Após Teich fazer alerta sobre cloroquina, Bolsonaro defende o remédio e pede ministros 'afinados' com ele


13 de MAIO 2020 - Após o ministro da Saúde, Nelson Teich, ter alertado sobre riscos da cloroquina no tratamento da covid-19, o presidente Jair Bolsonaro fez uma defesa do remédio nesta quarta-feira (12) e disse que os ministros de seu governo devem estar "afinados" com ele.

Bolsonaro foi questionado por jornalistas, na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada, sobre o posicionamento do ministro. O presidente ressaltou que ministros são indicações políticas dele.

"Olha só, todos os ministros, eu já sei qual é a pergunta, têm que estar afinados comigo. Todos os ministros são indicações políticas minhas e quando eu converso com os ministros eu quero eficácia na ponta. Nesse caso, não é gostar ou não do ministro Teich, é o que está acontecendo", afirmou Bolsonaro para jornalistas na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada.

Desde os primeiros dias após o país começar a registrar casos de covid-19, Bolsonaro alardeia a cloroquina como uma alternativa para o combate à doença. O remédio é usado comumente para tratamento de malária. Ainda não há evidências científicas que apontem a eficácia em casos de infecções por coronavírus.

Teich escreveu em sua conta no Twitter na terça-feira (12) que a cloroquina apresenta efeitos colaterais e que a prescrição deve ser feita em comum acordo entre paciente e médico. Um dos principais efeitos colaterais do remédio são complicações cardíacas.

"Um alerta importante: a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o “Termo de Consentimento” antes de iniciar o uso da cloroquina", afirmou o ministro.

Na saída do Alvorada, o presidente disse ainda que vai conversar nesta quarta com Teich para ser alterado o protocolo do Ministério da Saúde, que atualmente prevê a prescrição de cloroquina apenas para os casos graves. O presidente quer que o remédio seja usado desde o início do tratamento.

"Nós estamos tendo centenas de mortes por dia. Se existe uma possibilidade de diminuir esse número com a cloroquina, por que não usar? Alguns falam que pode ser placebo. Pode ser. Você não sabe. Mas pode não ser também. A gente não pode, por exemplo, falar: 'Ah, se tivesse usado a cloroquina lá atrás, teria salvo milhões de pessoas. Só isso", disse o presidente.

Estudos não veem eficácia

Duas pesquisas internacionais realizadas com mais de 1.300 pacientes mostraram que a cloroquina e a hidroxicloroquina não têm eficácia contra a covid-19.

Um estudo dos EUA revelou que a taxa de mortalidade dos tratados com cloroquina foi semelhante à dos que não tomaram a droga, assim como à das pessoas que receberam hidroxicloroquina combinada com o antibiótico azitromicina – este segundo grupo, ainda, teve duas vezes mais risco de sofrer parada cardíaca.

Outro estudo americano concluiu que pacientes com e sem o tratamento com hidroxicloroquina apresentaram o mesmo risco de uma piora do quadro, de necessidade de entubação e de morte.

A cloroquina ganhou projeção como possível solução para o coronavírus após a publicação de um estudo na França, em meados de março. Mas pesquisadores criticaram a metodologia e também o grupo reduzido de pacientes.

Ministro da Secretaria de Governo se 'equivocou'

Bolsonaro voltou a repetir que não falou as palavras “Polícia Federal” na reunião de 22 de abril, diferentemente do que afirmou o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) em depoimento na terça-feira (12) como testemunha no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal.

“O Ramos se equivocou. Mas como é reunião, tem o vídeo. O Ramos, se ele falou isso, se equivocou. Se ele falou isso aí”, disse Bolsonaro.

No depoimento de terça, questionado sobre a reunião, Ramos afirmou que: "Por duas vezes, ouviu o presidente da República reclamar da necessidade de ter mais dados de inteligência para a tomada de decisões e que, contudo, na reunião do dia 22 de abril, nominou os órgãos Abin, Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Militar dos estados e, se outros foram mencionados, não se recorda".

Na entrevista desta quarta, Bolsonaro disse que não citou na reunião os termos “Polícia Federal”, “superintendência” e “investigação sobre filhos”.

De acordo com o presidente, ele falou sobre a segurança da família, que compete ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e não ao Ministério da Justiça, que na reunião ainda era comandando por Moro. Bolsonaro também afirmou não ter falado o nome de Moro na reunião.

“Não falei o nome dele no vídeo (de Moro). Não falei o nome dele no vídeo. Não existe a palavra Sérgio Moro. Eu cobrei a minha segurança pessoal no Rio de Janeiro. A PF não faz minha segurança pessoal, quem faz é o GSI”, disse.

Questionado se na reunião insinuou substituir os titulares da Justiça ou do GSI, o presidente disse: “tá na cara. quem trata de segurança? O ministro é o Heleno. O ministro é o Heleno”. O presidente não quis detalhar se cogitou demitir Heleno.

Enem

Bolsonaro também afirmou na saída do Alvorada que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode ser adiado “um pouco”, mas que precisa ser realizado ainda em 2020.

