínima para a aposentadoria da categoria.
Pedágio de 100%
Por um placar de 387 votos a 103, os parlamentares decidiram manter no texto a regra de transição que estipula um pedágio de 100% do tempo de contribuição para os trabalhadores do setor privado e do serviço público. Havia um destaque do PDT para suprimir esse trecho da proposta.
Por essa norma, o trabalhador precisará ter idade mínima de 57 anos, se mulher, e 60 anos, se homens, além de pagar um pedágio equivalente ao mesmo número de anos que faltará para cumprir o tempo mínimo de contribuição (30 ou 35 anos) na data em que a PEC entrar em vigor.
Por exemplo, um trabalhador que já tiver a idade mínima, mas tiver 32 anos de contribuição quando a PEC entrar em vigor terá que trabalhar os 3 anos que faltam para completar os 35 anos, mais 3 de pedágio.
Havia ainda outra emenda do PDT que também dizia respeito ao pedágio de 100% no tempo de contribuição de servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada. O destaque propunha reduzir o pedágio de 100% para 50%, mas foi rejeitado por 298 votos a 165.
Por Gustavo Garcia, Fabio Amato, Fernanda Calgaro, Luiz Felipe Barbiéri e Sara Resende, G1 e TV Globo — Brasília
12 de JULHO 2019 - O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta sexta-feira (12), por 465 votos contra 25, uma mudança em um dispositivo da reforma da Previdência que beneficia professores que já estão próximos da idade de aposentadoria.
A alteração, que atinge uma das regras de transição entre o antigo e o novo sistema previdenciário, reduz a idade mínima para que os professores tenham direito ao benefício.
Nesta regra de transição, o texto-base da reforma fixa um pedágio de 100% para que trabalhadores que já cumprem os requisitos de idade e tempo de contribuição tenham direito à aposentadoria.
Com a alteração aprovada pelo plenário, proposta pelo PDT, o texto da reforma prevê que a idade mínima de aposentadoria de professores seja cinco anos menor que a dos demais trabalhadores.
Ou seja, com a mudança, uma professora que se encaixe nessa regra de transição poderá se aposentar aos 52 anos. E um professor, aos 55 anos. Pela redação anterior, ela se aposentaria com 55, e ele, com 58 anos.
O "desconto" no tempo mínimo de contribuição foi mantido em cinco anos. Antes de aprovar esse destaque, os deputados já haviam rejeitado outras duas tentativas de mudança no texto-base da reforma aprovado na última quarta-feira (10).
O texto aprovado na comissão especial já previa regra diferenciada para as professoras. Ele estabelecia que, para essa categoria, a idade mínima para aposentadoria seria dois anos inferior à estabelecida para os demais trabalhadores e, o tempo mínimo de contribuição, cinco anos menor.
A proposta original do governo fixava em 60 anos a idade mínima para professores se aposentarem. Atualmente, as regras previdenciárias não preveem idade mínima para a aposentadoria da categoria.
Pedágio de 100%
Por um placar de 387 votos a 103, os parlamentares decidiram manter no texto a regra de transição que estipula um pedágio de 100% do tempo de contribuição para os trabalhadores do setor privado e do serviço público. Havia um destaque do PDT para suprimir esse trecho da proposta.
Por essa norma, o trabalhador precisará ter idade mínima de 57 anos, se mulher, e 60 anos, se homens, além de pagar um pedágio equivalente ao mesmo número de anos que faltará para cumprir o tempo mínimo de contribuição (30 ou 35 anos) na data em que a PEC entrar em vigor.
Por exemplo, um trabalhador que já tiver a idade mínima, mas tiver 32 anos de contribuição quando a PEC entrar em vigor terá que trabalhar os 3 anos que faltam para completar os 35 anos, mais 3 de pedágio.
Havia ainda outra emenda do PDT que também dizia respeito ao pedágio de 100% no tempo de contribuição de servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada. O destaque propunha reduzir o pedágio de 100% para 50%, mas foi rejeitado por 298 votos a 165.
Por Gustavo Garcia, Fabio Amato, Fernanda Calgaro, Luiz Felipe Barbiéri e Sara Resende, G1 e TV Globo — Brasília
EDUCAÇÃO, DISCIPLINA E MUITO CARINHO EM PROL DA VIDA.
12 de JULHO 2019 - O Corpo de Bombeiros Militar de Pau dos Ferros, através do seu Comandante, o Capitão Joilton Cunha e demais agentes; preocupados com a prevenção à vida, vêm desenvolvendo palestras nas escolas. Duas palestras aconteceram, ontem dia 11 e hoje dia 12 de julho, na cidade de Viçosa; alcançando em torno de 300 alunos, Professores e outrem, e teve como palestrante o 2º Sargento Josué.
Na manhã de ontem, dia 11 de julho/2019, o projeto KIM na Escola, ação desenvolvida voluntariamente por profissionais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte.
A Prefeitura Municipal de Viçosa em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e diretores estão dando total apoio ao palestrante, participaram da palestra, a Secretária Municipal de Educação. Adalmaria Lopes; diretores; professores e alunos.
As palestras estão sendo ministradas pelo Sargento Josué do Corpo de Bombeiros da cidade de Pau dos Ferros.
Hoje, 12 de julho, foi a vez dos alunos do Centro de Educação Infantil Eulina Pinto, de Viçosa, receberem o Projeto KIM na ESCOLA
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