Vila Isabel comemora e chora vitória já esperada: é tricampeã!



13 de Fevereiro de 2013 - O jejum de sete anos da Azul e Branca de Noel Rosa, finalmente, foi quebrado nesta quarta-feira de Cinzas (13). Com apenas três décimos à frente da vice-campeã, Beija Flor de Nilópolis, a Vila sacudiu a Marquês de Sapucaí na manhã da última terça-feira (12) com uma grande homenagem ao agricultor brasileiro. Passou sem nenhum erro de evolução - ao contrário de outras gigantes como a Beija Flor de Nilópolis e a Unidos da Tijuca. 
O tradicional Azul e Branco cedeu lugar ao verde do campo. A  experiente carnavalesca Rosa Magalhães, como sempre, aliou o luxo das fantasias dos desfilantes à praticidade. Com peças leves, não faltou samba no pé e gogó para cantarolar os versos que Martinho da Vila e Arlindo Cruz compuseram para alavancar a agremiação da Zona Norte.

A carnavalesca Rosa Magalhães não acompanhou a apuração. Ficou em casa, de molho, com as pernas inchadas depois de passar noites em claro no barracão da Azul e Branca na cidade do samba.
Uma das musas mais disputadas pelos fotógrafos, a apresentadora da Band Sabrina Sato já chegou à Passarela do Samba dizendo que, independente do resultado, a Vila já tinha sido consagrada pelo público. Dito e feito.
"O povo já fez da Vila a grande campeã do carnaval, porque foi a única escola aplaudida durante todo o desfile e fez o povo cantar todo o samba. Independente do resultado da apuração, a Vila Isabel já ganhou", afirmou a musa, ainda sem saber que aquela era a escola eleita.

Se ainda nos preparativos para o carnaval deste ano a Unidos de Vila Isabel foi coberta de elogios pela escolha de seu samba, composto por nomes como Arlindo Cruz e Martinho da Vila, depois do desfile, a merecida paparicação foi estendida às alegorias, carros, fantasias e evolução. Num dia recheado de problemas em carros alegóricos de diversas agremiações, a Vila Isabel, já favorita ao título, despontou para o primeiro lugar no ranking. Foi difícil encontrar uma concorrente à altura.

O azul e branco cederam lugar ao verde, para que o Brasil rural e os hábitos do homem do campo fossem representados. Uma observação que não necessariamente precisa ser encarada como problema é que algumas alas estavam muito parecidas. Muito milho, muita palha. A carnavalesca construiu as alegorias de maneira bem linear. Com alas de sementes, plantação de algodão, imagens de plantação e também de devastação. 

Já no final do desfile os destaques foram o prefeito Eduardo Paes e o cantor e compositor Seu Jorge.  A dançarina Quitéria Chagas veio representando as festas caipiras. 
Quem achou que o enredo patrocinado engessaria e prejudicaria a escola, enganou-se. Os mais de R$ 3 milhões garantidos pela empresa de fertilizantes BASF contribuíram muito para a qualidade do material das alegorias e para o luxo dos carros.

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