“Estou conversado com o Weintraub [Abraham, ministro da Educação]. Se for o caso, atrasa um pouco, mas tem que ser aplicado esse ano”, disse o presidente.

A prova está prevista para novembro, mas a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) entraram com um mandado de segurança no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pedindo que o Enem seja adiado em razão da pandemia da covid-19.

As instituições alegaram que aplicar as provas em novembro seria injusto com os candidatos mais pobres, que têm enfrentado dificuldades no ensino remoto.

Militares e auxílio emergencial

Bolsonaro afirmou que os militares que receberam de forma indevida o auxílio emergencial de R$ 600 são “jovens que prestam o serviço militar obrigatório”. Segundo o presidente, quem recebeu o benefício de forma indevida será punido.

O Ministério da Defesa informou que as Forças Armadas analisam caso a caso de militares que receberam o auxílio emergencial de R$ 600, destinado a trabalhadores informais que perderam renda com a pandemia do novo coronavírus.

Segundo o governo, 73,2 mil militares ativos, inativos, de carreira, temporários, pensionistas, dependentes e anistiados receberam o auxílio.

Ao comentar o caso, Bolsonaro explicou que se tratam de militares oriundos de famílias mais pobres, que em 2019 não tinha renda.

"Não fala militar, é o praça prestador do serviço militar inicial. Mais ou menos 3% da garotada que presta o serviço militar obrigatório, e são pessoas oriundas das classes mais humildes da população, são os mais pobres. Estão servindo o Exército no corrente ano, Marinha e Aeronáutica, e alguns se inscreveram”, explicou.

“Como ano passado, filho de pobre, sem renda, não tinha renda nenhuma, acabaram recebendo. Agora, nosso meio, quando acontece coisa errada no nosso meio militar, o bicho pega. Estão sendo identificados, vão pagar, vão devolver o dinheiro e vão pegar uma punição disciplinar. Coisa que não acontecem com frequência em outras aras. Nosso meio, fez besteira, paga. São militares, mas são jovens que prestam serviço militar obrigatório", concluiu.

Por Guilherme Mazui, G1 — Brasíllia

'Não é a postura que se espera de um Chefe de Estado', diz Camilo sobre conteúdo falso compartilhado por Bolsonaro

É #FAKE que número de mortes por doenças respiratórias no 
Ceará em 2020 é menor que em 2019 — Foto: Fernanda 
Garrafiel/G1

13 de MAIO 2020 - O governador do Ceará, Camilo Santana, usou as redes sociais para criticar o presidente Jair Bolsonaro, que compartilhou conteúdo falso sobre o número de mortes no estado. A mensagem afirmava, incorretamente, que o número de mortes por doenças respiratórias no Ceará caiu entre 16 de março e 10 de maio de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019.

"Usar redes sociais para postar notícias falsas já é algo inaceitável, principalmente em meio a uma gravíssima crise. Quando tal atitude parte da maior autoridade do País, e de forma repetida, ganha contornos mais preocupantes. Não é a postura que se espera de um Chefe de Estado", afirmou Santana.

O Instagram ocultou um post com conteúdo falso replicado nesta segunda-feira pelo presidente Jair Bolsonaro nos stories de sua conta oficial.

Por G1

Idoso que precisa de transplante de pulmão pega coronavírus e se recupera após 7 dias internado; 'Ele estava confiante', diz filho


Raimundo Goms dos Santos se recuperou do coronavírus — Foto: Cedida

12 de MAIO 2020 - O aposentado Raimundo Gomes dos Santos, de 63 anos, recebeu alta de um hospital particular de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, no domingo passado (10) após se recuperar do novo coronavírus. A situação dele necessitou de atenção especial, já que, além de idoso, ele tem fibrose pulmonar e apenas 30% do órgão funciona normalmente.

Raimundo ficou 7 dias internado, sendo cinco deles na UTI, mas, apesar da idade e da doença, que poderiam agravar o quadro, sequer precisou ser entubado. "Ele necessitou de oxigênio e soro na UTI", contou o filho Luan Ítalo de Morais, de 26 anos.

Segundo Luan, os médicos alertaram sobre os riscos e deram "muita atenção a ele". Apesar disso, o pai sempre se mostrou esperançoso. "Ele estava confiante , é muito apegado a Deus", falou o filho. "Estava tomando uns 10 medicamentos por dia".

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Ex-fumante, Raimundo teve fibrose pulmonar detectada em 2014, quando precisou, por conta da doença, se aposentar do trabalho - ele era bancário. Assim que a doença foi diagnosticada, a recomendação médica era para um transplante, já que apenas 30% do órgão de Raimundo estava funcionando normalmente.

"Ele sempre precisou do transplante, desde que soube da doença, mas nunca quis fazer, porque tinha receio", lembrou Luan.

Por conta da doença, o ex-bancário sempre tinha sintomas como tosse cansaço. "Ele sempre cansava, mas dessa vez ele cansou muito. E ele apresentou febre no dia anterior. Então decidimos levá-lo ao hospital", falou.

