Secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, diz que RN vai
receber 54.900 doses nesta quarta (24). — Foto: Reprodução
24 de FEVEREIRO 2021 - O Rio Grande do Norte deverá receber 54.900 doses de vacinas contra Covid-19 nesta quarta-feira (24), segundo o secretário de saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia. De acordo com o gestor, a informação foi confirmada por meio de uma nota técnica do Ministério da Saúde emitida nesta terça-feira (23). Com a chegada dos imunizantes, o estado deverá começar a vacinação de idosos a partir dos 80 anos.
Segundo Cipriano Maia, são previstas 35.500 doses da vacina de Oxford, que deverão ser aplicadas em idosos acima dos 80 anos e profissionais de saúde de alguns municípios, que ainda não foram imunizados. Também será iniciada a vacinação de indígenas - cerca de 3 mil. O estado também deve receber 19.400 doses da CoronaVac, porém, como guarda a segunda dose em estoque, pouco mais de 9,2 mil idosos deverão ser atendidos.
Após o Supremo Tribunal Federal confirmar que estados e municípios podem adquirir vacinas, o secretário lembrou que o estado já havia assinado um termo confirmando interesse pela compra direta da CoronaVac ao Instituto Butatã e também participa de negociações dos estados do Nordeste para tentar comprar a vacina Sputinik.
"Mas a nossa defesa continua sendo a vacina para todos através do Plano Nacional de Imunização, com recursos federais já alocados por medida provisória, para que não tenhamos esse desequilíbrio entre regiões e municípios que têm mais recursos, prejudicando segmento da população de regiões e estados mais pobres", afirmou em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi.
O secretário ainda afirmou que a autorização da compra por parte dos próprios estados foi resultado do atraso no acesso às vacinas. "Esperamos que isso seja superado e mesmo que haja aquisição de estados e municípios, haja alocação de recursos do Ministério da Saúde para não criarmos desequilíbrio, porque o brasileiro tem direito ao acesso à saúde em qualquer lugar do Brasil".
Questionado sobre a compra de vacinas por meio do consórcio dos governos dos estados nordestinos, que pagou por respiradores que não foram entregues, o secretário afirmou que a realidade é diferente.
"Aquele foi um momento particular, em que havia escassez de insumos e você tinha que pagar antecipado, mas ficou o aprendizado. Os laboratórios não conhecidos nacionalmente e internacionalmente. Não corremos esse risco no caso da vacinação", disse.
Leitos
Diante da pressão por leitos, Cipriano afirmou que o estado deverá superar nesta semana o número máximos de leitos para Covid-19 abertos no período da primeira onda da doença no estado, no meio de 2020. Porém, ele considerou que todo o esforço por abertura de UTIs não será suficiente se a população não adotar as medidas de prevenção.
"Estamos criando cerca de 60 leitos, mas todo o sistema de saúde tem seus limites, não podemos criar leitos do dia para a noite. É necessário pessoal, insumos, esforços, e tudo isso tem limite. Não é a expansão de leitos que resolve o problema, porque muitas pessoas podem ter um leito e ainda assim não salvar a vida. O que salva vida é evitar contaminação e a infecção. E isso se faz com as medidas restritivas e o isolamento social que temos recomendado", declarou.
Por G1 RN
24 de FEVEREIRO 2021 - O Rio Grande do Norte deverá receber 54.900 doses de vacinas contra Covid-19 nesta quarta-feira (24), segundo o secretário de saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia. De acordo com o gestor, a informação foi confirmada por meio de uma nota técnica do Ministério da Saúde emitida nesta terça-feira (23). Com a chegada dos imunizantes, o estado deverá começar a vacinação de idosos a partir dos 80 anos.
Segundo Cipriano Maia, são previstas 35.500 doses da vacina de Oxford, que deverão ser aplicadas em idosos acima dos 80 anos e profissionais de saúde de alguns municípios, que ainda não foram imunizados. Também será iniciada a vacinação de indígenas - cerca de 3 mil. O estado também deve receber 19.400 doses da CoronaVac, porém, como guarda a segunda dose em estoque, pouco mais de 9,2 mil idosos deverão ser atendidos.
Após o Supremo Tribunal Federal confirmar que estados e municípios podem adquirir vacinas, o secretário lembrou que o estado já havia assinado um termo confirmando interesse pela compra direta da CoronaVac ao Instituto Butatã e também participa de negociações dos estados do Nordeste para tentar comprar a vacina Sputinik.
"Mas a nossa defesa continua sendo a vacina para todos através do Plano Nacional de Imunização, com recursos federais já alocados por medida provisória, para que não tenhamos esse desequilíbrio entre regiões e municípios que têm mais recursos, prejudicando segmento da população de regiões e estados mais pobres", afirmou em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi.
O secretário ainda afirmou que a autorização da compra por parte dos próprios estados foi resultado do atraso no acesso às vacinas. "Esperamos que isso seja superado e mesmo que haja aquisição de estados e municípios, haja alocação de recursos do Ministério da Saúde para não criarmos desequilíbrio, porque o brasileiro tem direito ao acesso à saúde em qualquer lugar do Brasil".
Questionado sobre a compra de vacinas por meio do consórcio dos governos dos estados nordestinos, que pagou por respiradores que não foram entregues, o secretário afirmou que a realidade é diferente.
"Aquele foi um momento particular, em que havia escassez de insumos e você tinha que pagar antecipado, mas ficou o aprendizado. Os laboratórios não conhecidos nacionalmente e internacionalmente. Não corremos esse risco no caso da vacinação", disse.
Leitos
Diante da pressão por leitos, Cipriano afirmou que o estado deverá superar nesta semana o número máximos de leitos para Covid-19 abertos no período da primeira onda da doença no estado, no meio de 2020. Porém, ele considerou que todo o esforço por abertura de UTIs não será suficiente se a população não adotar as medidas de prevenção.
"Estamos criando cerca de 60 leitos, mas todo o sistema de saúde tem seus limites, não podemos criar leitos do dia para a noite. É necessário pessoal, insumos, esforços, e tudo isso tem limite. Não é a expansão de leitos que resolve o problema, porque muitas pessoas podem ter um leito e ainda assim não salvar a vida. O que salva vida é evitar contaminação e a infecção. E isso se faz com as medidas restritivas e o isolamento social que temos recomendado", declarou.