12 de ABRIL de 2013 - Dois integrantes de uma torcida organizada do Atlético-MG – Roberto Augusto Pereira e William Thomaz Palumbo – foram condenados a 14 anos de prisão na noite desta sexta-feira (12) por envolvimento na morte do torcedor cruzeirense Otávio Fernandes no dia 27 de novembro de 2010, que na época tinha 19 anos. A vítima foi espancada em frente a um ginásio que sediava um evento de luta em Belo Horizonte.
De acordo com a assessoria do Fórum Lafayette as penas são de 12 anos por homicídio e dois anos por formação de quadrilha. Ainda segundo o fórum, os réus foram absolvidos do crime de tentativa de homicídio.
A sessão no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, conduzida pelo juiz presidente Glauco Eduardo Soares Fernandes, teve início por volta das 9h40. O promotor Francisco de Assis Santiago representou o Ministério Público. A defesa foi feita pelo advogado Dino Miraglia Filho.
De acordo com a assessoria do Fórum Lafayette, não há data para o julgamento dos outros quatros denunciados, porque estes recorreram contra a sentença que determinou que eles vão a júri popular.
No dia 31 janeiro, seis integrantes da torcida atleticana foram levados a júri popular. Na data, dois foram condenados pela morte de Otávio Fernandes. De acordo com a sentença, João Paulo Celestino foi condenado a 15 anos e 10 meses e Marcos Vinícius de Oliveira a 17 anos, pelos crimes de homicídio qualificado - por motivo torpe e meio cruel - e formação de quadrilha. Segundo a sentença, a pena de Celestino foi reduzida porque ele tinha menos de 21 anos na época.
Os outros quatro réus julgados foram condenados a dois anos por formação de quadrilha: Cláudio Henrique Araújo, Windsor Serafim, Eduardo Ribeiro e Josimar Barros. Apenas os dois últimos aguardam a fase de recursos em liberdade. Araújo e Oliveira foram absolvidos do crime de tentativa de homicídio, contra um outro torcedor do Cruzeiro.
O crime
No dia da morte de Otávio Fernandes, os dois grupos de torcedores se encontraram na saída de um campeonato de vale-tudo em um ginásio na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. As imagens das câmeras de segurança de um shopping flagraram o espancamento do torcedor do cruzeiro, que acabou morrendo.
A denúncia do Ministério Público diz que, em novembro de 2010, os 12 acusados estavam num evento de luta livre na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Quando os líderes da Galoucura ficaram sabendo da chegada de membros da torcida rival, saíram da casa de shows e agrediram cinco torcedores, “com ações extremamente violentas”, utilizando paus e cavaletes, o que culminou na morte de Otávio Fernandes.
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