Ele deu entrada no hospital no dia 3 de maio e foi direto para a UTI. Recuperado, Raimundo está em casa e segue em isolamento por recomendação médica.

Por Leonardo Erys, G1 RN

Pesquisadores desenvolvem respirador mecânico no RN para casos de coronavírus; projeto aguarda aprovação da Anvisa


Respiradores foram desenvolvidos por equipe de engenheiros 
do Senai — Foto: Divulgação

12 de MAIO 2020 - Pesquisadores do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis do Rio Grande do Norte (ISI-ER) desenvolveram um respirador mecânico invasivo com a intenção de que seja usado para casos graves de pacientes com o novo coronavírus no estado.

O aparelho passa atualmente por avaliação de calibração e testes (pré-clínicos e clínicos) e depois será levado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para validação e, caso aprovado, consequente produção em série.

O respirador foi desenvolvido por engenheiros e técnicos do Instituto Senai em parceria com a UFRN, responsável pela fase de testagem clínica. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) também participa atuando na etapa de documentação do projeto para aprovação e licenciamento na Anvisa.

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O aparelho começou a ser pensado em março, segundo o diretor do ISI-ER, Rodrigo Mello, com a previsão do aumento dos casos no RN. As três dificuldades impostas foram o prazo, devido à urgência para produção, a escassez de material, e a oferta de preço mais acessível.

O protótipo foi concluído em cerca de 45 dias. O prazo para fabricação em alta escala depende, agora, da validação da Anvisa. “Estamos trabalhando hoje na calibração dos equipamentos, na fase de testagem clínicas feitas por especialistas e pesquisadores da área médica e também na elaboração do dossiê que será submetido à Anvisa para liberação do produto e da fabricação”, explicou Mello.

Para driblar a falta de componentes e peças da indústria da medicina, o projeto tem usado tecnologias da indústria de óleo e gás. “Essa era uma condição, que pudéssemos desenvolver com peças que temos conhecimento e encontrássemos no mercado”, disse o diretor.

Além disso, a montagem do equipamento é rápida, o que pode dar celeridade à produção. “A montagem é simples e pode ser feita por técnicos em eletromecânica ou em eletrotécnica”, explicou o coordenador de Pesquisa do IS-ER, o engenheiro mecânico Antônio Medeiros,

Como está sendo feito para atender a demanda dos hospitais e sem fins comerciais, o custo para aquisição é estimado, segundo o diretor do ISI-ER, entre R$ 10 mil a R$ 15 mil a unidade, segundo o Senai. No mercado, os aparelhos de ventilação mecânica vão de R$ 52 mil a até R$ 400 mil.

Procura

Segundo o diretor do ISI, grandes empresas do setor de automação do país entraram em contato interessados em reproduzir o modelo. “Quando tivermos a licença da Anvisa, há empresas que já solicitaram a liberação do projeto e estão aguardando a nossa patente para desenvolver o nosso protótipo”, explicou Mello.

O ISI-ER também vai pleitear com a Anvisa a liberação para fabricação do equipamento em suas instalações. O instituto tem capacidade para confeccionar 1 mil equipamentos.


Respirador mecânico invasivo com modo de operação 
controlada por pressão desenvolvido pelo SENAI-RN — Foto: Divulgação

O respirador mecânico invasivo, que tem a operação controlada por pressão, monitora o volume de ar inspirado pelo paciente. Ele é para casos mais graves do coronavírus, em que se necessita a entubação.

O equipamento desenvolvido no RN trabalha com pressão máxima de 60 centímetros de água e com controle de PEEP, possui tela "touch" com um quadro de comando que atendem aos requisitos exigidos para responder as necessidades do paciente e da equipe de profissionais, além de dispor de banco de dados, sistema de volume, alarme e ser de fácil higienização e manutenção.

Por G1 RN

No Dia Internacional da Enfermagem, PM impede profissionais de fazer manifestação em Brasília


Boneco representando o presidente Jair Bolsonaro em 
protesto na Torre de TV, em Brasília — Foto: Brunna 
Palmer/Acervo pessoal

12 de MAIO 2020 - Na data em que é comemorado o Dia Internacional da Enfermagem (12), um grupo de servidores da saúde do Distrito Federal foi proibido, pela Polícia Militar, de realizar um ato na Torre de TV, região central de Brasília. Eram cerca de 15 pessoas, usando máscaras e respeitando o distanciamento entre elas, que tentavam inflar um boneco que representava uma caricatura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo o grupo, o ato era em solidariedade às famílias dos mais de 12 mil mortos em decorrência da Covid-19 no Brasil. Porém, depois de 10 minutos que o boneco tinha sido montado, a PM chegou ao local e pediu para que os manifestantes o esvaziassem e terminassem com a manifestação.

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A justificativa da Polícia Militar foi que o ato ia contra o decreto n° 40.509 de 11 de março, do governador Ibaneis Rocha, que proíbe eventos, de qualquer natureza, que exijam licença do poder público.

