26 de MAR 2013 - A reforma do Código Penal Brasileiro tem gerado muita polêmica. Uma das propostas dos juristas é a liberação do aborto por vontade da mulher até a 12ª semana de gestação. Quanto a esta medida, o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) se manifestou contra, na terça-feira (25).
O posicionamento é unânime entre os integrantes da instituição. “Da forma como está sendo discutido, ele [aborto] não será colocado no segundo plano, mas no primeiro plano como método contraceptivo. Isso trará consequências muito importantes e graves para a sociedade”, ressaltou o presidente da instituição, Salomão Rodrigues Filho.
A posição do Cremego é diferente da acatada pelo Conselho Federal de Medicina. No último dia 21, o conselho anunciou ser a favor de legalizar a interrupção da gravidez até o 3º mês.
Da mesma forma que os médicos, a população também está dividida em relação à legalização do aborto. A atendente Amanda Dantas é contra. "Tira o direito humano, eu não acho aceitável", justifica. A opinião é a mesma da estagiária Deiziane Martins. "Só se a mulher estivesse doente, com risco a vida dela ou do bebê", complementa a estudante.
Também há quem seja a favor dessa mudança no Código Penal, como a dona de casa Marcelina Santos. "Acho que o aborto tem que ser liberado porque tem tanta criança abandonada, que as mães não se preocupam", ressalta. A servidora pública Eliane Rassi também é a favor da legalização, mas diz que não interromperia uma gravidez. "Nada mais certo do que cada um resolver o que é melhor para si", argumenta.
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