Infecção pelo HPV se torna vilão por trás do câncer oral e de garganta.

13 de Fevereiro de 2013 - Há uma luz vermelha acesa na saúde pública: jovens que nunca fumaram nem beberam estão sendo cada vez mais afetados por tumores de boca e de garganta. Sombra de um tabu, em xeque, está a intimidade de qualquer indivíduo de vida sexual ativa. A maioria dos casos de câncer oral está associada à infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) — da família Papilomaviridae —, sexualmente transmissível e capaz de provocar lesões de pele e mucosa. É também esse vírus o responsável pelo desenvolvimento de 500 mil novos casos anuais de câncer de colo uterino nas mulheres.
Para o médico Sérgio Augusto Triginelli, com pós-doutorado em ginecologia oncológica, o momento é de alerta e de desmistificação. “O jovem está fazendo mais sexo. Ao mesmo tempo, tem bebido mais e usado mais drogas. Isso o deixa mais vulnerável, já que, alterado, o sujeito não é mais dono de seu controle”, considera. Até bem pouco tempo, câncer de boca e garganta era comum na população com mais de 50 anos, com histórico de alcoolismo e tabagismo. “Hoje, assim como o fumo está para o pulmão, o HPV está para os casos de câncer de colo do útero e oral”, alerta o especialista.

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