Durante a tarde, a PM informou que "não impediu a manifestação, foi feito apenas uma orientação quanto a aglomeração de pessoas". Por meio de nota, a corporação disse ainda que " o boneco, obrigatoriamente, não poderia permanecer no local, visto que os manifestantes não possuíam autorização para levantar a estrutura. Desse modo, os manifestantes retiraram o boneco antes da chegada do DF Legal".

No sábado (9), um ato favorável ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorreu na Esplanada dos Ministérios, sem intercorrências (veja informações abaixo). À ocasião, a Secretaria de Segurança Pública do DF informou que "realizar manifestação é um direito fundamental expresso no inciso XVI, do Artº 5, da Constituição Federal".
PM manda esvaziar boneco que representava o presidente
Jair Bolsonaro em protesto na Torre de TV — Foto: G1 DF


De acordo com sociólogo e ativista Raphael Sebba, que era um dos manifestantes, a justificativa da polícia não era "muito convincente", porque "o grupo era pequeno e estava mantendo distanciamento social".

Outras manifestações

Desde o começo do mês de maio, Brasília vem sendo palco de manifestações pró-governo, na Esplanada dos Ministério e Praça dos Três Poderes.


Manifestantes fazem carreata em apoio ao presidente 
Bolsonaro, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

No último sábado (9), uma carreata em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e contra os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), aconteceu por volta das 11h e ocupou quatro faixas do Eixo Monumental. As vias foram liberadas às 14h40.

Em um trio elétrico que acompanhou o percurso, os organizadores colocaram um boneco inflável com o rosto de Rodrigo Maia, que segurava um símbolo de dinheiro, vestia uma camisa com o escudo do Vasco e a logomarca da empresa Odebrecht.



Apoiadores de Jair Bolsonaro fazem ato em apoio ao 
presidente, em Brasília — Foto: TV Globo

A Polícia Militar acompanhou a carreata e, segundo a corporação, não houve registro de incidentes relacionados à manifestação. No local, militares orientaram o grupo a evitar aglomerações.

Apesar da concentração de pessoa, em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o ato não precisou de licença do GDF para ocorrer.


Leia mais notícias sobre a região no G1 DF.

BRASÍLIA  DISTRITO FEDERAL

Por Brenda Ortiz, G1 DF

Bolsonaro compartilha conteúdo falso, e Instagram oculta postagem do presidente


O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista em Brasília —
Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

12 de MAIO 2020 - O Instagram ocultou um post com conteúdo falso replicado nesta segunda-feira pelo presidente Jair Bolsonaro nos stories de sua conta oficial. A mensagem afirmava, incorretamente, que o número de mortes por doenças respiratórias no Ceará caiu entre 16 de março e 10 de maio de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019.

Neste intervalo de 2019, foram registradas 1.976 mortes por doenças respiratórias no estado, enquanto, em 2020, foram 2.639 mortes. O aumento foi de 33% durante o período da pandemia do novo coronavírus.

 É #FAKE que número de mortes por doenças respiratórias no Ceará em 2020 é menor que em 2019

 Coronavírus matou mais pacientes do que AVC, infarto e câncer de pulmão no Ceará

A imagem compartilhada por Bolsonaro tem circulado nas redes sociais, mas chegou a ele depois de ter sido postada pelo deputado estadual André Fernandes (PSL-CE).

Citando como fonte o Portal da Transparência do Registro Civil, que reúne dados dos cartórios, a postagem afirma que, no período, houve 6.377 mortes em 2019 e 6.296 em 2020. E pergunta: "Por que em 2019 não teve o mesmo alarde?"

Além de mortes por doenças respiratórias, o número divulgado pelo presidente também inclui mortes por septicemia, causas indeterminadas e "demais óbitos", o que inclui homicídios e acidentes.

A mensagem foi checada pela Agência Lupa, que tem uma parceria de verificação de notícias com o Facebook, empresa controladora do Instagram. O aviso inserido marca o post como falso e explica que o conteúdo foi checado. Ainda assim, é possível ver a informação caso o usuário queira.

O Fato ou Fake, serviço de checagem de fatos do Grupo Globo, também conferiu a veracidade da informação divulgada pelo presidente. É #FAKE.

A situação no Ceará

Na segunda-feira (11), até às 17h, o Ceará ultrapassou a marca de 1,1 mil óbitos em razão do novo vírus. Outras 334 mortes suspeitas da doença seguem em investigação. No Brasil, o Ceará é o terceiro em mortes provocados pela Covid-19 no Brasil e, atualmente, fica atrás apenas de São Paulo (3.743) e Rio de Janeiro (1.770).

O número de mortes provocadas pela Covid-19 no Ceará já é maior que o registrado em pelo menos 141 países do mundo, segundo dados da universidade estadunidense Johns Hopkins, que mapeia, em tempo real o número de casos confirmados e óbitos pela doença ao redor do globo.

A análise considera locais onde a pandemia já está em declínio; onde ela acabou de começar; ou que têm curva epidemiológica parecida com a do estado.

