Peritos do Itep-RN alertam para os riscos que medicamentos falsificados oferecem
à saúde dos consumidores — Foto: Itep-
à saúde dos consumidores — Foto: Itep-
RN
14 de AGOSTO 2019 - o Rio Grande do Norte, pouco mais de 98% dos medicamentos apreendidos nos anos de 2017 e 2018 em operações realizadas pela Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil, eram falsificados – seja por não terem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou por não apresentarem as substâncias descritas nos rótulos. A constatação foi feita pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), que alerta para os riscos à saúde dos consumidores.
“O uso de medicamentos para o estilo de vida em busca de melhorias estéticas para o corpo têm aumentado significadamente nos dias atuais, seja para incremento de massa muscular, emagrecimento, disfunção erétil, entre outros. Porém, os consumidores precisam ficar atentos para não terem prejuízos para a saúde”, ressalta o Itep.
O trabalho no Itep foi desenvolvido pelo Núcleo de Laboratório Central de Perícias Forenses, que analisou 144 itens, dos quais apenas 6,3% apresentavam registro da Anvisa. “Na maior parte dos medicamentos analisados, foram identificadas a presença de esteroides anabolizantes (74,3%), seguidos de 22,9% de itens que não continham nenhuma substância ativa. Em 33,3% dos itens analisados, a substância detectada não era condizente com a descrita no rótulo do produto e 10,4% não apresentavam rótulo algum”, enfatizou o perito criminal Leonardo Rêgo.
Não foi detectada nenhuma substância ativa em 46,6% dos produtos que não apresentavam rótulo, sendo o restante (53,4%) apresentando esteroides anabolizantes na sua formulação.
“Esse estudo permitiu traçar um perfil dos medicamentos analisados, no qual foi observado que quase a totalidade era formada por substâncias anabolizantes esteroides”, concluiu o perito criminal Lucas Nobre.
Riscos à saúde
Os medicamentos falsificados podem gerar danos graves à saúde, que pode ir desde a não ação terapêutica pretendida (efeito placebo) a problemas relacionados a reações adversas. A população deve estar atenta ao adquirir produtos farmacêuticos para fugir das falsificações. Portanto, o perito criminal Leonardo Rêgo, que também é farmacêutico, dá algumas dicas do que ser observado na aquisição de um medicamento:
. Compre sempre em estabelecimentos que contenham alvará para comercialização de medicamentos, como farmácias e drogarias;
. Verifique na embalagem a presença do registro do medicamento junto à ANVISA. É um número formado por 13 dígitos;
. Verifique se na embalagem do produto há a descrição do farmacêutico responsável, bem como o seu número de inscrição no conselho (CRF);
. Só adquira medicamentos que apresentem embalagens em bom estado de conservação e lacrados;
. Verifique se há alteração no tipo de letra e no texto da embalagem ou da bula;
. Se possível, verifique as características físicas do medicamento, quanto ao formato e cor do comprimido, gosto do líquido e embalagem. Em muitos casos, o falsificador não consegue copiar todos os detalhes;
. Em caso de dúvida, entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do fabricante do produto.
Por G1 RN
14 de AGOSTO 2019 - o Rio Grande do Norte, pouco mais de 98% dos medicamentos apreendidos nos anos de 2017 e 2018 em operações realizadas pela Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil, eram falsificados – seja por não terem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou por não apresentarem as substâncias descritas nos rótulos. A constatação foi feita pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), que alerta para os riscos à saúde dos consumidores.
“O uso de medicamentos para o estilo de vida em busca de melhorias estéticas para o corpo têm aumentado significadamente nos dias atuais, seja para incremento de massa muscular, emagrecimento, disfunção erétil, entre outros. Porém, os consumidores precisam ficar atentos para não terem prejuízos para a saúde”, ressalta o Itep.
O trabalho no Itep foi desenvolvido pelo Núcleo de Laboratório Central de Perícias Forenses, que analisou 144 itens, dos quais apenas 6,3% apresentavam registro da Anvisa. “Na maior parte dos medicamentos analisados, foram identificadas a presença de esteroides anabolizantes (74,3%), seguidos de 22,9% de itens que não continham nenhuma substância ativa. Em 33,3% dos itens analisados, a substância detectada não era condizente com a descrita no rótulo do produto e 10,4% não apresentavam rótulo algum”, enfatizou o perito criminal Leonardo Rêgo.
Não foi detectada nenhuma substância ativa em 46,6% dos produtos que não apresentavam rótulo, sendo o restante (53,4%) apresentando esteroides anabolizantes na sua formulação.
“Esse estudo permitiu traçar um perfil dos medicamentos analisados, no qual foi observado que quase a totalidade era formada por substâncias anabolizantes esteroides”, concluiu o perito criminal Lucas Nobre.
Riscos à saúde
Os medicamentos falsificados podem gerar danos graves à saúde, que pode ir desde a não ação terapêutica pretendida (efeito placebo) a problemas relacionados a reações adversas. A população deve estar atenta ao adquirir produtos farmacêuticos para fugir das falsificações. Portanto, o perito criminal Leonardo Rêgo, que também é farmacêutico, dá algumas dicas do que ser observado na aquisição de um medicamento:
. Compre sempre em estabelecimentos que contenham alvará para comercialização de medicamentos, como farmácias e drogarias;
. Verifique na embalagem a presença do registro do medicamento junto à ANVISA. É um número formado por 13 dígitos;
. Verifique se na embalagem do produto há a descrição do farmacêutico responsável, bem como o seu número de inscrição no conselho (CRF);
. Só adquira medicamentos que apresentem embalagens em bom estado de conservação e lacrados;
. Verifique se há alteração no tipo de letra e no texto da embalagem ou da bula;
. Se possível, verifique as características físicas do medicamento, quanto ao formato e cor do comprimido, gosto do líquido e embalagem. Em muitos casos, o falsificador não consegue copiar todos os detalhes;
. Em caso de dúvida, entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do fabricante do produto.