Especialistas alertam sobre os riscos dos Descongestionantes Nasais.
7 de MAR 2013 - Quem nunca recorreu aos descongestionantes nasais para livrar-se da desagradável sensação de estar com o nariz entupido? Seja por resfriado, sinusite ou alergia, volta e meia, as narinas ficam obstruídas e quase sempre as gotinhas garantem alívio imediato. O problema é quando essa solução vira hábito e até vício.
“O uso contínuo do líquido vicia, fazendo com que o organismo precise cada vez mais de quantidade maior do remédio para ter o mesmo resultado. A longo prazo, os descongestionantes podem danificar a mucosa nasal e, até mesmo, provocar problemas cardíacos”, adverte o otorrinolaringologista, Pedro Cavalcanti.
A explicação é que as gotinhas têm efeito vasoconstritor, isto é, fazem com que os vasos sanguíneos do nariz desinchem. Pelo nariz ser um local muito vascularizado, quando entope, há a dilatação das veias, dificultando a respiração. Assim, o remédio atua.
O problema é que o descongestionante não deve ser usado por mais de três dias seguidos. Além disso, com o passar do tempo, a mucosa nasal passa a absorver pequenas quantidades da substância vasoconstritora e isso vai parar na corrente sanguínea. “Outro risco, apesar do assunto ainda não ter sido estudado com profundidade, é que se a pessoa usar demais pode desenvolver também pressão alta e taquicardia”, enumera o especialista.
Com tantos riscos, antes de sair se automedicando ou tornar-se dependente dos descongestionantes nasais, o importante saber por que o nariz está entupido. “A primeira orientação é buscar a causa da obstrução nasal. Os descongestionantes são paliativos, é preciso saber o que a pessoa tem de parar e entrar com a medicação adequada”, reforça Pedro Cavalcanti.
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