Um levantamento do G1 mostra que a Covid-19 matou sozinha, nos meses de março e abril, mais pacientes no Ceará que as causas historicamente mais comuns de óbitos juntas no estado, como: infarto, AVC e câncer de pulmão (tipo mais recorrente de neoplasia). Juntas, as três causas mataram, em março e abril, 579 pessoas no estado. Nesse mesmo período, o Ceará teve 705 pacientes mortos por coronavírus.

Tratam-se de números oficiais – que deixam de fora a possível subnotificação dos óbitos pela doença – e constam no IntegraSUS, plataforma pública da Sesa que, tem, dentre outras informações, os indicadores da mortalidade nos 184 municípios do Ceará nos últimos 10 anos.

O IntegraSUS compila dados mensais, o que impediu a inclusão de maio no comparativo. Os indicadores de maio mostram que, nos primeiros nove dias, o estado teve pelo menos 409 novos óbitos por Covid-19.


Por G1

Justiça torna réus manifestantes que fizeram ato contra Alexandre de Moraes em SP

Bolsonaristas protestam em frente ao prédio do ministro do 
STF Alexandre de Moraes em São Paulo — Foto: 
Reprodução/Redes sociais

12 de MAIO 2020 - A Justiça de São Paulo aceitou nesta terça-feira (12) a denúncia feita pelo Ministério Público contra dois apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que participaram de um protesto no dia 2 de maio em frente ao prédio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Antonio Carlos Bonzeri e Jurandir Alencar viraram réus por ameaça, difamação, injúria e perturbação do sossego.

O juiz Márcio Sauandag, da 22ª Vara Criminal, aceitou a denúncia por considerar que "há indícios de autoria e materialidade delitivas" e deu o prazo de dez dias para que os denunciados apresentem suas defesas por escrito.

Na denúncia do MP, a promotora Alexandra Milaré Santos pediu que as penas fossem agravadas pelo fato de os crimes terem sido cometidos contra funcionário público, em razão de suas funções, e na presença de várias pessoas. Além disso, o pedido de agravo também foi feito por as ofensas terem sido realizadas durante evento de "calamidade pública", ou seja, durante a pandemia do novo coronavírus.

"[os manifestantes] Permaneceram por aproximadamente 2 horas em via pública, oportunidade em que, utilizando-se de um microfone acoplado a alto-falante em um carro de som, realizaram diversas ameaças à vítima, tais como 'você e sua família jamais poderão sair nas ruas deste país, nem daqui há vinte anos' e 'nós iremos defenestrá-los da terra', bem como pelo fato de possuírem um caixão acoplado em um dos automóveis utilizados, simulando a morte do ofendido", justificou a promotora.

Antônio Carlos Bronzeri também foi alvo de outra ação do MP na sexta-feira (8), que retirou do ar vídeos de sua autoria que difundiam a falsa informação de que a pandemia da Covid-19 não existe.

O advogado dos réus Danilo Garcia de Andrade: afirmou que "é uma inverdade do Ministério Público o uso de caixão na porta do ministro Alexandre de Moraes; também não houve utilização de caminhão de som ou de carro de som na manifestação. Foi usado um veículo particular Zafira, onde foi colocada uma caixa de som em cima deste automóvel."

Ele informou ainda que a defesa irá se manifestar no processo em um prazo de dez dias.

Distância de 200 m

A Justiça de São Paulo já havia determinado no domingo (3) novas punições para os dois bolsonaristas que foram presos em flagrante no sábado (2) durante o protesto em frente ao prédio do ministro, em São Paulo.

A decisão proibiu Antonio Carlos Bonzeri e Jurandir Alencar de manterem qualquer contato com o ministro, pessoal ou indireto, por qualquer meio de comunicação, devendo manter distância mínima de 200 metros de Alexandre de Moraes.

Além disso, também foi determinado recolhimento domiciliar durante a noite e nos dias de folga para os acusados, proibição de deixar a cidade por mais de 8 dias sem autorização judicial, e comparecimento bimestral em juízo assim que as atividades presenciais do Tribunal de Justiça de São Paulo forem retomadas.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o engenheiro de 64 anos e autônomo de 58 anos foram presos em flagrante no sábado (2) por difamação, injúria, ameaça e perturbação sossego alheio. Após pagarem fiança, foram colocados em liberdade. Um empresário de 35 anos, que também foi detido durante o protesto, foi autuado por perturbação de sossego e, após registro do termo circunstanciado, foi liberado.

"Em se tratando de aparentes crimes contra a honra e havendo representação da vítima, [...] a cautelar de proibição de contato se mostra razoável e proporcional. Pelas imagens que foram veiculadas pela imprensa, [...] é possível verificar-se que os autuados pretendiam e queriam manter com a vítima algum tipo de contato, o que não é, evidentemente, o meio adequado para se exercer a liberdade de manifestação e expressão, constitucionalmente garantidas", afirma a juíza Carla de Oliveira Ferrari na decisão, que atendeu a pedido do Ministério Público.

