BOTA VENCE DE VIRADA, PULA PARA VICE E QUEBRA REAÇÃO DO FLA NO BRASILEIRÃO.



Decisivo

Gegê


Gegê esteve junto com Rafael Marques e Seedorf como destaque do Bota no clássico. O garoto fez um gol e deu a assistência para o outro.


Retrospecto

Fim do jejum


O Botafogo não vencia o Flamengo pelo Brasileiro desde 2000. Os últimos seis jogos pelo campeonato nacional haviam terminado empatados.

Goleador

Hernane


Hernane, maior artilheiro do novo Maracanã, manteve a média de um gol por partida no estádio. Agora, são dez jogos e dez bolas na rede para o jogador do Fla.


13 de OUTUBRO de 2013 - Botafogo e Flamengo pareciam fazer curvas contrárias no Brasileirão, o primeiro para baixo, o segundo para cima. Só pareciam. O time alvinegro venceu de virada o clássico deste domingo, no Maracanã, por 2 a 1, e quebrou a boa sequência rubro-negra no returno do campeonato. A tabela escancara a importância do resultado: a equipe capitaneada por Seedorf (que voltou a jogar bem) retomou a vice-liderança da competição.

Hernane abriu o placar para o Flamengo. E aí Gegê mudou a história do jogo. Primeiro, fez o gol do empate, ainda na etapa inicial; depois, deu o passe para Rafael Marques virar. O Botafogo não batia o rival no Brasileirão desde o ano 2000. Os últimos seis clássicos pela competição haviam terminado empatados.

O Botafogo pulou para 49 pontos (à frente do Grêmio no terceiro critério de desempate, o número de gols marcados), dez atrás do Cruzeiro e nove à frente do primeiro time fora da zona da Libertadores - o Vitória. O Flamengo caiu para décimo, com 37 - 11 atrás do G-4 e cinco à frente do Z-4. A equipe comandada por Jayme de Almeida volta a campo na quarta-feira, novamente no Maracanã, contra o Bahia. Um dia depois, o Botafogo visita o Vitória.
Gegê abraça Seedorf: novato e veterano estiveram entre os destaques alvinegros (Foto: Vitor Silva / SSPress)

Placar igual para dois times opostos

O Botafogo deu 242 passes no primeiro tempo. O Flamengo deu 107. Os números refletem uma realidade que ultrapassa a ideia da posse de bola. Mais do que isso, eles mostram a diferença de estilos das duas equipes: os alvinegros mais horizontais, trabalhando a jogada, buscando os lados, e os rubro-negros mais verticais, acelerando o jogo, saindo em velocidade. Opostos um ao outro, os dois times foram para o vestiário no intervalo com algo em comum: um gol para cada lado.

O time comandado por Oswaldo de Oliveira (de volta à área técnica após a arritmia cardíaca contra o Grêmio) foi mais completo. Finalizou mais, teve mais chances reais de gol e ficou bem mais tempo com a bola no primeiro tempo (58% a 42%). Mas em boa parte do período o Flamengo pareceu mais perigoso. E foram os rubro-negros que pularam na frente. Aos 13 minutos, Carlos Eduardo (de boa atuação) começou uma linda jogada pela direita e foi parar do outro lado para receber de André Santos e encontrar Wallace na área. Do zagueiro, a bola chegou a Hernane. O Brocador fez o que mais costuma fazer no Maracanã: mandou para o gol. Bateu de primeira, no canto esquerdo de Renan: 1 a 0.

O Alvinegro reagiu no seu estilo: aos poucos, de forma pensada, sem atropelos - aproveitando um recuo exagerado do Flamengo. E com a qualidade individual de Seedorf. Caindo, de carrinho, o holandês acionou Gegê na área. O garoto fintou Wallace e fez o gol. Saiu correndo, gritando, eufórico, para celebrar. O Botafogo estava muito vivo na partida.

Virada alvinegra

O Flamengo voltou menos defensivo para o segundo tempo. E deu sinais de que faria outro gol. Ameaçou em bom chute de Paulinho, após passe de Carlos Eduardo. Insistiu com Paulinho, desta vez em conclusão por cima do travessão. Beirou a rede quando Elias deu carrinho e não alcançou a bola por muito pouco. Mas o gol não saiu. Ou melhor, saiu: para o Botafogo.

Rafael Marques mereceu. Ele pegou de primeira uma inversão de Seedorf e deixou de fazer um golaço ao ver a bola bater na trave de Felipe. Mas foi recompensado pouco depois. Aos 18 minutos, aproveitou cruzamento de Gegê, saído da esquerda, e empurrou para o gol. Era a virada alvinegra.

A reação do Fla foi imediata. Luiz Antônio mandou na área, e Elias, livre, concluiu de cabeça no travessão. O rebote ficou com Bruninho, que parou em defesa impressionante de Renan. Virou pressão. Elias, pouco depois, se esticou entre dois marcadores para tocar no cantinho, e a bola saiu por pouco.

E teve mais. Luiz Antônio chutou de longe. E nada. Wallace tentou, e Rafael Marques cortou em cima da linha. Chicão desviou, e Paulinho quase completou. O Botafogo, com emoção, conseguiu suportar a blitz adversária. E alcançou uma vitória decisiva.


Retirado do G1.

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