Imagens mostram Dona Sônia em uma agência bancária após fazer uma transação: cheia de saúde, cuidava sozinha da própria vida e dos negócios. Dez dias depois, estava novamente numa agência, mas de cadeira de rodas, muito debilitada e cercada por duas mulheres.
Elas levaram o dedo de Sônia até a maquininha para autorizar transferências, e movimentaram uma fortuna.
20 imóveis e R$ 5 milhões no banco
Professora aposentada, Sônia Maria Pilar da Costa é descendente de portugueses e vivia numa casa em Vila Isabel. Dona de 20 de imóveis na Zona Norte do Rio de Janeiro e também herdeira de uma quinta – uma propriedade rural em Portugal –, Sônia tinha pelo menos R$ 5 milhões no banco. Fora o que ficava em casa, porque tinha o hábito de deixar parte dos aluguéis que recebia num cofre. Mas nunca foi de esbanjar, levava uma vida simples para alguém de tantas posses.
“Ela não ostentava. Uma pessoa muito simples”, conta o vizinho Alexandre Peres.
Todos estranharam quando uma nova inquilina, recém-chegada, conseguiu se aproximar de Sônia. Era Danielle Esteves de Pinho — segundo a polícia, uma criminosa que sabia como ganhar a confiança de idosos. E que não agia sozinha.
A amizade aparentemente desinteressada escondia o início de um golpe muito bem planejado por uma quadrilha especialista em enganar e roubar pessoas com um perfil parecido: mais velhas, sozinhas e ricas. Mesmo que isso custasse a vida da vítima.