No documento, ela também aponta para o descumprimento das medidas de isolamento social pelos manifestantes.

"Os fatos ocorreram em meio a uma pandemia mundial, durante a qual o isolamento social é tido como a medida mais eficaz para o combate à rápida proliferação do vírus. Apesar disso, os autuados descumpriram as orientações das autoridades sanitárias e também das autoridades do Executivo local, provocando aglomeração, com sério risco à saúde dos presentes e também daqueles que acabaram tendo de ser acionados em função da ocorrência."

Protesto em frente ao prédio

Cerca de 15 pessoas se reuniram com bandeiras do Brasil, cartazes e uma caixa de som e gritaram ofensas contra Alexandre de Moraes e palavras de ordem contra o Supremo em frente ao prédio do ministro. A Polícia Militar foi acionada e os três homens foram detidos.

Na quarta-feira (29), Moraes suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal. O ministro alegou desvio de finalidade, já que havia indícios de que o presidente usaria o cargo para coletar informações de processos.

Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro, foi escolhido pelo presidente da República para chefiar a PF, em substituição a Maurício Valeixo. A demissão de Valeixo por Bolsonaro levou à saída do então ministro da Justiça Sergio Moro, que acusou o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal.

O ministro afirmou à TV Globo que representou os manifestantes para a delegada do 14º Distrito Policial, onde o caso será investigado. "Prisão em flagrante documentada com áudios e vídeos. Já representei para a delegada prosseguir com o inquérito", disse Moraes.

De acordo com a PM, o ato começou às 16h30 e foi encerrado às 17h40 do sábado.

Por Marina Pinhoni e Léo Arcoverde, G1 SP e GloboNews — São Paulo

COLOCANDO OS PINGOS NOS Is.


Olá povo bonito e inteligente! Sem politicagem, pois politicagem é para QI minguado; ou seja, para pessoas sem muita inteligência;
vamos para o que interessa de fato. Eu fico analisando o comportamento desobediente e irresponsável de uma acentuada parcela da população, inclusive do chefe da nossa Nação; que diga-se de passagem: "Deveria passar para os governados, bom exemplo", e chego à uma drástica conclusão: Não estão dando a mínima importância para a problemática que envolve o mundo inteiro. Pessoas de todas as raças, credos, classes sociais, culturas, estão morrendo aos montes, vitimadas pelo coronavírus; a preocupação e a incerteza do amanhã, pesa sobre as populações; porém, aqui no Brasil, alguns teimam em brincar com a alarmante situação; não sei se é porque o Brasil é riquíssimo de ditos populares, tipo: "Tudo termina em pizza; ou: No Brasil, tudo é samba e carnaval, e ainda esse: Deus é Brasileiro"; a verdade é que, quando uma autoridade sai às ruas em plena pandemia de coronavírus; sem máscara, gerando aglomeração e tumultuo; tanto o causador quanto os que participam disso, estão zombando dos médicos(as) e enfermeiros(as) que passam a noite inteira em plantões hospitalares, cuidando de infectados e arriscando suas próprias vidas; estão ignorando os trabalhos dos agentes de saúde que orientam a população, estão minimizando as mortes já ocorridas e dançando sobre a dor dos que choram seus mortos; é um total desrespeito à vida, e gritantemente lamentável que o nosso Brasil, tenha parido filhos  tão maus. Que Deus tenha piedade. Isto é o que eu penso. 

Chico Filho.

Governo contrata 293 profissionais da saúde para atuar no combate ao coronavírus no RN


12 de MAIO 2020 - O Governo do Rio Grande do Norte convocou 293 profissionais da saúde que atuarão no combate à pandemia do novo coronavírus em todo o estado. A contratação é referente ao processo para Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público que prevê o chamamento gradual de 888 profissionais. A publicação foi feita no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (12).

Foram convocados enfermeiros, farmacêuticos, bioquímicos, biomédicos, fisioterapeutas, técnicos em enfermagem, técnicos em radiologia, higienistas hospitalar, maqueiros e médicos plantonistas que poderão trabalhar nas unidades da rede estadual pelo prazo de seis meses.

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A homologação do resultado da contratação temporária foi publicada no dia 15 de abril. Os candidatos deverão confirmar a contratação mediante regularização junto à Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) em duas etapas: agendamento e atendimento. Todas as informações sobre cadastro e documentação necessária podem ser acessadas aqui, na página 2.

Ao todo, R$ 19 milhões serão usados para garantir as contratações, de acordo com o Executivo. O sistema de recrutamento utilizado foi desenvolvido especificamente para o edital pelo Instituto Metrópole Digital (IMD) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Por G1 RN

Bolsonaro inclui salão, barbearia e academia como atividades essenciais


Bolsonaro inclui salão, barbearia e academia como atividades essenciais

12 de MAIO 2020 - No meio de entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Nelson Teich, foi surpreendido com uma edição extra do Diário Oficial com a classificação de três novas categorias como atividades essenciais: academias de ginástica, salões de beleza e barbearia.

O presidente Bolsonaro defendeu que essas atividades estão relacionadas com a saúde porque tratam do corpo e da higiene, mas no decreto estabeleceu que as atividades precisam obedecer à determinação do Ministério da Saúde para garantir a segurança sanitária de clientes e profissionais. Ao ser questionado, Teich deixou claro que não sabia dessa mudança.

“O que eu acho hoje é o seguinte: se você criar um fluxo que impeça que as pessoas se contaminem, e se você criar condições e pré-requisitos para que você não exponha as pessoas ao risco de contaminação, você pode trabalhar retorno de alguma coisa. Agora, tratar isso como essencial é um passo inicial, que foi uma decisão do presidente, que ele decidiu isso aí. Saiu hoje isso? Decisão de? Manicure, academia, barbearia.... Não é atribuição nossa, é uma decisão do presidente. A decisão de atividades essenciais é uma coisa definida pelo Ministério da Economia. E o que eu realmente acredito é que qualquer decisão que envolva a definição como essencial ou não, ela passa pela tua capacidade de fazer isso de uma forma que proteja as pessoas. Só para deixar claro que isso é uma decisão do Ministério da Economia. Não é nossa”, disse Teich.

Mesmo com o decreto, a liberação dessas atividades não é automática. Uma decisão do Supremo garantiu que as medidas de enfrentamento ao coronavírus são de responsabilidade de governadores e prefeitos, que determinam quais atividades podem funcionar em cada cidade ou estado.


MINISTÉRIO DA SAÚDE

MPF pede que Youtube retire do ar vídeo em que pastor Valdemiro Santiago oferece feijão para cura do coronavírus em SP


O pastor Valdemiro Santiago de Oliveira, líder da Igreja 
Mundial do Poder de Deus (IMPD), anuncia sementes de feijão 
com supostos poderes de cura da Covid-19. — Foto: 
Reprodução/Youtube

11 de MAIO 2020 - O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo enviou nesta segunda-feira (11) um ofício ao presidente da empresa Google no Brasil, responsável pela plataforma de vídeos YouTube, solicitando a retirada do ar de vídeos em que o pastor neopentecostal Valdemiro Santiago de Oliveira, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), aparece oferendo sementes de feijão com supostos poderes de cura do coronavírus.

O MPF deu cinco dias para que o Google responda o ofício, que foi protocolado pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC). No documento, os procuradores de SP também pedem que a empresa mantenha o material "preservado e acautelado em arquivos e na íntegra", bem como o registro do quantitativo de acessos a eles, para "eventuais e futuras providências de responsabilização processuais".

O ofício é mais uma ação do MPF na notícia crime enviada na sexta-feira (8) ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pedindo investigação do pastor Valdemiro Santiago por suposta prática de estelionato.

O procurador federal Wellington Cabral Saraiva, da Procuradoria Regional da República da 5ª Região, no Recife (PE), afirma que o líder Igreja Mundial “usa de influência religiosa e da mística da religião para obter vantagem pessoal (ou em benefício da igreja), induzindo vítimas em erro, pois não há evidência conhecida de cura da Covid-19 por meio de alguma divindade nem por ingestão ou plantação de feijões mágicos”.

“O noticiado não fala explicitamente em pagamento, pois emprega a palavra-código “propósito”. As vítimas não fariam pagamentos, mas “propósitos”. A despeito do disfarce linguístico, o ardil está claro: os fiéis devem pagar valores predeterminados para obter feijões mágicos que os poderão curar da Covid-19, mesmo em casos graves”, afirma Wellington Cabral Saraiva.

No vídeo, o pastor Valdemiro Santiago fala da planta e pede o "propósito de R$ 100 a R$ 1 mil" por ela.

"Na última reunião de bispos e pastores, apresentando com exame, com laudo médico, gente curada de coronavírus. Em estado terminal, podemos dizer assim. Gravíssimo, num estado muito avançado. E Deus operou e fez maravilha. E tá ali o exame, para quem quiser. Seria bom uma reportagem na Globo, na Bandeirantes, na Record, no SBT, na Redetv, para mostrar ao povo o poder de Deus. Aí você vê como é importante a semente, a semeadura. Então o povo obedeceu a José e semeou na terra. E a terra deu o retorno. Toda família se fartou e conseguiu venceu a crise, a epidemia", diz o pastor.

"A notícia-crime foi enviada ao MP-SP porque o crime a ser investigado é de competência da Justiça Estadual, e o MPF atua perante a Justiça Federal", justificou os procuradores federais.

'Deboche da boa-fé'

Na notícia crime enviada aos promotores de São Paulo, o procurador do MPF também afirma que o pastor Valdemiro Santiago “praticamente debocha da boa-fé de seus seguidores, informando que as sementes germinarão e na planta estará escrito ‘Sê tu uma bênção’”– que é o slogan místico-publicitário da organização religiosa comandada por ele.

“Não se pode, a título de liberdade religiosa, permitir que indivíduos inescrupulosos ludibriem vítimas vulneráveis e firam a fé pública. Não se trata de coibir as pessoas em geral de professar a fé que desejarem e de cultuar as divindades de sua preferência, na forma de sua escolha. Trata-se de impedir que determinados indivíduos se valham desse conjunto de crenças para obter vantagem econômica ilegítima, valendo-se da crendice alheia, mediante sofisticados esquemas publicitários, psicológicos e tecnológicos”, argumenta o procurador.

Wellington Cabral Saraiva afirma que, ao pedir a investigação do pastor Valdemiro Santiago em São Paulo, o MPF não tem intenção de interferir na fé religiosa das pessoas que frequentam a igreja Igreja Mundial do Poder de Deus.

“Não se pretende, obviamente, que o estado interfira na liberdade religiosa (assegurada pelo art. 5o , VI, da Constituição da República) e determine como líderes religiosos se relacionam com os seus fiéis nem como estes devem exercer sua autonomia de crença.(...) A liberdade religiosa, porém, não é direito absoluto (como não o é nenhum dos direitos fundamentais da Constituição). Pode e deve ser alvo de escrutínio estatal quando fira outros preceitos da ordem jurídica”, explica.


A notícia-crime do procurador federal Wellington Saraiva 
contra o pastor Valdemiro Santiago de Oliveira. — Foto: 
Reprodução

Outro lado

Por meio de nota, a Igreja Mundial do Poder de Deus disse neste sábado (9) que "a campanha do mês de maio 'sê tu uma benção', representado pela semente do feijão, não se refere a venda de uma 'promessa de cura', mas sim o início de um propósito com Deus".

Segundo a instituição, "a semente é uma figura de linguagem, amplamente mencionada nos textos bíblicos, para materializar o propósito com Deus" e que não há nenhum oferta de venda de cura por parte do pastor Valdemiro Santiago.

"Nos vídeos não há menção de nenhuma venda, o que rechaçamos veemente, haja vista que trata-se de uma sugestão de oferta espontânea, não tendo nenhuma correlação com venda de quaisquer espécies", diz a nota da igreja.

A Igreja Mundial do Poder de Deus afirma, ainda, que "a instituição, ao longo de todos esses anos, tem o único e exclusivo propósito de propagação da fé Cristã, onde todas as nossas atitudes se baseiam nos princípios bíblicos, na ética e na legalidade".

Por G1 SP — São Paulo

URGENTE: Secretaria M. de Saúde confirma dois primeiros casos do COVID-19 em Umarizal

11 de MAIO 2020 - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) acaba de confirmar na manhã dessa segunda-feira (11/05) os DOIS PRIMEIROS CASOS DO CORONAVÍRUS (COVID-19) em Umarizal/RN.

Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, trata-se de dois homens, um de 38 anos, sem histórico de comorbidades, e o outro com 55 anos, com problemas renais. Ambos os casos possuem histórico de viagens recentes.

Os dois pacientes apresentam SINTOMAS LEVES, estão sendo monitorados, em isolamento domiciliar e orientados pela equipe de Saúde.

A SMS reforça a necessidade de manter o ISOLAMENTO SOCIAL, assim como o uso de máscaras e álcool gel.

Blog do Evando Lima
Informações: Secretaria Municipal de Saúde

Do Blog Ideias e Fatos: Evitem passeios e viagens sem necessidade; se livre do coronavírus e livre quem você ama. Não sejam irresponsáveis; preservem a vida.  

Pelo menos 70 pessoas são detidas por descumprir isolamento social e participar de evento de motos no RN


70 pessoas foram detidas por descumprir medidas de 

isolamento social no interior do RN — Foto: PM/Divulgação

11 de MAIO 2020 - Pelo menos 70 pessoas que participavam de um evento de motociclistas foram detidas e levadas à delegacia, no final da tarde de domingo (10), por descumprirem os decretos estaduais que determinam isolamento social, entre outras medidas, para reduzir o contágio do novo coronavírus. O caso aconteceu no município de Caraúbas, no Oeste potiguar, segundo informou a Polícia Militar.


De acordo com a corporação, policiais do 12° Batalhão da PM realizaram uma operação após receberem a informação de que havia a promoção de um evento de motocross na cidade, o que estaria provocando a aglomeração de pessoas.

No local, os policiais confirmaram as irregularidades e ainda constatam que muitas pessoas que estavam assistindo ao evento não utilizavam máscaras de proteção - mais um descumprimento de determinação do poder público estadual e municipal.

. MAPA DO CORONAVÍRUS: as cidades com infectados e o avanço dos casos

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"Com a constatação do ilícito penal de infringir determinação do poder público destinada a impedir a propagação de doença contagiosa, os policiais efetuaram a apreensão das motocicletas utilizadas no evento, bem como a condução de mais de 70 pessoas à Delegacia de Polícia Civil para prestar depoimentos e realização dos procedimentos legais", informou a corporação.

Ainda de acordo com Polícia Militar, os conduzidos à delegacia podem ser autuados pelo artigo 268 do Código Penal, que estabelece a detenção de um mês a um ano, e multa para quem infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa.

Por G1 RN